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A tradução para o português da Série Shaumbra Heartbeat de Jean Tinder feita por Lea Amaral é incentivada e patrocinada pela Shaumbra Vera Amaral Gurgel
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Dezembro 2012
Durante o
Shoud de outubro, Adamus fez um chamado à liberdade e, no final de sua
mensagem, ele deu uma dica que o segredo da liberdade verdadeira é o
perdão. Isto, claro, iniciou uma cascata de discussões entre os Shaumbra,
na caixa de mensagens, Facebook e em todos os outros lugares. “Eles não
disseram que não há pecado? O que há para perdoar se nós não podemos, na
verdade, fazer nada errado? Não se trata de apenas experiência?” E assim
por diante. Então, retornando ao tópico em novembro, Adamus deu a sua
própria definição de perdão que levantou algumas sobrancelhas. É ser capaz
de olhar para as suas proezas do passado e dizer: “Aquele não era eu.”
Isso
atingiu um nervo e a pergunta foi feita: “Mas e a responsabilidade?” Bem,
o que tem ela? “Nós não deveríamos ser responsáveis pelas nossas ações?”
Assim, ele perguntou, é realmente responsável ficar carregando uma mochila
cheia de ontem?”
Isto
começou a me fazer entender que “Não fui eu” é na verdade um passo
brilhante para a liberdade, se a escolhermos.
Em
primeiro lugar, há o nível óbvio – lidar com os problemas que muitos de
nós ainda têm e que começaram em outras vidas. Quem entre nós não sentiu o
medo de falar? Ou sentiu que não estão prontos para os nossos seres
autênticos serem ouvidos e vistos? Mantendo-se quietos pode parecer como
ficar seguros, mas também é o limite autoimposto na nossa liberdade.
Talvez um lembrete que “não fui eu” quem sofreu na última vez que eu falei
me ajudará a achar a minha voz.
E aqueles
que impuseram a censura nessa expressão da minha alma? Eu consigo perdoá-los?
Mesmo se o manto do “poder” for bem usado o suficiente por alguém para
provocar aquele antigo medo e até me segurar, eu ainda possa dar passos em
direção à liberdade, declarando que “Não foi você que prejudicou aquele
que não é eu.”
Na
verdade é uma escolha que oferece a todos a liberdade para estar
completamente neste momento, para fazer suas escolhas baseadas no aqui,
agora e na soberania, em vez de temer tanto o futuro quanto o passado.
Agora
traga-a apenas um pouquinho mais perto, nesta vida. Talvez houvesse algo
que eu fiz dois anos atrás que machucou alguém ou me humilhou e ainda me
assombra. Usando a versão padrão do perdão, eu posso “me perdoar”, mas
ainda sentir um débito para ser pago, uma lição para aprender, um erro
ainda esperando ser consertado. Afinal, eu não deveria ter a
responsabilidade pelo que “eu” fiz? Mas vejam, não fui eu.
E é onde a chave da liberdade está.
Enquanto
eu me sentir “responsável” pelas ações e infortúnios do passado, estou
seguramente atado a ela e por ela. Como uma conta bancária que não pode
ser fechada até que o saldo
seja zerado, eu constantemente tentarei somar ou subtrair o “carma”
(culpa, remorso, vingança, fome de integridade) até que ele esteja
equilibrado. Mas ele vai também ficar como um sonho impossível
porque a percepção do “equilíbrio” depende de quem está tendo a percepção.
Vocês já ouviram a vítima de um crime dizer: “Agora, porque o perpetrador
finalmente serviu o seu tempo, eu estou livre para amar e confiar
novamente?” Quando um foguete é lançado, o que é lançado de volta como
“troca
de valores” para o conflito? Não é o “pagamento” por uma coisa errada que
vai libertar a pessoa, porque isso não é perdão. (O que, a propósito, é o
porquê o Cristianismo nunca fez sentido para mim. Se o débito
de um pecado exige pagamento, seja por mim ou outra pessoa, ele nunca foi
na verdade perdoado, não?)
O que
verdadeiramente me liberta é finalmente saber: “Que não fui eu e não foi
você.”
Imagine-se
como um aviador, um piloto de avião de combate que foi designado para uma
aeronave de carreira no mar sem fim. Você treinou muitos anos para se
tornar um aviador e finalmente está pronto, ansioso por aquela tão
esperada liberdade. Mas até mesmo nas preparações finais para a decolagem,
o seu avião ainda está amarrado ao deck. É por segurança, claro, pois você
não quer que ele seja levado para o mar quando as coisas ficarem
complicadas. Você precisa manter a posição todo o tempo e estes elos têm
sido muito importantes. Mas agora chegou a hora de deixar ir.
Seus
motores ligados e o seu avião começa a esticar os elos que, até agora, o
tinham mantido seguro. De frente para o vento, o azul do céu o chama.
Agora é hora de deixar ir o passado, se libertar de cada referência a como
as coisas costumavam ser, porque lá em cima as regras são diferentes.
A liberdade que soletraria o seu fim no deck torna-se a sua única escolha
uma vez que você vá além dos limites da segurança que conhece. É hora de
gritar: “Não fui eu!” e soltar os nós que o mantiveram atado aos limites
do passado.
Não
importa quanto tentamos manter as nossas vidas seguras, a hora sempre
chegará quando as regras devem mudar. O jato que estava atado seguramente
ao deck de lançamento do passado apenas não é você. O verdadeiro você é um
piloto da nova energia, da nova consciência e da liberdade. Se agarrar à
culpa, à dor ou “responsabilidade” do passado não vai deixá-lo decolar. E,
não importa o quanto você gosta ou odeie a tripulação, não importa qual
negócio não terminado que haja entre vocês, você não pode levá-los
consigo. Este voo é só para você – livre, ilimitado e, finalmente, livre.
Ao se libertar e decolar, você prova que isto pode ser feito por aqueles
que seguem.
Caros
Shaumbra, chegou a hora. Os seus jatos estão abastecidos e prontos, vocês
treinaram e se prepararam, a tripulação do solo se afastou, a bandeira
está sendo abaixada. Todos aqueles argumentos, lutas, brigas e erros no
seu caminho para a cabine – não era você. VOCÊS estão aqui – com os
óculos, a proteção abaixada, os motores funcionando – prontos para voarem.
A
tripulação do solo – aqueles que vocês feriram e que os feriram – não quer
que vocês desistam agora. Eles estavam lá para os empurrarem para frente e
ajudar vocês a voarem, para verem vocês provarem que pode ser feito. Não
há tempo agora a perder com arrependimentos antigos.
A coisa
mais incrível que acontece quando “não é você.” O futuro não é mais uma
extensão do passado, porque amanhã no céu não vai parecer em nada com o
ontem no deck.
Nós vamos
da mesma coisa antiga para algo novo, do linear para o quântico. E é para
isto que nós nos alistamos. Tradução: Léa
Amaral
lea_mga2007@yahoo.com.br
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/shaunews.htm
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