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SHAUMBRA HEARTBEAT     Por Jean Tinder, Gerente de Conteúdo

             

 

   Escavando Alegria

 

 

 

 

 

  

 

Criação de verdade. É ilusório, difícil de definir e todo o ponto da existência. Como seres humanos, tendemos a ver a criação como algo a ser "feito", mas neste momento eu acho que "fazer" é uma grande distração. Deixe-me explicar. (Por favor, notem, no entanto, que as tentativas recentes de montar pequenas realizações em algum tipo de coerência linear renderam resultados inferiores aos ideais...)

 

O outro dia eu me senti inquieta, procurando, como se eu tivesse esquecido algo não bem definível. Eu estava me preparando para o próximo grande projeto, o próximo intenso prazo final, a próxima crise que exige a minha atenção? Era o fim de semana, então nada de urgente para fazer. A minha nova cozinha estava completa o suficiente para desfrutar com entusiasmo, os detalhes restantes seriam feitos eventualmente. Com nada urgente para fazer, por que me senti tão perturbada? Acontece que eu estava procurando a próxima coisa a realizar, resolver ou superar antes que eu pudesse me permitir que fosse feito, como nada deixado de fazer antes de relaxar em minha iluminação.

 

"Sério, ser humano?" Eu tive que rir. Isso me lembrou a constante admoestação da infância, para me preparar para que Jesus viesse, porque poderia acontecer a qualquer momento e precisávamos estar preparados! Aqui estava, ainda com isso, uma parte inconsciente, mas muito ocupada, de mim, ainda incapaz de desligar a constante correria da preparação. Bem, chega disso! Eu vivi o tempo suficiente para perceber que "isso" - todas as tarefas inerentes ao ser humano - nunca será feito! Sempre haverá outro projeto, outra cesta de roupas para lavar, outro prato sujo, outra pessoa que precisa de ajuda, outro desafio para resolver. Sempre há mais e nunca vou conseguir fazê-lo! Mas com parte de mim acreditando que tudo tinha que ser feito antes que eu pudesse relaxar e permitir o meu Eu, eu estava pronta para me manter ocupada por muito tempo. (Não é a toa que a exaustão tem sido uma amiga bem familiar). Definitivamente, é hora de fazer uma nova escolha.

 

Com as novas palavras favoritas de Adamus em mente, eu gritei: "Chega! É isso! Não há nada mais a esperar, É. ISTO". A explosão da paixão passou, continuei com o meu dia, rindo de minha propensão a sempre tentar tão duramente e maravilhando-me com a tendência humana de adiar indefinidamente o que mais queremos, porque, bem..., quem eu seria sem a constante luta para "chegar lá"? O que eu teria para falar se não sobre superar o último desafio? O que significa ser humano se não houver nada a fazer, lugar algum para ir, nada a se esforçar? Seria uma mudança fundamental da existência humana, com certeza.

 

"Bem", pensei. "Chega de procrastinação. É assim, que Eu Sou, NESTE momento. E é o suficiente".

 

Ah, tenha cuidado com o que você escolher, pois os resultados raramente são o que você espera. Depois de ter certeza sobre essa escolha, eu realmente relaxei, me sentindo mais interessada em estar presente aqui e agora do que descobrir a próxima questão urgente (só para ser diferente). Não era que eu não tivesse nada para fazer. E sim, as tarefas perderam parte de sua importância. Mas eu também não estava perdida em algum sentimento de nirvana feliz. Na verdade, ao longo dos próximos dias, coisas aleatórias pareciam perder a coerência e minhas faculdades humanas deram uma queda. Comecei a cometer erros muito idiotas no trabalho, estragando todo o tipo de coisas em que eu costumo fazer muito bem. Eu me senti estranhamente desconectada do meu corpo (um pouco preocupante ao dirigir), como se eu estivesse perdendo a pista do paradeiro dos meus detalhes físicos. Por isso, comecei a me machucar. Muito. Esmaguei meu polegar com um martelo, cortei quase todos os dedos, tropecei em coisas que sempre estiveram lá, bati minha cabeça no que estivesse por perto, esmaguei o mesmo polegar com o mesmo martelo no dia seguinte - a lista continua. Parecia que as conexões e sinapses no meu cérebro estavam se dissolvendo, deixando meu corpo (dolorosamente) não cooperativo, desligando e falhando por conta própria.

 

Depois de alguns dias disso, eu estava pronta para colocar em quarentena meu humano indisciplinado em um canto, por um tempo. Pelo menos, ela ficaria mais segura! Mas a vida - MINHA vida - continuou acontecendo e minha participação foi solicitada. Então, ao invés de me esconder, coloquei alguns desses projetos sem fim, de volta no funil para manter minha mente e meu ser um pouco engajados ou distraídos. Não é que eu queira adiar o corpo de luz que está chegando ou atrasar o que for que esteja acontecendo, mas talvez eu queira abrandar um pouco e viver para contar o conto! Sim, quero muito conscientemente viver e criar dentro da minha criação, como o Adamus fala, mas isso significa sobreviver ao processo!

 

Ah, criação. Agora, há algo em que todos nós nos interessamos. Não apenas movendo as peças do jogo como fizemos, mas trazendo algo completamente novo. Adamus diz que a verdadeira criação brota da pura alegria da existência. Mas e se não sentimos essa alegria? Isso não significa que não a temos, só que foi encoberta por muita sujeira, aspectos, padrões, limitações, crenças e tudo o mais com o que brincamos. A alegria não é algo que devemos conjurar ou aprender. É o nosso estado natural.

 

 

 

Imagine-se como um planeta. Em seu núcleo mais profundo tem uma caverna de cristal da criação, cheia com um reservatório infinito de alegria fundida. É a sua essência, viva e pronta para explodir em qualquer oportunidade. Mas essa alegria do criador foi enterrada por camadas sedimentares de experiências - feridas, amores, aspectos, memórias - granito endurecido e argila saudável. Este planeta da sua existência está cheio de escombros de inúmeras civilizações e seu "trabalho" agora, ao permitir sua realização, é descobrir esse núcleo precioso da existência, sua alegria.

 

Toda vez que você cavar um pouco mais fundo e encontrar outro tesouro enterrado, você está se lembrando, sentindo, se integrando - e ficando cada vez mais perto do seu núcleo. O desafio vem quando você encontra um artefato que faz você se encolher, pois traz alguma emoção ou padrão esquecido há muito tempo. É tão doloroso que você o joga de volta no poço, cobre-o com boas intenções e platitudes e vai cavar em outro lugar? A ocupação constante pode ajudar com isso, mantendo-o sempre à procura do próximo lugar para xeretar, seguindo em frente quando fica muito bagunçado. Mas a magia acontece se você pode ficar com isso, aqui e agora, neste momento.

 

Algumas dessas coisas foram enterradas por uma boa razão - lembranças feias, lembretes dolorosos, feridas que ainda doem - e não é muito divertido escavar. E, no entanto, por baixo disso está a alegria, então continuamos cavando. "Processar" é como reorganizar as coisas no buraco, tentando torná-lo um pouco mais limpo e melhor. Mas, por mais fascinante que seja, não é por isso que você está cavando. Em vez disso, sinta bem profundamente no que você acabou de expor, permita que ele realmente exista em sua consciência, respire... e, de repente, a próxima pá cheia da sabedoria chegou em casa e você está uma respiração mais próxima da alegria.

 

Engraçado, quanto mais profundo eu cavo, mais fácil fica, como se as próprias pás não esperassem para me trazer o próximo tesouro. Mas sempre ter "uma coisa mais a fazer" é como ser um arqueólogo que continua ficando distraído e se mudando para outro local. Isso me manterá ocupada por um longo tempo, mas com certeza não vai me aprofundar no que eu realmente desejo. Em vez de sempre procurar a próxima coisa para fazer, agora estou me lembrando de parar, respirar e apenas ser por um momento (mesmo que pareça um clichê), neste momento, como está. Porque cada vez que eu dou consciência para o meu Eu, isto permite que o Mestre entre um pouco mais. É viver no E - ocupado sendo humano e em um espaço sem espaço atemporal com o Mestre. O que me faz lembrar-me de algo.

 

Adamus disse recentemente: "Pare de temer o ser humano". Minha primeira reação foi: "Ó grandioso, algo mais que eu tenha entendido errado." (Droga, eu ainda tenho alguns aspectos tensos!) Mas, depois de me deixar ruminando sobre isso por um tempo, meu Ser Mestre suavemente me cutucou: "E se você se divertir no ser humano? E se você a libertar? E se você me deixar sentir esse corpo que você continua ignorando, como posso manifestar em algo que você / eu não posso sentir? "Como, de fato...

 

Então, sim, aqui está outra estória de superação de distrações e desafios, mas estou vivendo um pouco mais livre, relaxando um pouco mais e não tão preocupada com o próximo prazo ou responsabilidade. Eles ainda estarão lá, mas estou melhorando em ficar ocupada E me dando momentos de nada. Estou mais ou menos prestando atenção no meu corpo e também liberando em momentos de puro ser (em uma sala acolchoada com capacete, protetores de joelhos e luvas). Com cada respiração consciente, cavo um pouco mais fundo, permitindo um pouco mais de sabedoria e sentindo outra gota de alegria de criador puro e absoluto.

 

O que eu estou fazendo com essa alegria? Ah, talvez uma estória para outro dia...
 

 

Tradução: Léa Amaral – email: lea_mga2007@yahoo.com.br

 

   
 

 

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