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A tradução para o português da Série Shaumbra Heartbeat de Jean Tinder feita por Lea Amaral é incentivada e patrocinada pela Shaumbra Vera Amaral Gurgel
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Fevereiro 2013
Conforme o
tempo passa, está ficando cada vez mais claro para mim que iluminação é na
verdade um processo de eliminação constante – isto e a experiência
profunda de aprender o amor próprio.
Há poucos anos o Kuthumi
contou uma
piada angélica: “Aconteceu uma coisa engraçada no meu caminho para a
ascensão. Eu perdi tudo.” Eu me lembro de que a maioria dos ouvintes não a
achou muito engraçada. Imediatamente nós pensamos em todas as coisas que
não gostaríamos de perder – casas, carros, pertences, relacionamentos,
sanidade, etc. Na verdade, alguns de nós perderam muito e não acharam a
experiência muito engraçada. Mesmo agora, isto ainda pode ser um desafio
não se agarrar às coisas e pessoas que amamos.
Entretanto, desde que o
Adamus está por perto, eu comecei a perceber que perder todas aquelas
coisas externas na verdade era muito insignificante. É do que está no
interior que nós realmente precisamos nos libertar e isto pode ser
muito mais desafiador para liberar do que qualquer coisa no exterior.
Eu consigo pensar em algumas
poucas coisas que são bem valiosas para muitos de nós:
• A
importância de fazer a escolha certa
• O sonho
de um amanhã melhor
•
Esperança de salvação do sofrimento (tanto o nosso próprio quanto o dos
outros)
• Nós
temos que continuar aprendendo e crescendo, um dia tudo vai ser
compensado.
• A nossa
jornada espiritual completamente importante (e certamente um dia nós
finalmente chegaremos lá)
•
Alguém, em algum lugar
por aí (Deus, alma, etc.) sabe do que se trata, mesmo se nós não temos a
menor ideia.
Muitas dessas
crenças definiram a nossa existência por muito tempo. Algumas delas são a
razão de nós termos vindo para a Terra, em primeiro lugar. Mas como uma
criança que finalmente deve crescer e sair dela mesma, liberar estas
crenças é inevitável, mesmo que desafiador.
Pouco a pouco através dos
anos, Tobias, Adamus e Kuthumi têm nos ajudado a liberar algumas das
nossas mais estimadas posses interiores e recentemente o Adamus nos
convidou para liberar de formas ainda mais profundas. Por exemplo, quando
nós podemos de verdade dizer: “ Aquele não era eu” em relação à uma
escolha ou experiência, isto libera os laços que nos prenderam ao passado
– e isso nos manteve recriando-a. É como deixar ir a linha da nossa
própria pipa, o “Aquele não era eu” permite-nos voar para muito além das
limitações do que têm sido.
Também chegou a hora, se
assim escolhermos, de liberar os exemplos espirituais que nós nos
espelhamos por tanto tempo. Quando os humanos querem saber como alguma
coisa é ou como é feita, eles encontram alguém que a fez antes e tentam
repetir o processo. Esta é a base da religião, da ciência, moda, educação
e quase tudo mais que fazemos. “Siga o exemplo correto e você estará
bem.” Mas os mestres espirituais temos tentado emular e seguir para o
paraíso há séculos, não serve mais. Os princípios fundamentais podem ser
infinitos, mas tentar fazê-lo como eles o fizeram é como tentar ver o
mundo da perspectiva dos nossos ancestrais. É apenas irrelevante.
Então, em sua
mensagem de janeiro, Adamus nos convidou a liberar os nossos sonhos. Há
muito tempo nós os jogamos para o futuro, prendendo-nos a uma estrela da
esperança, do “algum dia, talvez”, e usando isto para nos empurrarmos para
frente. Nossos sonhos têm sido uma maneira para nos levarmos através da
lama e do entulho dos desafios e desapontamentos quotidianos e, enquanto
eles estiverem lá em nossa frente, nós podemos de alguma maneira continuar
seguindo em frente. “Apenas passe pelo dia de hoje e talvez amanhã eu
possa fazer o que eu realmente quero fazer.” Sim, nossos sonhos foram a
cenoura que nós agitamos a nossa frente para nos manter nos movendo. O que
acontece se eles desaparecerem também...?
Quanto mais nós liberarmos
todos estes pontos de âncora, mais nos sentiremos a deriva no espaço,
perdidos na consciência e desconectados da realidade. Mas isto é o
que a liberdade realmente significa. Talvez seja um pouquinho como acordar
no outro lado do Muro de Fogo, sozinho no Vazio, nada aqui com exceção do
nosso próprio Ser. Daremos uma olhada nesse Vazio e nos retirarmos
rapidamente para algo familiar? Pelo menos em nossa “realidade”
costumeira, as limitações são conhecidas e elas nos ajudam a manter a
nossa posição. O que sobra quando ficarmos sem todos os pontos de
referência? Nós realmente queremos tanta liberdade? Ficaremos em pânico
quando a nossa inteligência parecer evaporar? Nós nos seguramos na ponta
do nosso sonho favorito, caso ele ainda se torne realidade? Não poderíamos
apenas ter limitações que sejam apenas um pouquinho perdedores, sonhos que
estejam um pouquinho mais próximos?
Caros Shaumbra,
no que vocês ainda estão se segurando – no interior – porque ele parece um
pouco melhor? Porque, claro, fazê-lo certo é o que deveríamos fazer.
Porque trabalhando por um mundo melhor é importante. Porque você
não deveria ser rude ou agressivo ou assertivo ou claro ou... Porque se
você continuar com a mesma coisa, um dia você finalmente irá encontrar a
resposta.
Liberdade é apenas outra
palavra para nada mais a perder e não é o caminho para todos agora.
Vocês estão prontos para ir lá?
Recentemente eu tive a
experiência de andar num pequeno labirinto que alguém fez com pedras. Foi
“somente por diversão”, mas logo eu comecei a ir mais devagar, colocando
um pé na frente do outro bem deliberadamente, minha atenção totalmente
focada em andar dentro das bordas. Através de cada virada e curva eu
estava bem cuidadosa em não ultrapassar a borda e errar e mesmo se outros
estivessem esperando, senti que era muito importante terminá-lo
adequadamente.
Então eu senti ondas de
risos gentis. Que exemplo perfeito de nossa hesitação em aceitar o convite
do Adamus e apenas “ultrapassar a borda” para a iluminação! Eu poderia
sair do labirinto a qualquer hora, retornar para os meus amigos que
estavam me esperando e continuar com o nosso dia. Mas algo dentro de mim
me compeliu a continuar andando, um pé em frente do outro, fazendo o
caminho. E se eu desse um passo para o próximo corredor e pegar o caminho
errado? Isto levaria ainda mais tempo e estragaria tudo. Era melhor
apenas continuar; eventualmente eu acharia o meu caminho. Certo? Não
importava que o “fora” já estava bem ali, apenas a um passo.
Que metáfora para a nossa
jornada! Nós ficamos tão concentrados no caminho e é só que conseguimos
ver. Aprendemos a navegar as viradas e curvas com relativa graça,
confiando que um dia nós encontraremos a nossa saída, que o nosso caminho
nos levará ao lar. Nós nos esquecemos de que com apenas um passo
poderemos ficar livres.
Sabe, o Lar – significando
sendo felizes, aninhados nos braços do Espírito – não é a meta; o Lar é o
retorno para a liberdade absoluta, sem correntes e sozinhos em nosso
próprio abraço.
A coisa sobre o labirinto
que nós estávamos percorrendo é que ele na verdade não termina. É uma
criação envolvente e a nossa escolha de continuar a andar é o que cria a
próxima curva no caminho. Este labirinto não foi criado por algum sábio,
que sabe tudo Deus, para nos ensinar algumas lições, e Ele não está
pacientemente esperando por nós na linha final não existente. O caminho se
desdobra sob os nossos pés enquanto nos mantivermos andando, delineado
pelas pedras das nossas crenças e das coisas preciosas e é o nosso foco em
cada passo que nos impede a ver o quão perto está a nossa liberdade. A
jornada da iluminação pode ser tão longa quanto nós quisermos percorrê-la
ou tão curta quanto dar um passo sobre a borda.
Ergam os seus olhos,
Shaumbra. Vejam o vasto espaço da criação, onde as regras do labirinto não
se aplicam, onde a mágica acontece, onde vocês estão livres. É somente um
passo, uma respiração. E Você está esperando por você lá, de braços
abertos.
Tradução: Léa
Amaral
lea_mga2007@yahoo.com.br
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/shaunews.htm
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