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  SHAUMBRA HEARTBEAT
Por Jean Tinder, Editora do Shaumbra Magazine, Professora do Círculo Carmesim

 A tradução para o português da Série Shaumbra  Heartbeat de Jean Tinder feita por Lea Amaral é incentivada e patrocinada pela Shaumbra Vera Amaral Gurgel

 

 

Novembro 2012
 

Há algumas semanas, no Shoud de outubro, o Adamus deu um chamado agitador para a liberdade. Ele também fez a pergunta: “A humanidade está pronta para a liberdade?” Claro, pergunte a qualquer pessoa na terra se ela quer liberdade e a resposta imediata é: “Sim, claro!” Mas olhem um pouco mais de perto e podemos descobrir que a maioria das pessoas apenas quer um pouco menos de confinamento, um pouco menos de controle dos outros, um pouco mais de permissão para se expressar e um pouco mais de dinheiro para fazê-lo.

O que é a verdadeira liberdade? Não tenho certeza se nós sabemos. Achamos que é a liberdade de seguir o que quer que nos interesse, ir a qualquer lugar que queiramos e dizer o que quisermos. De fato, quando há algum tipo de luta pela liberdade, é geralmente uma reação aos limites que os outros parecem estar impondo. Mas na verdade é que qualquer limitação externa que percebemos, elas estão apenas espelhando o que já está internamente.

Quais são os controles internos existentes que nós nem mesmo temos consciência? Como podemos saber o que não sabemos ou reconhecer as limitações que na verdade são confortáveis? Talvez nós realmente não tenhamos nenhuma ideia de como nós nos limitamos.

As últimas semanas apresentaram alguns desafios internos e pessoais sobre o que a verdadeira liberdade significa para mim. Significa que eu tenho que jogar fora as restrições de um emprego, um esposo, um compromisso, crianças, responsabilidades financeiras, etc., e ir viver numa gruta? Eu poderia me livrar de muitas “limitações”, mas eu seria realmente livre? Como a canção diz: “liberdade é apenas outra palavra para quando não há nada mais a perder.” Mas o que é aquele “algo” que ainda temos de liberar? Talvez no passado possam ter sido bens materiais, outras pessoas, empregos, etc., mas para a maioria das pessoas que estão lendo isto, eu tenho a sensação de que é algo bem mais profundo. Talvez o que nos resta a perder é a nossa auto-definição, nossas estórias, os pontos de referência internos que usamos para nos orientar no mundo.

O que eu estou descobrindo é que quando alguém libera todas as definições e diretrizes do seu ser, a “liberdade” resultante é confusa e desconfortável. Soa maravilhoso viver além dos confinamentos de nossas vidas, mas o que, então, realmente sobra? Quando ficamos sem todos os pontos de referência, como encontramos a maneira de nos comportarmos e nosso equilíbrio novamente? Como um astronauta no espaço sem os limites da gravidade, como nós sabemos qual é o lado de cima?

É difícil dizer exatamente como a liberdade – e os seus desafios – vai ser, porque ela será diferente para cada um de nós. Vocês perderam a conexão familiar com amigos invisíveis e orientação do Espírito? (É um tremendo desafio sentir-se privado daquele conforto angélico familiar e voltar-se somente para dentro para uma orientação.) Vocês enfrentarão os limites de seus sistemas de crenças? (As eleições americanas é uma boa hora para desafiar a crença na dualidade que eu achava que tinha sido liberada.) Vocês terão que examinar os controles internos que estão refletidos no seu mundo exterior?

A liberdade é a remoção de todos os sistemas de apoio e “andaimes” que nos mantém no lugar e é um pouco desconcertante. Mesmo assim, como o Adamus disse: isto pode ser tão fácil – ou tão desafiador – quanto você escolher. Até agora, para mim, os momentos mais desafiadores são quando eu duvido do meu próprio “momento do basta”.

Eu adoro metáforas e neste caso a liberdade parece-me como água muito profunda.

Nós temos tido lições de soberania..., eu quero dizer, lições de natação há muito tempo. Primeiro nós temos de nos lembrar da alegria e da diversão da própria água, aprendendo o básico e se divertindo espalhando água por todo lado, na piscina das crianças. Então, nós colocamos as boias e começamos a ir um pouco mais para o fundo, descobrindo como é sentir sem tocar o fundo da piscina. Eventualmente, nós aprendemos a mexer os braços, e depois, mergulhamos no lado fundo e, finalmente, nadamos como um profissional. Mas a beirada da piscina nunca esteve muito longe, nós podíamos ver o fundo e o instrutor sempre se manteve atento caso tivéssemos algum problema.

Assim, agora talvez sejamos exímios nadadores, mas realmente estamos livres?

Alguns de nós achamos que liberdade significa demitir o instrutor, jogar fora as regras da piscina e fazer o que quisermos. E se alguém ficar molhado ou for empurrado para dentro da piscina durante o processo, bem, é por sua própria criação. Mas e se a liberdade verdadeira significa que a piscina desaparece e nós nos encontramos no meio do oceano?

Aqui, nós não sabemos onde o fundo está. Não há nenhuma beirada para nos agarrarmos. O instrutor é um eco distante e não existem boias. Os anjos amigos não se intrometem em nos nossos momentos mais sagrados e nem mesmo o próprio Deus, ao contrário nós não seríamos verdadeiramente livres. Ohhh... nós realmente queríamos TANTA liberdade?

Lá fora, no abismo da liberdade, é onde a nossa conexão com o ser torna-se importante. De fato é tudo o que nós temos. Certo, pode haver coisas borbulhando na água em nosso redor – pertences, empregos, relacionamentos, esperanças e sonhos – mas aqui se nos agarrarmos em algo por segurança, ele só nos puxará para o fundo. Ou pior ainda, desaparecerá como uma bolha de tanta ilusão. O segredo de lidar com a verdadeira liberdade é a nossa conexão com o nosso Ser e confiar nele – com todo o coração e sem hesitação.

Nós sempre contamos com coisas como a estrutura de nossa agenda diária, nossa crença na bondade e sabedoria do Espírito, na resposta dos outros e de qualquer outra coisa que serviu de toques da realidade em nossas vidas. Mas eu tenho uma sensação de que o Adamus nos está chamando para a liberdade, não há espaço para ninguém mais. Em outras palavras, ninguém é mais esperto, nem mais forte, nem pode me amar mais do que Eu. E isto significa que eu tenho que liberar todos os outros dos papéis que eles têm em minha vida, quer sejam amorosos ou abusivos, brincalhões ou frustrantes. Talvez isto signifique até mesmo me perdoar por lhes dar estes papéis em primeiro lugar, até mesmo aqueles que parecem críticos para a minha sobrevivência.

Vocês se abrirão para a liberdade além de suas zonas de conforto? Vocês respirarão profundamente e perceberão que o oceano que os rodeia é apenas o início? Vocês estão prontos para o basta – basta de sabedoria, basta de força, basta de equilíbrio, basta de alegria – tudo por si mesmos? Se estiverem, até mesmo o oceano ilimitado não é tudo o que há. Vocês podem explorar os reinos inferiores mais profundos e voar para as estrelas acima quando VOCÊS são tudo o que precisam. 

Isto é algo que jamais será forçado para vocês. E mesmo assim é para onde todos nós estamos indo, esta reunião absoluta com o Ser. Vocês se abriram e permitiram-se conectar com o Espírito, com o Tobias, com o Adamus e tantos outros. Agora vem o maior de todos os desafios. Vocês podem se abrirem para VOCÊS? Podem se reconhecer como semelhante? Se vocês se permitirem a perceber e vivenciar o que isto realmente é; o que realmente significa; vocês vivenciarão a vida além das palavras e inspirarão os outros além do que possam imaginar.

Caros Shaumbra, vocês são o que basta, exatamente como são, neste momento? Neste estado absoluto de se bastar, vocês encontrarão a liberdade.

 

Tradução: Léa Amaral   lea_mga2007@yahoo.com.br

 

   
 

 

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