OS MATERIAIS DO CÍRCULO CARMESIM

 

“A Série do Transumano”

 

SHOUD 2 – Apresentando ADAMUS, canalizado por Geoffrey Hoppe

 

Apresentado ao Círculo Carmesim
1 de outubro de
2016
www.crimsoncircle.com

 

 

 

Eu Sou o que Sou, Adamus of Sovereign Domain.

 

Posso sentir o cheiro e ouvir o barulho do meu café sendo feito neste momento. [Risadas] É só um palpite. Eu nem preciso mais pedir. A querida Sandra está lá atrás fazendo uma barulheira danada, com espuma, trituração e fumaça, tudo pro Tio Adamus. [Mais risadas]

 

Bem-vindos, queridos Shaumbra, bem-vindos. Pra todos que estão acompanhando online, pra todos que estão aqui hoje, bem-vindos. O Shoud de hoje será um pouco diferente.

 

LINDA: Hum.

 

ADAMUS: Um pouquinho diferente. Eu explico depois, quando começarmos. Mas respirem fundo e esqueçam o modo como vocês participavam dos Shouds até agora. Será um pouco diferente.

 

Uma coisa é que temos alguns convidados aqui, hoje. Certamente, ninguém menos que Malu. [Ele está se referindo à Malu Gaxiola, que fez a passagem recentemente.] Reservamos pra ela um lugar na primeira fileira. Você não se importa que Malu se sente ao seu lado? [Ele fala com a pessoa que está ao lado.] É. [Aplausos da plateia] Sim.

 

Uma breve mensagem de Malu. Ela disse que integrar o físico ao Eu Sou e partir dos planos físicos é muito fácil. Nada, nada, nadinha a se temer, de jeito nenhum. Mas, mesmo assim, ela encoraja cada um e todos vocês a continuarem aqui na Terra nesse corpo, pra fazer o trabalho da integração e, então, curtir a vida, não importa quantos anos escolham ficar, pra... [O barulho da máquina de café ao fundo; risadas da plateia] Para aqueles que não conseguiram ouvir online, foi um barulho desagradável vindo do banheiro. [Risadas]

 

LINDA: Do banheiro? Ou foi o seu café?

 

ADAMUS: E pode ser que isso seja o meu café sendo preparado.

 

LINDA: Acho que é o seu café! [Mais risadas] Você checou? Quer que eles mostrem o Clube dos Mestres?

 

ADAMUS: É um crerrraghhhhhh!

 

LINDA: Quer que eles mostrem o Clube dos Mestres?

 

ADAMUS: Sandra, cadê meu café?

 

LINDA: Podemos mostrar o Clube dos Mestres?

 

ADAMUS: Vamos olhar no Clube dos Mestres pra ver o que é esse barulho.

 

LINDA: Não tem a câmera lá?

 

ADAMUS: Vamos olhar os banheiros e o Clube dos Mestres... [Mais risadas]

 

LINDA: Podemos passar pro Clube dos Mestres?

 

ADAMUS: ... pra ver o que está acontecendo nesse espaço sagrado? O que está havendo?

 

LINDA: Vamos passar para o Clube dos Mestres? Troquem a câmera, para a do Clube dos Mestres. É lá que está a evidência.

 

ADAMUS: Veja junto, Linda.

 

LINDA: Mas é claro.

 

ADAMUS: Me ajude a descobrir o que é.

 

LINDA: Ah, claro!

 

ADAMUS: Será que esse barulho...

 

LINDA: Ah, claro!

 

ADAMUS: Será que esse barulho está vindo daqui? [Ele olha dentro do banheiro.] Bleaghhhhh! [Mais risadas] Não, barulho errado. Barulho errado.

 

LINDA: Tem certeza?

 

ADAMUS: Não está vindo de lá.

 

LINDA: Tem certeza?

 

ADAMUS: Tenho. Saia do banheiro dos homens!

 

LINDA: Porque você está... ooh!

 

ADAMUS: Será que o barulho está vindo... [Ele abre a porta do banheiro das mulheres.] Oh! Me desculpe. Me desculpe. Você não deveria estar fazendo isso aí dentro.

 

LINDA: Não tem ninguém aí!

 

ADAMUS: Tá. Então, de onde está vindo esse barulho desagradável?

 

LINDA: Ahhh.

 

ADAMUS: De onde é que pode estar... [Ele vai pro Clube dos Mestres agora; Sandra lhe oferece o café.] Ahhh!

 

ADAMUS E LINDA: [juntos] Ahhh!

 

ADAMUS: A princesa Drácula preparou meu café. Vou morder seu pescoço. [Ele finge morder o pescoço de Sandra.]

 

SANDRA: Aah!

 

LINDA: Oh! Ela fez direitinho!

 

ADAMUS: Sim. Obrigado. E outra tomada do Clube dos Mestres. Este lugar lindo, lindo, para os Mestres humanos. Muito apropriado para o dia de hoje.

 

Assim, com isso, vamos voltar ao trabalho.

 

LINDA: Certo.

 

ADAMUS: Sim. Obrigado por esses barulhos desagradáveis aí, Sandra. [Mais risadas]

 

LINDA: Sabe, a vida é o que é.

 

ADAMUS: Mais alguém quer uma xícara de café? Uma xícara de café enquanto fazemos nosso Shoud? Não? Não?

 

LINDA: Mas estou um pouco assustada com a sua imaginação de que você poderia transformar café nisso.

 

ADAMUS: Ah. Então, é um Shoud um pouco diferente hoje...

 

LINDA: É mesmo?

 

ADAMUS: ... com a Malu sentada aqui, rindo muito, aproveitando cada momento, junto de cada um de vocês e de alguns outros convidados especiais no Clube dos Mestres do Centro de Conexão do Círculo Carmesim.

 

 

Eleições

 

Além disso tudo, tem algo no ar pra quem vive nos Estados Unidos, um lugar que eu ajudei a fundar, junto com muitos de vocês. Vocês sabem que é época de eleições. [Alguém faz “Yeah” e outros riem na plateia.] Vocês ouviram nas notícias que é época de eleições, e a maioria ao redor do mundo sabe que é época de eleições nos Estados Unidos da América. É muito divertido, de certa forma. [Mais risadas]

 

LINDA: Boa palavra pra descrever isso.

 

ADAMUS: Certamente é divertido, com toda a comoção, todo o ruído e, especialmente, todo o poder.

 

LINDA: Ah.

 

ADAMUS: Eleições, não importa onde aconteçam, costumam envolver o poder. Poder. E quero que todos fiquem particularmente cientes das eleições este ano.

 

Agora, muitos anos atrás, Tobias disse: “Não votem. Fiquem atrás da mureta. Observem o que está acontecendo.” Eu não chegarei tão longe, mas não vou dizer que votar é tão importante assim. Votem, se quiserem. Votem no que chamam de candidatos inferiores, só pra tirar voto dos grandes. [Algumas risadas] Mesmo que não saibam os nomes deles, mesmo que não saibam os nomes de certos líderes, não importa, só... [Mais risadas] Mesmo que eles mesmos não consigam lembrar do próprio nome, mas votem nos menos conhecidos só pra comprovar que o poder é uma ilusão, porque os principais partidos políticos, não importa de que parte do mundo, eles se rendem ao poder.

 

Não conseguem evitar, porque são influenciados pelo que vocês chamam de grupos de interesse, grupos de influência. São influenciados pelo dinheiro. São influenciados pela religião. São influenciados por tantas outras coisas que, quando chegam onde estão, concorrendo a um cargo, eles se tornam muito influenciados pelo poder – incluindo o próprio. Eles não veem nem sentem nada além do poder. É um vício pra eles quando chegam nesse ponto em que todos estão à volta deles. É um jogo de poder. Eles falam de atender o povo, mas pouquíssimos realmente atendem. Já se passaram décadas desde que realmente um candidato nacional estivesse focado em atender o povo, porque isso não atende as necessidades de poder.

 

Sintam as eleições este ano como se fosse o que vocês chamariam de estudo espiritual ou estudo metafísico. Sintam usando mais do que os sentidos básicos. Sintam com o Sentido do Mestre, sem julgar um candidato como certo ou errado, sem considerar a desavença das eleições onde ela possa impactá-los pessoalmente. Sintam. O que está acontecendo realmente? A população, o que está fazendo? Por que as pessoas seguem determinados candidatos? Por que entram num frenesi com relação a isso? Por que há tantas desavenças e tantos insultos? Tudo isso se baseia no poder. É realmente incrível observar. É fascinante. É um estudo fascinante da humanidade em si, quando chegam as eleições.

 

Não tem problema com as eleições em si. Democracia – não há realmente nenhuma democracia verdadeira no mundo neste momento. Mas as falsas democracias são praticadas e é fascinante observar. E, por baixo disso tudo, como vocês são observadores, vejam como grande parte também tem a ver com liberdade. Com a palavra liberdade, não com o ato de liberdade. Toda essa conversa de liberdade quando de fato nenhuma é realmente concedida. De certo modo, cada vez mais ela está sendo usurpada, mas todas as dinâmicas da liberdade e do poder estão trabalhando juntas ou em contraposição. Prestem atenção como os que apoiam determinados candidatos falam de liberdade, mas como realmente não há muita liberdade. Eu ainda diria mais, que eles nem compreendem o que é liberdade.

 

Liberdade não se trata do que as outras pessoas estão deixando vocês fazerem. Liberdade se trata do que vocês se permitem fazer. E essa é uma diferença muito grande. As pessoas gritam pela liberdade, por seus direitos como se os outros devessem dar isso a elas, quando, de fato, liberdade tem a ver com vocês mesmos, com o que vocês se permitem e se dão. Ninguém pode dar a vocês liberdade. Ninguém pode dar a vocês liberdade de espécie alguma. Vocês podem estar numa prisão e ter mais liberdade do que a pessoa que anda pelas ruas. Liberdade é uma coisa interna.

 

Quando escutarem toda a retórica política nesta época de eleições, coisa que tem em abundância, quando escutarem, também quero que sintam dentro de si o sistema eleitoral que há dentro de vocês. Humm. Quem vai ser eleito? Quem vai ser o chefe? Quem vai estar no comando? Quero que prestem atenção, porque há uma linda analogia entre as eleições aí fora e as eleições no interior de vocês. Quem vai ser o chefe hoje? Quem vai estar no comando – o eu humano vitimado ou o humano capacitado, empoderado? Será que vai ser um aspecto, um aspecto ferido e magoado, ou vai ser um aspecto saudável e integrado?

 

Escutem os debates travados na mente de vocês, todo santo dia, sobre quem vai estar no comando. Escutem quem promete mais liberdade, quem promete mais riqueza, quem promete mais felicidade, quem promete menos regras, mas nunca cumpre, porque, de certa forma, o que o eu humano tem vivido até agora foi uma eleição contínua. Prestem atenção a quem está manipulando os resultados. Prestem atenção a quem está mentindo para os outros aspectos de si. Prestem atenção a quem está fazendo grandes promessas, mas que nunca realmente as cumpre.

 

Em se tratando da época das eleições, este ano, nos Estados Unidos, posso garantir uma coisa: que não haverá nenhuma mudança, que nada vai mudar de fato. Não vai. Há muita retórica. Há muita falação. Mas nenhuma mudança de fato vai ocorrer. Por quê? Porque as pessoas realmente não querem essa mudança. Algumas querem uma leve mudança. A maioria realmente não quer muita mudança. Talvez menos impostos, mas mesmo isso elas esquecem depois de um tempo. As pessoas realmente não querem grandes mudanças.

 

Prestem atenção às eleições dentro de vocês – todas as promessas, todas as coisas gloriosas com relação a um corpo melhor e mais saudável, mais esbelto, mais jovem, mais abastado – e aos políticos dentro de vocês – os aspectos que fazem essas promessas e não as cumprem. Mas, no dia seguinte, eles voltam e tentam se eleger novamente. Quem vai estar no comando? E o fato é que pouquíssimas mudanças realmente acontecem.

 

Mas tomara que hoje seja um pouco diferente. Tomara. É por isso que vamos expulsar os políticos, expulsar os agentes do poder, expulsar todos esses aspectos que fazem todo esse alarde e todas essas promessas e vamos virar Mestres hoje. Vamos dar um passo bastante ousado. Vamos tirar todos esses vagabundos de seus cargos. Vamos expulsá-los da cidade e vamos assumir a verdadeira soberania pessoal. [A plateia vibra e aplaude.]

 

LINDA: Espere um segundo. [Ela ajeita a roupa dele.]

 

ADAMUS: Mas, esperem, será que vocês estão prontos pra uma mudança? Essa é a verdadeira pergunta. Vocês dizem que sim, e eu compreendo, mas vou pedir que escutem, lá dentro, todos os outros candidatos que estão concorrendo e que dizem que farão mudanças, mas que realmente não farão. Eles só estão tentando ganhar seu voto.

 

Falando de eleições, sempre achei que o clero deveria concorrer a um cargo.

 

LINDA: Oooh! [Ela aplaude.]

 

ADAMUS: Sim, os padres, os padres locais e os ministros deveriam concorrer. De alguma forma, serem nomeados – não sei como –, mas serem nomeados, serem indicados. Os cardeais e os bispos, eles deveriam concorrer a um cargo e todos votarem, não só os católicos. Deixem que todos votem e vejam o que acontece. Os judeus, os muçulmanos e todo mundo votando pra...

 

LINDA: E teria limites de mandato?

 

ADAMUS: Limites de mandato? Sim. De fato, não até morrerem. [Linda ri, assim como outros na plateia.]

 

Dá pra imaginar os debates políticos ou os comerciais políticos se um padre concorresse a um cargo? “Lutarei contra o demônio com mais força do que o meu oponente! Meu oponente foi visto no carro com o demônio em pessoa e na cama com o demônio em pessoa. Eu lutarei contra o demônio!” Ou prometerão menos dízimo, é. [Algumas risadas] “Eu proponho uma redução de 25% no dízimo pra todos que votarem.”

 

LINDA: Dízimo significa 10%.

 

ADAMUS: Mas teremos uma redução de 25% do dízimo. “Chegaremos a 7,5%, e é tudo que terão que dar. Enquanto que o meu oponente defende um dízimo maior pra todos.” [Mais risadas] Conseguem imaginar como ficaria o confessionário? [Risadas]

 

LINDA: Isso é uma distração?

 

ADAMUS: É a minha rotina de comédia. [Mais risadas] Mais ou menos. É mais ou menos uma comédia.

 

Vejam, de fato, os Mestres Ascensos têm um senso de humor bem diferente dos humanos. Então, eu trabalhei a semana toda nessa porcaria. [Algumas risadas] A semana toda, porque, no Clube dos Mestres Ascensos, a gente fica sentado conversando, dizendo: “Oh! Você viu aquele humano que teve um acidente de carro hoje? Ahh! Meu Deus, foi muito engraçado!” Vejam, os humanos não riem. Os humanos ficam: “Ah, meu Deus! Eles estão rindo.” Sim, porque sabemos que não importa. Podemos rir disso. De fato, todo Mestre Ascenso aprende a rir de tudo, porque libera toda aquela energia presa. De tudo. De tudo: “Souberam daquela pessoa que pulou no precipício noutro dia? Oh, nossa! Aquilo foi engraçado!”

 

LINDA: Parece o Clube dos Mestres Ofensores.

 

ADAMUS: Não, é engraçado no Clube dos Mestres Ascensos. Tenho pedido aos Shaumbra pra prepararem suas histórias pra quando chegarem lá. Preparem suas histórias.

 

Percebem que estamos sentados lá há milhares, talvez dezenas de milhares de anos, no Clube dos Mestres Ascensos – só tem pouco mais de 9.000 de nós – e as histórias estão ficando antiquadas. [Algumas risadas] Precisamos de sangue novo, carne fresca no Clube... Precisamos das histórias de vocês. E vou contar um segredo agora, enfeitem a coisa. Não digam: “Bem, quando eu era criança, os outros me batiam e, quando fui pro ensino médio, ninguém gostava de mim. Depois, consegui um emprego ruim.” [Ele fala com um tom enfadonho.] Embelezem a coisa! Digam: “Eu costumava ser briguento quando eu era criança! Eu batia nos outros e, então, eles me batiam. E, no ensino médio, ninguém gostava de mim, mas eu não ligava, porque eu era eu mesmo. Então, consegui um emprego de bosta e me demiti. Foi quando passei a viver na rua um tempo.”

 

LINDA: Essa é a história de quem?! [Risadas]

 

ADAMUS: Enfeitem! Não, quando chegarem lá, por favor, estou quase implorando, embelezem um pouco as histórias, porque temos muitas histórias velhas e sem graça. A Malu sabe. Entendam, não tem nada errado em representar, atuar, se divertir com a coisa. Peguem a pior coisa que aconteceu com vocês na vida, a pior coisa e se divirtam com ela. Preparem essa história, porque, quando chegarem ao Clube dos Mestres Ascensos, tem muita pressão. De repente, vocês estão diante de 9.693 Mestres Ascensos e, vejam, eles estão entediados há um bom tempo, eles não se divertiam. Eles querem coisas novas, e vai haver muita pressão em cima de vocês pra contarem uma história realmente boa. Comecem praticando agora. Peguem a pior coisa que aconteceu na sua vida e transformem numa história. Divirtam-se com isso.

 

Entendam, a comédia humana se baseia em conflito e, depois, desprendimento. Conflito, desprendimento. Conflito, desprendimento. Vocês ainda estão na parte do conflito. [Adamus ri, bem como outros na plateia.] E eu posso rir disso. Vocês ainda estão na parte do conflito, e ficam todos atolados na lama. E: “Ah, pobre de mim, a minha barriga dói. E, ah, eu tenho uma vida difícil.” Peguem uma história, peguem as três piores coisas que já aconteceram com vocês, que vocês já fizeram, que fizeram aos outros e comecem a trabalhar nelas. Olhem no especo e pratiquem, ensaiem. Usem as mãos. As mãos são uma parte muito importante da atuação da consciência. Usem as mãos. Vocês andam um pouco, pra frente e pra trás.

 

Vocês não acreditariam. Teve um novato que chegou recentemente, e o novato, o novo Mestre Ascenso ficou lá parado: “É, eu tive uma vida muito interessante na Terra e, é, eu meditei muito e...” [Ele fala com uma voz “mole”.] Tipo, atuem um pouquinho. Digo, vocês estão num grande palco lá em cima na frente dos Mestres Ascensos.

 

E estou dizendo isso por causa de uma coisa muito importante. Só um instante pro meu café. [Adamus dá um gole no café.] Hum. Eu digo isso por uma coisa, porque vocês não estarão fazendo isso pros Mestres Ascensos. Eles precisam de uma boa gargalhada. Eles realmente precisam. Mas vocês fazem isso pra si mesmos, porque essas três piores coisas que aconteceram na sua vida, a que vocês ainda se prendem e da qual guardam mágoa e são como nós de energia, de fato, não foram o que aconteceu. Já vou logo dizendo. Não foram o que aconteceu.

 

A lembrança. Lembranças não passam de emoções. Não são fatos e números. Memórias são... Todo mundo balançando a cabeça assim. [Adamus balança a cabeça de um lado pro outro.] É, vocês aí também. [Ele fala olhando para a câmera.] Balancem a cabeça assim: Lembranças não são fatos e números. Lembranças são nós emocionais. Estão presas. Entram na sua memória. São como uma coberta em cima de todo o seu ser, e é isso que vocês acham que lembram: “Essa coisa terrível que aconteceu comigo.” [A voz mole de novo.] Divirtam-se. Isso vai liberar essa energia que está presa. Vocês verão o humor e, então, começarão a ver que não foi assim que aconteceu.

 

A mente vai insistir: “Mas foi o que aconteceu.” A mente vai dizer: “Eu tenho uma foto pra provar. Vejam, meu braço estava quebrado e levei dez pontos na cabeça. Eu tenho a foto.” Na verdade, não foi o que aconteceu. Isso é parte do que aconteceu, mas não é a coisa toda.

 

Quando vocês começarem a representar suas histórias, ensaiando pra quando chegarem no Clube dos Mestres Ascensos, porque eles precisam de uma boa risada, quando começarem a atuar, vocês vão perceber que todas essas lembranças, toda essa porcaria guardada não passa de um monte de emoções. Não são fatos nem números, estatísticas. Não mesmo.

 

Existem fatos e estatísticas acerca das coisas da vida, como um mais um igual a dois, mas nem isso é um fato, na verdade. É parte do fato, mas não é todo ele. Tudo que vocês lembram sobre si mesmos deste momento em diante não é real. Todas essas lembranças que vêm à mente, a influência, cada decisão na vida... não há uma única decisão que tenha sido tomada, nem uma, que não seja baseada em emoção. Vocês dizem: “Bem, não, eu decidi comprar um carro novo, porque o velho pifou.” É uma decisão emocional. Não vou tratar disso o dia todo, mas é algo emocional, porque tudo na memória não passa de uma bola de emoções – é como um nó de energia. E vocês têm muitas bolas de emoções, muitas feridas emocionais, e é quando a mente entra: “Foi o que aconteceu quando eu tinha 20 anos, o que aconteceu há cinco anos, o que aconteceu quando eu me divorciei, o que aconteceu...” É uma piscina de emoções, um reservatório de emoções. Não são fatos. Não é a história toda. Então, quando digo pra embelezarem, não estou dizendo que vão mentir. De jeito nenhum. Estou dizendo pra largarem a velha mentira que é dizer: “Isto foi o que aconteceu comigo.” Não foi.

 

Vocês começam a atuar, a representar. Vocês contam a história, a pior coisa que aconteceu na sua vida, que custa até lembrar... Isso vem, às vezes, em sonho. Isso aparece, às vezes, como um fantasma desagradável do qual vocês tentam fugir. Não foi assim que aconteceu. Vocês começam a atuar. Divirtam-se com essa pior coisa. “Ouviram falar daquele cara que caiu no precipício?” Todos no Clube dos Mestres Ascensos riem. [Adamus ri.] Realmente rimos, porque sabemos que não é necessariamente o que vocês acham que foi. O humano vai pensar: “Ah, meu Deus! Ele morreu.” Sim, bem, isso é que é engraçado, na verdade! Vejam, porque ele estava pronto. Ele quis morrer. Ou não. Ele não morreu. Ele caiu num lago lá embaixo e teve que aprender a nadar, porque nunca tinha nadado antes, mas ficou bem. [Algumas poucas risadas]

 

Embelezem. Preparem as histórias. Embelecem as histórias, ou seja, divirtam-se com elas.

 

Mas voltando à minha premissa, antes de ser interrompido. Divirtam-se! Nossa! Temos nossos encontros aqui, e adoro estar com os Shaumbra, mas conseguir que eles subam aqui [no palco], livres, fluindo, sendo flexíveis é difícil, às vezes. Eles se levantam e são tão rijos. Divirtam-se. Sejam como atores. Vocês não estão inventando nada. Todo o resto, isso, sim, é que vocês estão inventando. Quando vocês atuam, vocês estão se permitindo ser. Eu adoro atuar, porque tem tudo a ver com a consciência. Vocês não estão inventando nada. Vocês estão se expressando num monte de maneiras diferentes, em vez daquela maneira humana limitada. Não estão cansados da maneira humana limitada? [A plateia diz que sim.] Certo, ótimo. Então, atuem.

 

Enfim, voltando aos padres e às eleições.

 

LINDA: Uooo!

 

ADAMUS: Padres e eleições e Bíblias de graça pra todo mundo. Bíblias de graça pra todo mundo. [Risadas] Isso.

 

LINDA: Não somos hotel! [Mais risadas]

 

ADAMUS: E menos penitência. “Oh, você pecou! Edith, você pecou de novo. Você usou palavras feias. Porra!” Ela está sempre dizendo “porra”. [Risadas]. E é assim: “Meu Deus, Edith! Digo, que pecadora!” E é assim: “Mas, se você votar em mim, eu lhe darei metade da sua penitência.” É.

 

EDITH: De jeito nenhum!

 

ADAMUS: Só duas “Ave Marias”, dois “Pai Nossos” e um “Que diabos está acontecendo?” [Mais risadas] Sim, só isso. Você pode dizer...

 

EIDTH: Não, obrigada.

 

ADAMUS: Você pode dizer o que quiser. Ah, então, você vai continuar dizendo palavras feias?

 

EIDTH: Não, isso é problema meu. [Algumas risadas]

 

ADAMUS: E você também tem que votar no clero. E que tal essa: “Estou mais perto de Deus do que meu oponente aqui.” [Ele aponta na direção da Linda.]

 

LINDA: O quê?!

 

ADAMUS: “Vou conseguir pra você um pedacinho melhor no céu. Não no nível um, nem no nível dois, mas vou levar você pro nível sete do céu, se você votar em mim.”

 

LINDA: Então, você é mórmon. [Mais risadas]

 

ADAMUS: Eu meio que misturo tudo. Um pouco mórmon, um pouco judeu...

 

LINDA: Ah ha! Então, você é mórmon.

 

ADAMUS: ... um pouco isso, um pouco aquilo.

 

LINDA: Você escorregou aí.

 

ADAMUS: Entendam, porque basicamente todas as religiões são a mesma coisa. É como na política. É por isso que eu digo que o clero deveria se candidatar. A diferença é mínima entre os políticos e o clero.

 

LINDA: Ohh.

 

ADAMUS: E eu digo isso bem aqui e com orgulho, sim. [Alguns aplausos] E por quê?

 

LINDA: Ohh.

 

ADAMUS: Por que eu diria isso? Ambos têm seu grau de valor. Não muito, mas um certo valor, e ambos se baseiam no quê? [A plateia diz: “No poder.”] No poder. E ambos não falam do quê? De liberdade!

 

LINDA: Humm.

 

ADAMUS: Não. Então, eles são realmente muito semelhantes. Este mundo seria mais agradável se o clero se candidatasse. Mas essa é só a minha opinião.

 

Vamos respirar fundo. Outro gole no café. Oh! Que delícia ter um bom café na caneca do Clube dos Mestres, bem aqui no estúdio.

 

LINDA: Uau! Quem diria?

 

ADAMUS: Então, uma pergunta que eu fiz recentemente em nosso encontro no sul da França... A pergunta que eu fiz aos Shaumbra e que vou fazer aqui hoje, porque ela é pertinente, muito, muito pertinente... Linda, está pronta com o microfone?

 

LINDA: Sempre.

 

ADAMUS: Sim. Belo traje hoje. [Ela está vestida de tiete do Drácula.]

 

LINDA: Obrigada.

 

ADAMUS: Parece que você visitou a minha terra natal.

 

LINDA: Eu sou uma grande amiga do Drácula.

 

ADAMUS: Bloody Famous. (N. da T.: Em tradução livre, Cruelmente Famoso.) [É o que está escrito na camiseta dela.]

 

LINDA: Percorri todo o caminho até a Transilvânia.

 

 

Drácula

 

ADAMUS: Todo o caminho até a Transilvânia pra conseguir isso. E é claro que a maioria de vocês conhece a história por trás da história de Drácula. Por falar em igrejas... [Risadas, inclusive de Adamus] Eu estava ganhando uma tremenda popularidade por toda a Europa nos anos de 1800, mais popularidade do que normalmente eu tinha. Eu era como um ícone pop, acho que é como diriam hoje em dia.

 

LINDA: Oooh!

 

ADAMUS: Todo mundo falava de Saint Germain.

 

LINDA: Ooh!

 

ADAMUS: Eu era o assunto nos bares, nas mesas de jantar e nos bordéis. Todo mundo falava: “Saint Germain! Saint Germain! Saint Germain podia manifestar ouro e pedras preciosas nas mãos. Saint Germain nunca comeu carne. Saint Germain amou as mulheres.” Bem, tem um pouco de verdade em cada uma dessas afirmações, mas... Então, eu estava ganhando uma tremenda popularidade e estava incomodando a igreja, porque as pessoas vinham e perguntam aos padres: “E o Saint Germain? Que tipo de santo ele é?” E os padres ficavam muito confusos: “Santo? Santo? Oh...” É claro, escolhi esse nome de propósito, pelo fator confusão, porque eu gosto de me divertir. Eu não era santo. Era meu nome, mas certamente eu não era santo. “E esse Saint Germain?” Então, os anciãos da igreja se reuniram e disseram: “Precisamos fazer alguma coisa pra contradizer todos esses mitos e essas histórias sobre Saint Germain. Ele está se tornando mais popular do que” – será que ouso dizer o nome? – “Jesus.” [Linda se exalta e Adamus ri.]

 

LINDA: Ohh.

 

ADAMUS: Tem uma grande diferença entre Jesus e Yeshua, então superem isso. Yeshua foi o ser real que eu conheci; Jesus é esse ser fabricado, esse humano inventado, nada real. Então, eu posso dizer, sim, que eu estava ficando mais popular que Jesus.

 

LINDA: [exaltada] Shh! Prossiga! Prossiga!

 

ADAMUS: Devíamos ter votado na época pra ver.

 

LINDA: Shh!

 

ADAMUS: Não, eu era. E a igreja estava ficando muito preocupada com isso, com o fator Saint Germain. Então, eles contrataram um escritor da Inglaterra que não era lá essas coisas, de nome Bram Stoker. Ele não tinha escrito nada interessante até então, mas eles sabiam que ele escreveria o que pagassem pra ele escrever, e deram a ele todo o material. Quando esse personagem, o Drácula, olha no espelho, ele não vê sua imagem, porque, quando um verdadeiro Mestre olha no espelho, ele não vê a imagem do velho eu humano. Ele pode ver seu Mestre. Ele pode ver sua luz, mas ele não vê o velho eu humano. Nem os outros veem e nem vocês verão em sua mestria. As pessoas não verão esse velho eu humano. Elas verão a sua luz. É por isso que vocês não veem a própria imagem no espelho.

 

E alho. [Adamus ri.] “Alho”, vocês dizem. Nunca fui fã de alho. Por que alguém arruinaria aveia em flocos com mel e castanhas colocando alho?! [Algumas risadas] Essa era basicamente a minha dieta na época. Eu não era um grande fã de alho nem de cebola, assim como Cauldre não é, porque alguns dizem que alho é bom pro sistema. Bem, se o seu sistema for como um esgoto, sim, mas o alho não é muito bom pra vocês. Eu ficava longe do alho. O cheiro era repugnante e o gosto era horrível. Sinto muito os que idolatram o alho. [Mais risadas] Mas é verdade... então, não, eu não comia alho.

 

Então, eles deram ao Bram Stoker todas essas informações sobre a minha pessoa. O fato de que eu podia me transformar – assim como Merlin, em particular – do eu humano no meu Pakauwah. Eu podia ser uma coruja ou um falcão e voar pra qualquer lugar.

 

Então, Stoker escreveu esse livro, deliberadamente pago pela igreja e inspirado pela igreja, pra contar alguns dos mitos. É claro que não iriam usar o nome “Saint Germain”, mas usaram todas essas coisas que eu dizia que era capaz de fazer. Eles deram [ao personagem] o nome de Drácula. Eles se basearam, em parte, no que eu era capaz de fazer e, em parte, numa figura interessante da história, Vlad, o Empalador, com quem eu não tinha nenhuma ligação. Mas eles pegaram e reuniram esses dois itens e ambientaram a história na Transilvânia, que é a única coisa que realmente me magoou, porque eu adoro a Transilvânia. Passei muitas existências lá e, na minha última existência, eu cresci na Transilvânia, um dos lugares do mundo mais românticos, misteriosos e lindos. Daí, eu olho pro que “eles” – a igreja e os escritores – fizeram com toda essa imagem... [Ele está se referindo ao traje da Linda.] Venha até aqui [falando com Linda]. Essa imagem de sangue e de sugar a energia...

 

LINDA: O quê? Não tem sangue aqui, não tem sangue!

 

ADAMUS: ... e tudo mais. Então, sim, essa é a única parte que realmente me incomodou na época. Assim, esse foi um trechinho da história de Drácula.

 

 

Pergunta de Hoje

 

Então, onde estávamos? Na pergunta que eu fiz a um grupo recentemente. Na pergunta. Vou pedir à Linda que leve o microfone aos voluntários na plateia. Se estão sentados nessas cadeiras, vocês são voluntários. [Risadas]

 

A pergunta é: Nesta existência, quem é a pessoa mais próxima de vocês? Quem é a pessoa mais próxima de vocês? Ela pode estar ainda aqui, na forma física, ou pode já ter ido, mas quem é a pessoa mais próxima de vocês? Linda, comece.

 

LINDA: Tudo bem.

 

ADAMUS: Sim, minha cara.

 

TIFFANY: Olá.

 

ADAMUS: Linda a parede que você criou do outro lado do Clube dos Mestres.

 

TIFFANY: Obrigada.

 

ADAMUS: Quem é a pessoa mais próxima de você?

 

TIFFANY: Eu mesma.

 

ADAMUS: Ótimo. Por quê?

 

TIFFANY: É. Porque não posso fugir de mim mesma, não importa o quanto eu tente. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Tá.

 

TIFFANY: Posso fugir de qualquer outra pessoa, menos de mim.

 

ADAMUS: Sim. Vou falar um pouco mais sobre isso. Você tem períodos dificílimos consigo mesma. Então, você dizer que você mesma é a pessoa mais próxima parece um pouco de makyo. Um pouquinho de makyo.

 

TIFFANY: Como assim? Não me parece makyo.

 

ADAMUS: Fico feliz de ouvir você dizer isso, mas vejo as batalhas constantes que você trava consigo mesma. Mas, ainda assim, você diz que a pessoa mais próxima é você mesma.

 

TIFFANY: Bem, talvez eu esteja interpretando “mais próxima” de um modo diferente de você.

 

ADAMUS: Amiga?

 

TIFFANY: Amiga? Sim. Digo, nós... amigos não se dão bem o tempo todo.

 

ADAMUS: Verdade.

 

TIFFANY: Então, mesmo as partes de mim mesma que eu detesto ainda serão as mais próximas de mim.

 

ADAMUS: Interessante pergunta aqui, mas será que você consegue confidenciar os segredos mais nebulosos que você tenha com você mesma?

 

TIFFANY: Basicamente.

 

ADAMUS: Os que você se lembra.

 

TIFFANY: Sim.

 

ADAMUS: Sim.

 

TIFFANY: Mas, como você estava dizendo, estou percebendo cada vez mais o que não é verdade, porque passei grande parte da minha vida me condenando, tipo, algo vem na minha mente e eu fico com vergonha. Tipo: “Oh! Isso aconteceu! Oh, tenho tanta vergonha de mim.”

 

ADAMUS: É.

 

TIFFANY: Mas estou percebendo cada vez mais que essa realmente não era a história. Essa que eu assumo.

 

ADAMUS: Como foi ontem com a sua amiga você? Como você e sua amiga você passaram o dia de ontem? [Ela pensa.] Ontem. Você e sua amiga você.

 

TIFFANY: Ontem?

 

ADAMUS: Ontem foi um bom dia para a amizade? Ou um mau dia para a amizade?

 

TIFFANY: Ontem foi um ótimo dia para a amizade. Antes de ontem é que não foi um dia muito bom para a amizade.

 

ADAMUS: Certo. O que aconteceu? Se puder compartilhar alguma parte. Por que não foi um bom dia para a amizade?

 

TIFFANY: Bem, porque passei o dia todo me condenando.

 

ADAMUS: Ham hamm.

 

TIFFANY: É.

 

ADAMUS: Uou. Parece uma boa amizade, essa. [Algumas risadas] Por quê?

 

TIFFANY: Porque eu achei que estava procrastinando muitas coisas.

 

ADAMUS: Certo, certo.

 

TIFFANY: E eu não queria ver algumas coisas.

 

ADAMUS: Ham hamm.

 

TIFFANY: E...

 

ADAMUS: E quem condenou você?

 

TIFFANY: Eu mesma.

 

ADAMUS: A sua amiga.

 

TIFFANY: Sim.

 

ADAMUS: Isso, ela condenou você.

 

TIFFANY: É.

 

ADAMUS: Bem, e foi bom?

 

TIFFANY: Não.

 

ADAMUS: Sei. Você quer ver a sua amiga novamente?

 

TIFFANY: Sim!

 

ADAMUS: Sim? É mesmo?

 

TIFFANY: Sim.

 

ADAMUS: Tudo bem.

 

TIFFANY: Eu quero integrar todos os meus... eu como um todo.

 

ADAMUS: Sim.

 

TIFFANY: É.

 

ADAMUS: Tá. Parece uma amizade interessante. [Ela ri.] Mas, como você diz, amizades têm dias bons e outros dias ruins. Ótimo. Agradeço pela sua...

 

TIFFANY: Eu me sinto muito bem hoje.

 

ADAMUS: Ótimo.

 

TIFFANY: É.

 

ADAMUS: Agradeço por sua sinceridade. Só estou me certificando de tratar de tudo aqui.

 

TIFFANY: Tudo bem. Tem algum outro makyo que queira que eu resolva enquanto estou aqui? [Algumas risadas]

 

ADAMUS: [rindo] Não no momento.

 

TIFFANY: Tudo bem.

 

ADAMUS: Temos uma programação a seguir. [Mais risadas]

 

Próximo. Quem é a pessoa mais próxima de vocês? O melhor amigo, a companhia mais próxima em sua vida. O microfone está bem atrás de você aí.

 

DIANA: Larry.

 

ADAMUS: Larry. E por que Larry? O que tornou Larry especial? Larry é seu querido companheiro que partiu. Sim. Você sente o Larry em volta muitas vezes? [Ela faz que sim com a cabeça.] É. Larry aparece em seus sonhos?

 

DIANA: Não com muita frequência.

 

ADAMUS: Não com muita frequência. Tudo bem. O que tornou Larry tão especial?

 

DIANA: Acho que é porque éramos totalmente nós mesmos, nossos eus multifacetados.

 

ADAMUS: Certo.

 

DIANA: E havia uma aceitação de tudo isso.

 

ADAMUS: Larry era um espaço seguro pra você?

 

DIANA: Muito.

 

ADAMUS: Certo. Ótimo. Obrigado.

 

DIANA: Obrigada.

 

ADAMUS: E quanto tempo você e Larry ficaram juntos?

 

DIANA: Oito anos.

 

ADAMUS: Oito anos. Você acha que parte disso – de voltarem a ficar juntos, digo, ficarem juntos – foi algo cármico, não um carma ruim, mas vocês já se conheciam antes?

 

DIANA: Com certeza.

 

ADAMUS: Com certeza. Sim. Ótimo. Vou fazer uma pergunta difícil. Por que você acha que Larry partiu?

 

DIANA: [pensando] Pra me permitir fazer o que eu precisava fazer por conta própria.

 

ADAMUS: Certo, ótimo. E ele ainda está por aí. É.

 

DIANA: Sim.

 

ADAMUS: Obrigado.

 

DIANA: Obrigada.

 

LINDA: Alguém à esquerda. Bem aí. Obrigada.

 

ADAMUS: Bem-vinda.

 

JENNIFER: Droga!

 

ADAMUS: Droga! Droga! Esse, esse...

 

JENNIFER: [suspirando] Tá.

 

ADAMUS: ... microfone mágico chegou até você.

 

JENNIFER: Chegou.

 

ADAMUS: É. Mas não é bom? Digo, se você não ficar imaginando que a câmera está em cima de você...

 

JENNIFER: Se eu não fosse tão covarde, sim.

 

ADAMUS: ... e que dez mil pessoas estão vendo. Mas fora isso. Quem é mais próximo na sua vida? A pessoa mais próxima.

 

JENNIFER: [pensando e depois suspirando] Oh, merda! [Ela fica pensando novamente.] Eu sabia que você ia fazer isso. A mais próxima na minha vida inteira.

 

ADAMUS: Isso.

 

JENNIFER: [pensando] Provavelmente, eu diria que é o Eric.

 

ADAMUS: Sei. E quem é Eric? O relacionamento entre você e o Eric?

 

JENNIFER: É meu marido.

 

ADAMUS: Seu marido, e?

 

JENNIFER: Porque ele me deixa ser quem eu sou. [A voz dela começa a ficar embargada.]

 

ADAMUS: É. Por que é tão difícil? Por que tem uma emoção aí, esse sentimento?

 

JENNIFER: [chorando] Porque eu não acho que eu deixe.

 

ADAMUS: Ahh. Ah. Ótimo. Então, Eric é um espaço seguro. Eric aceita e ama você. [Ela faz que sim com a cabeça.] Eric está realmente, loucamente, apaixonado por você. Sim. Sim. Tudo bem, obrigado.

 

JENNIFER: [sussurrando] Obrigada.

 

ADAMUS: Obrigado por sua honestidade. Mais duas pessoas.

 

LINDA: Certo.

 

ADAMUS: Quem é mais próximo em sua vida?

 

LINDA: Só um instante. Estou quase lá.

 

ADAMUS: Quem é a pessoa mais próxima? Todo mundo dizendo: “Oh, meu Deus, não. Não eu. Droga.” Sim? Saudações.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Oi.

 

ADAMUS: Quem é a pessoa mais próxima em sua vida?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bem, eu estava aqui pensando nisso e é, provavelmente, a minha irmã, porque passamos muito tempo juntas no início com muitos irmãos e irmãs.

 

ADAMUS: Certo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: E ficamos muito próximas energeticamente e de outras formas também.

 

ADAMUS: Sei. E vocês ainda são próximas?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim, de certa forma.

 

ADAMUS: De certa forma. Ótimo. Então, é uma jornada bem longa juntas.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim.

 

ADAMUS: É. E o que a torna tão especial? Pode dizer o nome dela pra nós?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Patricia.

 

ADAMUS: Patricia. O que torna Patricia tão especial?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Temos quase a mesma idade e temos o mesmo tipo sanguíneo, o que eu acho importante.

 

ADAMUS: O DNA, provavelmente. É, não sei. Estou só supondo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Tudo.

 

ADAMUS: É.

 

MULHER SHAUMBRA 1: E nós conversamos, trocamos e-mail e entendemos o que a outra está dizendo.

 

ADAMUS: Sei. Patricia já traiu você?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Não.

 

ADAMUS: Não. Que incrível! É. Você já ficou zangada, chateada com ela?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Não.

 

ADAMUS: Não. Isso é mesmo incrível. Você acha que o relacionamento de vocês se baseia em vidas passadas, vem de outras épocas?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim.

 

ADAMUS: Ótimo. Obrigado. Obrigado. Sinto uma afeição aí. Uma emoção verdadeira, boa.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim.

 

ADAMUS: É. Ótimo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim.

 

ADAMUS: Talvez uma pequena realização quando você teve que pegar o microfone. [Ela ri.] Uma pequena realização ocorreu.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim.

 

ADAMUS: Obrigado. Mais alguns, Linda.

 

LINDA: Ham hamm.

 

ADAMUS: Quem é a pessoa mais próxima? Bem-vindo.

 

PAUL: Bem-vindo. Sim.

 

ADAMUS: Você não estava esperando o microfone. Bem...

 

PAUL: Não. Não gosto deles.

 

ADAMUS: Mas você sabe que tem aquilo que eu chamo de magnetismo do microfone. E você sabe como o magnetismo dos ímãs meio que atrai justamente o oposto?

 

PAUL: Sei. Sei.

 

ADAMUS: Então, quando você fica sentado aí pensando “não quero o microfone, não...”, Linda é como se fosse o outro lado do ímã e – woomp! – vai direto pra você. Então, se você não quer o microfone, deve ficar: “Sim, por favor! Linda, me escolha! Me escolha!” [Risadas] Mas, sem querer interromper...

 

PAUL: Tudo bem. Eu devo dizer que, neste momento da minha vida, é a minha esposa, Denise.

 

ADAMUS: Oh, foi uma jogada inteligente. [Risadas e alguns aplausos]

 

PAUL: Bom, depois de um tempo, a gente aprende algumas coisas.

 

ADAMUS: Aprende! [Mais risadas] Não, mas posso lhe dizer que você está sendo realmente genuíno. O que a torna tão especial? Você poderia ficar de pé ao lado dele? [Adamus fala com Denise.] Esse é um daqueles...

 

PAUL: Venha cá.

 

ADAMUS: ... momentos emotivos no Círculo Carmesim. [A plateia faz “Aww”.]

 

DENISE: [rindo] É.

 

ADAMUS: Sim. Pode nos dizer o que a torna tão especial pra você?

 

PAUL: Ela respeita quem eu sou e, veja só, ela quer que eu seja quem eu sou, o mais completamente possível.

 

ADAMUS: Posso ir mais longe e dizer que ela meio que ajudou você a sair de uma concha, sair de...?

 

PAUL: Bem, eu estava procurando por ela.

 

ADAMUS: Sei.

 

PAUL: É, porque essas eram as coisas que eu queria.

 

ADAMUS: Sei. E ela o ajudou...

 

PAUL: Oh, definitivamente. Sim.

 

ADAMUS: ... a emergir, expandir e permitir que você fosse você.

 

PAUL: Sim.

 

ADAMUS: Coisa que não era muito comum na sua vida.

 

PAUL: Não. [Ele ri.]

 

ADAMUS: Não muito. Ótimo. Pode dar um beijinho nela? [A plateia faz “Aww”, quando ele lhe dá um beijo apaixonado.]

 

LINDA: Ooh! Que lindo! [Aplausos da plateia] Oooh!

 

ADAMUS: Sim.

 

LINDA: Fofo!

 

PAUL: Na frente de todas essas pessoas.

 

ADAMUS: Adamus traz outro momento de glória entre dois humanos. [Mais risadas]

 

LINDA: Que fofo!

 

ADAMUS: Ótimo. Mais algumas pessoas.

 

LINDA: Mais uma? Mais uma?

 

ADAMUS: Claro. Claro.

 

LINDA: Vá em frente. [Linda entrega o microfone a Shaun.]

 

ADAMUS: Ah, bem-vindo. Sim. Você sabia que isso ia acontecer.

 

SHAUN: Claro.

 

ADAMUS: Você sabia.

 

SHAUN: Sim.

 

ADAMUS: É.

 

SHAUN: Eu diria que é a minha mãe.

 

ADAMUS: Sua mãe. Interessante.

 

SHAUN: Sim, sim. O nome dela é Janet.

 

ADAMUS: Ah hah

 

SHAUN: E ela foi o catalisador pra que eu ingressasse, quando eu tinha 14 anos... realmente...

 

ADAMUS: Uau. Ingressasse... na puberdade?

 

SHAUN: No caminho espiritual.

 

ADAMUS: Ah, no caminho espiritual. Certo.

 

SHAUN: Bem, naquilo também. [Ele ri.]

 

ADAMUS: Certo. No caminho espiritual. Sério? Ela o encorajou.

 

SHAUN: Bem, sim. Num momento realmente difícil, ela interviu com... Ela meditava e tinha o jeito dela de seguir o próprio caminho espiritual e me convidou a considerar o caminho que ela estava seguindo.

 

ADAMUS: Interessante. Ela não o forçou.

 

SHAUN: Não. Só me convidou.

 

ADAMUS: Uau. É. Ela lhe falou de Saint Germain?

 

SHAUN: Não. Sinto dizer.

 

ADAMUS: Tá. Tudo bem.

 

SHAUN: E, então, nós meio que...

 

ADAMUS: Ela lhe falou de Tobias?

 

SHAUN: Não. Não, não falou. Ela... Lazaris. [Ele ri.]

 

ADAMUS: Ela lhe falou de... Lazaris. Oh, surgindo da...

 

SHAUN: Lazaris.

 

ADAMUS: Certo, Lazaris.

 

SHAUN: Sim.

 

ADAMUS: Certo.

 

SHAUN: Então, isso foi... Ela...

 

ADAMUS: Não estou, não estou, entenda, competindo.

 

SHAUN: Não, eu entendo.

 

ADAMUS: Não sou candidato nas eleições. [Risadas]

 

SHAUN: Bem, você venceu. Estou aqui. Então... [Ele ri.]

 

ADAMUS: [rindo] Ah, sim! Obrigado. Então, ela lhe ofereceu um espaço muito seguro.

 

SHAUN: Sim.

 

ADAMUS: Ela encorajou você, não apenas intelectualmente, mas ela encorajou o coração, pois o seu é muito aberto.

 

SHAUN: Ham hamm.

 

ADAMUS: E você sente que a conhece de outra existência?

 

SHAUN: De muitas.

 

ADAMUS: Qual era o relacionamento em uma das existências mais recentes?

 

SHAUN: Tivemos, bem, tivemos uma experiência... Ambos tivemos como se fosse uma... acho que você chamaria de realização, em que eu estava num povoado com ela, acho que era na Polônia, e tive uma experiência realmente devastadora em que minha esposa me deixava e ela era... acho que ela era a minha mãe também naquela existência, na mesma existência. E eu meio que fui para a floresta e a abandonei, deixei o povoado de vez.

 

ADAMUS: Certo.

 

SHAUN: E não tenho certeza do que aconteceu depois disso, mas nós...

 

ADAMUS: Nah. Não vamos...

 

SHAUN: Tá. Não. Não vamos falar disso.

 

ADAMUS: É.

 

SHAUN: Mas nós nos reconectamos aí. Tivemos essa experiência compartilhada e foi um catalisador pra nos tornarmos amigos nesta existência. Como se fôssemos “mãe, filho” há muito tempo.

 

ADAMUS: Certo, certo.

 

SHAUN: E, então, depois de um tempo, foi como se nós nos transformássemos e passássemos a nos ver um ao outro de alma para alma.

 

ADAMUS: Certo.

 

SHAUN: E isso foi algo realmente poderoso.

 

ADAMUS: Interessante. Ótimo. Você enviaria bênçãos pra ela agora mesmo?

 

SHAUN: Com certeza.

 

ADAMUS: Ótimo. Obrigado.

 

SHAUN: Ela está assistindo. Oi, mãe.

 

ADAMUS: E você não vai ser comido por lobos nesta existência, eu garanto. [A plateia faz “Oh!”]

 

SHAUN: Obrigado, é, eu sabia... Certo. Ele tinha que dizer isso. É.

 

ADAMUS: Estava escuro, numa noite fria sem comida. Ah, é. Uma dessas noites. Mas podemos rir disso – ha, ha, ha, ha, ha! É. Agora, seria uma história excelente! Quando você chegar no Clube dos Mestres Ascensos: “Vocês não vão acreditar no que aconteceu comigo.”

 

SHAUN: Então, podemos falar de vidas anteriores?

 

ADAMUS: Sim, sim. Pode falar de vidas anteriores, sim. Pode falar de todas as existências. Você pode inventar algumas existências, sabe, se for preciso. [Mais risadas]

 

Seguindo. Bem-vinda. Quem é a pessoa mais próxima nesta vida pra você?

 

YASMINA: Primeiro, quero agradecer a você. Quero expressar minha gratidão, aproveitar o momento e expressar isso.

 

ADAMUS: Vou inspirar e absorver isso.

 

YASMINA: O nome dele era Charry.

 

ADAMUS: Ham hamm.

 

YASMINA: Ele era meu professor.

 

ADAMUS: Sei.

 

YASMINA: E...

 

ADAMUS: Um professor na vida ou professor da escola?

 

YASMINA: Bem, um professor espiritual.

 

ADAMUS: Um professor espiritual.

 

YASMINA: Isso.

 

ADAMUS: Ótimo. Ótimo.

 

YASMINA: E...

 

ADAMUS: Ele falou pra você de Saint Germain?

 

YASMINA: Não. [Algumas risadas]

 

ADAMUS: Certo. Eu só...

 

YASMINA: Não. Não.

 

ADAMUS: ... só estava verificando.

 

YASMINA: Tá.

 

ADAMUS: É, sim. Porque se eu for concorrer a um cargo, é claro, vou querer saber quantas pessoas me conhecem. Mas não estou indo muito bem. Talvez não possa me candidatar. [Mais risadas]

 

YASMINA: Mas acho que tem uma má reputação rolando agora. Realmente eu sinto isso.

 

ADAMUS: Você acha que a reputação...

 

YASMINA: Porque eu tive uma leve passagem com Saint Germain.

 

ADAMUS: Sei.

 

YASMINA: Acho que foi uma breve admiração.

 

ADAMUS: Ah hah. Mas você acha que a reputação está boa agora?

 

YASMINA: Não, não. Ela está indo embora. Está...

 

ADAMUS: Oh, a má reputação.

 

YASMINA: Você está emergindo agora como quem você é.

 

ADAMUS: Sei. Então, você acha que, pra mim, foi bom mudar meu nome pra Adamus Saint Germain, como se eu estivesse agindo dissimuladamente com todo mundo? [Risadas]

 

YASMINA: Sim, sim. Com certeza.

 

ADAMUS: Sei. É! [Adamus ri.] Ótimo. Ele era muito próximo num nível espiritual?

 

YASMINA: Acho que em todos os níveis.

 

ADAMUS: Em todos os níveis.

 

YASMINA: E nem tudo eram flores. Havia muito conflito também e muitos ajustes.

 

ADAMUS: O conflito era sobre o quê?

 

YASMINA: Acho que tinha a ver com o papel do feminino divino que eu não sentia que estava representado o suficiente nos ensinamentos dele.

 

ADAMUS: Ótimo.

 

YASMINA: Mas talvez eu... Digo, ele era muito bem equilibrado, mas eu sentia que... Ou eu não assumia meu papel naquele sentido, como ser espiritual.

 

ADAMUS: Sei. Isso é bom. É bom. Você ajudou a trazer isso.

 

YASMINA: Sim. E eu sinto que realmente há uma fusão. Não acho que haja... Mesmo que ele não esteja mais... Mas eu sinto ele próximo.

 

ADAMUS: Oh, ele ainda está... Mas, quero dizer, ele só não está aqui.

 

YASMINA: É que eu não acho que haja realmente uma diferença, mesmo que eu sinta que a assinatura ainda está lá, diferente...

 

ADAMUS: Você ouve ele, sente ele em volta?

 

YASMINA: Sim.

 

ADAMUS: Definitivamente ele está. E como você acha que eu estou com relação ao equilíbrio do masculino/feminino?

 

YASMINA: Acho que você... Eu gosto do aspecto masculino que você carrega.

 

ADAMUS: Oh, obrigado. Obrigado.

 

YASMINA: Eu gosto mesmo. E sinto que, de certo modo, você assume o papel.

 

ADAMUS: Sim. [Risadas quando ele se apruma todo.]

 

YASMINA: Não, é como...

 

ADAMUS: Eu tenho uma lado feminino, mas...

 

YASMINA: Sei. É o que estou dizendo.

 

ADAMUS: Cauldre está meio relutante...

 

YASMINA: O masculino, acho, precisa de muito mais suporte na liberação. Como você diz, o masculino liberado.

 

ADAMUS: Sim, o masculino liberado.

 

YASMINA: Ele tem muito mais necessidade disso do que o feminino.

 

ADAMUS: Sim. Sim. Então, vou fazer aquela coisa de Ferida de Adamus...

 

YASMINA: Sim, algo desse tipo. [Ela ri.]

 

ADAMUS: ... me desculpe, a Ferida de Adam! [Risadas] Muito em breve, A Ferida de Adam. Vamos falar sobre a ferida do masculino. Tobias falou muito sobre a ferida do feminino, é claro, a Ferida de Ísis. Mas ambos estão feridos, e é importante liberar isso. Não vamos entrar naquela coisa de vítima, mas liberar. E talvez isso me faça ser mais reconhecido pelo mundo afora, talvez mais homens comecem a chegar aqui.

 

YASMINA: Espero que isso aconteça. Sim.

 

ADAMUS: É, sim. Sim. Ótimo. Obrigado. Mais uma pessoa.

 

LINDA: Tudo bem. Mais uma.

 

ADAMUS: Mais uma.

 

LINDA: Mais uma. Tem que estar na fileira de trás. Vejamos. Certo.

 

ADAMUS: Oh! Acho que o microfone vai parar bem agora. Você sabia que ele estava chegando. Bem-vindo. Que bom que está aqui.

 

AMINTAS: Certo.

 

ADAMUS: É.

 

AMINTAS: Bem, a pessoa mais próxima pra mim era o meu pai. O nome dele era Ademir.

 

ADAMUS: E por que ele era a pessoa mais próxima pra você? O que o tornou tão especial em sua vida?

 

AMINTAS: Porque ele sempre me encorajou a fazer as coisas.

 

ADAMUS: Sei.

 

AMINTAS: E não só profissionalmente, mas também espiritualmente e intelectualmente. Ele era meu melhor amigo.

 

ADAMUS: Pergunta difícil. Pergunta difícil. Você acha que o deixou insatisfeito de alguma forma, não totalmente, mas de alguma forma?

 

AMINTAS: [suspirando] Sim, às vezes, sinto.

 

ADAMUS: Tá.

 

AMINTAS: Às vezes.

 

ADAMUS: Ele foi, pra você, um grande mentor. Uma grande pessoa com quem se conviver e, às vezes, tem essa... E ele gostaria que você soubesse que ele só estava tentando fazer com que você desse o seu melhor. Mas não é pra você viver de acordo com as expectativas dele. Trata-se de permitir que você... que o seu melhor se manifeste. Era isso que ele tentava fazer. É.

 

AMINTAS: Tudo bem.

 

ADAMUS: Ótimo. Obrigado. Muito obrigado.

 

LINDA: Oh! Mais uma pessoa.

 

ADAMUS: Ótimo. Ótimo.

 

LINDA: Mais uma.

 

ADAMUS: Mal posso esperar.

 

LINDA: Vi uma coisa meio confusa aqui, mas tenho certeza de que você vai saber o que fazer.

 

ADAMUS: [rindo] Então, Jean. [Ele fala com pronúncia francesa, virando nome de homem, já que Jean Tinder está vestida de homem.] Então, gostaria de vir aqui pra frente? Sei. Ela está fingindo que está ocupada com todos os controles e...

 

JEAN: Tenho que ir?

 

ADAMUS: Sim, sim. Então, você quer vir pra cá?

 

LINDA: Eles podem posicionar a câmera nela.

 

ADAMUS: Tudo bem. Pode se levantar? Ótimo, obrigado. E, agora, isso vai ser difícil porque, sabe como é...

 

LINDA: Ótima apresentação.

 

ADAMUS: ... muitas pessoas conhecem você. Muitos da sua família estão perto e escutando. [Algumas risadas] Então, é muita pressão. Quem é a pessoa mais próxima de você nesta vida?

 

JEAN: [pensando] Que pergunta difícil!

 

ADAMUS: É uma pergunta de Adamus. [Ela pensa mais um pouco.] Eh-eh-eh. Agora você está indo para a mente. Respire bem fundo. Feche os olhos um instante. Respire fundo. Você já sabe a resposta. Você já pensou nela enquanto estava sentada aí atrás. Então, se não quiser compartilhar, tudo bem.

 

JEAN: Devo dizer que é o Cauldre.

 

ADAMUS: Ah.

 

JEAN: Como um mentor espiritual...

 

ADAMUS: Agora ele está ficando vermelho! [Adamus ri.]

 

JEAN: Sim, é meio estranho dizer isso, mas é porque há uma reunião de mentes, é um espaço seguro, é uma amizade antiga e há sempre uma compreensão.

 

ADAMUS: Ele cria um espaço seguro pra você? Isso é mesmo estranho. [Risadas] Só um instante. Eu tenho que me livrar dele. [Mais risadas, quando Adamus gesticula como se mandasse Cauldre embora]. Ele cria um espaço seguro?

 

JEAN: Sim.

 

ADAMUS: Ele dá uma força pra você?

 

JEAN: Ah, sim.

 

ADAMUS: Ah, sim. Certo. Ótimo. E você acha que tem a ver com uma vida passada onde se conheceram?

 

JEAN: Definitivamente.

 

ADAMUS: Ótimo. E como você acha que o passado – como dizer –, que o passado se desenvolveu até chegar a esta existência? Como surgiu isto a partir do que foi noutras existências?

 

JEAN: Com uma profunda confiança, um entendimento mútuo do direcionamento, do compromisso, da razão pela qual eu estou aqui, nós estamos aqui, do trabalho que fazemos. É uma amizade excelente.

 

ADAMUS: Sei. E, vou acrescentar algumas coisas sobre isso antes de trazê-lo de volta. Vocês dois escolheram: “É agora, não importa o que seja preciso. Vamos fazer isso individualmente, mas também vamos estar aqui pra servir os outros e vai ser nesta existência.” Chega de ficar esperando, como muitos de vocês fizeram. Esperando e depois se pressionando. Esperando, quando poderiam ter escolhido a iluminação algumas existências atrás. Vai ser nesta. E esse foi um profundo comprometimento.

 

JEAN: Com certeza. Sim.

 

ADAMUS: E vai acontecer. Ótimo.

 

JEAN: Sim.

 

ADAMUS: Obrigado.

 

JEAN: Obrigada.

 

ADAMUS: Tudo bem. Você pode voltar [falando com Cauldre]. Ótimo.

 

Agora, vamos respirar bem fundo. Na verdade, cada resposta foi linda. Cada resposta. Fez com que todos vocês parassem um instante.

 

 

Relacionamentos Humanos

 

Vejam, não há nada como os relacionamentos neste planeta. Nada é parecido com isso. Nem em qualquer outra esfera, nem em qualquer outro planeta habitado. Nada é como o relacionamento humano. Existem muitos níveis de relacionamentos. São as emoções. É o sexo. É o aspecto do compartilhamento, do cuidado. Tem... Em meio a tanta solidão, o relacionamento – o relacionamento próximo com alguém –, fará com que vocês sintam que não estão sozinhos, pelo menos por um tempo. Os relacionamentos humanos são os melhores e os mais difíceis.

 

Os relacionamentos humanos, cada um deles – seja com sua mãe, seja com seu pai, cada um deles – também inclui atritos, tensão, conflitos. Cada relacionamento próximo acabará fazendo com que a outra pessoa desperte algo em vocês e vocês despertem algo nela. Uma definição de relacionamento, mesmo um bom relacionamento, é que nem sempre é divertido e nem sempre é um jogo. Vocês mergulham fundo com as outras pessoas, mesmo que haja momentos obscuros terríveis.

 

Agora, a maioria de vocês só falou de um bom relacionamento próximo, mas alguns relacionamentos são difíceis, complicados. Vocês podem ter tido uma mãe, um pai ou um amigo dificílimos, que possam ter traído vocês profundamente. Ainda assim, é uma pessoa próxima. Ainda assim, essa pessoa lhe proporcionou as melhores experiências – não lições, mas experiências – da vida. Não tem nada igual em nenhum lugar de toda a criação – o relacionamento de humano para humano.

 

Muitas vezes, os humanos se tornam muito próximos, muito conectados energeticamente, fisicamente, psiquicamente, de todas as maneiras. Eles se tornam muito conectados. Eles se tornam dependentes uns dos outros. Eles seguem uns aos outros de existência em existência. Mas, vejam, na verdade, mais assassinatos ocorrem entre amigos e familiares do que com qualquer outro, exceto talvez nas grandes guerras. Mas assassinatos. Então, como os humanos, em seus relacionamentos, podem ser tão próximos, podem compartilhar tanta coisa e amar tão profundamente, e também brigar entre si de forma tal que podem até chegar, às vezes, a matarem uns aos outros?

 

Os relacionamentos humanos são absolutamente fascinantes. E, na verdade, a melhor resposta, não a única resposta, mas a melhor resposta à pergunta veio de você, minha cara [Tiffany]: “Sou eu. Eu.” Mas eu questionei você por diversas razões, pra assegurar que você realmente sentia a coisa dessa forma. Pra ter certeza... A propósito, se alguma vez eu disser pra vocês engatinharem até o fundo da sala feito um cachorro, me digam pra... [Risadas] Me digam pra parar de dizer isso pra vocês. Me digam pra parar, por favor. E eu vou questionar vocês porque quero ver. Será que vocês realmente sentem a coisa dessa maneira ou é algo mental, na linha do makyo? E você sentiu. Você sabia. Mas eu questionei você e disse: “Mas isso não é amigo, esse amigo ‘eu mesmo’. Em alguns dias, não é o pior amigo que vocês já tiveram?”

 

O relacionamento mais próximo que vocês já tiveram – podem não ter percebido ainda – é com vocês mesmos. Agora, vocês tiveram muitos relacionamentos maravilhosos e alguns terríveis, mas o relacionamento mais próximo que já terão é com vocês mesmos. Podem não ter percebido isso, porque grande parte do eu anda oculto. E o que vamos fazer hoje é entrar no Mestre. Vamos trazer o Mestre e vocês vão descobrir, vão perceber que esse é o melhor e o mais próximo amigo que já tiveram e que já terão.

 

Os humanos têm muitos relacionamentos durante uma existência – muitos relacionamentos, muitos amigos, muitos familiares. Nem tantos são tão profundos assim. Vocês têm conhecidos, muitas pessoas que vocês conhecem, mas quantas realmente compartilham as partes mais íntimas e sensíveis de sua vida? Mesmo que estejam casados com alguém há 20, 30 anos, ainda existem partes de vocês que não são compartilhadas, que permanecem escondidas, afastadas, e está tudo bem.

 

Vocês ao acabar descobrindo, percebendo que o relacionamento mais próximo é com vocês mesmos, é entre vocês, entre vocês enquanto humanos e vocês enquanto Mestres. É tudo a mesma coisa; ambos são vocês. São, simplesmente, expressões diferentes, perspectivas diferentes do mesmo ser.

 

Como seres humanos, vocês passaram muitos e muitos anos sozinhos ou, pelo menos, com a impressão de estarem sozinhos. Mesmo que trabalhassem com pessoas o dia inteiro, mesmo que tivessem filhos, uma família enorme e tudo mais, grande parte era solidão, era estar consigo mesmo, em seus próprios pensamentos, em seu próprio mundo, quase sempre se perguntando se estavam loucos.

 

Tem sido difícil viver nesse mundo solitário. E, há muitos anos, quando Tobias veio e começou a falar e a trabalhar com vocês, ele disse: “Vocês nunca estão sozinhos.” Muitos acharam que isso significava que ele estava lá com vocês ou que outros seres angélicos estavam lá com vocês. Mas o que ele quis dizer o tempo todo, mesmo naqueles anos lá atrás, é que vocês nunca estão sozinhos porque vocês estão com vocês mesmos. Não só com o eu humano. Nós estamos no “e”, agora. No “e”. Não é apenas o seu eu humano.

 

 

O Mestre

 

O que vamos fazer hoje é que eu vou falar um pouco mais e, depois, teremos um merabh e vamos realizar isto, esse Mestre vai estar aqui. O Mestre sempre esteve aí. E eu uso a palavra “Mestre”. Estou sendo cuidadoso e não vou usar o termo “ser divino”, porque, de repente, vocês vão ter ilusões com um grande anjo dourado vindo. Eu uso “Mestre” significando aquele que está fora do tempo, que está no passado, como também no presente e também no futuro; que sempre esteve aí e nunca esteve fora noutro lugar. E, repito, quando eu uso a palavra “divino”, consigo ver o que isso desperta em vocês: “Ah, é esse ser divino lá longe.” O Mestre sempre esteve aqui, sempre.

 

O Mestre é aquele que não entra em todo o drama e o trauma humanos. O Mestre é aquele que está em total permissão. O Mestre percebe que não há morte. O Mestre percebe que muita energia fica presa no humano, mas não nele, no Mestre.

 

O Mestre não tem a Wikipédia memorizada nem todas as enciclopédias. O Mestre não conhece todos os fatos e todas as estatísticas. Então o humano tem que superar isso e não esperar que o Mestre responda: “Mestre, quanto pesa a Terra?” O Mestre não quer saber, não precisa saber, não fica andando por aí com todos os conhecimentos sobre o futuro e sobre o passado. O Mestre está no presente e é isso. O Mestre não precisa de todas essas coisas.

 

Não esperem que o Mestre comece a realizar milagres na sua vida. Não esperem que o Mestre resolva os seus problemas. Mas o Mestre será o melhor amigo que já tiveram. O Mestre escutará os problemas. O Mestre dará uma luz pra essas questões que vocês enfrentam, mas não vai lhes dizer o que fazer, somente dar uma luz.

 

O Mestre escutará. O Mestre não lhes dirá o que fazer, não tentará controlá-los nem nada dessas coisas. Mas, se escutarem esse Mestre que vocês são, se pararem um instante, vocês vão sentir que algo vem desse Mestre, uma perspectiva que o humano, de outro modo, não consideraria.

 

Vocês vão sentir um nível de amor compassivo que nunca sentiram antes. E eu quero que vocês entendam, neste momento, que esse amor não vem de Deus. Digo, é tudo a mesma coisa, mas não o coloquem lá fora noutro lugar. Não deem crédito a mim, a Jesus, Yeshua. Esses vislumbres e esse sentimento duradouro de absoluto amor incondicional estão vindo de vocês, do Mestre que sempre esteve aí.

 

O humano desconsiderou o Mestre durante um bom tempo por uma simples razão: não se sentir merecedor. Ficou esperando pela redenção, pela salvação, pela perfeição ou outra coisa qualquer. O humano o desconsiderou, mas chega disso. Hoje é o dia de trazer o Mestre. É quando vocês começam a perceber que vocês não são mais um só. Vocês não são mais apenas um. Vocês são... Bem, Linda, se puder fazer a matemática no quadro...

 

LINDA: Ah, não.

 

ADAMUS: É matemática de Adamus.

 

LINDA: [suspirando] Tá bem.

 

ADAMUS: Um dividido por dois é igual a um.

 

LINDA: De que tamanho quer que eu escreva?

 

ADAMUS: Pra ocupar o quadro todo. À vontade.

 

LINDA: Tudo bem.

 

ADAMUS: Um dividido por dois é igual a um. Depois, vamos tratar do um dividido por três, do um dividido por quatro. Mas, hoje, isto é que é importante. Um, que é o Eu Sou. Vocês vão começar a perceber que dois é o humano e o Mestre, mas ainda á um. Ainda é um.

 

Eu estava encorajando Cauldre a falar a todos vocês sobre a Aspectologia. A aspectologia é o entendimento de como a alma ou o humano ou qualquer parte do eu pode criar aspectos de si; aspectos funcionais que podem fazer coisas como dirigir o carro, cozinhar o jantar, ou aspectos obscuros dissociados que representam as partes do eu magoadas, mal amadas, abandonadas.

 

O estudo da Aspectologia é fascinante. É o básico da psicologia espiritual. Deveria ser o básico de qualquer psicologia. Trata de como alguém pode se fragmentar no que chamamos, no que Tobias chamou de aspectos. O entendimento de como vocês podem criar, como podem realmente manifestar diferentes partes de si mesmos, tem agora um tremendo impacto no entendimento do próximo passo, que é o “e”. Eu, o humano, e eu, o Mestre. É tudo parte do Eu Sou. Não são duas nem três peças separadas, mas são facetas. São expressões dentro do um.

 

Vocês continuam sendo uma unidade. Vocês não se desmembram. Não se dividem. Na verdade, de um modo muito interessante, vocês, de fato, se integram.

 

Então, aqui vocês têm o humano, aquele que vocês conhecem muito bem, ou aquele com quem vocês têm experiências e se expressam; aqui vocês têm o humano que tenta e tenta indefinidamente se tornar melhor, alcançar o nirvana, ter algum tipo de iluminação. O humano não vai se tornar iluminado.

 

O humano vai ser o humano. O humano vai ter o que o humano consideraria como falhas e defeitos, mas o Mestre não. O humano vai ter suas contendas, pelo menos o que assim consideram [como contendas]. Simultaneamente, vocês vão ter o Mestre que não considera as coisas como falhas. Não existem contendas. Não existem coisas não resolvidas. O Mestre não sobrecarrega o cérebro do mestre com fatos, números e informações, que estão sempre tentando iludir o sistema do humano. O humano passa a maior parte da vida tentando iludir o sistema humano. O Mestre não quer saber. O Mestre simplesmente mantém uma posição de permissão.

 

O Mestre quer vir. Seja lá qual for a palavra – estou ouvindo algumas pessoas dizerem que não gostam da palavra “Mestre”. Eu gosto, porque tem a ver com mestria. Tem a ver com permitir. Não significa que vocês serão perfeccionistas, não significa que vocês aperfeiçoarão tudo. Vocês vão apenas dominar a arte de existir. Vocês terão domínio sobre o Eu. Vocês não vão mais ficar isolados apenas em seu disfarce humano, em sua expressão humana. Vocês vão ter o domínio de tudo isso. E é por isso que eu digo que o Mestre está fora do tempo, é atemporal. Ele não existe no futuro nem no passado. Digo, está em tudo, mas é bem presente.

 

Querido humano, o Mestre está aqui e quer se manifestar. E vocês o refreiam. “Não estou pronto. Se eu fosse um Mestre, eu poderia voar.” O Mestre não dá a mínima pra isso. Essa é uma questão humana egoísta. Se vocês querem voar, peguem um avião e voem. [Algumas risadas] É simples assim.

 

Vocês querem operar milagres. E não estou dizendo que milagres não sejam possíveis. Mas o humano quer dinheiro, o humano quer amor, o humano quer ser perfeito, jovem e nunca morrer. O Mestre não quer saber de nada dessas coisas. O Mestre é a mais pura compaixão.

 

O Mestre está sempre rindo. Repito, o Mestre está sempre rindo. Vamos trazer o Mestre e vocês vão ter algumas experiências interessantes e engraçadas. Vocês estarão andando sozinhos pela casa, descalços e, de repente, vão dar uma topada num objeto sólido de maneira no chão ou algo parecido. E vocês sabem qual é a primeira coisa que vão fazer: vocês recuam, se curvam e xingam, segurando o pé. Depois, vocês vão ouvir uma risada, e esse será o Mestre. O Mestre vai se desmanchar de rir com isso, e vocês vão ficar furiosos com o Mestre. E vocês vão... Mas depois vocês vão começar a rir também. Vão perceber que, de fato, é muito engraçado. É muito engraçado.

 

O Mestre vai ser o melhor amigo que vocês jamais, jamais tiveram, em tempo algum. O Mestre é vocês. É uma parte de vocês que vocês mantiveram oculta durante longo tempo.

 

O Mestre é profundamente sábio, absolutamente sábio. O Mestre não vai fazer com que vocês mudem as coisas, não vai começar a dirigir a sua vida, certamente não vai controlá-la nem conduzi-la. Mas, quando pararem um instante, o querido humano parar um instante e sentir, vocês sentirão o Mestre que vocês são. De repente, vocês terão uma perspectiva sobre a sua vida humana e a sua vida como Mestre, simultaneamente, como nunca tiveram antes.

 

Vocês vão andar por aí... De certa forma, falamos sobre esse desequilíbrio de masculino/feminino; isso vai acabar, pra vocês. Não vai mais importar. Vocês vão estar realmente bem além disso. Na realidade, nós usaremos a Ferida de Adamus pra ir... Ferida de Adam! [Risadas] – pra ir além disso. Agora a verdadeira questão não tem a ver com a falta de equilíbrio entre o masculino e o feminino; tem a ver com o humano e o Mestre, tem a ver com o humano e o Eu Sou. É isso que iremos equilibrar.

 

Em nosso merabh, vou pedir a vocês, ao humano, pra fazer uma coisa e uma coisa apenas: permitir que o Mestre entre em sua vida. Vocês não fazem isso forçando nem implorando. Vocês não fazer isso rezando nem entoando mantras. Não há mantra pra isso. Não temos nenhum óleo de Mestre aqui pra trazer o Mestre. É simplesmente: “Eu Sou, Aqui. Eu Sou, Aqui.” Só isso. É permitir. É permitir e então assim será. Assim será.

 

Agora, vou dizer isso e o humano vai sair daqui e dizer: “Ah, enfim, eu trouxe o Mestre.” E amanhã de manhã vocês vão...

 

SART: Ééé.

 

ADAMUS: “É, é, é, ééé.” [Risadas] E depois o que aconteceu aqui vai se concretizar. O humano vai ficar: “Eu não sei. Será que foi mais um...?” E então vocês vão ouvir a risada.

 

Vocês vão identificar o Mestre inicialmente através dessa risada que surge. Não serei eu. Eu não riria de vocês! [Algumas risadas; alguém diz: “Claro que não!”] Não serão seus guias espirituais. Não será nenhuma outra coisa. Será o Mestre dentro de vocês. E ele está muito pronto. Não está se segurando; vocês é que estão. Ele está muito pronto pra entrar na sua vida. Não é só uma meta, não é só coisa da sua imaginação; ele está aqui pra ser real. Está aqui pra ser real. Falarei mais em nossas próximas sessões sobre o que o Mestre é e não é. Mas, por ora, saibam que ele é o melhor amigo que vocês jamais imaginariam ter. O mais compassivo, o mais receptivo, o mais próximo. E o Mestre sempre esteve aqui.

 

Vocês vão andar com o Mestre de agora em diante. Vocês vão andar com o Mestre daqui pra frente. É por isso que vocês estão aqui e sobre isso que trata esta série – do transumano, de se transformar em algo além do humano apenas. E isso vai parecer muito estranho. Para o humano, vai parecer muito estranho. Vocês vão sentir, não sei como dizem... como se fossem bipolares. Vocês vão se sentir duplos. [Algumas risadas] Vocês vão se sentir, às vezes... [Ele bebe um gole de café.] Estou tentando descrever... Mas, às vezes, quando começarem a andar com o Mestre e como Mestres, tudo vai ficar meio – Kuthumi disse isso –, meio oscilante. Nada vai fazer sentido de início, porque vocês estão tão acostumados a ficar na consciência limitada do humano – pensamentos humanos, emoções humanas, tralha humana – que, de repente, ter essa outra presença aí, que são vocês mesmos, vai parecer estranho. Vai parecer que são vocês mesmos às vezes, mas depois, outras vezes, não vai mais parecer que são vocês. E, algumas vezes, vai parecer que são vocês e não são vocês ao mesmo tempo.

 

O humano tem dificuldade de ser multissensitivo, multidimensional. É por isso que eu disse, quando falávamos das eleições, que o humano não quer realmente mudanças. Só quer um pouquinho de pão e circo. E por isso vai haver resistência. Então, vocês, o humano, precisam entender que vai haver uma certa resistência. Vocês vão sentir o corpo estranho, porque agora não é só o humano que está no corpo. Vocês vão ter o Mestre no seu corpo.

 

O Mestre não vai andar ao seu lado nem um metro e meio atrás de vocês – definitivamente ele não vai andar atrás de vocês. O Mestre vai estar no seu corpo, nos seus olhos, e a sensação será meio esquisita: “Por que as coisas não parecem as mesmas? Por que estou com a visão dupla embaçada?” Bem, porque o Mestre está aí, agora. É o “e”. Então, vai ficar meio embaçada.

 

E o Mestre não está acostumado a dormir muito à noite. [Algumas risadas] O humano gosta de dormir. O humano realmente gosta de dormir. Não é engraçado? Vocês dão tudo de si pra estarem aqui embaixo neste planeta, passam pelo nascimento e, então, o que vocês fazem? Vocês dormem a vida inteira! [Mais risadas] “Estou muito cansado. Não agüento mais. Vou pra cama.” É como comprar entrada pra ver um filme e cair no sono enquanto ele está passando! [Mais risadas] Bem, vocês vão perder o filme. Mas o Mestre não gosta, necessariamente, de dormir. E, quando o humano acorda no meio da noite, puto da vida se queixando que não consegue dormir, essa é a hora de travar um bom diálogo com o Mestre.

 

Obrigado, querida Linda. [Ela lhe entrega um lenço de papel.] Tudo isso está me fazendo lacrimejar e fungar.

 

LINDA: Você precisa de dois.

 

ADAMUS: É por causa dessa amizade.

 

LINDA: Você precisa de dois.

 

ADAMUS: É suficiente. Obrigado.

 

LINDA: Um não é suficiente. [Algumas risadas]

 

ADAMUS: Está bom. [Ele assoa o nariz e pega outro lenço.]

 

Então, vai ser meio estranho para o humano. Meio estranho, realmente, porque, de repente, vocês não serão só o humano singular. De repente, vocês terão o Mestre. E o Mestre é vocês, e isso será bem complicado para o humano entender. Vocês vão tentar identificar o Mestre como um ser diferente, como algo fora de vocês, mas é vocês. E aí vocês vão ficar confusos e vão ter um daqueles dias [falando com Tiffany], um daqueles dias ruins para a amizade consigo mesmos. Nesse dia ruim para a amizade, o Mestre vai começar a se manifestar e o humano vai se perguntar: “Que diabos está acontecendo?” E o humano vai questionar em vez de permitir. E vai ser como sempre foi com vocês: “O que está errado comigo?” O Mestre está na porta e vai derrubá-la logo, logo, se vocês não deixarem que ele faça parte da sua vida.

 

TIFFANY: Será que o Mestre vai me deixar dormir agora? [Risadas]

 

ADAMUS: Não, o Mestre não vai deixar você dormir. Mas, agora, eis uma perspectiva interessante: O humano, “ah, eu quero dormir. Quero dormir 10 horas”, e o Mestre não precisa dormir e, na verdade, nem o humano.

 

 

Pulando

 

Então, de repente, vocês vão pular... e essa vai ser uma expressão que se tornará comum no vocabulário de vocês – pular... não pular fora, pular de um para o outro... [Algumas risadas] A razão pela qual foi tão importante abordar coisas como Aspectologia, anos e anos atrás, e a razão pela qual foi importante convidar muitas pessoas a se retirarem do Círculo Carmesim... é porque a linha que separa a neurose, a psicose e outras doenças mentais... a linha que separa tudo isso e a mestria não é tão larga assim.

 

LINDA: Oh.

 

ADAMUS: Não, realmente não é. Alguém está equilibrado no momento, mas também, como diriam, com a cabeça nas nuvens; ancorado e com a cabeça nas nuvens, considerando que neurose, psicose, depressão e essas outras coisas representam a quebra de um velho sistema.

 

A maioria de vocês passou por isso. Os velhos sistemas de vocês já não estão mais em vigor. Foi difícil. Realmente foi difícil. Mas eles se foram, na maior parte. Ainda resta meio que um resíduo, mas pediremos ao Mestre que ajude a eliminá-lo.

 

Então, vai ser interessante. Vocês vão pular de um para o outro. E, num momento, vão praguejar porque não conseguem dormir o suficiente e, no instante seguinte, o Mestre vai se deitar na cama e ficar extasiado de estar deitado nessa cama totalmente desperto. O Mestre não quer dormir. O Mestre quer viver. O humano quer dormir e esquecer de tudo.

 

Então, vocês vão se sentir numa enorme contradição por um tempo. Vocês vão se levantar de manhã e parte de vocês vai estar cansada e outra parte vai estar bem acordada, pronta para a vida. Vocês vão ter momentos em que esse humano vai ficar com fome e querer comer metade de uma vaca, depois de derrubá-la com o dedo [lembrando do cow tipping – Série do Karisma, Shoud 11, agosto de 2015, Derrubando Deus] – esqueçam isso! [Risadas] –, e do outro lado o Mestre não vai ter apetite algum. E vocês vão se perguntar: “Será que estou com fome ou não?” E a resposta será sim. Sim.

 

Vocês vão ter um novo relacionamento consigo mesmos. Vocês se casarão com vocês mesmos e com o Mestre, tudo ao mesmo tempo, e essa é uma notícia muito boa. Uma notícia muito boa. É muito bom que estejamos aqui na Série do Transumano. Mas, para o humano, já vou logo dizendo, vai parecer muito estranho. Vocês vão pular de uma coisa para outra – num minuto rindo, no minuto seguinte chorando. Vocês não estarão ficando loucos; só estarão recebendo o Mestre. Vocês terão o humano, aqui, chorando sobre o leite derramado e terão, ali, o Mestre rindo o diabo, porque o leite derramado é uma coisa muito engraçada! Realmente é. Não dá pra derramar leite no Clube dos Mestres Ascensos. Ele simplesmente não derrama. Já tentamos. Tentamos entorná-lo; ele não cai. Não tem pelo que chorar. [Algumas risadas]

 

O humano vai perder o emprego e o Mestre vai aplaudir, celebrar, dançar pela rua. E o humano vai dizer: “Ah, mas e o meu dinheiro e o aluguel?” E o Mestre vai dizer: “Não precisamos de dinheiro. Não precisamos nem de uma casa.” Aí o humano vai se perguntar: “Que diabos está errado comigo?” O humano que está tão acostumado a controlar cada parte de sua vida e estar no comando de coisas como tempo, espaço e consciência de massa que vai ter dificuldade com o Mestre Eu Sou, que realmente não quer saber dessas coisas, que realmente não liga pra nada isso. Não que o Mestre seja insensível ou indiferente, mas essas coisas não são muito relevantes mesmo. E o Mestre vai rir enquanto o humano pragueja.

 

A propósito, esse será um excelente material pra livros, filmes e tudo mais – “O Mestre e Eu”.

 

Vamos fazer um merabh daqui a pouco, mas estou falando para o humano aqui. Vocês pediram por mudança. Agora ela está aqui. E vou pedir que simplesmente a permitam. Não a bloqueiem. E não a recebam aos poucos. Não digam: “Tudo bem, hoje vou ser Mestre tipo 14,5% e amanhã eu vejo como é que é.” Ou é Mestre ou não é Mestre.

 

LINDA: Hummm.

 

ADAMUS: É permitir ou não permitir. E eu digo isso porque alguns de vocês são assim: “Bom, vou ver como é hoje e depois volto amanhã.” É aí que a coisa machuca. É quando fica difícil. É quando vocês prestam ao seu humano um grande desserviço, ao pensarem: “Bem, vou tentar.” Vejam, é como... Cauldre está me dizendo que tem essa coisa... Não acredito que façam isso na Terra. Ele está me dizendo que as pessoas no supermercado experimentam provas de alimentos que ficam servindo pra ver se vão comprá-los. Não estamos pegando amostras aqui do supermercado pra ver se vocês vão gostar. Vocês vão entrar de cabeça. Vocês vão permitir que o Mestre entre.

 

Se não quiserem, se estiverem nervosos, é melhor irem embora. É melhor saírem. Digo, é melhor voltarem a este Shoud outro dia, outro ano, outra existência. É melhor não fazerem. Mas, se forem fazer, assumam o Mestre.

 

Agora, é aqui que chegamos naquele velho conflito humano. Vocês queriam isso. Vocês desejavam isso. Essa é a razão pela qual vocês estão aqui no planeta, e agora a coisa está aqui. E, de repente, vocês ficam: “Whewwww! Ah, eu não sei. Nossa, eu tenho um projeto. Ainda não acabei o trabalho de jardinagem.” Convidem o Mestre pra fazer a jardinagem com vocês! O que isso tem a ver?

 

O Mestre que vocês são não era bem-vindo nem tinha permissão pra vir na sua vida humana. Então, o Mestre, de certo modo, mesmo sendo vocês, não tem feito muitas coisas. Ele vai ficar extremamente empolgado com a jardinagem, com cozinhar, e vocês vão se sentir muito estranhos: “Por que... eu estou aqui cozinhando ovos na panela... por que estou tão empolgado com isso? Já fiz isso milhares de vezes...” Mas o Mestre não. O Mestre não saía pra dar uma boa e longa caminhada, no físico, e de repente vocês dizem: “Eu não gosto de andar, mas de repente estou andando. O que está acontecendo?” Vocês estão assumindo o Mestre.

 

Vocês não vão começar com o humano e depois subir degraus e mais degraus e, então, se tornar o Mestre. Vocês vão ser o humano e o Mestre. Um dividido por dois ainda é um. Vocês estão descobrindo agora que vocês são multiexpressivos. Vocês viviam na expressão de um humano com as lutas humanas, os traumas humanos, as limitações humanas. Isso é ótimo. Algumas dessas coisas vão continuar, mas agora vocês têm o Mestre aí. E muda toda a perspectiva. É quando vocês aprendem a rir de si mesmos, porque vocês vão rir de si mesmos. O Mestre vai rir das manias humanas. É quando vocês começam a reunir suas histórias para o Clube dos Mestres Ascensos. É quando vocês riem quando deixam cair o martelo no dedão e dizem: “Aii!” E vocês ouvem aquela risada.

 

O Mestre vai ser... Eu ajudei um pouco o Cauldre com o artigo [Spiritual PursuitBusca Espiritual, de 27/09/16] que ele escreveu. Ele vai ser seu melhor amigo e o motivo de sua maior irritação. E o interessante é que, quando eu digo que vocês pulam – que vocês saem de um momento em que manifestam o humano para o momento seguinte em que manifestam o Mestre –, o que realmente acontece é que vocês também são ambas as manifestações simultaneamente. As duas ao mesmo tempo. Não apenas sendo o humano e depois sendo o Mestre. Vocês começam a caminhar, a viver, a respirar... Vocês vão reparar. Vou pedir que todos vocês façam uma respiração, não como disciplina, mas como experiência nos próximos dias. É quando vocês vão reparar no Mestre também. De repente, vocês vão perceber: “Tem alguém do meu lado respirando? Por que a minha respiração está diferente? Por que meu hálito está diferente?” É o Mestre que vocês são, e ele está aqui. Ele quer estar com vocês, na sua vida, nas suas experiências. Ele quer ser parte de sua grandiosidade agora. É hora de parar de deixá-lo esperando.

 

Não peçam ao Eu Mestre que comece a fazer coisas pra vocês. Não peça a ele que resolva seus problemas. Não diga: “Nossa, Eu Mestre, agora que está aqui, eu tenho essa doença no meu corpo...” Esse não é o papel dele. Mas, o que acontece quando vocês começam a se permitir a ter tanto o humano como o Mestre encarnados – encarnados –, de repente, a perspectiva do humano sobre o que ele achava que era uma doença física muda. Mesmo que os médicos digam que vocês têm essas doenças que a gente nem consegue pronunciar, mesmo que os médicos digam isso, de repente, com a luz do Mestre e com a condição de Eu Sou, de repente, vocês percebem: “Uau! Eu tenho essa doença, mas na verdade eu não tenho essa doença. E, de fato...” Cauldre quer que eu dê aquele aviso de lei, mas a Linda pode fazer isso depois.

 

Agora, é meio estranho. De repente, o humano tem...

 

LINDA: Você está dizendo que é só para fins de entretenimento? Por favor, consultem seu médico antes de tomarem decisões críticas? [Risadas]

 

ADAMUS: Isso. É só pra fins de entretenimento, porque o Mestre está rindo pra valer neste momento.

 

E, de repente... Vou usar o exemplo da Malu. De repente, vocês descobrem que têm câncer e os médicos dizem... Eles mostram pra vocês os exames de raios-x ou sei lá como chamam, e dizem: “Aqui está o que você tem que fazer como tratamento.” É interessante porque o humano pode ter câncer... Esse pode ser meio que um fato emocional. O humano pode ser diagnosticado com câncer, mas o Mestre não. O Mestre não. Considerem as implicações um instante. De repente, é o humano e o Mestre. De repente, vocês estão e não estão. De repente, vocês não tentam curar o humano, mas vocês estão no “e” do Mestre. Esse humano, por causa da nova perspectiva do Mestre, esse humano pode viver 30, 40, 50 anos com esse câncer e ele não afetá-lo biologicamente.

 

Hora do aviso legal.

 

[Leve pausa]

 

Aviso legal. [Algumas risadas] Vamos, diga.

 

LINDA: [falando muito alto] Isto é apenas para fins de entretenimento. Por favor, consulte seu médico antes de fazer qualquer alteração em sua medicação. Isto é estritamente para fins de entretenimento.

 

ADAMUS: Para um Mestre Ascenso, mas fora isso... [Risadas e alguns aplausos] Fora isso...

 

Vocês têm uma expressão humana que chamam de virada no jogo. E, repito, não é que o Mestre venha e tente curar o humano. O Mestre não fará, não tem intenção de fazer, não quer fazer isso. Mas, de repente, quando vocês estão lado a lado com o Eu do Eu Sou que agora entra no corpo, na mente, na realidade de vocês, de repente, isso muda a perspectiva, muda a história. E o humano pode ter câncer, mas o Mestre não. Eu quero que vocês pensem, ou melhor, sintam essas implicações e como elas mudam a perspectiva de tudo, como elas podem, em última instância, ser o que cura o humano – esse reconhecimento de que “Eu Sou também o Mestre e o Mestre não tem nada disso”.

 

Tivemos muitas experiências juntos nesta série sobre a realização de que o Mestre está aqui, sem ficarmos só falando sobre isso, pensando sobre isso ou se preparando pra isso. Está aqui. Está aqui. Chegou a hora. Mas quero dizer ao humano que vai ser confuso. Vocês vão se tornar bissensitivos, bissensuais, talvez bissexuais, não importa. Vocês vão ser bissensitivos agora. Então, vocês viviam numa imensa singularidade, muito dentro da mente, no que vocês achavam que era a sua identidade, e de repente isso vai ser invadido. Vocês vão ter um visitante que nunca vai embora. [Adamus ri.] Vocês vão ter, de repente, duas perspectivas com relação a tudo. Isso vai se expandir mais depois, mas vamos lidar com duas. Vocês vão ter duas perspectivas e vão pular pra lá e pra cá e também vão estar em ambas ao mesmo tempo. Vocês vão ficar pulando. Vocês serão um Mestre pula-pula.

 

LINDA: Oooh! [Risadas]

 

ADAMUS: Ou como o Mestre diria: “Vocês serão um humano pula-pula.”

 

E, repito, isso vai ser meio estranho, meio desconcertante. Vocês vão até a geladeira pegar leite e o humano vai dizer: “Eu quero um copo de leite.” De repente, sua mão vai pegar o suco de laranja: “Eu não quero suco de laranja.”

 

“Nós vamos beber suco de laranja.” [Risadas] E o mais estranho é que vocês vão pôr um copo de leite e um copo de suco de laranja e vão beber os dois ao mesmo tempo.

 

LINDA: Blerggh!

 

ADAMUS: Não, mas o gosto vai ser tão bom...

 

LINDA: Urghhh! [Mais risadas]

 

ADAMUS: Vocês estão assumindo o Mestre. O que significa: pare de reclamar, humano. Pare de se queixar.

 

Vai ser muito estranho e, repito, vocês vão reparar muito isso quando estiverem fazendo suas escolhas rotineiras. E vão perceber, porque o Mestre estará presente, como suas escolhas eram mesmo rotineiras. Vocês pensavam que queriam um copo de leite, porque estavam programados pra tomar leite, já que era a primeira coisa, de manhã, que sua mãe dava pra vocês beberem todo santo dia. Mas, na verdade, vocês realmente queriam suco de laranja, ou pelo menos o Mestre queria. Então, vai ser bem estranho, bem interessante. Compartilhem suas experiências com relação a isso na mídia social de vocês. Compartilhem por e-mail ou o que for. Falaremos mais sobre isso no mês que vem, mas, agora, é hora de assumirmos o Mestre.

 

LINDA: Oops.

 

 

Merabh

 

ADAMUS: Então, com a luz para o merabh, e todo mundo que está acompanhando online, coloquem-se numa posição confortável. E, se estiverem nervosos, bem, assumam o Mestre. [Algumas risadas]

 

Sintam a diferença agora, porque o Mestre quer fazer isso.

 

O Mestre esperou por muito tempo.

 

[A música começa.]

 

Respirem bem fundo neste lindo espaço seguro, repleto de acompanhantes, de Shaumbra. Estamos na Série do Transumano, e a hora é já. É hora de assumirem o Mestre. É hora, queridos humanos, de permitirem que o Mestre entre na sua vida, deixando de ser um conceito mental, deixando de ser um desejo e tornando isso real. E tudo que precisam fazer é permitir. Só isso. Tudo que precisam fazer é permitir.

 

Vocês respiram bem fundo e assumem o Mestre. O Mestre esteve aí o tempo todo só esperando, mas foi com muita compaixão que ele esperou até que vocês estivessem totalmente prontos.

 

O Mestre traz o início do que chamam de corpo de luz, dos sentidos que não são mentais. Sentidos da imaginação, os sentidos dos sonhos. Vejam, os sonhos são um sentido.

 

Os sentidos são qualquer coisa que permita que vocês tenham uma perspectiva das várias formas de realidade, e os sonhos são um sentido. É o que eles são.

 

O Mestre chega agora, desliza para o seu interior. Ele entra e, agora, começa a se tornar parte de sua biologia, de sua anatomia. E, mesmo que vocês tenham problemas no corpo, o Mestre não tem. Vocês podem ter se olhado no espelho e se achado muito gordos, muito velhos, muito desgastados ou o que for. O Mestre não é assim. E vocês vão ouvi-lo. Vocês vão senti-lo. O humano diz: “Oh! Olha pra este corpo...” E o Mestre diz: “Ah, nossa! Eu amo este corpo.”

 

Vai parecer estranho, às vezes. Vai ter uma voz diferente. Vocês estão acostumados a escutar a voz do humano e de seus aspectos. Vocês estão acostumados a uma voz de crítica e de julgamento, a uma voz que diz “eu não sou”, em vez de dizer “Eu Sou”.

 

Vocês estão acostumados a escutar as subvozes do humano, as vozes dos aspectos, vozes depreciativas. O próprio eu humano argumentando com o próprio eu humano, ambos disputando pra serem eleitos o chefe do dia, o controlador do dia. E, agora, tem uma voz diferente e vocês podem nem ouvir palavras. Pode ser uma voz sem palavras, sem qualquer palavra. Mas ainda assim é como uma voz. É uma nova voz, a voz do Mestre.

 

Algumas vezes, o humano vai ficar confuso com todo esse novo nível de presença. Uma presença em seus sentidos, em seus pensamentos, nas vozes, em tudo na sua vida. Uma nova presença ao dirigir o carro, cozinhar uma refeição ou mesmo assistir a um filme – toda uma nova presença. E, às vezes, o humano vai tentar, pode-se dizer, levar o crédito ou tentar tornar o Mestre humano. Em outras palavras, tentar fazer com que o ego controle o Mestre. Simplesmente, não funciona. Não dá pra fazer isso.

 

Algumas vezes, o humano vai perguntar: “Será que não sou um humano grandioso porque o humano se tornou Mestre?” Não. Não é que o humano tenha se tornado Mestre. O humano ainda é humano e tem a presença do Mestre. Isso é que torna tudo tão lindo.

 

Ninguém tira o lugar de ninguém. Ninguém rouba a energia de ninguém. É simplesmente o “e”. E vocês estarão nessa linda posição em que “Eu sou o humano e Eu Sou o Mestre”, juntos, simultaneamente, mas ainda assim com suas diferenças, seus temperamentos diferentes, suas facetas diferentes.

 

O humano não precisa lutar com essa situação. Basta permitir que o Mestre, que esteve esperando por tanto tempo, aguardando. Ele desliza pro interior de vocês.

 

Ele já está lá.

 

Ele está dentro de vocês, do seu corpo, da sua consciência.

 

E o Mestre carrega o que eu chamaria de luz. E, repito, não estou me referindo àquela luz que vem do sol ou de outras fontes. Mas o Mestre carrega uma luz, uma radiância. Pra mim, é quando aquela parte da consciência simplesmente brilha de modo impassível, ilimitado. Simplesmente brilha. O Mestre traz isso pro interior de vocês, como se iluminasse vocês de dentro pra fora.

 

Tão admirável quanto possa parecer, alguns de vocês passaram existências tentando ficar nas sombras, tentando turvar a luz. Então, pode parecer meio esquisito o Mestre estar aí agora em sua radiância. Essa luz está brilhando e vai continuar a brilhar. Então, queridos humanos, comecem a se acostumar com ela. Não é uma luz que vocês possam nem sequer queiram tentar controlar.

 

E, queridos humanos, à noite, quando vocês conseguirem dormir, vocês vão ter dois sonos, dois sonhos, dois estados diferentes de ser. Vocês estão acostumados a ter uma experiência de sonho, mas, com o Mestre agora vocês terão duas. Pode ser meio confuso para o humano que, às vezes, tem dificuldade até de se lembrar de um quando acorda, mas, de repente, vão acontecer dois sonhos diferentes. Como pode ser isso? Bem, é o Mestre e o humano.

 

Lembrem-se: não é o humano se tornando Mestre. Não é o humano se aperfeiçoando. É o “e”. É o Mestre e o humano. Dois que são um; um que se torna dois.

 

Vocês estiveram trancados nessa caixa da realidade humana por tanto tempo quanto possam se lembrar. Vocês ficaram fechados na singularidade da realidade humana, mas agora vocês se tornam ambos, humano e Mestre.

 

O Mestre está aqui e a diversão começa.

 

O “e” começa, o verdadeiro “e”. Temos falado sobre isso há vários anos. Hoje é o dia de assumirem o Mestre.

 

Respirem bem fundo, queridos humanos, e respirem bem fundo, queridos Mestres.

 

Agora respirem como humanos e como Mestres, e sintam a diferença. Ambas as respirações. Ambas as respirações, simultaneamente.

 

É quase como no nascimento, quando vocês deram aquela primeira inspiração profunda e souberam que estavam de volta noutra existência. E, aqui, hoje, estão respirando fundo novamente, o Mestre e o humano, de repente, percebendo que não é somente uma única respiração; é a respiração do humano e a respiração do Mestre, simultaneamente.

 

Nunca disse respeito à superação do humano. Sempre se tratou de se tornar o “e”, o humano e o Mestre.

 

Que presentes maravilhosos o Mestre e o humano compartilharão, darão um ao outro, assim como os presentes maravilhosos que as pessoas mais próximas de sua vida dão pra vocês. Mas de uma forma bem mais profunda, pessoal e compassiva.

 

Vocês darão presentes um pro outro. O Mestre dará presentes da vida, presentes de sabedoria, presentes do Eu Sou. E o humano, vocês, também darão presentes a esse Mestre que esperou pra estar na vida, pra estar com vocês – presentes de experiência, presentes de amor, presentes como compartilhar, estar na vida, ter amigos. O Mestre quer sentir como é ter amigos, como são esses amigos de vocês, os seus familiares. Vocês, o humano, darão presentes a esse Mestre. Não é uma via de mão única.

 

O Mestre está aqui agora.

 

Chega de esperar. Chega de ansiar pelo melhor amigo que já tiveram. O Mestre está aqui.

 

O Mestre não vai embora. O Mestre não está aqui por um dia, só testando como é. O Mestre está aqui.

 

Vou continuar falando com o humano sobre o que podem parecer contradições na sua vida, às vezes, o que parecem ser, pode-se dizer, níveis de confusão humana, o que parece ser um estado de existência múltipla. Vou continuar falando com o humano sobre isso.

 

Vou continuar falando com o Mestre sobre a vida humana, sobre as coisas estranhas que os humanos fazem.

 

Mas, neste momento, eu gostaria que vocês fizessem a respiração do Mestre e do humano juntos, e que todas as nossas respirações daqui pra frente sejam do Mestre e do humano juntos.

 

Chega daquela respiração única de humano solitário. Agora é a respiração do humano e do Mestre reunidos.

 

Respirem bem fundo. Respirem bem fundo.

 

[A música termina.]

 

Agora vem o Mestre. Agora vem o Mestre.

 

Façam essa nova respiração do Mestre e do humano juntos.

 

E assim começamos um novo capítulo.

 

Com isso, meus caros amigos, é sempre um prazer estar aqui com vocês nestes momentos de transformação. E eu peço a vocês, não importa o quão loucos sejam os pensamentos, os sonhos, as suas experiências humanas, eu quero que vocês se lembrem que o Mestre está aqui e, portanto...

 

ADAMUS E A PLATEIA: ... tudo está bem em toda a criação.

 

ADAMUS: Com isso, meu maior amor. Certamente. [Aplausos da plateia]

 

LINDA: Eu gostaria de agradecer a todos por estarem aqui, por escutarem, em toda parte do mundo, de fato. Obrigada à nossa equipe, a todos que contribuem para o Círculo Carmesim com sua energia e seu amor. Um muito obrigada ao Geoff Hoppe por estar disposto em assumir esse incrível Adamus Saint Germain. [Aplausos] Não sei como ele consegue. Obrigada por estarem aqui. Voltaremos no primeiro sábado de novembro. Obrigada a todos. [...] Obrigada, obrigada a todos!
 

 

 

Tradução de Inês Fernandes – mariainesfernandes@globo.com
 

 


 

Os materiais do Círculo Carmesim com Tobias, Adamus Saint-Germain e Kuthumi lal Singh têm sido oferecidos gratuitamente desde agosto de 1999.

O Círculo Carmesim representa uma rede mundial de anjos humanos, chamados de Shaumbra, que estão entre os primeiros a fazer a transição para a Nova Energia. Enquanto eles vivenciam as alegrias e desafios da ascensão, tornam-se os Standards para os outros seres humanos em sua jornada de descobrir o Deus interior.

Os encontros do Círculo Carmesim acontecem mensalmente em Denver, Colorado, onde Adamus apresenta as informações mais recentes através de Geoffrey Hoppe. Essas reuniões do Círculo Carmesim estão abertas ao público e todos são bem-vindos.

Se você estiver lendo isto e sentir um sentido da verdade e conexão, você é realmente um Shaumbra. Você é um professor e um guia para os humanos e os anjos também. Permita que a semente da divindade cresça dentro de você neste momento e por todos os tempos que virão. Você nunca está sozinho, pois existe a família que está por todo o mundo e os anjos que estão ao seu redor.

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