Agosto de 2010

                                                                             

Para aqueles que conhecem meu primeiro álbum, “Lemurian Home Coming”, eu fico particularmente feliz em anunciar meu novo álbum – “Atlantis Remembers”. O processo de criação deste tipo de música se tornou uma nova aventura para mim. Trabalhar exclusivamente com minha voz em vez de utilizar instrumentos é um desafio e uma bênção ao mesmo tempo, pois é total liberdade e total responsabilidade. Eu passei a amar muito essa maneira de criar música.

Cacina e eu fizemos parte da maravilhosa Viagem ao Egito com o Círculo Carmesim. Após termos voltado para casa, era nossa intenção criar
                                                   um álbum musical baseado nas nossas experiências em comum no Egito, e logo eu comecei a trabalhar com a música. O que se seguiu foi uma espécie de surpresa para mim. A música, por alguma razão, não se tornava acessível. Experienciei certo grau de “bloqueio de compositor” em algo que eu havia pensado que seria fácil.

Isso continuou por, aproximadamente, dois meses, até chegar um ponto de decisão. Eu precisava abandonar minhas idéias preconcebidas sobre como a música deveria ser, ou aceitar que não sairia CD novo nenhum. Decidi deixar vir o que queria vir.

       
Anders no estúdio de gravação

Assim que me desprendi e me inclinei para o campo de possibilidades, a música se abriu de uma nova maneira. Atlântida, como um tema, fez-se presente quase imediatamente, e as coisas começaram a andar novamente.

Também me ocorreu que alguns dos momentos mais intensos da viagem ao Egito, para mim, estavam relacionados à Atlântida. Isso inclui tanto as mensagens de Ah-Kir-Rah, no interior da Câmara do Rei, a respeito de onde nós originalmente viemos e para o que a Grande Pirâmide era, na verdade, utilizada, quanto a canalização final de Adamus no barco acerca de “O Sonho Atlante”. Essas sessões me haviam tocado profundamente e, então, comecei a perceber que o Egito, na verdade, havia iniciado um despertar em mim – para os meus tempos na Atlântida. Embora eu estivesse ciente da conexão Egito-Atlântida, isso ainda foi um tanto inesperado. Insights e todo tipo de lembrança atlante começaram a emergir. Foi, de fato, um processo muito emocional para mim, visto que um tipo de música diferente começou a fluir.

Mais uma vez, eu me tornei ciente de que desde Lemúria nós estivemos no processo de esquecer quem realmente éramos. Como humanos, estávamos saindo de uma forte conexão interior com a Fonte rumo à “descensão” espiritual. E nos tempos finais da Atlântida, especialmente, a mente assumiu o controle de decisões que costumavam ser assuntos do coração.

Em algum momento final, nós éramos um punhado de humanos ainda conectados com nós mesmos e com a Terra, mas sentimos surgir o “véu” entre a nossa percepção divina e a nossa condição humana. Juntos, decidimos preservar nosso conhecimento e codificá-lo de tal forma que seria preciso um nível de consciência compatível até mesmo para reconhecê-lo. E o mais importante, ele somente poderia ser decifrado por meio do filtro do coração. A jornada a partir desse momento no tempo, durante éons de vidas, por fim culminando nesta – é sobre isso que falam as três faixas do meu novo álbum “Atlantis Remembers”.

“Call of Atlantis” – Na beira do oceano nós confiamos a nossa antiga sabedoria às ondas. Fizemos um acordo com Gaia em nome da segurança de nossas mensagens sagradas pelos corredores do tempo, para que fossem redescobertas por nós mesmos num dia do futuro, quando nós, mais uma vez, estaríamos prontos para isso. Esse dia do futuro é agora.

“Stellar Lullaby” – Ao cantar um conto de fadas do Lar – viajando por dimensões, ansiando por ouvir a “canção” que tão profundamente quer lembrar – uma alma escuta o eco da sua própria voz. E, como o som retorna, ela sabe para que direção ir. Uma criança estelar aprendendo a caminhar neste universo.

“Dawn of a New Day” – Aquele dia futuro que estávamos semeando na Atlântida é agora. O momento no tempo onde nós nos encontraríamos de novo, nos lembraríamos de novo, despertaríamos de novo, é agora. Por fim tendo chegado a esta época luminosa que tão apaixonadamente orquestramos para que fôssemos uma parte sua, desta vez estamos acordando e desta vez decidimos fazê-lo juntos. Estamos descobrindo o Sonho Atlante que semeamos juntos há tanto tempo atrás. Como o antigo conhecimento ganha vida novamente, através de nós a Atlântida Lembra (Atlantis Remembers) o que foi, certa vez, esquecido – o coração.

O processo pelo qual este álbum veio a ser me mostrou que planejar é bom – estar no momento é melhor ainda. Entretanto, nem sempre é fácil, admito. Abrir meu coração na música, por meio da minha voz, é a minha conexão divina mais forte. Sinto-me abençoado por poder compartilhar isso com tantos de vocês.

 

Anders Holte foi o vencedor do Concurso da Música da “Partida de Tobias” em 2009. Desde então, ele e sua parceira, Cacina Spaeth, têm se apresentado em vários eventos do Círculo Carmesim. Eles vivem em Munique, na Alemanha. Atlantis Remembers está disponível para download na  Shaumbra Shoppe>. Você também pode escutar pequenos trechos das músicas de Atlantis Remembers clicando aqui>

Anders e Cacina se apresentarão no Shoud de novembro em Coal Creek Canyon.

 

 

Tradução: Mabel Gouveia      mcgouveia@ymail.com