OS MATERIAIS DO CÍRCULO CARMESIM
Série da Paixão 2020
SHOUD 2 – Apresentando ADAMUS SAINT GERMAIN, canalizado por Geoffrey Hoppe
Apresentado ao Círculo Carmesim
em 5 de outubro de 2019
www.crimsoncircle.com
Eu Sou o que Sou, Adamus of Sovereign Domain.
Vamos respirar fundo, enquanto reunimos todas as energias dos Shaumbra de toda parte do mundo, dos Shaumbra que estão aqui no planeta neste exato momento, nesta Era das Máquinas, dos Shaumbra que fizeram a passagem para o outro lado, mas que ainda estão bastante envolvidos naquilo que vocês todos estão fazendo. Vamos respirar bem fundo e reunir as energias nesta época inacreditável, inadmissível e maravilhosa.
Cauldre está pedindo um favor para a querida Linda of Eesa, uma coisa que ele quer muito.
LINDA: Uh-oh.
ADAMUS: É uma coisinha à toa. Poderia tirar as botas de Cauldre? [As botas fazem parte da fantasia que Cauldre está usando, de caçador de robôs.]
LINDA: Ah, graças a Deus! É só isso! [Risadas] Você me deixou preocupada! Oh, nossa! Tá, nada de mais! [Ela ri.]
ADAMUS: Eu estava me preparando pra vir, ele estava estranho, e foi porque estava com a bota. Então, eu não me incomodo, mas ele gostaria de tirá-las.
LINDA: Ah, estou tão aliviada... Isso não é nada! Nadinha!
ADAMUS: Ela não é incrível?
LINDA: Não é nada!
ADAMUS: A energia está servindo Cauldre. Sim, sim.
LINDA: É, lá vamos nós.
ADAMUS: Alguns que estão assistindo podem achar meio estranho, mas... [Algumas risadas]
LINDA: Tudo é estranho! [Mais risadas, inclusive de Linda]
ADAMUS: E eu vou tomar meu café enquanto você e Cauldre resolvem isso.
LINDA: Isso mesmo. Faça isso.
ADAMUS: E Cauldre está dizendo: “Tá, agora temos isso gravado.” [Risadas, inclusive de Adamus, enquanto Linda olha pra ele.] Fico fora disso.
LINDA: Será que dava pra ter amarrado isso mais apertado?!
ADAMUS: Sou só o Mestre Ascenso aqui.
EDITH: Linda é a melhor. Yay!
LINDA: Ah! Somente um Mestre pode estar em serviço, certo? [Risadas]
ADAMUS: Eh, dá pra prestar o serviço um pouco mais rapidamente? [Mais risadas]
LINDA: Ohh! Ohh, ho-ho! Oh, ho, ho! Oh, ho, ho! Seja gentil!
ADAMUS: Nossa! [Risadas quando ela arranca a bota, quase derrubando-o da cadeira.]
LINDA: Espera, tem um alfinete aqui [na barra da calça], está doido?
ADAMUS: Pode desdobrar a barra da calça?
LINDA: Claro. Quer que eu troque sua cueca? [Mais risadas]
ADAMUS: Está falando com Cauldre ou comigo? [Mais risadas] Ótimo, agora, ele está mais confortável e podemos continuar.
Adoro quando vocês se fantasiam. Não, é sério. Faz uma grande diferença na energia. Espero que alguns de vocês em casa também se fantasiem, mesmo que estejam sozinhos. Vocês começam a perceber que é tudo uma atuação, e a atuação humana é, provavelmente, a maior atuação que vocês farão. É tudo uma atuação. Realmente é. Quando vocês se fantasiam, isso tira vocês da rotina. Vocês se abrem um pouco mais. Então, se fantasiem com mais frequência, talvez não de robô. Temos um certo probleminha com isso. Mas, é. [Adamus está rindo, referindo-se aos comentários sobre a fantasia de Cauldre, de caçador de robôs, na abertura.]
Assim, queridos Shaumbra, é uma grande atuação, a atuação humana, e neste momento tem algo acontecendo com a atuação humana que me deixa um pouco preocupado. Não muito preocupado, mas um pouco. Fico imaginando por que essa atuação permanece. E acho que posso compreender. Porque o que está acontecendo neste momento simplesmente reside além de qualquer coisa; não tem referência. O que está acontecendo no planeta nunca aconteceu antes.
Vejam, teve uma época em que seguíamos o caminho atlante e dava pra fazer analogias, energeticamente, com o que tinha acontecido em Atlântida e o que estava acontecendo então no planeta todo. Digo, todos os humanos tinham uma ligação com isso. Seguimos além agora, em direção a esferas inteiramente novas.
Como Shaumbra, vocês estão entrando em algo que podem considerar inadmissível, e o humano está no jogo, e fica quase que fingindo que está sobrecarregado, fingindo que está inseguro, que não está pronto pra isso.
Temos falado muito claramente, muito especificamente, em nossos encontros... eu diria que pelo menos nos últimos três anos... muito claramente sobre o que vocês estão fazendo aqui, e o engraçado é que não se trata de iluminação. Vocês não estão aqui pela iluminação. Vocês achavam que era, e para o humano essa era uma meta grandiosa. Um objetivo e tanto, aspirar a Realização. Mas talvez vocês percebam que não se trata disso. Isso vai acontecer. Digo, isso é certo, porque vocês escolheram isso nesta existência. Vocês esperaram, como dissemos muitas vezes. Vocês esperaram, mas agora vocês estão aqui. E, na verdade, não se trata da iluminação, se trata de permanecer no planeta.
Sua Realização
A iluminação é certa para cada um de vocês. Vai acontecer, e não porque o humano está se esforçando pra isso, não porque vocês têm um ideal glorioso, não porque vocês deram duro e sofreram. Na verdade, isso trabalha contra vocês. Vai acontecer porque vocês escolheram isso. E, quando eu digo “vocês”, estou me referindo ao humano e ao Mestre nesta existência. E não vai acontecer necessariamente porque vocês estão fazendo semanas a fio de jejum, de meditação, de oração, de entoação e todo o resto. Simplesmente, vai acontecer.
Vejam, no nosso último encontro, eu disse: “Será que é hora de prepararmos um código, um livro ou alguma coisa com as diretrizes ou linhas gerais?” E vamos continuar falando sobre isso. Nós tivemos uma sessão, recentemente, na Terra do Desconhecido – na Noruega –, onde conversamos e tentamos isso, o que não deu muito certo. Desculpas àqueles que estavam lá, mas nós tentamos. E, na verdade, a conclusão a que se chegou lá é que são as histórias de vocês que fazem a diferença. As histórias meio que vão conter todas as informações, as diretrizes, o conselho para os demais.
E o que será realmente interessante nas histórias de vocês é o dia em que vocês chegaram à Realização, e as histórias não vão falar de um dia em que de repente as nuvens se espalharam e lançaram raios. Não falarão de quando uma determinada coisa aconteceu. De muitas maneiras, será apenas como um outro dia. Vai acontecer.
Vai deixar vocês muito perplexos, porque não virá como resultado de um incidente trágico ou um acidente na vida de vocês. Não virá como resultado de meditação profunda nem de exercícios de respiração. Simplesmente, vai acontecer.
Vejam, acontece como no estado de sonho, às vezes, ou mesmo na morte, mas de vez em quando vocês ficam: “Será que estou sonhando ou estou acordado?” E [acontece] com muita frequência quando as pessoas fazem a passagem, como fez recentemente nosso querido amigo Timothy – Timothy Smith faleceu – levou quase uma semana pra ele perceber que tinha morrido. E isso é bom, porque não houve dor. Ele meio que saiu de fininho e ficou um tempo sem entender nada. E ele não estava totalmente do outro lado, mas certamente não estava aqui, e levou um tempo pra ele sentir o que aconteceu com ele e perceber que ele havia morrido. Quero dizer, é isso mesmo. Mas ele também percebeu naquele momento que ele tinha perdido toda essa coisa da morte, e ele meio que se sentiu mal por ter acontecido. Ele disse: “Droga! Nem consegui vivenciar a coisa.” Porque ele estava muito ocupado permitindo a Realização naquele momento. Permitindo a Realização. E, então, pouco depois disso, ele fez a passagem.
As histórias de vocês – não de quando vocês morrem, mas de quando chegam à Realização – serão belas, porque não envolverão uma atividade sobre-humana nessa hora. Ou seja, vocês poderão estar apenas lavando louça ou talvez dando uma caminhada. Pode ocorrer quando acordarem de manhã dizendo: “Que diabo de sonho! Sonhei que de repente eu estava realizado.” E aí vocês perceberão que não foi um sonho; meio que ocorreu durante a noite. Simplesmente aconteceu. Assim serão as lindas histórias de vocês chegando à Realização.
E é por isso que eu digo que vocês não vieram pra cá, pra esta existência no planeta, pra terem a Realização. Quero dizer, é como falar que vocês vão a um restaurante pra comer. É meio óbvio. Quero dizer, a Realização é uma coisa certa.
Dá pra vocês sentirem isso um instante? Cada um de vocês e cada um dos que estão assistindo agora ou depois, sintam isso um instante. A Realização é uma coisa certa. Vocês conseguem, o aspecto humano de vocês consegue permitir isso? Sem esforço, sem planejamento, sem sofrimento pra chegar lá. Trata-se apenas de Permitir.
E eu sei que alguns de vocês ficam impacientes, mas não fiquem. Curtam como foi chegar lá. Curtam a experiência. E fiquem tranquilos e em paz, sabendo que sua Realização acontecerá nesta existência. Não importa se será amanhã ou daqui a dez anos. Não importa se será como foi com Timothy, a Realização e a passagem tudo ao mesmo tempo. Não importa. Acontecerá.
O importante é que vocês trabalharam pra isso durante várias existências. Vejam, pode-se realmente demarcar isso e dizer que começou nos tempos de Yeshua, mais de 2.000 anos atrás, plantando as sementes da divindade neste planeta, o que acabou resultando em muitas religiões onde vocês trabalharam desde então. Vocês fizeram parte das religiões. Vocês ajudaram a iniciá-las. Vocês fizeram mais ohm, ahm, meditação, respiração, sucção, sopros e tudo mais do que podem imaginar. [Risadas] Do que podem imaginar. E leituras, estudos, pressões e confusões. Vocês fizeram isso por muitas e muitas existências. Agora, simplesmente, permitam, tudo bem? A coisa virá pra vocês.
Existe... Posso assegurar, posso garantir – Cauldre está checando comigo pela terceira vez. Vejam, ele é como aquele “fato ou mito” das revistas e noticiários. Ele fica: “Você está falando sério, Adamus?” Eu estou falando sério. Eu garanto que vocês vão ter sua Realização nesta existência. Eu sei a data ou o período. Não sei exatamente como vai acontecer, e não importa. Mas dá pra vocês respirarem fundo com isso e pararem de se estressar pensando que esta existência tem tudo a ver com estarem realizados? Não tem. Isso já é certo. Vai acontecer.
Respirem fundo com isso.
[Pausa]
Sinto que foi um alívio e tanto, mas também sinto bastante dúvida na sala neste momento: “Isso foi mais uma promessa? Será que ele só está nos mimando?” Bem, primeiro, é bem melhor do que eu dizer: “Ehh, tá certo, a maioria de vocês não vai conseguir.” [Risadas] “Tentem de novo na próxima existência! Eh! Sinto muito, não será nesta existência pra vocês.”
Recentemente, falei a um grupo que, se eu fosse voltar, o que eu jamais faria, seria pra voltar como apresentador de programa de jogos. Eu bagunçaria muito a mente das pessoas como parte dos jogos. [Adamus ri.] Então, é bem melhor do que dizer que alguns de vocês devem conseguir, mas a maioria, não. Então, pelo menos eu sou otimista acerca desse final.
Para o humano, é inadmissível: “Quem? Eu? Não preciso trabalhar um pouquinho mais? Sou muito atrapalhado. Se você não notou, Adamus, sou meio – eh – meio doido. Você está dizendo que vou conseguir?” Sim, você vai. Quanto mais cedo vocês perceberem... não se esforcem, não se estressem, não combatam isso, nem mesmo clamem por isso, ou seja, não implorem que isso aconteça com vocês. Simplesmente, fiquem aí e permitam. Podem estar pescando quando acontecer. Podem estar tomando banho. É um ótimo lugar para a Realização, o chuveiro. A limpeza acontece de muitas maneiras. Mas é certo. Vocês estão aqui no planeta pra outra coisa.
A VERDADEIRA Razão para Estarem Aqui
Soa... vou continuar usando a palavra “inadmissível” porque é uma palavra muito apropriada. Soa inadmissível por causa da síndrome do “Quem? Eu?”. “Quem? Eu?” Sim, vocês. Vocês vieram pra este planeta sabendo que a Realização iria acontecer, e entraram num jogo maravilhoso de “vou tornar a coisa bem difícil pra nunca me esquecer que consegui”. Mas vocês vieram para o planeta simplesmente pra serem a luz no planeta nesta Era das Máquinas.
Eu digo isso, mas, vejam, sabem quanto tempo leva, em média, desde que eu e, anteriormente, Tobias, dizemos uma coisa profunda pra detonar com a mente e vocês realmente a captam? Eu digo uma coisa num Shoud, vocês ouvem com os ouvidos, a coisa vai para a mente, vocês usam isso às vezes, como um clichê cheio de makyo, mas realmente não levam a coisa para a vida de vocês. Sabem quanto tempo leva, em média, entre a profundidade que é dita e vocês a levarem para a vida de vocês?
ALAIN: Dez anos.
ADAMUS: Leva 5,2 anos. Pra você, aí no fundo, que disse dez anos, está correto. [Risadas] Leva 5,2 anos. Vamos reduzir esse tempo um pouquinho. Digo, temos muito trabalho pela frente, trabalho divertido, trabalho empolgante, mas será um trabalho triste às vezes, muito triste às vezes. Falarei sobre isso daqui a pouco.
Mas vocês descobrirão que a coexistência entre sofrimento e liberdade não funcionará muito bem neste planeta. A coexistência entre aqueles que estão escolhendo a dor e o sofrimento – e estão escolhendo; ninguém está infligindo isso a eles –, a coexistência entre sofrimento e dor e, por outro lado, a liberdade e o que chamamos de mágica será muito difícil; será difícil conviverem.
Sintam um instante. Aqui, há um número tremendo de pessoas no planeta ainda acreditando na dor e no sofrimento, na limitação e na falta. E, então, existem as pessoas que verdadeiramente entendem a liberdade – liberdade da energia, liberdade de como percebiam o passado, liberdade para serem quem são. Será uma convivência difícil. E, basicamente, esse é o motivo, antes de tudo, pelo qual vocês escolheram permanecer, talvez para lançar uma luz sobre outros humanos, abrir potenciais. Não para mudar as mentes deles, nem para convencê-los de nada, mas simplesmente para iluminar potenciais nas vidas deles.
Então, vocês escolheram estar aqui pra isso, pra serem esses portadores da luz, mas não instigadores da luz, não aqueles que a infligem aos outros; simplesmente pra serem essa luz. É por isso que vocês estão aqui – essa é a razão – nesta Era das Máquinas.
Agora, para o humano sentado aqui é assim: “Uau, isso é realmente inadmissível. Quero dizer, soa como um filme grandioso.” Não é. Digo, é real.
Eu gostaria que aproveitassem um instante, queridos humanos que estão jogando esse jogo de dizer “soa grandioso demais; Quem? Eu?; talvez, talvez outra pessoa; Quem? Eu?”... quero que realmente sintam um instante e permitam que o Mestre e a sabedoria expliquem isso pra vocês de um modo que eu jamais conseguiria colocar em palavras. Aproveitem pra sentir o motivo pelo qual vocês realmente estão aqui.
[Pausa]
Para o humano, pode parecer uma tarefa quase impossível de ser realizada, uma tarefa e tanto. O humano ainda acha que ele precisa trabalhar nas coisas. O humano diz: “Não sei se consigo fazer isso.” Eu quero que vocês escutem um instante o Mestre dentro de vocês, a sua sabedoria interior...
[Pausa]
... e vejam se soa meio familiar. Vocês realmente estão aqui pra serem uma luz que brilha sobre potenciais para outros humanos, especialmente nesta Era das Máquinas.
[Pausa]
Então, o jogo que é jogado às vezes é: “Ah, não estou pronto ainda pra isso.” O jogo que é jogado é: “Isso é grandioso demais, é uma tarefa e tanto.” O jogo que é jogado é: “Estou fazendo toda essa coisa de iluminação e estou trabalhando nisso e...” Não, vocês não estão. Vocês estão jogando um jogo, o jogo de “estou trabalhando na minha iluminação”. Bem, antes de tudo, como bem sabem, como eu disse, o humano não fará isso. Então, liberem essa coisa. Saiam do jogo. Vai acontecer. É batata. Um milhão de dólares pra quem não conseguir a Realização nesta existência. Vão ter que receber o dinheiro do outro lado. [Algumas risadas] Mas é um detalhe de nada. Um detalhe de nada. Vocês estão aqui pra trazer o Merlin para o planeta, a luz que simplesmente ilumina potenciais para a humanidade. É isso. Não dizer às pessoas onde estão os potenciais nem dizer a elas qual deles devem escolher, mas apenas iluminar potenciais. É isso.
E, então, talvez, talvez, o que vai acontecer é essa coisa que eu disse que sei que alguns acharão meio difícil, de o sofrimento não coexistir com a liberdade dentro de uma pessoa, de uma comunidade, de um planeta. Simplesmente não dá. É uma das razões pelas quais as Novas Terras foram criadas – lá não há sofrimento, não há necessidade de sofrimento nem de lições: para o caso de esta Terra escolher jamais seguir o caminho da liberdade.
Liberdade é liberdade com energia, liberdade com o Eu de alguém, a soberania. Eu digo isso porque vai ser uma das coisas mais difíceis que vocês vão encontrar. Vai ser muito difícil essas duas coisas coexistirem – o sofrimento e a liberdade.
Sintam um instante. Como é possível vocês serem livres, se ainda estão sofrendo na vida?
[Pausa]
Então, para o humano, eu digo neste dia de fantasias e atuação: “Parem de atuar com tanta dúvida. Parem de atuar através do aspecto “Quem? Eu?”.
“Quem? Eu? Realização? E, ainda mais, que estou aqui pra trazer luz para o planeta?” Não vamos sair por aí abrindo portais. Não vamos sair por aí pegando as pessoas na rua e trazendo pra serem doutrinadas. Não é esse tipo de coisa. É simples assim. É realmente muito simples. Eu disse a um grupo recentemente, na nossa Reunião do Limiar (Threshold) e vou adorar compartilhar com vocês.
O escritório do Mestre inclui um banco de praça e uma cafeteria. Só isso. É o trabalho de vocês. Vocês vão para o banco de praça, vão para uma cafeteria ou o que for, esse é seu escritório. Vocês se sentam lá, fazem o que quiserem fazer – leiam, escrevam um livro, escrevam uma peça, leiam o jornal, talvez seja melhor não –, o que for. Observem as pessoas, é sempre muito divertido. Só observem as pessoas. Sintam a energia. E alguns de vocês já estão dizendo: “Ah, não posso fazer isso. Isso é julgar.” Eh, ei, procurem se divertir com isso. [Algumas risadas] É uma observação. Vocês vão perceber, como Mestres, que é realmente apenas uma observação. É tipo: “Uou! Essa pessoa tem problemas com sofrimento. E: “Aquela pessoa está pronta para uma grande mudança na vida dela.” Vocês não vão necessariamente dizer a elas, mas vocês vão começar a observar como cada um está trabalhando com a energia pessoal – como cada um está trabalhando – e finge que não está. Essa é uma grande observação. Vocês veem as outras pessoas lidando com a energia pessoal delas, porque toda energia é pessoal, e elas fingem que não é assim, que vem de fora. É um imenso jogo que o humano joga. Um imenso jogo para vocês observarem enquanto Mestres.
Então, o escritório do Mestre é o banco de praça ou a cafeteria. Banco de praça quando o tempo estiver bom; cafeteria quando não estiver. É onde vocês fazem seu trabalho. Vocês sentam o rabo lá, é. [Adamus ri.] E fazem seu trabalho. E não forçam nada. Não forçam. Vocês estarão naturalmente luminosos. E vão ficar sentados lá e isso vai lançar uma luz sobre potenciais. Vocês não têm nem que saber qual é o potencial pra ninguém. Na realidade, talvez vocês nem queiram saber. Mas simplesmente lancem uma luz que vai mostrar às pessoas que existem alternativas, que elas têm escolha. Muitas vezes, elas vão escolher ficar na rota do sofrimento, infelizmente, porque meio que essa é a doutrina dentro da consciência humana neste momento.
Sintam a consciência de massa um instante. A consciência de massa é como uma grande nuvem com todos os pensamentos humanos e experiências de todos os humanos que estão no planeta ou já estiveram.
[Pausa]
Há muito sofrimento lá. Agora, também tem alegria, tem música, tem risada, famílias, muitas coisas, mas tem uma sombra enorme de sofrimento lá.
O sofrimento não precisa existir em nenhum lugar do universo, em nenhum lugar da criação. O sofrimento não precisa existir, mas, mesmo assim, os humanos ainda escolhem isso. Foram doutrinados, hipnotizados com isso. E, enquanto Mestres, vocês podem liberar a necessidade de sofrer por qualquer coisa. Vocês simplesmente respiram fundo e liberam isso. Não há necessidade de qualquer sofrimento.
Então, estes foram meus comentários de introdução. Meio que amarraremos tudo isso, eu espero, antes de terminarmos este Shoud. Mas, por enquanto, eu gostaria que a querida Linda de Eesa, toda fantasiada de cinza, que a Linda de Eesa Cinza [Adamus ri.] andasse com o microfone, por favor, para a pergunta de sabedoria de hoje para os Mestres.
Sabedoria dos Shaumbra
Certo. Vamos aumentar as luzes e, vejamos, não temos tambores, temos? É. Todo mundo na plateia ficou “cego” [quando aumentaram as luzes]. Certo. A pergunta é... Se você já encontrou nosso primeiro Mestre, a pergunta virá...
LINDA: Escolho antes da pergunta?
ADAMUS: Sempre, sempre.
LINDA: Que encantador. Certo. Acho que vou escolher alguém novato.
ADAMUS: Novato. Você é novata?
KIMBERLY: Sou.
ADAMUS: Sim, e a pergunta é...
LINDA: Espere! Ela é novata. Quero dizer, ela não esteve... Você já esteve presente num Shoud?
KIMBERLY: Não, mas não sou tão novata assim.
ADAMUS: Você não é tão novata. [Ela ri.] Então, ótimo. Agora podemos continuar. A pergunta é: Os humanos – em geral, em geral –, os humanos costumam ferir mais a si mesmos ou os outros?
KIMBERLY: A si mesmos.
ADAMUS: A si mesmos. De que maneiras?
KIMBERLY: Hum...
ADAMUS: Eu não leio sobre isso nos jornais quando olho por cima dos ombros de vocês. E vocês nem têm mais jornal hoje em dia. É muito estranho.
KIMBERLY: É estranho.
ADAMUS: Sim.
KIMBERLY: Os humanos com certeza ferem a si mesmos mais do que os outros... porque nós ferimos os outros, os humanos machucam os outros, é óbvio, mas, quando alguém machuca outra pessoa, acaba ferindo a si mesma internamente, mais do que a outra...
ADAMUS: Cauldre está meio que discordando disso. (N. da T.: Houve uma confusão aí. “Cauldre está discordando”, mas dá um exemplo exato para o que ela disse.) Ele está me dizendo que, quando os pais batiam nele [ela ri], doía mais neles do que nele. [Algumas risadas] Não, não. Não. Não é verdade. Não é verdade. Mas, enfim, prossiga.
KIMBERLY: Não, como eu estava dizendo... Agora, você me fez...
ADAMUS: Não é engraçado como tudo vai pro espaço?! [Eles riem.]
KIMBERLY: Não, os humanos com certeza ferem a si mesmos mais do que os outros. Acho que essa é a minha perspectiva.
ADAMUS: Tá. Mas a gente sempre lê sobre as pessoas ferindo outras. Como não se discute sobre elas ferirem a si mesmas, se é nisso que você acredita?
KIMBERLY: Bem, acho que existem diversas camadas aí. As pessoas ferem a si mesmas, ferem outras e outras pessoas ferem outras. E eu acho que isso é absorvido de três maneiras diferentes, de fato, por todos que participam disso de diferentes ângulos.
ADAMUS: Certo. Não sei onde você parar. [Eles riem.]
KIMBERLY: Também não sei realmente. [Ela ri.]
ADAMUS: É. Então, você costuma se ferir ou já se feriu?
KIMBERLY: Com certeza.
ADAMUS: Como?
KIMBERLY: Não permitindo.
ADAMUS: Não permitindo. Certo, mas me dê um bom exemplo de ferir a si mesma, de algo que você fez pra si mesma.
KIMBERLY: Mantendo relacionamentos com pessoas que me feriam.
ADAMUS: Isso é ferir a si mesma, não é?
KIMBERLY: Sim.
ADAMUS: Por que você faria isso? É meio estranho.
KIMBERLY: É estranho. [Ela ri.]
ADAMUS: Sim, sim. É. Fico feliz que admita isso. Você ainda está nesse tipo de relacionamento?
KIMBERLY: Não. Não, não estou. Honestamente, porque eu sempre sinto como se pudesse consertar tudo.
ADAMUS: Sei, ah, interessante.
KIMBERLY: É. É.
ADAMUS: Interessante. Você adquiriu um pouco mais do que os outros, então, pode consertar tudo. Certo. Que tal consertar a si mesma? Como tem sido?
KIMBERLY: Bem melhor, ultimamente.
ADAMUS: Sei, sei.
KIMBERLY: Bem melhor, ultimamente.
ADAMUS: O que você consertaria?
KIMBERLY: A mim mesma. [Ela ri um pouquinho.]
ADAMUS: Eu sei, mas o que especificamente?
KIMBERLY: O que especificamente? Tenho que liberar velhas feridas.
ADAMUS: Ha-ham. É. Eu vejo... E Cauldre de novo está meio que interferindo... sqixxxx!... estática, cai fora. [Algumas risadas] Estou vendo aqui que você perdeu algumas grandes oportunidades na vida, talvez uma oportunidade de carreira que você realmente queria, mas não aproveitou, e outras coisas assim, ou mesmo um relacionamento que queria ter, mas não conseguiu. Quem atrapalhou tudo pra você?
KIMBERLY: Eu mesma.
ADAMUS: Sim.
KIMBERLY: É.
ADAMUS: Grande momento. Por quê? Eu vejo algumas lindas oportunidades que você teve e destruiu. Autodestruição.
KIMBERLY: Eu realmente gosto do jeito difícil. O que posso dizer? [Eles riem.]
ADAMUS: “Eu realmente gosto do jeito difícil.” Não, que tal colocar isso no passado – shirrrrzzz!
KIMBERLY: Sim.
ADAMUS: Você gostava do jeito difícil.
KIMBERLY: Exatamente.
ADAMUS: Mas por quê? É uma coisa interessante. Por quê?
KIMBERLY: [suspirando] Não sei dizer.
ADAMUS: Mas pode.
KIMBERLY: Posso! [Ela ri.]
ADAMUS: Invente algo.
KIMBERLY: Por que eu gostava das coisas do jeito difícil?
ADAMUS: Isso, é.
KIMBERLY: Porque acho que, no passado, eu estava sempre tentando me convencer de que tudo vinha antes de mim.
ADAMUS: Certo.
KIMBERLY: Que eu não estava criando isso. Eu não estava... Você tenta e encontra outra coisa onde jogar seus problemas...
ADAMUS: Certo, certo.
KIMBERLY: ... e era sempre fora e nunca me confrontava comigo mesma, realmente.
ADAMUS: Então, podemos encerrar isso agora?
KIMBERLY: Sim.
ADAMUS: Digo, foi um grande jogo, e só.
KIMBERLY: Era um grande jogo. Sim.
ADAMUS: Foi meio que uma atuação de consciência tola. [Ela ri.] Mas vocês todos fazem isso, e a humanidade ainda faz isso. Mas, voltando à pergunta original, então, você acha que os humanos ferem mais a si mesmos do que ferem os outros? [Ela pensa.] Foi o que você disse.
KIMBERLY: Sim, foi o que eu disse.
ADAMUS: Em que proporção? Tipo 49% ferindo os outros e 51% ferindo a si mesmos?
KIMBERLY: Espere. Sabe de uma coisa? Vou mudar minha resposta. Realmente não poderia dizer.
ADAMUS: Tudo bem, não poderia dizer.
KIMBERLY: Não poderia dizer.
ADAMUS: Tá. Então, você tem que ir para o banheiro agora. [Ela ri.] Digo, é um jeito de... Acho que é outra forma de dizer “eu não sei”. “Não poderia dizer.” [Ela está rindo.] Acho que é a mesma coisa, mas vou liberar você. [Risadas] Então, tá, tudo bem. E escute os outros responderem. Mas você sabe o que aconteceu aqui enquanto conversávamos?
KIMBERLY: O quê? Eu mudei de ideia? [Ela ri.]
ADAMUS: Não, não. Você está passando um mau bocado pensando neste momento?
KIMBERLY: Um bocadinho, sim.
ADAMUS: É. Você tinha algo que precisava ser liberado e isso foi acionado. É.
KIMBERLY: Obrigada.
ADAMUS: Ótimo. Obrigado.
Próximo. Mesma pergunta. Os humanos costumam ferir mais a si mesmos ou os outros? Sim? Pode se levantar?
MULHER SHAUMBRA: Pode repetir a pergunta?
ADAMUS: Claro! Com todo prazer.
MULHER SHAUMBRA: Obrigada.
ADAMUS: Por sinal, me desculpem, mas uma das coisas que estamos fazendo hoje... estou falando, estou distraindo vocês, mas tem uma coisa... ah, como diriam? É como uma névoa mental que vai estar presente o dia todo, e por um bom motivo. Eu explico depois. Então, qual foi minha pergunta?
MULHER SHAUMBRA: Eu não sei. Você tem que me dizer. [A plateia faz “ohh”.]
ADAMUS: Sim, bem, você não deve dizer isso aqui. Então, eu vou...
MULHER SHAUMBRA: Ah, desculpe. Desculpe.
ADAMUS: ... voltar no tempo. [Risadas] Certo, vamos voltar no tempo. Vamos começar tudo de novo. Então, querida Mestra, os humanos ferem mais a si mesmos ou os outros?
MULHER SHAUMBRA: Uau. Eu acho que ferimos mais a nós mesmos.
ADAMUS: Sim, sim.
MULHER SHAUMBRA: A menos que a gente se faça de vítima, o que não deveríamos.
ADAMUS: Certo. Você já feriu alguém?
MULHER SHAUMBRA: Bffff! [Adamus ri.] Provavelmente.
ADAMUS: Provavelmente. Emocionalmente ou fisicamente? Você já deu um tapa em alguém?
MULHER SHAUMBRA: Provavelmente. [Elizabeth está rindo.]
ADAMUS: [falando com Elizabeth] Chama-se distração. Ela está muito na cabeça. Tenho que quebrar isso de alguma forma.
ELIZABETH [rindo]: Certo. Entendi.
ADAMUS: Então, podemos voltar no tempo de novo, se não gostou disso. Não, eu gostei. Então, tá. Então, o que você já fez para ferir a si mesma?
MULHER SHAUMBRA: Bem, eu costumo me culpar por tudo...
ADAMUS: Sei. Bem, a culpa é sua. Por que não?!
MULHER SHAUMBRA: Certo. Claro. [Algumas risadas]
ADAMUS: Brincadeirinha!
MULHER SHAUMBRA: Oh.
ADAMUS: É pra vocês rirem agora. Tudo bem. Não. Você se culpa por tudo. O que mais?
MULHER SHAUMBRA: Quando olho pra trás na minha vida, é difícil encontrar outras pessoas pra culpar pelas minhas dificuldades. É sempre sobre algo...
ADAMUS: Não, a culpa é toda sua.
MULHER SHAUMBRA: Sim, eu sei. É como se eu...
ADAMUS: Digo, não as vidas das outras pessoas, mas a sua vida.
MULHER SHAUMBRA: Certo.
ADAMUS: Não, a culpa pela sua vida é totalmente sua. Não, realmente! [Adamus ri.]
MULHER SHAUMBRA: Bem, percebo que sou a mestra da minha alma, a mestra do meu navio ou como for. Depende de mim. E aí reside meu poder.
ADAMUS: É, mestre da própria decepção. É. Então, quando falo de se ferir nesta existência, o que você acha... você chega ao Clube dos Mestres Ascensos um dia, faz a passagem e diz: “Nossa, foi isso aqui que eu fiz.” Resuma em uma coisa. O que você realmente fez pra se ferir?
MULHER SHAUMBRA: Oh, ter dúvida, talvez.
ADAMUS: Dúvida. Certo. E o que a dúvida fez você fazer com sua vida?
MULHER SHAUMBRA: Tomar decisões ruins.
ADAMUS: Sim. E o que mais?
MULHER SHAUMBRA: Hum...
ADAMUS: Linguagem corporal é tudo aí. Digo...
MULHER SHAUMBRA: É. Eu sei. [Ela ri.]
ADAMUS: Você está dizendo com linguagem corporal.
MULHER SHAUMBRA: Certo.
ADAMUS: Você se manteve encolhida.
MULHER SHAUMBRA: Sim.
ADAMUS: Você está um pouco cinza demais, entenda.
MULHER SHAUMBRA: Sim, eu estava pensando nisso mais cedo.
ADAMUS: Sim, sim! Como ela [Linda] está personificando a “cinzetude” dentro dos Shaumbra. Você permaneceu muito encolhida e se escondeu, e isso está ferindo você. Quero que todos vocês realmente ouçam isso. Permanecerem encolhidos é ferir a si mesmos. Vocês se colocam na própria prisão e se fecham. Por quê? Temos grandes coisas pra fazer aqui neste planeta. Você tem que achar um banco de praça ou uma cafeteria onde se sinta à vontade pra brilhar sua luz pro maldito mundo, e não dá pra fazer isso ficando encolhida. Você não precisa subir num palco e não precisa dar grandes palestras nem lançar um livro bestseller. Você só precisa, como fazemos juntos aqui, colocar a bunda num banco de praça ou na cadeira duma cafeteria e irradiar, iluminar sua luz, ficar aberta. Só isso. Mas não dá pra fazer isso ficando encolhida.
MULHER SHAUMBRA: Certo.
ADAMUS: E você tem muitas dúvidas, ainda tem neste momento, tipo: você duvida se deveria estar aqui neste momento, seja no planeta ou no Centro de Conexão do Círculo Carmesim.
MULHER SHAUMBRA: Não, não duvido, não.
ADAMUS: Não duvida. Tudo bem.
MULHER SHAUMBRA: Eu só estou demonstrando ansiedade e é o que estou vivenciando no momento.
ADAMUS: Não, claro, claro. E, na verdade, não é isso. É que tem uma névoa intencional na sala. Daí, você pega o microfone... e eu estou sendo... como se diz?
LINDA: Um canalha? [Muitas risadas]
ADAMUS: Eu ia dizer um Mestre intenso, mas... [Mais risadas] No caso de não terem ouvido [olhando para a câmera], alguns comentários foram: “canalha” e “babaca”. Será que eu pareço...? Ah, não respondam. [Risadas] Certo. Isso é o que chamo de “imensa distração”. Respirem fundo, vocês todos. Muita coisa está acontecendo aqui.
Dúvida e manter-se encolhida foram as feridas que você causou a si mesma nesta existência. E por quê? Não tem diversão. É.
MULHER SHAUMBRA: Certo.
ADAMUS: Certo. Alguma coisa que queira contar pra mim?
MULHER SHAUMBRA: Não neste momento.
ADAMUS: Tudo bem. Depois?
MULHER SHAUMBRA: Provavelmente.
ADAMUS: Certo. Obrigado. E foi a Linda que escolheu você. [Linda ri.] Tô fora dessa parte. Certo. Próximo. Prosseguindo.
LINDA: Vou me arriscar aqui.
ADAMUS: Certo. Ei, “Quem? Eu?”. Vamos lá! Vamos lá! [Adamus ri.]
GARRY: Olá.
ADAMUS: Então, os humanos... Você é psicólogo, creio eu.
GARRY: Normalmente.
ADAMUS: Normalmente, sim. Não, é ótimo, porque o que você... Bem, temos muita coisa pra conversar.
GARRY: Sim, temos.
ADAMUS: Vamos falar no ProGnost sobre a psicologia do planeta nos próximos 20, 30 anos. Será fascinante. Já falamos muito de tecnologia. Agora, vamos entrar na psicologia do que está acontecendo. Mas, enfim, os humanos costumam ferir mais a si mesmos ou os outros?
GARRY: Ah, a si mesmos.
ADAMUS: O que eles fazem?
GARRY: Negam quem realmente são...
ADAMUS: Certo. Certo. E o que mais?
GARRY: ... com base na ignorância inicial até se tornarem conscientes.
ADAMUS: Certo.
GARRY: E, quando nós nos tornamos conscientes e continuamos a nos sabotar, é quando ocorre o maior prejuízo.
ADAMUS: Certo. Ótimo. Ótimo. Então, falando de uma pessoa mediana, você diria que ela se fere e fere os outros em que proporção?
GARRY: Na verdade, é 100% ferindo a si mesma.
ADAMUS: Cem por cento. Certo. Ótimo. E por que você diz isso?
GARRY: Porque todo ser humano tem o potencial da total responsabilidade, mesmo que seja uma criança.
ADAMUS: Sim. Verdade.
GARRY: Não é culpá-lo pelo – aspas – “julgamento medíocre” ou por não ter informação suficiente, mas reconhecer que ele não ser responsável o mantém limitado, ao dizer: “Você não é bom o suficiente pra realizar a percepção de seu verdadeiro Eu.”
ADAMUS: É, e realmente não tem valor alguém dizer: “Não tenho conhecimento ou informação suficiente, portanto, não sou responsável.” Não tem valor, porque todo mundo tem isso dentro de si e não tem nada a ver com conhecimento, informação, educação, inteligência nem nada disso. Nada a ver com isso. Ótimo. Certo. Mais duas pessoas. Obrigado.
GARRY: Obrigado.
ADAMUS: Você deve colocar isso que você acabou de dizer em palavras e desenvolver um pouco mais.
GARRY: Como um certificado.
ADAMUS: É, sim. E colocar num certificado. É. Por cinco dólares. [Algumas risadas] Ótimo. Os humanos costumam ferir mais a si mesmos ou os outros?
MARY SUE: Também acredito que nos ferimos cem por cento.
ADAMUS: Cem por cento. Tudo bem. Por quê?
MARY SUE: Porque não há separação. É tudo nossa energia.
ADAMUS: Tudo bem. Certo. Certo. Ótimo. Então, por que é que se ouve nas notícias toda hora que alguém feriu outras pessoas?
MARY SUE: Porque achamos que é fora de nós, que a energia está fora de nós, que os eventos em nossas vidas estão fora de nós. E estamos sempre reagindo a eles.
ADAMUS: Então, para o humano típico, se você fizesse a mesma pergunta, “Você está se ferindo ou tudo vem de fora?”, o que ele diria?
MARY SUE: Culparia os outros.
ADAMUS: Culparia os outros. E quantos por cento você acha que ele atribuiria a ele mesmo, o humano típico?
MARY SUE: Talvez 20, 25.
ADAMUS: Isso está absolutamente correto. Sim. Sim. Ele assume a responsabilidade por uns 20% e o restante vem do mundo externo, o restante vem dos outros.
MARY SUE: Isso.
ADAMUS: É. Então, é muito difícil – voltando para uma de minhas observações de hoje –, é muito difícil o sofrimento e a liberdade coexistirem. Bem, é por isso que estamos aqui. É por isso que estamos aqui. Ótimo.
MARY SUE: Tudo bem.
ADAMUS: Mais uma pessoa.
LINDA: Certo.
ADAMUS: Os humanos costumam ferir mais a si mesmos ou os outros?
HOMEM SHAUMBRA: A si mesmos.
ADAMUS: A si mesmos. E por que você diz isso?
HOMEM SHAUMBRA: Por causa de todas as razões que todo mundo disse.
ADAMUS: Certo. Quer acrescentar algo aí?
HOMEM SHAUMBRA: Culpa, dúvida, tudo isso.
ADAMUS: Sim, sim. O que você fez pra se ferir?
HOMEM SHAUMBRA: Mantive um relacionamento por mais tempo do que deveria ter mantido.
ADAMUS: Sei. Mais tempo, quanto?
HOMEM SHAUMBRA: Até agora. [Risadas]
ADAMUS: Sei, bem, a pessoa não deve estar vendo isso hoje, está?
HOMEM SHAUMBRA: Não sei.
ADAMUS: Você não sabe. Certo. Por quê? Por que você faria isso?
HOMEM SHAUMBRA: É como um programa, eu acho, que vem rodando há um bom tempo.
ADAMUS: Certo, certo. Certo. O programa sendo o quê? Você não conseguir lidar com as coisas por conta própria?
HOMEM SHAUMBRA: Restrições, dinheiro, essas coisas que não importam.
ADAMUS: Certo. E não importam mesmo. Quero dizer, são reais, de certo modo, quando a pessoa vive essas questões. Elas são muito reais. E: “O que acontece se cortarmos isso?” Veja, mesmo financeiramente, o que vai acontecer? Mas também: onde fica aquele estranho sistema de suporte com o qual você se acostumou?
HOMEM SHAUMBRA: É.
ADAMUS: Onde fica? Será que você consegue lidar com as coisas por conta própria? Será que você vai encontrar alguém que vai amá-lo? Você consegue ficar sozinho sem isso? E, você está certo, é uma programação. Quando você vai acabar com ela?
HOMEM SHAUMBRA: Em breve. [Eles riem.]
ADAMUS: Amanhã...
HOMEM SHAUMBRA: É.
ADAMUS: ... que nunca chega, realmente. Não, quero dizer, eu gostaria de uma resposta clara. Quando você vai acabar com isso? [Ele pensa.] Você está com o seu celular? Podemos fazer uma ligação agora mesmo. [Algumas pessoas da plateia fazem “oh”.]
HOMEM SHAUMBRA: Eu gostaria de dizer “agora”.
ADAMUS: Agora. Mas por que não? Por que não? O que segura você nesse relacionamento?
HOMEM SHAUMBRA: Medo.
ADAMUS: De? [Ele pensa.] Quando você disser, na verdade, isso vai ser muito bom pra você conseguir sair dessa.
HOMEM SHAUMBRA: É.
ADAMUS: E, por sinal, tem gente na sala com histórias bem piores, então, não se preocupe de passar dos limites aqui. Bem piores. Medo de quê? Qual é a pior coisa – invente qualquer coisa –, qual é a pior coisa que você imagina? Medo de quê?
HOMEM SHAUMBRA: Julgamento.
ADAMUS: Julgamento. De quem?
HOMEM SHAUMBRA: Dos outros.
ADAMUS: Dos outros. De que você não consegue lidar com um relacionamento?
HOMEM SHAUMBRA: Acho que, em parte.
ADAMUS: Outras pessoas vendo você e o modo como elas olham pra você e tal, é.
HOMEM SHAUMBRA: Ha-ham.
ADAMUS: Certo. É uma coisa bem real, de certo modo, mas é tudo uma grande atuação.
HOMEM SHAUMBRA: Sim.
ADAMUS: Digo, é realmente uma enorme atuação. Então, você vive esse relacionamento e fica meio que... basicamente: “Bem, espero que melhore, mas talvez não vá melhorar. E fico indeciso, e não vou mudar nada.” Daí, quando vê, 20 anos se passaram e é assim: “Por que não fiz alguma coisa lá atrás?” Agora, não estou dizendo pra deixar o relacionamento. Eu não disse isso, não. eu disse pra mudar o relacionamento.
HOMEM SHAUMBRA: Faz total sentido.
ADAMUS: É tudo que você tem que fazer. É. E, se isso significar deixá-lo, tudo bem. Se significar deixá-lo por um tempo, tomar um ar, afastados um do outro, tudo bem. Mas mude a dinâmica do relacionamento. Quanto tempo estão juntos?
HOMEM SHAUMBRA: Doze anos.
ADAMUS: Sei. E você acha que esse relacionamento tem algo a ver com carma, vidas passadas, experiências anteriores juntos?
HOMEM SHAUMBRA: Muito.
ADAMUS: Muito. Certo, mude isso. Libere o carma. Agora, você pode fazer isso ou ambos podem fazer juntos. Se fizer isso, diga: “Chega desse carma.” Carma é como um carrossel, fica lá girando e girando até você dizer: “Estou caindo fora.” Agora, isso pode deixar essa pessoa com que você está muito chateada, porque ela quer continuar andando no carrossel, e você tem que estar disposto a enfrentar isso. Você nem precisa dizer pra ela. Só diga: “Estou fora desse carrossel de carma. Estou cheio disso, acabou, terminou. Tudo está resolvido.” Mas, por outro lado, a pessoa também pode dizer: “Não sei o que é, mas algo melhorou neste relacionamento e estou vendo você de uma forma totalmente diferente.”
HOMEM SHAUMBRA: Hum.
ADAMUS: Então, quando eu digo pra mudá-lo não significa ir embora amanhã. Significa mudá-lo, certo?
HOMEM SHAUMBRA: É. Faz sentido.
ADAMUS: Tem muito carma velho aí. Muita, muita, muita culpa aí. E a culpa é realmente uma das piores coisas. A culpa e a vergonha do humano são coisas muito difíceis. Ótimo.
HOMEM SHAUMBRA: Esgota a energia.
ADAMUS: Esgota. Esgota. Sim. E você tem muita coisa com o dragão acontecendo neste momento na sua vida. Seu dragão está arrancando essas coisas, e é complicado e difícil ter que lidar com isso agora. Mas o dragão está aí por uma boa razão: limpar essa sujeira. Pode apostar.
HOMEM SHAUMBRA: Obrigado.
ADAMUS: Ótimo. Mais uma pessoa. É muito divertido – pra mim. Pra mim, não pra vocês! Minha nossa! [Adamus ri.] Não. Quem quer realmente pegar o microfone? Os humanos costumam ferir mais a si mesmos ou os outros?
MARY: A si mesmos.
ADAMUS: A si mesmos. Quanto?
MARY: Provavelmente, cem por cento, é.
ADAMUS: Cem por cento, tudo bem.
MARY: Acho que... é.
ADAMUS: O que eles fazem pra se ferirem, ferirem a si mesmos?
MARY: Duvidam de si mesmos, se sabotam, não confiam em si mesmos. Eles... hum...
ADAMUS: Como isso acontece? A pessoa tem dúvida, falta de confiança e todo o resto. Como ela atua, então?
MARY: Bem, como você disse há alguns minutos, se mantendo encolhida. E isso tem peso. Ficar encolhido é um problema crescente.
ADAMUS: Ficar encolhido é um problema crescente. É, é. [Algumas risadas] Camisetas. Por que alguém não...? Sart, era pra você ter uma fábrica de camisetas num caminhão ou algo assim, e quando surgisse uma dessas você corria lá e imprimia as camisetas. [Ela ri.]
SART: Preciso fazer isso.
ADAMUS: Ficar encolhido é um problema crescente. Sim, é. Mas de que outra forma a pessoa age? E vou dar um exemplo de pronto. Se cortando, se cortando. Sabem como é.
MARY: Ah, nossa, sim.
ADAMUS: As pessoas simplesmente... slisssh! slissh!... elas se cortam. Por quê?
MARY: Não tenho... bem...
ADAMUS: Não estou dizendo que você faz isso; estou dizendo que as pessoas fazem.
MARY: Sim. Sim. Têm autoaversão.
ADAMUS: Autoaversão, é. Isso. E, por não estarem sendo punidas o suficiente pelo mundo externo, elas começam a fazer isso consigo mesmas.
MARY: Exatamente. É.
ADAMUS: Mas também é uma forma interessante de sentir.
MARY: Sim, exatamente.
ADAMUS: Os humanos... os humanos...
MARY: É uma sensação. Sim.
ADAMUS: Falaremos sobre isso no ProGnost, mas a sensação humana, a capacidade de sentir e ter uma sensação está diminuindo cada vez mais. Está ficando mais cinza, o tempo todo. Obrigado, Linda. [Algumas risadas por causa da Linda fantasiada literalmente toda de cinza.] Está ficando mais cinza. Então, é preciso fazer coisas pra criar empolgação na vida.
MARY: Acho que a energia no planeta, em geral, está aumentando de diversas maneiras, por causa da gente e tudo mais, e há uma noção de que temos que sentir alguma coisa. E, ainda assim, a sociedade, a tecnologia e todas as máquinas e tudo mais têm a ver com não sentir. Então, é uma forma de cruzar essa ponte entre esses mundos pra chegar no sensual, na sensação.
ADAMUS: Sim, sim, mesmo que machuque.
MARY: Mesmo que machuque.
ADAMUS: Ao menos, é uma sensação. E, quando a pessoa sente algo, isso lembra que ela está viva, mesmo que seja ruim.
MARY: Exatamente, é.
ADAMUS: Quero dizer, é muito estranho. A psicologia humana é realmente estranha. E daqui a pouco vai estourar o “estranhômetro”.
MARY: Sim.
ADAMUS: É simplesmente muito estranho, muito estranho. Ótimo. Obrigado pelas respostas, todos vocês.
Resposta de Adamus
Minha resposta é consistente com o que todos disseram. Os humanos ferem mais a si mesmos do que os outros. Vocês leem no jornal sobre o que os humanos fazem a outros humanos porque, bem, não daria uma boa leitura, eu acho, mencionar toda essa dúvida de si mesmo, esse sofrimento pessoal etc. Mas eu diria que perto de cem por cento das energias de sofrimento e dor são usadas na própria pessoa e, de vez em quando, usadas externamente pra ferir outros só porque simplesmente há essa necessidade de exteriorizar isso.
De fato, fico surpreso de não haver mais violência no planeta, essas ações das pessoas. Você ouve sobre elas de vez em quando, um tiroteio, bomba ou algo assim. Mas, considerando tudo que os humanos estão mantendo neste momento, toda dor e sofrimento que estão proporcionando a si mesmos... o mais triste é que eles não sabem mesmo como se livrar disso. Não sabem como sair disso, então, continuam indefinidamente. Ou não falam a respeito disso, ou não têm nenhum mecanismo pra liberar isso. Então, estão se ferindo. E não tem que ser algo físico; pode ser através de tudo, drogas, álcool, vícios. Pode ser encolhendo-se, vivendo no cinza. Pode ser vivendo constantemente na escuridão – em outras palavras, sem ver todos os potenciais em sua vida – porque não se sentem merecedores. Mas há uma tremenda quantidade de sofrimento autoimposto no planeta.
É por isso que retorno à afirmação de que vai ser muito, muito difícil realmente a liberdade e o sofrimento coexistirem. E estou dizendo pra servir de precaução no que vocês farão aqui no planeta trazendo luz, porque vai ter hora que vocês realmente sentirão uma tristeza, no planeta, que nunca sentiram antes; quando se está muito aberto ao sentimento, dá pra sentir o que as pessoas estão fazendo. É difícil às vezes até para os Mestres Ascensos virem ao planeta trabalhar com os humanos, porque, quanto mais sensíveis formos, e sentindo como sentimos, é difícil ver os humanos vivendo nesse estado hipnótico de sofrimento, sabendo que não precisa ser desse jeito. E adivinhem uma coisa. Felizmente, vocês serão aqueles que farão uma enorme mudança em toda essa reação em cadeia no planeta.
Vocês não estão aqui para sua iluminação nem pra trabalharem na sua iluminação. Vocês estão aqui pelos potenciais para o planeta. Pode ou não funcionar. Eles podem assumir isso, ou não. Realmente não importa. O que importa é que vocês estão aqui pra mostrar a eles que pode haver muito mais que isso.
E comecei dizendo que vocês estão... Adoro fantasias, atuação, porque vocês percebem que há muitas partes de vocês, facetas de vocês. E, quando vocês se fantasiam, vocês atuam um pouquinho, vocês percebem que não precisam jogar mais aquele jogo humano, vestir aquela roupa da dúvida ou mesmo do pensamento de que o que estão fazendo aqui no planeta nesta existência é algo inadmissível. Não é. Não é. Na verdade, é fácil. Eu sei que vocês podem pensar: “Quem? Eu?” Esse aspecto do “Quem? Eu?” chega e diz: “Estou aqui pra fazer isso? Sou só um idiota.” Não. Não.
Vamos parar de jogar esse jogo, certo? Jogamos o jogo do “qual é seu jogo?” quando estivemos na Áustria, recentemente. Qual é seu jogo? Vamos parar de jogar esse jogo do “Quem? Eu?”. Vamos parar de jogar esse jogo do “Não sei se estou pronto pra tudo isso”.
Tempos interessantes virão pela frente e podem ser muito divertidos, podem ser alegres. Algumas vezes, haverá uma tremenda tristeza, porque vocês verão o sofrimento que as pessoas levam pra si mesmas e que não precisavam levar. Não é um sofrimento que vem de fora. E é por isso que eu digo, Shaumbra, gente, parem de travar essas batalhas com toda a fúria corporativa ou com seu aspecto opressor e todo o resto.
O sofrimento humano vem do humano, não de fora, não de corporações, de políticos, de instituições nem nada disso. O sofrimento que os humanos levam pra si mesmos vem deles mesmos. É por isso que eu digo pra largarem essas causas. Larguem todas essas lutas e batalhas. Vocês têm que parar e sentir um instante o que a energia realmente é e o que a consciência realmente é. E é assim, é assim que um planeta muda. Vocês lutam contra o que quer que seja. É a batalha do dia. Vocês lutam contra isso e é uma batalha perdida. Vocês na verdade validam a energia da opressão, venha a opressão de onde vier: corporações ou sabe lá de onde, alienígenas, políticos ou o que for. Vocês validam isso quando lutam. Temos outro trabalho pra fazer neste planeta e é reconhecer que o sofrimento humano vem de dentro. Ele vem de dentro.
Vamos respirar bem fundo com isso. Respirem fundo.
[Pausa]
Maturidade Espiritual
Quero falar um pouquinho de maturidade, maturidade espiritual. Maturidade é uma palavra engraçada. Eu gostaria que houvesse uma melhor, mas “evolução” ou “sabedoria” acho que poderiam ser palavras melhores. Maturidade.
A maioria dos humanos não tem a maturidade ou a sabedoria pra lidar com a energia. Eles vão se ferir com ela. Se, de repente, nós fôssemos capazes de mostrar aos outros humanos o que a energia realmente é – se passássemos por toda essa coisa de que energia é comunicação, de onde ela vem, é assim que ela serve vocês –, a maioria usaria a energia pra se ferir ou ferir outros. Mais provavelmente a si mesmos. E, depois, possivelmente, outros. E esse sofrimento, se alguém realmente compreendeu o que é energia e como ela funciona, pode ser mais potente do que uma bomba nuclear, do que qualquer arma que exista atualmente no planeta, só porque de repente ela entende o que é energia.
Levamos muito tempo pra chegar a este ponto. Falamos de energia durante anos. Se pesquisarem em todo o conteúdo do Círculo Carmesim – de Tobias ou de mim, ao longo dos anos –, provavelmente a palavra mais usada além de “o/a” ou “e”, provavelmente é “energia”. Falamos sobre ela faz tempo, realmente preparando vocês pra este ponto, em que, antes de tudo, vocês se tornaram sábios o suficiente pra perceber que qualquer experiência na vida, particularmente de sofrimento, dor, tristeza ou algo assim, não vem de fora. Não vem. Vocês jogaram com isso do lado de fora, mas tudo veio realmente de dentro.
Qualquer experiência que tenham tido trouxe vocês, em último caso, até o ponto de sabedoria e o ponto de entendimento em que... Até agora, até chegarem a este nível de sabedoria e maturidade, vocês realmente não conseguiam receber a energia em sua vida de um jeito novo e diferente. Fomos meio que desenvolvendo isso, seguindo até aí, mas agora vocês estão no ponto – vocês têm a sabedoria, vocês têm a maturidade pra realmente deixarem a energia servir vocês. Falamos sobre isso durante 5,2 anos, pelo menos, ou talvez mais, e agora chegou a hora. É como um grande... Vejam, falamos sobre isso, então não é algo novo, mas o que é novo é realmente fazer isso.
Eu gostaria de usar hoje, este Shoud de Halloween, como um ponto de transição. Falamos muito sobre deixar a energia servir vocês, sobre o que é energia e tudo mais. Agora, vamos simplesmente fazer isso. Não vai acontecer necessariamente da noite para o dia, mas o velho processo mudou. Vocês têm a maturidade, agora, pra conduzir, pra usar, pra permitir a energia.
Respirem bem fundo com isso e sintam. Vocês não vão se ferir – é o que estou dizendo –, então, parem de ter medo da energia. E vocês não vão ferir outros.
Então, peguem toda essa coisa conceitual, teórica, e de onde ela vem, como é utilizada e tudo mais, peguem isso agora e tragam da mente, de um pensamento ou de uma filosofia, para todo o seu ser, todo o seu corpo. Em outras palavras, permitam que a energia agora sirva vocês.
Vocês têm a maturidade, mesmo que alguns de vocês estejam duvidando disso no momento, dizendo: “Bem, estou perto, mas ainda não cheguei lá.” Não, vocês chegaram lá. É um jogo, um imenso jogo de fingir que não chegaram lá ainda. E alguns de vocês jogam esse jogo porque ficam: “Não estou bem certo se estou pronto pra isso.” Vocês estão prontos.
A energia é toda de vocês, pra começo de conversa, e agora não tem nada, nada, nada que vocês façam com a energia que vá machucar vocês. Isso ficou no passado. Acabou. Fim. Nada. Vocês não vão se ferir nem vão ferir outros. Vocês não vão... de repente, a energia está trabalhando pra vocês... vocês não vão, de repente, começar a usar drogas, a beber demais ou a agir de maneira estranha – mais estranha do que já agem. [Algumas risadas]
Assim, respirem fundo. E eu quero transformar isso de um conceito, uma filosofia, um ensinamento em realidade encarnada, mas preciso que vocês se juntem a mim pra isso. Respirem fundo e permitam.
É muitíssimo simples, de fato. Muitíssimo simples, mas leva um tempo pra acontecer.
Vocês têm a sabedoria agora. E, repito, estou ouvindo alguns dizendo: “Não estou pronto ainda.” Ou: “Não estou bem certo.” Não. Vocês estão. Ouçam – vocês têm um Mestre Ascenso dizendo isso pra vocês: “Vocês realmente têm a sabedoria pra permitir que a energia sirva vocês.”
Respirem fundo e incorporem isso agora, no sentido de levar esse pensamento da cabeça para o ser inteiro. Incorporem isso. Vivam isso. Verdadeiramente, vivam isso.
[Pausa]
Ótimo.
Vejam, maturidade, sabedoria, se vocês não tivessem isso, se uma pessoa não tivesse isso e, de repente, tomasse um elixir e soubesse como fazer a energia trabalhar pra ela, sim, a energia poderia esmagá-la. Ela poderia usá-la erroneamente. Ela usaria, primeiro, pra ferir a si mesma. Ferir-se é uma forma de se testar: “Será que mereço? Posso superar esse obstáculo ou empecilho? Posso superar essa lição autoimposta?” Não precisamos mais disso. O que precisamos é permitir que a energia sirva vocês.
Magia Prática para o Merlin Moderno
Seguindo. Na nossa sessão passada, introduzi essa coisinha chamada “Magia Prática para o Merlin Moderno”, coisas bem básicas e simples, coisas muito fáceis.
Sobre o que falamos da última vez, no último Shoud? Qual foi a magia prática? [Uma mulher responde: “Abrir-se para a energia.”] Manter-se aberto para a energia, sim. Mesmo que, vejam bem, um acidente de carro for iminente ou vocês estiverem vendo um jarro caindo da prateleira que vai atingir sua cabeça, o que quer que seja, ou estiverem prestes a entrar numa briga com seu cônjuge, ou o que for... há uma tendência a internalizar, conter a energia. É como fechar uma torneira. Vocês querem reduzir o volume de água que está saindo. Não. É pra fazer exatamente o oposto. É quando vocês respiram fundo e usam a palavra de gatilho, se tiverem uma, ou um pensamento de gatilho, o que for. Vocês param um instante e se abrem. Digo, é meio estranho, porque vocês pensam: “Por que eu deveria me abrir nessa hora ao que pode ser um verdadeiro desastre?” Essa é a mágica, porque, de repente, vocês estarão se abrindo para a energia. Vocês estarão permitindo mais probabilidades, possibilidades e potenciais do que nunca. É quando a mágica ocorre. É quando ela ocorre.
A Magia Prática de hoje para Merlins Modernos é muito simples. Falamos sobre ela antes, mas eu quero que isso fique registrado nos livros de história: é que 100% da energia com que vocês se deparam é de vocês. Não há qualquer energia que venha de fora.
Pra mim, isso é muito simples, muito óbvio. Mas, ainda assim, sintam a humanidade, as outras pessoas, as pessoas que vocês conhecem. Elas buscam energia noutro lugar. Podem não chamar de energia. Podem chamar de contracheque ou suporte emocional. Podem chamar do que for. Elas buscam fora, incluindo lugares como Deus. Deus não tem qualquer energia. Quero dizer, mesmo que vocês fossem implorar a Deus, ficassem de quatro ou de joelhos, rezando: “Pode me dar um pouco de energia?” Deus diria: “Não tenho nenhuma. Não tenho nenhuma. Sou só consciência. Do que você está falando? Não sou energia.”
Ela está toda em vocês. Cada pedacinho dela. Quando entenderem isso, que não há nada fora... e, repito, uma dessas coisas estranhas... vocês ficam: “Tá, mas aquela árvore lá fora não é uma energia em mim.” É. É. Toda ela é sua energia. Não há realmente uma árvore lá fora. Não existem árvores. É tudo energia de vocês. O que vocês estão vendo bem aqui [apontando pra si mesmo], meus caros amigos, é sua energia. É isso.
Nós jogamos um grande jogo aí, o de que a energia está do lado de fora e que de alguma forma vocês têm que ir fora pra obtê-la. Jogamos um grande jogo de que mesmo eu sou uma energia externa chamada Adamus Saint Germain. Não, é uma energia de vocês.
Meio que assusta a mente. A mente fica: “Bom, eu não sei. Vou tocar em você. Não, você não é...” É uma energia de vocês. É tudo uma impressão de vocês. E eu digo que é uma “energia” de vocês... vocês também poderiam substituir a palavra “impressão”. É basicamente a mesma coisa. Energia é apenas uma forma de perceber as coisas, ter uma impressão. Energia é uma canção. É uma comunicação. É uma forma de perceber e vivenciar as coisas.
Então, Magia Prática para o Merlin Moderno é, de repente, entender: “É a minha energia aí. Toda minha.”
Os humanos gostam de culpar outras pessoas e gostam de achar que tudo está fora deles, e que eles não têm bosta quase nenhuma, têm pouquíssima coisa e não têm nenhum controle. Isso é um jogo. É um jogo ruim, mas é um jogo. E os Merlins modernos percebem: “Não, é tudo minha energia, minha percepção. Não preciso buscar nada. Não preciso de energia de lugar nenhum. Não preciso da aprovação de ninguém sobre coisa alguma. É tudo meu.” Então, a diversão começa, porque vocês percebem que não tem a ver com forças externas invadindo e atacando vocês, e tentando roubar seu naco, as nozes que vocês armazenaram para o inverno. É assim: “Espera aí. Isso tudo são minhas nozes e os invasores são todos eu mesmo.” E assim: “Uau, é um jogo e tanto!” Então, vocês começam a se divertir.
É incompreensível para a mente, porque a mente fica: “Não, não, não, não pode ser, porque eu vejo outras pessoas.” Na verdade, não, não vê. Há uma impressão de que existem outros seres com alma. Vocês têm uma impressão da consciência deles, mas é através da energia de vocês que vocês os percebem. Em outras palavras, vocês realmente não percebem eles. Ou seja, não é a energia deles. É a impressão de vocês. É o programa de TV ou filme de vocês sobre eles. Imaginem que a energia seja uma grande nuvem, uma névoa, e ela é toda de vocês. Há um ser com alma do outro lado da névoa de quem vocês têm uma impressão, de ser com alma para ser com alma, mas a energia entre vocês e o outro é toda de vocês. Vocês estão apenas tendo uma impressão do outro através do próprio nevoeiro de energia ou óculos de proteção ou o que for. Mas é tudo energia de vocês. Isso é muito simples, mas ainda assim a mente vai resistir, se rebelar contra isso e tentar filosofar o máximo possível sobre isso.
Aproveitem um instante... sem colocar caraminholas na cabeça, aproveitem um instante e percebam: “É tudo minha energia, e ela está inteira aqui pra me servir. E eu tenho maturidade pra nunca deixá-la me ferir, e ela nem tem a intenção de me ferir. Mas ela é toda minha e está aqui pra me servir.” Isso é incrível. Repito, é quando a mágica começa, porque, de repente, a energia não tem que jogar esse jogo. A energia fica assim: “Oh, pelo amor de Deus! Novamente, Billy está se levantando de manhã e jogando esse jogo de que eu estou fora dele. Então, temos que corresponder a isso, porque é o que o ser com alma está fazendo e é o que o humano está fazendo. Então, tenho que jogar esse jogo.”
Imagine como a energia ficará aliviada quando, enfim, vocês disserem: “Droga! Isto é tudo meu. É a minha forma de perceber e vivenciar a realidade. É tudo meu.” É quando a mágica começa. É quando vocês percebem que não existem forças externas. Não tem ninguém tentando roubar sua energia. Realmente não tem. Não existem energias superiores, nem energias de bicho-papão. Não existe nada disso. É tudo vocês mesmos. Quando começarem a perceber isso, a mágica realmente começa a acontecer. Então, vocês podem permitir alegremente que a energia sirva vocês. E vocês não vão se ferir. Essa é outra grande questão. Vocês não vão se ferir. Não vão. Vocês vão se testar, eu sei disso. Vocês vão se testar com relação a isso e dizer: “Será que estou realmente pronto?” E: “Será que posso realmente fazer isso?” Vão em frente e brinquem de se testar, e vocês vão perceber, quando fizerem isso: “Que droga, eu tenho maturidade e é tudo minha energia. Que a diversão comece!”
Voltarei a esta questão, e, provavelmente, terei que repetir isso muitas vezes, que o sofrimento e a liberdade não coexistem muito bem. Definitivamente, não podem coexistir. Vamos ficar jogando esse joguinho com outros humanos por um tempo – coexistência –, em que vocês ainda vão ficar aqui no corpo físico neste planeta como Mestres livres (Free Masters) – ou Maçons (Freemasons)? (N. da T.: Adamus faz só um jogo de palavras.) Não, Mestres livres. [Algumas risadas] Eu confundo minhas existências. [Mais risadas] Vocês vão ficar aqui como Mestres livres e coexistir por um tempo com o sofrimento, mas o sofrimento que as outras pessoas estão escolhendo. Vocês terão liberdade. E alguns dias serão difíceis.
É isso que discutiremos enquanto avançamos aqui – como lidar com aqueles dias que vocês terão em que não suportarão mais os humanos. [Algumas risadas] Não, vocês vão ficar: “Não, sério, Adamus. Eu realmente não suporto mais os humanos. Não, sério, Adamus. Pra mim, chega! Será que tem um lugar, outro planeta, pra onde eu possa ir e nunca mais tenha que encontrar um humano? Porque – droga! – eles sofrem o tempo todo. É só o que fazem. Eles se levantam de manhã e sofrem, vão pra cama à noite e sofrem. Eles sofrem até nos sonhos!” Vou parar um instante, depois que eu parar de rir, e dizer: “Não faz tanto tempo eram vocês jogando esse jogo. O que mudou? O que está diferente agora?”
Vamos respirar fundo. Eu quero... O que dissemos hoje? Muita coisa boa. É. Muita coisa boa, realmente. O fato é que vocês evoluíram. Vocês não vão se machucar com a energia. Tudo bem? É a energia de vocês mesmo. Vocês não vão se ferir com sua energia. Vamos sublinhar isso, talvez com duas linhas. Vocês evoluíram o suficiente agora e não vão se ferir com a própria energia nem vão ferir ninguém. Então, divirtam-se com isso, agora. Deixem que ela venha pra vocês. E parem de fingir que ela está vindo de fora, está bem?
Vou pegar vocês com relação a isso em Shouds futuros. Realmente, vou pegar vocês. Não será só uma visita ao banheiro, mas... O que mais podemos fazer aqui? [Algumas risadas] Eu ia dizer ir se sentar na cabine com a Vili, mas não. Ela é tão legal. Ela não precisa disso. Vamos inventar uma coisa – alguma coisa realmente nojenta que vocês tenham que comer na frente de todo mundo. [Mais risadas] Eu vejo programa de televisão humano. Eles fazem isso e tem um monte de gente que assiste. Que tal isso? Estamos discutindo mudança de vida, coisas mudando no mundo, e, vejam, temos só um punhadinho de gente conectada. Então, ótimo, vamos começar a comer coisas nojentas. Talvez mais gente vá assistir. Ou não.
[Adamus aponta para Linda.] Ela se mistura bem ali. [Ele está se referindo à Linda de cinza estar igual à parede cinza.] Eu quase não a vi esse tempo todo. [Risadas] Ela está bem camuflada. Podemos tirar uma foto? É. É. O aspecto cinzento. É. É quase como se ela estivesse quieta e, vejam, normalmente, eu sinto energias vindo da Linda de Eesa muito intensas. Mas, hoje, ela está meio que se misturando.
Vamos respirar fundo. E eu gostaria de fazer um merabh, mas uma versão um pouco diferente de merabh. Não consigo dizer se ela [Linda] está rindo, sorrindo ou dormindo. [Mais risadas, e uma mulher diz: “Ela não está dormindo.”] Ela não está dormindo.
Mas, antes de prosseguirmos, vamos fazer um novo tipo de merabh. Será uma história e um merabh. Então, como vamos chamar? De historabh? Ou algo assim... não. [Algumas risadas] Mas será divertido. Estamos levando o merabh pra outro nível.
Partindo com Dignidade
Mas, antes disso... eu sei, perguntas... Dra. Cheryl [Bornt], você tinha uma pergunta pra mim, Cauldre me disse.
DRA. BORNT: Oh.
ADAMUS: Quer vir até aqui?
DRA. BORNT: Claro.
ADAMUS: Ótimo. A propósito, muito obrigado por sua participação aqui conosco no outro mês. [Ele está se referindo ao Shoud de agosto último.] Fez um bem danado a muitas pessoas.
DRA. BORNT: Obrigada.
ADAMUS: Há uma imensa compaixão em volta e uma enorme dignidade de sua parte. Então, qual é a sua pergunta?
DRA. BORNT: Posso dizer umas coisas sobre os últimos dois meses?
ADAMUS: Sim.
DRA. BORNT: Muita coisa aconteceu comigo, como podem imaginar. Recebi um monte de apoio maravilhoso – e-mails, mensagens, telefonemas – de pessoas do mundo inteiro.
ADAMUS: Não é lindo?
DRA. BORNT: É maravilhoso. Então, passei muito tempo respondendo a e-mails, falando com as pessoas e explicando a elas o que eu estava fazendo. Eu vendi minha casa. Eu vendi meu carro. Liquidei meu fundo de pensão. Acabei com quase todo o dinheiro das minhas contas bancárias e selecionei algumas pessoas pra quem vou dá-lo. E tem sido uma alegria maravilhosa ser capaz de tocar as pessoas, mesmo financeiramente, e tornar a vida delas completamente diferente. E recebi uma imensa gratidão por parte das pessoas por eu ser capaz de fazer isso. Mas elas estão me dando alegria, e não farei nenhum bem ao banco deixando meu dinheiro parado numa conta; então, já cuidei de tudo. Praticamente de tudo.
ADAMUS: Praticamente. Você disse “praticamente”, não de tudo. Então, o que ainda falta fazer?
DRA. BORNT: Bem, coisas sobre as quais não tenho nada a dizer.
ADAMUS: Certo.
DRA. BORNT: Eu não consegui encontrar minha filha, e seria a única coisa que eu ainda gostaria de fazer. Mas, como você estava dizendo hoje, talvez...
ADAMUS: Bem, vou interromper você agora.
DRA. BORNT: Tudo bem.
ADAMUS: Por que não conseguiu encontrar sua filha?
DRA. BORNT: Eu contratei um detetive. Eu a procuro já faz muitos anos. Eu contratei um detetive e ele não me deu nenhuma informação sobre ela.
ADAMUS: Oh.
DRA. BORNT: Ele queria que eu pagasse pelas informações, mas depois não me deu nenhuma. [Adamus ri um pouco.] Então, essa é a única coisa que eu gostaria de ter...
ADAMUS: Por que você não conseguiu encontrá-la? Quero dizer, você disse as razões práticas. Qual é a razão energética por trás disso?
DRA. BORNT: Eu acho... [Ela ri.]
ADAMUS: Sinta.
DRA. BORNT: Posso dizer “eu acho”?
ADAMUS: Claro, claro.
DRA. BORNT: Tudo bem. Eu sinto que ela sofreu um abuso horrível quando criança por parte do meu ex-marido, e eu enfatizo “ex”.
ADAMUS: “Ex” reforçado, de fato.
DRA. BORNT: “Ex” reforçado.
ADAMUS: Sim. Sim.
DRA. BORNT: E é uma coisa natural para uma criança culpar a outra pessoa. É seguro culpar essa pessoa. Mas ela pode achar que eu não a protegi.
ADAMUS: Você acha?
DRA. BORNT: Sim.
ADAMUS: Sim. Tudo bem. Então, por que...
DRA. BORNT: Ela não sabe o quanto eu tentei protegê-la.
ADAMUS: ... essa coisa de você não conseguir encontrá-la? Porque o que estamos entendendo... aqueles que estão assistindo e não nos ouviram no outro mês... você está pronta para a sua transição.
DRA. BORNT: Estou pronta pra ir.
ADAMUS: Tá.
DRA. BORNT: Estou absolutamente pronta.
ADAMUS: Falamos no outro mês, e eu perguntei: “Você quer ficar? Talvez possamos encontrar uma forma de reverter tudo isso.” E você disse: “Deus me livre, não!”
DRA. BORNT: Não. [Ela ri.]
ADAMUS: Então, você está acabando com as pontas soltas neste momento.
DRA. BORNT: Ha-ham.
ADAMUS: É. E uma delas é sua filha. Energeticamente, por que você não conseguiu encontrá-la?
DRA. BORNT: Vou ter que ir pro banheiro nessa. [Eles riem.]
ADAMUS: Basta dizer: “Oops!” [Risadas] Ohhh! Você quis dizer “eu não sei” quando falou. Basta dizer: “A resposta ainda está para ser percebida.”
DRA. BORNT: A resposta ainda está para ser percebida. Não está passando pela minha consciência.
ADAMUS: Certo. Posso ajudá-la um pouquinho com isso?
DRA. BORNT: Eu adoraria que ajudasse, sim.
ADAMUS: Ah, claro. Certo. Você encontra sua filha. Bem, vai voar merda. Quero dizer, pra todo lado.
DRA. BORNT: Tudo bem. Não me importo com isso.
ADAMUS: Makyo. Isso vai abrir... Ela liberou muita coisa da família há muito tempo. Ela liberou. Isso vai abrir uma série de feridas, um monte de sofrimento. Daí, você vai se sentir meio mal com isso, por causa desse bombardeio de emoções entrando em você pelo seu campo energético. E aí você vai ficar confusa se quer realmente ficar ou realmente ir. E parte de você vai sentir a necessidade...
DRA. BORNT: Mnh-mnh [dizendo “não” com a cabeça].
ADAMUS: Ah, vai. Parte de você vai sentir a necessidade de ficar...
DRA. BORNT: Eu acho que não.
ADAMUS: ... até consertar isso, porque você não vai querer partir deixando uma desordem aí.
DRA. BORNT: Se eu a encontrasse e pudesse dizer pra ela...
ADAMUS: Dizer pra ela o quê?
DRA. BORNT: O quanto eu a amo e o quanto...
ADAMUS: Por que você não diz isso de alma para alma?
DRA. BORNT: Eu já disse.
ADAMUS: OK.
DRA. BORNT: Sim.
ADAMUS: Então, fazer isso pessoalmente, neste momento, vai machucar muito.
DRA. BORNT: Machucar mais do que fazer bem.
ADAMUS: Muito mais.
DRA. BORNT: Está certo.
ADAMUS: Tanto você quanto ela.
DRA. BORNT: Está certo.
ADAMUS: Vai machucar você. Você não precisa disso. Ela não precisa disso. Você liberou há muito tempo qualquer carma associado a isso. Você tem clareza quanto a isso. E isso abriria coisas pra ela que seriam muito, muito profundas e emotivas. Ela está, de fato, vivendo uma vida relativamente boa neste momento.
DRA. BORNT: Ah, ótimo.
ADAMUS: Demorou muito tempo pra ela superar algumas coisas, com uma certa ajuda, um relacionamento muito, muito bom e dois filhos e uma filha. Ela está bem e você não vai querer estragar isso.
DRA. BORNT: Certo. Não, eu não quero estragar nada.
ADAMUS: Não, não, não, não, não.
DRA. BORNT: Ha-ham.
ADAMUS: Não.
DRA. BORNT: É.
ADAMUS: Então, tá. Essa era uma das razões pra você não ter feito a transição ainda. Qual é a outra? Eu esqueci. Sua pergunta era por que não fez a transição ainda?
DRA. BORNT: Sim. Na sua aula, alguns anos atrás, no [DreamWalker] Ascension (Ascensão) – que é a principal informação que eu tenho pra saber como fazer isso –, você nos disse que deixou tudo pronto, foi para o meio do mato com seus cachorros, ficou numa cabana, e acho que você tinha viajado o mundo e se despedido de tudo, e um dia você deixou o corpo.
ADAMUS: Depois de tudo resolvido.
DRA. BORNT: Depois de tudo resolvido.
ADAMUS: Sim, eu tinha uma “lista de balde”. (N. da T.: Tradução ao pé da letra de bucket list, para fazer sentido a brincadeira de Adamus, a seguir. Mas a tradução correta é: lista de coisas a fazer antes de morrer.) Na verdade, eu chamei de “lista de caixão”, mas...
DRA. BORNT: “Lista de caixão”, que seja! [Algumas risadas]
ADAMUS: Não sei por que chamam de “balde”. Quem quer ser enterrado num balde, dá pra entender? [Mais risadas] Chamem como deve ser. O que mais está na sua lista?
DRA. BORNT: Só isso.
ADAMUS: Não é só isso. Digo, tem mais uma coisa aí que você está esperando, porque o que eu disse tanto no DreamWalker Death (Morte) quanto no [DreamWalker] Ascension (Ascensão) foi que a pessoa escolhe quando quer ir e como quer fazer isso.
DRA. BORNT: E eu tentei.
ADAMUS: Você tentou.
DRA. BORNT: Tentei diversas vezes e não consegui. Então, basicamente, é essa a minha pergunta.
ADAMUS: Como você queria fazer isso?
DRA. BORNT: Eu estava na minha sala de estar olhando lá fora... Eu tenho uma janela grande que dá para um lindo quintal, bem jardinado por mim... E eu me conectava com meu Deus... quero dizer, que fique claro que Eu Sou Deus...
ADAMUS: Certo, certo. Você se conecta com a alma.
DRA. BORNT: Ha-ham, e irradio...
ADAMUS: Certo. Certo.
DRA. BORNT: E eu simplesmente saio fora e, então, integro meu corpo pra levá-lo comigo.
ADAMUS: Certo. Parece fácil.
DRA. BORNT: Parece.
ADAMUS: Veja, o que estou dizendo é que não é uma coisa grandiosa, elaborada, subir ao topo de uma montanha...
DRA. BORNT: Não! [Ela ri.]
ADAMUS: ... e ter que carregar toda aquela tralha e depois... É bem fácil, na sua sala de estar. É. Por que não aconteceu?
DRA. BORNT: Essa é a minha pergunta.
ADAMUS: Oh. Droga! [Risadas] Tudo bem. Vou inventar qualquer coisa. É, essa é boa. Estão vendo? Em vez de dizer “eu não sei”, é sempre melhor inventar alguma coisa, porque vocês não estarão realmente inventando. A mente de vocês, que é cheia de dúvidas, diz: “Ah, eu devo estar inventando isso.” Vocês não inventam nada. A diversão começa quando vocês percebem que não estão inventando nada.
Então, o motivo é porque também tem essa coisa toda: “Bem, eu vim pra cá para a minha iluminação, minha Realização, e não posso seguir em frente enquanto não conseguir isso. Tenho que receber meu diploma antes disso, antes de seguir em frente.”
DRA. BORNT: Pode acontecer simultaneamente.
ADAMUS: Pode acontecer simultaneamente, mas acho que você quer, pelo menos, não sei, 30 minutos, sabe como é... [Algumas risadas] Pra vivenciar isso estando encarnada e no planeta.
DRA. BORNT: Certo.
ADAMUS: Então, podemos combinar uma coisa?
DRA. BORNT: Sim.
ADAMUS: Certo. Ah... Eu ia dizer que no mês trarei um certificado... Me desculpe, mas você vai ter que esperar pelo menos até dezembro, na Festa de Natal. Eu vou trazer um certificado que diz: “Você está agora realizada.” Fiquei parecendo o Mágico de Oz ou o quê? [A plateia concorda.] Já contei que eu ajudei a escrever aquilo? [A plateia resmunga.] Um pouquinho. Traremos um Certificado de Realização, de total Realização, e isso, então, lhe dará a permissão pra fazer a passagem na sua sala de estar.
DRA. BORNT: É realmente por isso que eu não consegui? [Ela fala meio apreensiva.]
ADAMUS: Com certeza.
DRA. BORNT: É realmente por isso?
ADAMUS: É realmente por isso. Você está esperando que isso aconteça primeiro e, depois, você parte.
DRA. BORNT: Tudo bem.
ADAMUS: Você pode não perceber isso conscientemente, mas o que está acontecendo aqui é que você diz: “Tudo bem, esta é a minha existência da Realização.” Foi, na verdade, uma decepção quando você percebeu que iria fazer a transição, e é assim: “Ah, então, não alcancei a Realização. Talvez eu a alcance do outro lado.” Vamos fazer uma formatura em Realização pra você no Shoud de dezembro, que Cauldre está me dizendo que será no dia 14 de dezembro. Tudo bem pra você esperar um pouquinho?
DRA. BORNT: Eu realmente não quero.
ADAMUS: Você não quer esperar. Tudo bem.
DRA. BORNT: Eu realmente não quero.
ADAMUS: Você pode ir ao Havaí?
DRA. BORNT: Não.
ADAMUS: Posso lhe enviar pelo correio?
DRA. BORNT: [rindo] Tudo bem.
ADAMUS: Certo. [Adamus ri.]
DRA. BORNT: Ou só psiquicamente já está bom. Posso aceitar isso agora mesmo.
ADAMUS: Que tal assim? Que tal assim? Cauldre não imprimiu ainda. Que tal arranjarmos uma data entre agora e quando Cauldre e Linda estiverem indo para o Havaí? Temos quanto tempo? [Ele espera Linda responder.] Duas semanas. Certo, duas semanas. E viremos aqui, talvez só uma equipe pequena, um grupo pequeno – Linda, Cauldre, você, eu – e, talvez, se você quiser, a gente pode filmar.
DRA. BORNT: Tá. Tanto faz.
ADAMUS: Tanto faz, claro. E colocamos uma musiquinha.
DRA. BORNT: Tanto faz.
ADAMUS: Que tipo de música você prefere? Uma coisa meio angelical, um jazz ou...
DRA. BORNT: Uma coisa “pra cima”.
ADAMUS: “Pra cima”. Tudo bem.
DRA. BORNT: Mais ou menos assim como um rock-n-roll.
ADAMUS: Hum, eu ia dizer um dos concertos que eu escrevi...
DRA. BORNT: Sim! Algo que você escreveu?
ADAMUS: Sério?! Você...
DRA. BORNT: Ou algo...
ADAMUS: Não seria legal?
DRA. BORNT: Ou algo que eu tenha escrito. Uma coisa ou outra. [Ela ri.]
ADAMUS: Não é rock and roll, mas, veja bem, podemos usar uma música minha e uma sua.
DRA. BORNT: Claro.
ADAMUS: Certo. E vamos criar um videozinho. A gente vem aqui dentro de duas semanas. Você terá seu diploma, seu Certificado de Conclusão de Realização, e depois você pode partir quando for.
DRA. BORNT: Tudo bem.
ADAMUS: Fechado.
DRA. BORNT: Parece maravilhoso.
ADAMUS: Certo. Então, veja com Cauldre e Linda, quando estiverem sóbrios... [Risadas] Eu quero dizer da energia deste dia. E então faremos isso e depois você estará livre pra ir embora.
DRA. BORNT: Tudo bem.
ADAMUS: E depois será fácil lá na sua sala de estar. E eu estarei lá.
DRA. BORNT: Então, vou sair do meu corpo, como eu tentei fazer?
ADAMUS: Vai.
DRA. BORNT: E será fácil assim?
ADAMUS: Você tentou, e isso foi parte do problema.
DRA. BORNT: Ha-ham.
ADAMUS: Mas eu vou ajudar você.
DRA. BORNT: Eu realmente adoraria isso.
ADAMUS: Claro, claro. Tudo bem. Vamos fazer isso. Linda de Eesa, pode colocar isso na sua... Estou feliz por não conseguir ver a cara que ela está fazendo. [Algumas risadas] Ela está assim: “Adamus, você não sabe o que está perdendo.” Não, é verdade, isto é muito bonito. Isto é...
DRA. BORNT: Obrigada.
ADAMUS: ... completamente encantador.
DRA. BORNT: É maravilhoso pra mim, porque realmente a pergunta era por que eu ainda não fui.
ADAMUS: Então, faremos toda a coisa do certificado e uma pequena celebração. Ótimo. Muito obrigado. [Aplausos da plateia] Obrigado.
Merabh em Forma de História
Agora, vamos para a história, com um pouco de música de fundo. Respirem fundo.
Vamos reduzir as luzes um pouco, como fazemos para o merabh.
[A música começa.]
Ah! Que dia ótimo tivemos! Foram muitas distrações hoje. Eu disse que tínhamos uma névoa mental aqui. Vocês devem senti-la por mais um dia, mais ou menos, simplesmente porque seguimos além de toda essa coisa de ferirem a si mesmos. Ainda há um certo medo humano: “Se eu tiver muita energia, quero dizer, muuita energia, e ela entrar na minha vida, será que vou me ferir ou ferir outros?” Fizemos uma reconfiguração hoje enquanto rolavam todas as outras esquisitices. Não, vocês não vão. Vocês não vão. E, enquanto eu falava e fazia meu teatro, vocês, de fato, instalaram um botão dentro de vocês que realmente os impede de fazer isso, meio que como uma garantia de que vocês jamais usarão a energia pra se ferirem ou ferirem outros. Por quê? Bem, porque vocês são Mestres. Vocês têm maturidade agora. Sim, ainda fluem muitas recordações antigas, de coisas que vocês fizeram no passado, mas elas ficaram no passado.
Vamos respirar fundo.
O Mestre se sentou na cafeteria. Era seu escritório. Ele estava lá há mais ou menos duas horas e meia trabalhando com afinco. Dando duro tomando seu cappuccino, comendo três croissants, hoje, observando as pessoas. Ele decidiu que, neste dia, ele realmente não falaria com ninguém. Noutros dias, ele falava. E, em alguns, as pessoas se dirigiam a ele. Mas, neste dia, ele realmente não queria falar com ninguém.
Um Mestre se acostuma a estar na melhor companhia de si mesmo, na verdade brincando, se comunicando e atuando com suas próprias facetas. E ele havia se divertido neste dia, e foi caloroso e simpático com o jovem que servia o café. Deu a ele uma boa gorjeta. A gorjeta, de fato, foi maior do que a conta. Mas, depois de duas horas, ele sabia que era hora de partir. O dia tinha sido difícil, sentado lá na cafeteria, fazendo sua luz brilhar.
Ele se levantou e saiu. Era um daqueles dias de outono realmente bonitos. O outono, tão lindo... O ar ainda era relativamente quente, mas vocês sabem como são esses dias de outono, em que já se sente o inverno se aproximando, como um leve assobio rodeando o ar morno do outono.
Ele saiu da cafeteria, respirou fundo e realmente não tinha planos para o resto do dia. Mas é sempre assim para o Mestre. Nada de planos, estar apenas no presente. Ele deu alguns passos até a esquina e parou um instante. E ele cessou tudo no tempo naquele momento. Um Mestre pode fazer isso, porque é tudo sua própria energia. Neste caso, nosso Mestre simplesmente cessou tudo, como numa animação suspensa. Tudo parou, e ele olhou ao redor. Ele cessou tudo intencionalmente, porque ele realmente queria observar as coisas. É algo que vocês vão descobrir que vocês podem fazer, que vocês vão querer fazer. Vocês simplesmente observam. E não há qualquer medo... bem, alguns de vocês temem estarem julgando. Não. Observar é apenas estar consciente. Ou seja, na percepção, que é a alma em si.
O Mestre estava consciente de tudo. Agora, nessa espécie de animação suspensa, o tempo parou, e ele observava tudo. Ele viu, quase na frente dele um motorista distraído, enviando nudes pelo celular [risadinha de Adamus] – só pra deixar a história interessante – enquanto dirigia, sem reparar que o sinal ficou vermelho e um ou dois carros haviam parado na sua frente. Observando, o Mestre sabia da iminência de um acidente. Provavelmente, não deixaria feridos graves, mas talvez para um dos carros, pelo menos, seria perda total; e os outros teriam danos significativos. E ainda por cima, quando ele sentiu a energia do transgressor enviando nudes, a pessoa não tinha sequer seguro. Oh, nossa, a vida dele ia ficar difícil. Hum. Vejam, o Mestre não tentou mudar nada, apenas observou o acidente.
O Mestre olhou mais adiante na rua. Não muito longe, estava uma mãe de primeira viagem, empurrando o carrinho de bebê. A mãe tinha um ar de apreensão, mas também mostrava felicidade e alegria por ser mãe. Mas ela estava muito preocupada: “Será que vou ser uma boa mãe?” E: “Será que vou fazer a mesma coisa com minha filha que minha mãe fez comigo?” Essa energia era muito clara, o Mestre podia ver. E, então, no carrinho, a bebezinha chorava, chorava e chorava. Hum. Essa bebezinha de seis meses chorava porque não queria estar aqui. A mãe achava que era cólica, não sei, gases ou o que fosse, mas a neném estava chorando porque não queria estar aqui. Isso acontece com muita frequência. A reencarnação acontece meio espontaneamente, quase nunca como uma escolha consciente. Simplesmente acontece. A nenenzinha estava chorando porque sabia que teria mais 60, 80, 100 anos pela frente neste planeta. Eu também choraria. [Algumas risadas]
O Mestre olhou noutra direção e viu um ciclista com o pneu furado. Vejam, não há muitas coisas neste mundo que demonstrem mais raiva do que um ciclista com o pneu furado. [Mais risadas] Ou seja, esse ciclista estava furioso. Homem de meia idade, todo vestido de elastano. [Risadas]
SART: De sunga!
ADAMUS: E esse homem estava muito zangado porque o pneu tinha furado, e, é claro, estava acusando todo mundo. Alguém devia ter jogado pregos na rua, vidro quebrado ou o que fosse. Ele estava muito zangado, mais zangado do que só pelo pneu furado e pelo fato de que não seria fácil consertá-lo, mas ele estava zangado porque se sentia um idiota, pelo menos assim ele achava: “Aqui estou eu, o Sr. Ciclista, o Sr. Descolado, vestido de elastano, aqui, com um pneu furado!” E ele sabia que as pessoas que passavam em seus carros a gasolina estavam rindo dele. Se estavam ou não, realmente não importava, pois era o que ele pensava. Então, ele ficou furiosíssimo com a coisa toda.
O Mestre olhou noutra direção e ouviu e viu uma senhora – que provavelmente tinha uns 90 anos, mas transmitia jovialidade – tocando violino na esquina. Ela tocava e, à sua frente, estava o estojo aberto do violino, pronto para receber doações. Ela tocava músicas bem doces. E, vejam, normalmente o Mestre, antes de se tornar Mestre, quando era ainda um iniciado, ele se sentia mal, assim: “Ah, essa velhinha tocando na esquina por algumas moedas pra sobreviver, pra se sustentar. Que tristeza!” Mas o Mestre não pensava mais assim agora. Ele, de fato, sentia a linda música que ela estava tocando.
E, então, o Mestre olhou ainda noutra direção, para a praça e viu dois jovens muito apaixonados. Ah, isso o fez sorrir. Eles não deviam ter mais de 20 anos e estavam atracados um com o outro, em público, é claro, profundamente apaixonados, o que trouxe belas lembranças para ele. Aquele amor juvenil, o arroubo sexual, a absoluta loucura de se estar apaixonado por outra pessoa. Ah, ele só podia sorrir, pensando na coisa toda, lembrando-se de como era.
O Mestre ficou ali um instante, nesse estado de animação suspensa, com tudo paralisado ao redor. E o Mestre não precisava nem fazer um esforço consciente para irradiar sua luz, porque ela sempre estava lá.
Vejam, no início, quando o Mestre se tornou Mestre, ele costumava achar que tinha que parar e dizer: “Eu sou uma luz. Eu ilumino potenciais.” Ele percebeu, bem, que esse era um pensamento humano idiota. E não precisava fazer isso. Ele não precisava de uma espécie de botão que liga e desliga a luz; ela estava lá. Tudo que ele tinha que fazer era lembrar: “Eu Sou, Aqui.” Na verdade, ele nem precisava lembrar disso, porque sempre era assim; ele sempre sabia: “Eu Sou, Aqui.”
E, então, ele observou algo – foi mágico, lindo. Ele observou, com essa sabedoria e essa luz do Eu Sou, dele... ele imaginou, nessa espécie de câmera lenta, expandindo e agora cintilando, bem devagar, raios de luz saindo dele naturalmente, facilmente, nessa cena de animação suspensa. Era como o sol irradiando em câmera muito lenta, como se fossem seus primeiros raios matinais saindo. Ele não tinha trabalhado pra isso nem se esforçado. Simplesmente, estava acontecendo. Vejam, vocês têm essa coisa hoje, a animação, com a qual vocês literalmente podem criar esse tipo de coisa, mas estava acontecendo naturalmente. Cintilando, os raios de luz saíam para todas as pessoas desse pequeno cenário.
E ele deixou que eles as iluminassem. Ele não tentou mudá-las. Ele não tentou provocar um resultado diferente. Simplesmente, iluminou seus potenciais. E, então, ele desfez a paralisação da cena, o estado suspenso. Ele desfez isso e tudo voltou ao normal. E ele colocou com um grande sorriso no rosto. Ficou com um grande sorriso.
Vejam, é sem qualquer esforço. É com muita compaixão, sem tentar mudar nada, mas mostrando aos outros como pode ser, o que pode acontecer, quais são os outros potenciais, porque, vejam, os humanos realmente não são bons em ver potenciais. Os Mestres que vieram no passado a este planeta, na verdade, foram aqueles que mostraram aos humanos que existem outros potenciais. É isso que vocês farão. Vocês não vão dizer às pessoas como elas devem viver a vida, não vão fazer com que elas mudem suas mentes. Vejam, Yeshua era... bem, ele era parte de vocês, realmente, mas Yeshua mostrou às pessoas que havia um outro caminho.
Mas, voltando à nossa história, toda a ação, todo o movimento voltou à normalidade e o Mestre ficou lá parado por mais algum tempo. Ele podia, acho que diriam, meio que ver o futuro, ver o efeito que toda aquela luz produziria.
Quando a luz foi para o homem da bicicleta, que xingava e praguejava, sentindo-se constrangido e tudo mais... Mas foi muito importante para ele parar naquele momento, porque, vejam, se o pneu não tivesse furado na presença do Mestre, ele teria seguido andando pela rua mais uns seis quilômetros, até que uma mulher de uns 35 anos, dirigindo drogada e alcoolizada, o teria atingido com o carro, o teria matado na hora. E o que pode ter parecido apenas um maldito pneu furado para o ciclista, que provavelmente passou o resto do dia praguejando, irritado com as pessoas, foi na verdade a luz do Mestre mostrando um caminho diferente, fazendo o pneu furar e alterando todo o tempo pra salvar a vida dele. O Mestre não fez isso. O Mestre só mostrou a ele, de certa forma, através de sua luz, o que a vida dele podia se tornar: uma vida grandiosa que ele jamais teria visto por conta própria. Teria sido totalmente inapropriado o Mestre atravessar a rua, sacudir as mãos sobre o pneu e consertá-lo instantaneamente. É o que algumas pessoas acham que é mágica. Mas mágica é simplesmente estar lá.
E para a bebezinha no carrinho, com a mãe... o choro da neném... A bebê, na verdade, estava chorando muito; não queria estar aqui. Mas o que estava realmente acontecendo o tempo todo, nesse choro quase histérico, era que a bebê estava, de fato, trazendo uma imensa parte de sua divindade. E, com essa respiração, esse choro... quando se respira, se sai da cabeça, e, quando se sai da cabeça, particularmente quando se é jovem, se consegue deixar trazer a energia divina. Na verdade, a bebê não estava chorando pela desgraça de ter outra existência. Ela só queria um pouco mais do seu espírito, um pouco mais da sua divindade. Ela ansiava por isso. E, com a luz do Mestre, a neném percebeu: “Ah, não é que eu não queira estar aqui. O que eu quero é que eu inteira esteja aqui.” Foi isso que a luz fez, a luz do Mestre.
Os namorados na praça, atracados um com o outro... eles terminaram cerca de dois meses depois. É, os jovens fazem isso, mas o que aconteceu aqui é que algo os atingiu – nenhum dos dois falou sobre isso de imediato. Algo os atingiu naquele momento na praça: esse não seria um bom relacionamento. Melhor terminar agora, porque havia muito carma, muita coisa do passado. Não teria sido algo alegre; eles teriam dado continuidade ao carma. Então, eles descobriram uma forma de quebrar isso, pra não terminarem novamente nesse relacionamento ruim. E, sendo assim, resolveram o carma, mesmo seguindo cada um o seu caminho. A presença do Mestre os ajudou a ver que, por mais que achassem que estavam apaixonados naquele momento, esse não seria um bom relacionamento. Foi isso que a luz do Mestre fez. O Mestre não teve que ir até a praça dizer isso pra eles: “Olha, vocês terão um período repleto de carma pela frente. Se ficarem juntos, vocês vão ter uma vida infeliz e vão acabar se detestando. Um pode acabar matando o outro.” O Mestre não precisou dizer isso; foi simplesmente a luz.
E depois teve o acidente de carro – o quase acidente de carro... enviando mensagem, dirigindo, e trombando com outros. Aquilo teria causado muito sofrimento à vida daquela pessoa, naquele momento, se o acidente tivesse ocorrido. Causaria sofrimento na vida das pessoas no carro da frente. Havia idosos no carro e um impacto daqueles teria provocado danos sérios. E tinha um outro carro na frente daquele com algumas pessoas, algumas crianças, que sofreriam danos físicos e talvez danos emocionais. E, naquele momento, sob a luz do Mestre, quando tudo estava em animação suspensa, a pessoa ao telefone, enviando mensagens e nudes, de repente, ficou muito consciente de que sua irresponsabilidade estava prestes a mudar sua vida e a vida de outras pessoas. E, naquele momento, a pessoa percebendo isso agora, tudo em câmera lenta, largou o telefone de lado e viu o outro carro se aproximando rapidamente; ou melhor, o seu carro se aproximando rapidamente do outro, e, sabendo que um acidente estava prestes a acontecer e que seria bem grave... não aconteceu, ela pisou no freio. Derrapou muito, fazendo aquela barulheira de freada, mas simplesmente não aconteceu. E, por causa do modo como a coisa não aconteceu, teve um impacto imenso no motorista. Por não ter acontecido. Mesmo depois... Todo mundo saiu dos carros pra se certificarem de que todo mundo estava bem... E todos disseram: “Não sei como você conseguiu parar o carro a tempo. Deve ser porque você está dirigindo um carro elétrico.” Ou seja lá o que for. Arranjaram desculpas, mas o fato é que a mágica tinha acontecido naquele momento. Aquela pessoa, naquele momento, viu uma luz, um potencial maior. Não teve que haver um acidente. Não teve que provocar anos e mais anos de sofrimento. Aquela pessoa, naquele momento, mudou o curso da própria vida, tornou-se bem mais responsável, parou de ser tão distraída e, na verdade, encontrou sua paixão. Tudo por causa do acidente que nunca aconteceu, mas que provocou tanto pavor nela, naquele momento, que, bem, mudou sua vida.
E, então, por último, a luz, essa luz foi para a senhora tocando na esquina, tocando violino para ganhar esmolas, algumas moedas. O Mestre sabia o tempo todo, mesmo antes de suspender o tempo, ele sabia o tempo todo que havia outro Mestre. Esse não gostava de bancos de praça nem de cafeterias, então escolheu tocar violino. Esse Mestre não precisa de dinheiro nenhum. E o Mestre – fosse jovem ou velho, não importa – esse Mestre, essa mulher, escolheu aparecer como idosa, talvez pobre, pra que pudesse ficar lá, tocando seu violino. Suas notas também eram sua luz. Enquanto ela tocava, as pessoas passavam e algumas tentavam ignorá-la, vejam bem, porque era desagradável ver uma senhora tendo que tocar violino pra ganhar algum dinheiro. Outras pessoas entendiam a mágica de sua música. O Mestre sabia o tempo todo que havia outro Mestre. Ele abriu um grande sorriso pra ela, porque ela estava lá trabalhando, fazendo o que tinha que fazer, brilhando sua luz para o mundo. “Talvez tenha sido a luz dela”, pensou ele, “que havia mudado a natureza de cada um desses incidentes. Talvez tenha sido nossa luz junta.” Não importa, porque tudo que importa é que eles viram algo diferente. Eles viram um potencial maior, e agora era com eles.
O Mestre cumprimentou o outro Mestre do outro lado da rua – a mulher tocando o violino... Bem, ela estava sorrindo. Ela estava realmente sorrindo para o Mestre. Ela sabia. Ela sabia quem era ele e lhe deu um grande sorriso. Ele a cumprimentou acenando magistralmente com a cabeça. Os dois tiveram um longo dia, irradiando sua luz, abrindo potenciais para outros.
Esse vai ser o trabalho que vocês farão. Só isso. Vocês querem saber o que acontece em seguida? Vocês querem saber o que vão fazer? É isso. Esse é um dia típico na vida de um Mestre. É assim.
Vocês vão pra casa no fim do dia, sem terem tido que trabalhar pela energia ou sofrer, sem se preocuparem em se ferir ou ferir os outros. Vocês vão rir desses dias. Vocês vão pra casa, e agora está tudo dentro de vocês. Vocês voltam com Vocês. Vocês vão pra casa no fim do dia sabendo que estão fazendo mais mudança neste planeta do que alguém poderia alguma vez imaginar.
Vamos respirar fundo.
É isso, queridos amigos. É isso.
[Pausa]
Eu não sei se, um dia, vão escrever livros sobre vocês ou mesmo conhecer o nome de vocês, mas, na verdade, o Mestre não se importa; na verdade, ele não quer isso.
“Reconhecimento?” Vocês perguntam: “Haverá algum reconhecimento?” Claro. Primeiro, de vocês mesmos, e depois dos outros Mestres. Vocês vão encontrá-los, quer eles venham pelo caminho dos Shaumbra ou por outros caminhos. Vocês vão saber que tem um Mestre lá adiante tocando violino. Eles saberão da mesma forma. Eles estão espalhados pelo mundo, seja numa cafeteria, seja na esquina da rua ou talvez num aeroporto movimentado ou em qualquer outro lugar. Vocês simplesmente vão saber: “Estamos aqui. Eu reconheço você. Você me reconhece. Estamos fazendo o que viemos fazer aqui.”
O reconhecimento também vem por parte dos Mestres Ascensos. Quando vocês chegarem ao Clube dos Mestres Ascensos, eles saberão o que vocês fizeram, mais do que ninguém. Eles vão ter um pouco de inveja, porque, bem, eles não fizeram assim. Eles não permaneceram no corpo, a maioria deles. Eles partiram. Eles vão ter um pouco de inveja. Vou dar a vocês algumas dicas e ensinar uns truques pra lidar com Mestres Ascensos. Eles ficarão tão cheios de alegria pelo que vocês terão feito... Eles saberão. Mesmo que nenhum outro humano no planeta saiba o que vocês fizeram por este lugar, eles saberão.
Vamos respirar fundo.
A vida de um Mestre...
[Pausa]
Não é tentar mudar o mundo. Ai daqueles que tentarem...
Não é tentar impingir seus valores, suas crenças nem nada ao mundo.
É simplesmente ser uma vela num lugar de escuridão. Só isso. A vela não tenta mudar nada. A vela simplesmente fica lá.
A vela não amaldiçoa a escuridão, nem tenta ficar mais brilhante.
A vela não tenta aquecer o ambiente. Ela não tenta salvar a escuridão. Nada disso. Ela é só uma vela. E, dentro de cada um de vocês, essa vela está queimando neste momento, e tem sido assim por muito, muito, muito tempo. Vocês só se esqueceram disso.
Vamos respirar fundo agora.
A vela é uma metáfora, é claro, mas bastante válida neste momento.
Respirem fundo nessa vela de sabedoria que ilumina potenciais e que jamais conduzirá ao sofrimento.
Vamos respirar fundo pela jornada de vocês, que trouxe vocês até aqui, e pelo que virá em seguida na vida de vocês.
Eu realmente não quero ir embora deste encontro. Eu simplesmente não quero deixar esta energia.
Mas, vejam, eu tenho uma apresentação esta noite no Clube dos Mestres Ascensos. Eu acho que vão me dar um prêmio por alguma coisa. [Risadas] Eu não sei. Nem sei onde vou colocá-lo; já recebi tantos prêmios... [Mais risadas] Mas eles me pediram pra ir lá esta noite falar sobre os Shaumbra.
Meu aquecimento prévio, é claro, é o Kuthumi. É difícil falar depois dele. Quero dizer, é difícil, mas acho que tenho que estar preparado. Vou usar este mesmo traje que Cauldre está usando. Eu gostei dele. Acho que vou impressionar os Mestres Ascensos.
Mas, antes de ir, vamos respirar fundo juntos.
[Pausa]
A iluminação é uma coisa certa. Não é a razão pela qual vocês estão aqui no planeta. Vocês estão aqui pra serem uma vela, pra brilharem sua sabedoria e sua luz. É isso.
Com isso, meus queridos amigos, minha carruagem, meu coche está esperando. É hora de dizer até mais, então, terminarei do jeito que sempre terminamos.
Lembrem-se que tudo está bem em toda a criação. Obrigado.
É você, Linda? [Adamus continua brincando porque ela está toda cinza.] Obrigado. Obrigado. [Alguns aplausos]
LINDA: E assim é. Vamos continuar respirando bem fundo. Deixem que esta mensagem siga com vocês. Mensagem esta que é para todos nós, com muita clareza. Permaneçam respiram bem fundo e a sintam, realmente. Adamus foi muito claro quanto ao motivo pelo qual estamos aqui. Respirem bem fundo. E nós voltaremos, direto do Havaí, no primeiro sábado de novembro, e depois novamente aqui no dia 14 de dezembro. Então, cuidem-se. Continuem respirando bem fundo. E obrigada por fazerem parte do Círculo Carmesim. Obrigada a todos. A todos.
It's Only Love That Gets You Through (Só o Amor Pode Conduzir Você)
(Sade)
Girl you are rich, even with nothing (Garota você é rica, mesmo que não tenha nada)
You know tenderness comes from pain (Você conhece a ternura que vem da dor)
It's amazing how you love (É incrível como você ama)
And love is kind and love can give, and get no gain (E o amor é generoso e pode dar, sem receber)
It's down a rugged road you've come (É por uma estrada acidentada que você andou)
Though you had every reason, (Embora você tenha todas as razões,)
you didn't come undone (você não se rendeu)
Somehow you made it to the other side (De alguma forma, você chegou do outro lado)
You didn't suffer in vain (Você não sofreu em vão)
You forgive those who have trespassed against you (Você perdoa aqueles que ofenderam você)
And you know tenderness comes from pain (E você conhece a ternura que vem da dor)
It's amazing how you love (É incrível como você ama)
Love is kind and love can give, and love needs no gain (O amor é generoso e pode dar, sem precisar receber)
It's down a rugged road you've come (É por uma estrada acidentada que você andou)
Though you had every reason, (Embora você tenha todas as razões,)
you didn't come undone (você não se rendeu)
Somehow you made it to the other side (De alguma forma, você chegou do outro lado)
You didn't suffer in vain (Você não sofreu em vão)
You didn't suffer in vain (Você não sofreu em vão)
You know it's only love (Você sabe que só o amor)
that gets you through (pode conduzir você)
It’s only love (Só o amor)
It’s only love that gets you through (Só o amor pode conduzir você)
Tradução de Inês Fernandes – mariainesfernandes@globo.com