OS MATERIAS DO CÍRCULO CARMESIM
Série do Transumano
SHOUD 9 – Apresentando ADAMUS SAINT GERMAIN, canalizado por Geoffrey Hoppe
Apresentado ao Círculo Carmesim
Eu Sou o que Sou, Adamus of Free Being (do Ser Livre). [Linda aplaude e a plateia também.]
Obrigado. Podem guardar os aplausos pra depois, pois serão mais verdadeiros quando encerrarmos hoje. Ah, não, foi lindo, mas, por falar em ser lindo, estão sentindo o que aconteceu na sala? E os que estão acompanhando online, estão sentindo o que aconteceu nos últimos minutos? Algo perpassou todo mundo, perpassou os Shaumbra. Hum. Talvez seja meio difícil descrever em palavras, mas foi algo real, uma sensação, acho que diriam, de qualidade, uma sensualidade. Sensualidade.
Venho falando dos sentidos já faz tempo. Sempre com muitas palavras, muitos conceitos intelectuais, mas que, enfim, acabam sendo absorvidos em seu ser. Vocês estão começando a entender – não no nível mental, das palavras, mas no nível do coração – o que significa ser sensual, ir além do que eu chamo de vida cinza, plana e muitas vezes sem graça, quando vocês ficam muito sérios com relação à vida e à iluminação. Então, vocês respiram fundo e, de repente, o mundo de vocês muda.
Agora, vamos falar sobre isso um pouco hoje, mas será que é assim que vocês estão percebendo o mundo e vocês mesmos? As coisas estão realmente acontecendo e mudando? Digo, isto é real? Todo esse negócio de iluminação em que vocês trabalham tão duramente enfim está aqui?
A Árvore da Sensualidade
E eu reparei uma coisa. Reparei muitas coisas. Mas enquanto a música tocava – uma linda música, um pouco parada pra minha abertura; chegaremos lá daqui a pouco [referindo-se ao vídeo de abertura] – algo mudou. E esta árvore da sensualidade, que foi revelada hoje [O cenário agora inclui uma árvore feita no Brasil com pedras de ametista; Linda e Geoffrey viram essas pedras numa joalheria quando estiveram no Brasil há alguns anos.], uma linda árvore, simboliza, de diversas maneiras, o que está ocorrendo. Entendam, nós não podíamos ter essa árvore antes, no sentido da apreciação. Nós não a apreciaríamos porque, há um ano ou dois, não tínhamos a sensualidade. Ela não teria despertado seus sentidos como desperta hoje.
Ela ficou lá esperando durante anos, só esperando pra vir pra cá, pra estar com vocês. E esta linda árvore da sensualidade... E, não, não tenho mais medo de cristais. [Algumas risadas] Não estou preocupado de ficar preso lá dentro. Mas esta linda árvore simboliza os sentidos que, como eu disse, são mais de 200 mil. Como humanos, vocês se concentram num só: o Foco. Ficam num único sentido. Dá pra imaginar esta incrível jornada de vir pra este planeta, entrar no tempo, no espaço e na forma física, vir pra este planeta e entrar numa energia tão limitada? Assim é o sentido do Foco. E funcionou! Vocês ficaram muito focados. É o único sentido de vocês. É o único sentido verdadeiro dos humanos – o Foco. Coisas como visão, audição, paladar são apenas ferramentas. Mas só há um sentido – o Foco. Agora vocês estão abrindo os outros sentidos – 200 mil. Vocês não vão abrir todos de uma vez. Como eu disse, vocês já estão usando realmente, ou permitindo em sua vida, cerca de 11 ou 12 sentidos; é quando vocês dão um grande sorriso e sabem que são verdadeiramente Mestres encarnados.
Esta árvore representa a sensualidade – coisa que vocês estão adquirindo. É linda por direito. Vem da natureza. Tudo aqui [sinalizando a árvore] vem da natureza. Representa a natureza. Vejam, com frequência, falam da Árvore da Vida. O que é a Árvore da Vida? Pra mim, é a Árvore dos Sentidos, é abrir os sentidos. Aqui [nesta árvore], vocês têm um visual de beleza, mas peço que sintam por um instante a energia dela.
Agora, os cristais, em si, não fazem nada por vocês. Os cristais, em si, não vão libertá-los dos grilhões da vida humana limitada. Mas os cristais são um lindo lembrete, de diversas maneiras. Como Linda diz, eles vieram da Terra, foram feitos sob pressão e se tornaram esta coisa linda, assim como vocês. Toda a pressão imposta a vocês, toda a tremenda pressão. E vocês a liberam. Vocês param de se esforçar tanto, param de ficar tentando, param de exercer pressão sobre si mesmos e se tornam o Christos, o cristal, o Cristo que vocês verdadeiramente são.
Esta linda árvore da sensualidade – como eu disse, chamam de Árvore da Vida, mas é realmente a Árvore da Sensualidade –, esta linda árvore representa os cristais, aquela coisa com que este planeta foi semeado, muito tempo atrás, pelos seres angélicos antes da chegada dos humanos. Os cristais em si armazenam energia. Eles emitem luz e emitem energia, mas é um tipo diferente de energia, um tipo muito diferente. Falaremos sobre isso hoje.
Os cristais estão incrustados na Terra. Na realidade, o centro da Terra não é só um monte de lava quente derretida. É um enorme cristal e tem sido uma parte importante deste planeta, porque o cristal representa clareza. Cristal é o símbolo de Christos ou o Cristo. Não de Yeshua, de Cristo, mas a consciência de Cristo ou a consciência crística dentro de cada um de vocês.
E eu vou mais longe e ainda digo mais: as palavras “Christos”, “cristal”, “Cristo” significam, de fato, “sentidos”. Na definição literal, verdadeira, significam os sentidos, a capacidade de perceber com mais do que apenas os olhos, com mais do que apenas o Foco.
Esta árvore também representa, pra mim, os humanos, vocês, que entrarão em sua mestria encarnada nesta existência. Esta árvore possui mais de mil cristais, foi o que me disseram. Quantas? Quantas mais? Quantas árvores mais vamos ter que ter? Quando vamos chegar aos primeiros mil ou mais de vocês que permitem essa consciência no corpo? Quantas árvores mais como esta se alinharão no palco quando passarmos de mil, de dois mil e de três mil? Esta, espero, é só o começo. E um destes lindos cristais preciosos representa você, tem seu nome nele pra quando esse momento chegar.
Realmente, de certa forma, é um momento e tanto ter isto aqui pra nos acompanhar enquanto falamos de sensualidade, dos sentidos. Essa é a saída. É o caminho pra sair do Foco. Vocês já devem ter aprendido que não se consegue sair do Foco com o Foco, e não se consegue sair usando a mente nem se esforçando. Não dá. Vocês tentaram. Tentaram lendo livros, indo a workshops. Vocês tentaram realizar cada artifício apresentando nos livros procurando sair, e o que aconteceu? Vocês entraram ainda mais no Foco.
É uma coisa engraçada com relação ao sentido do Foco – ele se autocria. Ele faz vocês ficarem mais focados e, depois, vocês tentam desesperadamente sair outra vez... Vocês sabem que há muito mais. Vocês sabem que há. Está dentro de vocês, mas como vocês acessam isso? Como chegam lá? Quando a mente se precipita e tenta entender, vocês não conseguem. Só tem um jeito: permitir.
Vocês dizem: “Bem, Adamus, se é simples assim, por que simplesmente não acontece?” Boa pergunta. É realmente uma questão de confiança. Confiança. Para permitir o Eu Sou, que já está aqui – os universos já estão dentro de vocês, os sentidos já estão aqui –, para permitir isso sem esforço, sem manipulação, sem estrutura, basta permitir. Isso é confiar no nível, bem, no nível mais profundo. O nível em que se diz: “Vou confiar tanto que estou disposto a morrer por isso. Estou disposto a morrer.” É esse tipo de confiança.
Mas pouquíssimos humanos fazem isso. A maioria acha que está confiando um pouquinho. E já ouvi dizerem tantas vezes: “Estou ficando um pouquinho melhor a cada dia.” [Ele finge cuspir.] Não, não está. [Algumas risadas] Vocês [que falam isso] não estão. Vocês estão mentindo pra si mesmos: “Estou ficando um pouquinho melhor a cada dia.” Não, não estão. Vocês estão andando em círculos. É como um hamster na rodinha. Isso é melhorar? O hamster vai chegar em algum lugar? O hamster acha que vai, mas não vai sair dali. Sinto muito, Kerri, você com essa cara de “estou ferrada”: “Ah! Será que eu sou um hamster?” É.
KERRI: Eu sei que eu sou um hamster gordo na rodinha. Eu já disse isso.
ADAMUS: Pra mim, você é muito linda. Venha cá, vou lhe dar um beijo. [Algumas risadas] Venha cá.
KERRI: Ah, depois!
ADAMUS: Por favor! [Mais risadas quando ela chega lá na frente.] Venha cá, meu amor. Venha cá. Venha cá. Hum. Ah, na frente da árvore!
KERRI: É, não olhe, Linda.
ADAMUS: Onde mais? Está pronta? [Eles encenam a troca de um “beijaço”; risadas] Mwah! [Ele beija a bochecha dela.] Ótimo. Na frente da árvore. Ótimo. [Aplausos quando ela volta pro lugar dela.]
Onde estávamos? Ah, no hamster na... Vejam, a propósito, nunca, jamais, em tempo algum, subestimem o poder da distração, a beleza da distração. Vocês sabem que o humano fica focado. Continua linear. Permanece seguindo pelo caminho de sempre. Tirem ele daí. Tirem vocês daí. Façam alguma coisa totalmente ousada pra saírem... Vejam, quando vocês estão no fundo do poço, o que vocês fazem? “Ah, por que estou no fundo do poço?” Vocês pensam no poço e no que colocou vocês lá, e vocês também pensam que são pessoas ruins. Parem com isso. Façam alguma coisa ousada. É sério. Opera milagres. Vocês podem mudar a energia de uma sala muito rapidamente com um pouquinho de distração, com uma distração genuína. Adorei o beijo, e você [Kerri] tem um cheiro tão bom, devo dizer. Mas, de repente, isso quebra a energia, tira do foco e permite que a coisa flua naturalmente.
Então, voltando ao ponto. Linda, linda essa Árvore da Sensualidade. Já era hora, e eu acho que vocês entenderão mais isso à medida que prosseguirmos.
O Show de Adamus Saint Germain
Mas, antes de prosseguirmos, devo admitir, bem, eu falei com os Mestres Ascensos, outra noite, no Clube dos Mestres Ascensos. Que é um lugar de verdade, diga-se de passagem. Eu uso isso como historinha, como uma ferramenta de apresentação, mas é um lugar de verdade. Digo, nós nos reunimos, conversamos, rimos de vocês. [Algumas risadas] Nós nos divertimos muito. E eles ficam muito intrigados com as minhas histórias. Vejam, alguns também dão seus ensinamentos, mas pra outros grupos, como em Sedona e lugares assim. Mas eles ficaram muito intrigados com os Shaumbra. “Como está indo, Adamus?”
É quase como uma competição, vejam bem. Como se todos tivéssemos nossos grupos – bem, nem todos, mas muitos de nós temos grupos com os quais trabalhamos – e é quase, vejam bem... Nós ficamos sentados fumando charuto e bebendo e eles perguntam: “Como está indo o grupo, Adamus? Quantos Mestres Ascensos você tem agora, Mestres encarnados no seu grupo?” Bem, de fato, eu não digo pra eles. Eu gosto de manter o suspense. E alguns se vangloriam: “Ah, eu tenho dois ou três que estão perto.” E eu: “Pfft!” [Adamus ri depois de fingir cuspir.] Então, eles estão sempre perguntando: “Como vai esse grupo de Shaumbra lá embaixo?” E eu não digo muito, porque não quero arruinar a coisa. Quero aparecer um dia e dizer: “Consegui mais de mil. Do que vocês estão falando? Vocês só têm... Vocês não têm nem um? Ninguém? Eu tenho mil ou mais. Vamos encomendar outra árvore e, na verdade, será maior dessa vez. Arranjem espaço pra mais.”
Mas devo admitir... [Linda resmunga.] O quê? Foi tão cara assim? [Algumas risadas] Não, eis uma boa razão. É uma razão muito boa, e na verdade é a verdadeira razão para a árvore: Vivam a vida com qualidade daqui pra frente. Estou cansado – estou realmente cansado – de vocês sendo sovinas consigo mesmos. Vocês estão cansados disso, mas eu estou muito, muito cansado disso. Sabem o que é pra um Mestre Ascenso ter que lidar com alguém que é sovina? Digo, quem tem medo de gastar demais? Aquele que não é nada Mestre Ascenso. Não! “Vivam com qualidade ou não vivam.” É o que eu digo. Vocês ficam: “Ehhhh, não tenho certeza disso.” Comprem uma árvore bonita, um carro bacana, uma casa legal.
LINDA: Tudo bem. Tudo bem.
ADAMUS: Uma casa legal. [Algumas risadas] Façam isso. Roupas...
Agora, parte de vocês, a parte culpada – muitos de vocês eram católicos –, a parte culpada, católica de vocês fica assim: “Ahh, mas eu não devo gastar esse dinheiro, e se...?” Gastem. Danem-se, gastem. E observem como a sua vida muda. Se ficarem sentados se preocupando com o orçamento de uma árvore como esta, daqui a dez anos vocês ainda estarão andando de quatro se perguntando de onde vai vir a abundância. Se fizerem assim e deixarem a energia fluir, vai estar lá, e daqui a dez anos vocês terão cinco árvores como esta ou mais.
Ela acontece. Abundância chama abundância. Qualidade chama qualidade. Quando vocês são sovinas consigo mesmos, vocês fazem um enorme desserviço a vocês mesmos. Quando são sovinas. E, eu sei, posso ouvir muitos online dizendo agora mesmo: “Mas, Adamus, você não entende. Eu não tenho dinheiro. Não estou faturando.” Bem, sim, porque estão vivendo de maneira sovina e, se vivessem de maneira abundante, vocês teriam todas as coisas que querem. Certamente. Vivam na abundância. Vivam com qualidade ou não vivam. Hum-mm-mm-mmmm. Já vejo isso na página inicial do site de vocês.
Assim, eu estava chegando ao meu objetivo. De que eu era fascinado... Eu dizia aos Mestres Ascensos, numa noite dessas: “Vejam, eu tenho um histórico no teatro.” Passei algumas existências praticando arte dramática. O teatro tira vocês desse caminho desagradável. Quando vocês percebem que é tudo uma atuação, quando percebem que podem realmente ativar qualquer faceta de si mesmos em qualquer momento, que podem atuar sem nunca perder sua identidade essencial de Eu Sou, atuar é uma maravilha. É uma expressão criativa, mas também mantém vocês abertos, rindo e representando as muitas facetas de si.
Então, eu estava dizendo aos Mestres Ascensos: “Vejam, realmente sou fascinado por um palco.” Eu era fascinado pelo teatro, adorava atuar nos palcos, mas, vejam, se a plateia tinha cem, duzentas pessoas, era uma coisa e tanto, porque era preciso realmente gritar pra voz chegar lá no fundo. Agora vocês têm estes microfones.
Eu disse: “Estou ficando viciado. Eu gosto da coisa. Eu me sinto confortável num palco, mesmo que Cauldre não fique. Nós nos divertimos muito.” Eu disse: “Acho que vou ficar mais um tempinho. Talvez os Shaumbra estejam se segurando pra terem sua iluminação encarnada só pra que possamos continuar com esse showzinho por mais tempo. Eu gosto disto aqui.” E eu disse: “Através de alguns Shaumbra, eu assisto a esses programas na televisão, esses talk shows, esses programas de variedades e entrevistas no fim da noite.” Eu me sento lá – é claro que eles já caíram no sono, mas eu fico assistindo – e é divertido ver esses apresentadores. Eu meio que me vejo como...
LINDA: Está querendo dizer que é como um show de Adamus Saint Germain?
ADAMUS: Sim, isso mesmo.
LINDA: Ah!
ADAMUS: Apresentando Adamus Saint Germain.
LINDA: Oh!
ADAMUS: Dirigido por Adamus Saint Germain.
LINDA: Como seria a abertura?
ADAMUS: Estrelando Adamus Saint... Bem, na verdade, Cauldre estava dirigindo pra vir pra cá hoje e eu o interrompi pra dizer: “Eu queria meio que representar isso um pouco. Escolha uma música pra mim.” Então, vamos refazer todo o começo. Vocês colocaram aquele vídeo bonitinho, emotivo, com imagens e uma música sensual, mas assim é como eu gostaria de começar o show do Adamus. Mas deixem-me voltar aqui primeiro. [Ele vai para o fundo da sala.] E, Linda, você fica na frente...
LINDA: Tudo bem.
ADAMUS: ... fazendo a minha apresentação.
LINDA: Certo. Eu consigo, acho eu.
ADAMUS: Eeee vamos com tudo!
[A música de talk show começa.]
LINDA: Ei! Este é o show do Adamus Saint Germain! Vamos lá! [A plateia vibra e aplaude.] Com vocês, Adamus Saint Germain! Ei! Aqui na plateia do nosso estúdio! [A plateia vibra e aplaude ainda mais.]
ADAMUS: Ah! Obrigado, Linda!
LINDA: O prazer é meu!
ADAMUS: É tão bom estar aqui com todos vocês!
LINDA: O prazer é meu!
ADAMUS: Ah! Este público é demais!
LINDA: Olhe toda esta linda plateia aqui pra você e também os que estão online! Bem-vindos!
ADAMUS: Oh! Oh! Este público é o melhor que já tivemos aqui! [As pessoas vibram e aplaudem mais.] Pobre Cauldre, ele vai morrer. [Risadas]
Assim, bem-vindos ao show de Adamus! É, temos muita coisa a tratar hoje. Vamos falar dos últimos acontecimentos no planeta Terra. Vamos falar de como o tempo não existe e vamos falar de toda uma nova energia que pode mudar sua vida.
LINDA: [gritando] Eeiii! [A plateia continua vibrando.] É com você, Adamus!
ADAMUS: Antes de começarmos, vou fazer um monólogo no show de Adamus Saint Germain.
Vejam, eu estava no Clube dos Mestres Ascensos outra noite. Falávamos da jornada humana e tem um lema no Clube dos Mestres Ascensos: “Este planeta não é para Mestres.” Este planeta não é para Mestres. É como aquele filme Onde os Fracos Não Têm Vez, só que aqui é onde os Mestres não têm vez. E todos caímos na gargalhada, porque humor do outro lado é um pouquinho diferente do humor aqui. Mas entendemos o significado. Entendemos que é muito difícil. Foi difícil pra todos nós, todos os 9.699 Mestres Ascensos. Foi muito difícil pra nós permanecer nesta condição cinzenta, permanecer no sentido singular do Foco, muito difícil permanecer entre as outras pessoas, pessoas adoráveis mas inconscientes, muito difícil ficar num mundo onde as pessoas, às vezes, são tão cruéis, tão malvadas, tão estúpidas. Este planeta não é um lugar para Mestres Ascensos.
E todos balançamos a cabeça, concordando. Todos dissemos: “Permanecer uma semana depois da nossa iluminação pareceu uma existência.” Para alguns que ficaram alguns anos, como Kuthumi, foi quase como a eternidade. Eles se viram tendo que se isolar, se tornar eremitas, se retirar de tudo e ficar apenas na natureza.
Este planeta realmente não é um lugar para Mestres Ascensos, porque machuca. Machuca o corpo. Ele é esmagado. Vocês operam com uma mente que é limitada e, de fato, muito tosca. Vocês não estão nos seus sentidos. Vocês nem são vocês quando estão aqui. Vocês não são você. Mas vocês não reconhecem, não percebem isso. Vocês só sabem que algo está errado, que algo está errado em todas as suas existências humanas. Pelas muitas e muitas existências que vocês tiveram, vocês sabem que tem algo que não está certo, mas vocês não sabem o que é. Então, o que vocês fazem? Vocês se culpam. Essa coisa que está errada, a razão pela qual não estão chegando lá, não estão felizes, a razão pela qual essa vida parece ser uma luta infindável é porque vocês estão fazendo algo errado.
Este planeta não é um lugar para Mestres Ascensos. E o que vocês fazem, existência após existência após existência? Vocês tentam que dê certo. Vocês se esforçam ainda mais pra ficarem mais focados, pra corresponderem mais às expectativas das outras pessoas. Vocês se afastam ainda mais de quem vocês realmente são. Vocês tentam se esconder e mascarar esse saber que vocês têm de que existe muito mais do que isso. Daí, vocês entram no medo, entram na dúvida e acabam se escondendo dentro de si, exceto uma parte pequeníssima de si mesmos. É por isso que este planeta realmente não é lugar para Mestres. Realmente não é.
Todos nós concordamos com a cabeça. “Que droga, é isso mesmo. A gente mal podia esperar pra sair de lá. Mal podia esperar pela iluminação, mas mal podia esperar pra sair de lá.” Porque... qual a razão de alguém querer ficar? Por que se iria querer ficar num lugar que não é realmente seu ou pra você? Um lugar que realmente não recebe bem os Mestres, que realmente não honra quem vocês realmente são, que tenta colocá-los de volta na linhagem cármica ancestral? Um mundo que tenta colocá-los de volta na mente, um mundo que tenta fazer com que vocês sirvam os outros e não amem a si mesmos? Por quê?
LINDA: [aplaudindo] Que monólogo deprimente. Aonde ele vai dar? [Algumas risadas]
ADAMUS: Vai dar direto no inferno, se vocês não se cuidarem. [Risadas] Este é o meu monólogo. Eu não disse que o meu show seria engraçado. Eu só disse que faria um monólogo. [Linda ri.] É o meu monólogo. Esperem. Tem mais. [Mais risadas] Que bela distração.
LINDA: Estou tentando.
ADAMUS: Então, nós ficamos sentados conversando até que uma Mestra Ascensa, Xena, disse: “Mas espere um segundo. Adamus, você está dizendo que este planeta não é um lugar para Mestres, mas ainda assim fica na frente de um grupo, às vezes, bancando o bobo, mas fica na frente desse grupo encorajando as pessoas a ficarem.”
LINDA: É.
ADAMUS: “Por quê?”
LINDA: É.
ADAMUS: Por quê?
LINDA: É.
ADAMUS: Essa é a parte engraçada.
LINDA: É. [Mais risadas]
ADAMUS: E eu disse: “Eu realmente não ligo se é uma coisa ou outra.”
LINDA: Oh.
ADAMUS: Realmente não.
LINDA: Oh.
ADAMUS: Vocês vêm para o meu lado. Vocês vêm para o lado brilhante, vêm para o lado fácil, ou ficam aí. Eu disse: “Mas eles querem ficar. Eles querem ficar!” E outro Mestre Ascenso perguntou: “Mas por quê? Por que eles querem ficar? É quase como estar na prisão e o carcereiro chegar um dia e dizer: ‘Shea, você está livre. Aqui estão seus documentos.’ E Shea dissesse: ‘Não, eu quero ficar.’ Por quê? Por que eles querem ficar?” E eu disse: “Vejam, nós falaremos sobre isso no show do Adamus Saint Germain. Falaremos sobre isso e descobriremos por quê.”
Por que Ficar?
Agora, eu tenho um bom pressentimento do motivo pelo qual vocês querem ficar, mas eu gostaria de ouvir de vocês, muito rapidamente. Por que ficar? E vamos eliminar de uma vez por todas que é porque vocês têm medo de morrer. Vocês acham que é por isso que vocês querem ficar, porque... “Ah, nossa! Não sei, então eu vou morrer.” Não, de fato, vocês realmente estão além desse medo. Digo, não é que estejam ansiosos por esse momento. E eu sei que cada um de vocês está dizendo: “Tudo bem, quando for minha hora, que seja sem dor, passando só pro outro lado, sem nenhuma dessas doenças.” Tudo bem, mas não é pelo medo da morte.
Então, por que ficar? Por favor, Linda.
LINDA: É para procurar voluntários?
ADAMUS: Sempre.
LINDA: Certo. Lá vamos nós.
ADAMUS: Sim. Por quê?
[Uma música de fanfarra toca.]
ADAMUS: Diga.
JOE: Por que ficar?
ADAMUS: Por que ficar?
JOE: Hum, pra fazer uma diferença.
ADAMUS: Com o quê?
JOE: Sustentando a vibração.
ADAMUS: Pra quê?
JOE: Para o resto do planeta.
ADAMUS: Certo.
JOE: Enquanto Mestre.
ADAMUS: E se... e estou só... hipoteticamente, e se as pessoas não quiserem que a vibração mude? E se, na verdade, elas se voltassem contra você?
JOE: De fato, estou fazendo por mim mesmo.
ADAMUS: Certo. Ótimo.
JOE: E essa é uma consequência.
ADAMUS: Ótimo.
JOE: É. Sustentar a vibração pra mim mesmo.
ADAMUS: Tudo bem. Posso ousar dizer que você está fazendo isso quase que só pra ver se você consegue?
JOE: É, tem um pouco disso.
ADAMUS: Certo.
JOE: Com certeza.
ADAMUS: É, é. “Por que não?”
JOE: É, por que não?
ADAMUS: É, sim.
JOE: É uma nova aventura.
ADAMUS: Ótimo. Posso dizer também que talvez seja algo que está muito arraigado dentro de você, bem lá no fundo, por muitas existências? “Eu vou ficar. Vou fazer isso. Vou ficar aqui como uma luz brilhando no planeta para os outros.”
JOE: Certamente.
ADAMUS: Tudo bem.
JOE: Ah, sim.
ADAMUS: Ótimo. Ótimo. Obrigado. Próximo. Por que ficar?
BRENDA: Eu sabia que você ia fazer isso [falando com Linda]. É uma aventura.
ADAMUS: É uma aventura. Mas, veja, eu tenho aventuras do outro lado que estão além de qualquer coisa que você possa sequer imaginar. Digo, nós fazemos coisas todos os dias, e elas não custam nada. São aventuras que estão além de qualquer coisa. Você diz: “É uma aventura.” Pfft! [“cuspindo”] É chato! É realmente entediante. É difícil eu chegar... Eu adormeço, às vezes, quando desço aqui. [Ela ri.] É muito entediante. E você diz que é uma aventura. Em que sentido?
BRENDA: Por nunca ter sido feito.
ADAMUS: Isso é verdade. É verdade. Então, o que você quer é uma insígnia de “eu fiz primeiro”?
BRENDA: Isso. [Eles riem.]
ADAMUS: Certo. Essa é boa. Claro. Claro. O que mais? Por que ficar?
BRENDA: Eu tenho essa noção profunda de... não sei, eu acho que vem dos seus ensinamentos e dos ensinamentos de Yeshua...
ADAMUS: Reparei que você me citou antes de Yeshua. Tudo bem... [Alguém ri.] Ah, pare de ser tão condescendente! Ele não liga! [Risadas] Yeshua tinha um grande senso de...
BRENDA: Bem, o show é seu.
ADAMUS: Vou contar pra vocês umas histórias. É.
BRENDA: Digo, afinal...
ADAMUS: É o meu show.
BRENDA: ... é o seu show.
ADAMUS: Certo, certo. É, é. [Mais risadas]
BRENDA: Certo.
ADAMUS: Não é o show de Adamus Saint Germain, também apresentando Yeshua, Jesus H. Cristo. Não é! É o meu show. [Risadas] Arrume o seu show, Jesus! Acho que ele já tem muitos shows neste planeta. Já tem o show de Jesus! E é... uau... certo. Ele já tem alguns. Prossiga. O que mais?
BRENDA: Acho que é uma noção profunda de trazer a energia crística pra cá e viver nessa energia.
ADAMUS: Tá. Você podia trazê-la pra cá e, depois, rapidamente vir pro outro lado. Temos um monte de Shaumbra...
BRENDA: Eu tentei isso. Não funcionou.
ADAMUS: Não funcionou?
BRENDA: Não.
ADAMUS: Vir pro outro lado? É fácil.
BRENDA: Não foi pra mim.
ADAMUS: É sério?
BRENDA: Eu realmente quis partir. Realmente quis.
ADAMUS: Você queria partir.
BRENDA: Eu teria partido.
ADAMUS: Uau.
BRENDA: É.
ADAMUS: E o que mudou?
BRENDA: Não sei. Eu sentei no banco, bebi umas cervejas, observei as ondas do mar chegando... [Ela gargalha e a plateia ri.]
ADAMUS: Não vou contar essa história pros Mestres Ascensos. “Ehhh, eu bebi umas cervejas e resolvi ficar neste maldito planeta nojento!” “Então, tá.” [Mais risadas] Você ainda bebe?
BRENDA: Não bebo com essa frequência.
ADAMUS: Não bebe com essa frequência. “Só quando eu sinto que vou deixar o planeta. Aí eu tomo umas cervejinhas e...” Está bem. Quer tomar um Kool-Aid? [N. da T.: Nos Estados Unidos, o termo se refere ao suicídio em massa de 1978 na seita de Jim Jones, quando beberam o suco em pó Kool-Aid – aqui no Brasil, Ki-Suco – misturado com cianeto de potássio.]
BRENDA: Não.
ADAMUS: Ah, brincadeirinha!
BRENDA: Não!
ADAMUS: Estou brincando, só brincando.
BRENDA: Não. [Linda ri ruidosamente.]
ADAMUS: Estou brincando.
BRENDA: Não. [Risadas]
ADAMUS: Cadê a fanfarra? Vamos lá: “Bruum, bruuum!”
BRENDA: Eu não queria realmente partir.
ADAMUS: Você não queria partir. Tudo bem.
BRENDA: Se eu realmente quisesse, eu teria partido.
ADAMUS: Certo, certo. Tudo bem.
BRENDA: Então, eu tinha...
ADAMUS: Me fale uma coisa interessante pra você querer ficar.
BRENDA: [pensando] É a razão pela qual eu vim.
[Irrompe a música de fanfarra.]
ADAMUS: Obrigado. [Eles riem por causa da música.] Um efeito retardado... “Jesus, pare com isso!” [Mais risadas] Obrigado. Mais umas duas pessoas, rapidinho. Por que, por que, por que vocês escolheriam ficar? Por que vocês iriam querer ficar? Vocês dois podem dividir o microfone. [Duke ri.] Sim?
DUKE: Bem...
ADAMUS: É uma oferta de dois por um.
DUKE: Leve dois pague um.
ADAMUS: Isso.
DUKE: Bem, estou aqui, então por que não tentar vivenciar a mestria enquanto estou aqui.
ADAMUS: Certo. Mas e se você ficar de saco cheio depois de três dias e tiver um insight – não um insight mental, mas um daqueles insights: por que ficar?
DUKE: Eu não saberia pra onde ir.
ADAMUS: Oh, mas posso indicar ótimos lugares.
DUKE: Certo! [Ele ri.]
ADAMUS: Eu indico pacotes de férias para o outro lado.
DUKE: Quando a hora chegar, eu falo com você. [Eles riem.]
ADAMUS: Tá.
DUKE: Certo.
ADAMUS: Pelos filhos? Pela sua...
DUKE: Não. Eu gostaria pessoalmente de vivenciar a mestria no corpo.
ADAMUS: Certo. Está ótimo. Gostei. Está muito claro. Obrigado. É. Ele roubou sua resposta.
SOUSAN: Exatamente.
ADAMUS: Sei.
SOUSAN: Ele pegou minha resposta e eu também pensei pela natureza. Eu gosto de vivenciar a natureza no planeta Terra.
ADAMUS: Tá. Mas temos natureza em Theos, que é...
SOUSAN: Oh.
ADAMUS: Hum, é realmente uma natureza e tanto. [Ela ri.] Assim [sinalizando a árvore de ametista], mas viva. É. Natureza, certo.
SOUSAN: E pelos meus filhos.
ADAMUS: E pelos seus filhos.
SOUSAN: E pelas pessoas que eu amo.
ADAMUS: Tá.
SOUSAN: Então, é isso.
ADAMUS: Muito justo.
Certo, então, eu não sei se é loucura da parte de vocês ou uma verdadeira dedicação, compaixão, ou só porque vocês vão tentar fazer isso. Mas vocês assumiram um compromisso muito profundo e muito antigo, que remonta aos tempos de Yeshua, quando vocês primeiro se tornaram, se autodenominaram Shaumbra. Vocês disseram: “Vamos fazer isso um dia. Vamos ficar.” Porque vocês viam os outros, de tempos em tempos, partirem. Vocês viram Yeshua partir, e não foi bonito. E vocês disseram: “Não. Nós vamos fazer isso só porque podemos fazer.” Mas vocês também sabem, vocês sabiam lá atrás e sabem agora, que isso vai transformar... não quero dizer o planeta... mas isso vai transformar almas. Almas.
Isso terá um efeito neste planeta, mas, vejam, quando houver mil ou mais de vocês permitindo a própria iluminação, isso vai mudar o planeta, mas não da forma que esperariam. Não será um grande momento de kumbaya para o planeta. Isso, na verdade, causaria mais atrito, mais resistência, mais tensão no planeta. Vejam, alguns grandes profetas que passaram por aqui não foram admirados nem adorados por séculos.
Então, vocês vão trazer à tona muita porcaria que há no planeta, mas tem algo aí de que vocês também gostam. [Algumas risadas] Mas vocês também vão... se eu pudesse resumir a coisa... vocês sabem que, mesmo sem qualquer efeito imediato, vocês estão criando um tremendo potencial para os outros. Vocês estão agregando à consciência um potencial que realmente não está lá – não tem muita coisa lá no momento.
Vocês conhecem o legado de vocês, o que vocês estão deixando pra trás para os outros que estão vindo depois de vocês, que estão passando pelos mesmos tempos difíceis do despertar, por aqueles tempos difíceis da vida deles em que perdem tudo ao se aproximarem da iluminação, em que duvidam de si mesmos, em que entram na agonia e no tormento. Vocês estão deixando um potencial que realmente não é muito visível neste momento. Essa é realmente a razão pela qual eu sinto que vocês estão ficando. Pode não acontecer de imediato, esse potencial que vocês estão agregando para os outros humanos que estão indo em direção à própria mestria. Eles podem não assimilá-lo já. Podem ser necessárias existências para eles, mas vocês estão deixando isso lá. Vocês estão cristalizando isso pra eles. Então, numa dessas “noites escuras da alma”, quando tudo parecer perdido, sem esperança, e eles estiverem no fundo do poço sem saber o que fazer, de repente, uma luz vai brilhar. Não significa que eles vão aproveitá-la, aceitá-la, permiti-la ou o que for, mas ao menos ela estará lá.
Vocês sabem o que foi não ter essa luz. Vocês sabem o que foi estar na escuridão de seus momentos e sentir ainda mais escuridão, e vocês sabem como foi horrível. E parte do compromisso – se formos além do tempo linear aqui –, parte desse compromisso com o futuro, e que está dentro de vocês neste momento, é deixar esse potencial. Essa luz, essa esperança, quer isso se apresente a eles como a voz de um ser angélico ou simplesmente como uma clareza em suas mentes, quer, subitamente, eles vejam a beleza de si mesmos, seja qual for, mas essa luz estará lá para eles. É por isso. E pode ocorrer agora mesmo. E, é engraçado dizer assim, mas o eu futuro de vocês não está preocupado se eles vão aproveitar essa luz ou não – não tem agenda –, mas ao menos a luz está lá.
Para muitos de vocês, se vocês tivessem tido isso... vocês tiveram fragmentos, mas eram quase invisíveis – mas se vocês tivessem tido isso, essa... vamos chamar de luz... esse sentimento de esperança em seus momentos mais sombrios, ah, como as coisas poderiam ter sido diferentes. É isso que vocês estão deixando pra trás. É por isso que vocês estão ficando.
E é algo difícil de se fazer. É muito difícil de se fazer. Vocês têm sua iluminação e partem três dias depois. Mas vocês permanecem encarnados, quando são capazes de estar no “e”, de estar num mundo cinzento, não sensual, e também caminhar como Mestres do “e”, também caminhar na sua sensualidade, na sua cor, no seu Eu Sou.
Esse é todo... se eu realmente pudesse resumir tudo isso... esse é todo o conceito de deixar a luz e ser capaz de estar no verdadeiro “e”. Vocês vão ser humanos. Vocês vão cometer erros, como vocês os chamariam. Vocês vão bater a cabeça num teto baixo. Vocês vão continuar fazendo essas coisas. Não estamos tentando superar isso. Vocês estão na condição humana. Vocês vão esquecer que a comida está cozinhando no fogão, ela vai queimar, a casa vai ficar cheia de fumaça e o alarme de incêndio vai disparar, e vocês vão dizer: “Oh! Espera-se que eu seja um Mestre Ascenso.” E, nesse exato momento, vocês serão o Mestre Ascenso que si pra vocês mesmos. Essa foi a parte cômica do meu monólogo. [Linda ri de modo estridente juntamente com a plateia.]
LINDA: Vamos lá! [Ela gesticula tentando arrancar mais reações da plateia.]
ADAMUS: Oh! [Adamus ri; mais risadas da plateia e alguns aplausos]
LINDA: Nossa!
ADAMUS: Então, a questão é: Por que vocês não começam a rir agora mesmo, já que estão no “e”? Isso não está extremamente nítido, mas como vocês chegam lá? Fazendo. “Eu Sou, Aqui. Eu estou no “e”. Eu sou humano. Eu sou mortal. E vou bater minha cabeça e dar topadas. E sou o Mestre, ao mesmo tempo.”
LINDA: [gritando] Isso foi muito bom! É! [Entra a música de fanfarra.] Foi muito bom! É! É! [A plateia grita “wooo!” e “Woo! Woo! Woo!” e alguns aplaudem.]
O que Vocês Fizeram de Mais Ousado
ADAMUS: Está certo. Tudo bem. Agora, os convidados de hoje! Os convidados de hoje do nosso show são vocês. Eu tenho uma pergunta pra vocês. Assim, Linda vai convocar voluntários que virão até aqui sentar na cadeira do convidado e responder à seguinte pergunta, ao vivo, na TV, na frente de todo mundo.
Qual foi a coisa mais ousada que vocês fizeram nesta existência?
Agora, antes de vocês até aqui nesta parte do show, quero lembrar que posso ler todos os seus pensamentos. [Algumas risadas] Então, eu preciso saber qual foi a coisa mais ousada. E eu direi a coisa mais ousada que eu fiz em minha última existência na Terra.
LINDA: Oh, minha nossa! Parece divertido‼ [Irrompe a música de fanfarra novamente.] Será que estou pronta pra isso?!
ADAMUS: Sim, sim, sim!
LINDA: Uau‼!
ADAMUS: Certo, um voluntário.
LINDA: Uau! Excelente!
ADAMUS: Qual é a coisa mais ousada que vocês fizeram nesta existência?
David, venha cá. Aplausos para David. [Aplausos e a música de fanfarra.] Sente-se, David.
DAVID: Ah, obrigado.
ADAMUS: Quer um café?
DAVID: Não, obrigado. Estou satisfeito.
ADAMUS: Você está pensando... oh, que belas botas!
DAVID: Ah, obrigado.
ADAMUS: É, gostei muito.
DAVID: Bem, como você sabe, eu comprei estas botas depois da sua aula magnífica em Breckenridge.
ADAMUS: Sim, onde eu disse pra saírem e comprarem algo pra si. E as pessoas gastaram muito dinheiro, muito dinheiro. Não sei quanto foi essa bota, mas parece que custou uns mil dólares.
DAVID: Na verdade, eu comprei numa liquidação. [Risadas quando Adamus reage fazendo cara de quem não gostou.] Mas são lindas.
ADAMUS: São.
DAVID: Talvez custassem isso antes da liquidação.
ADAMUS: Afinal quem inventou liquidações?
DAVID: Eu gosto.
ADAMUS: Tudo bem. Belas botas. Mas o que foi que você fez de mais ousado nesta existência? [David suspira.] Ah! Sim. E você está entre amigos aqui.
DAVID: É.
ADAMUS: Pode dizer o que quiser.
DAVID: Eu fui para a Europa em 1963 quando eu estava no início da faculdade e passei oito semanas mais ou menos viajando por lá num verão.
ADAMUS: Por que considera isso ousado?
DAVID: Bem, era algo totalmente fora da caixa pra mim.
ADAMUS: Sei.
DAVID: Eu não tinha dinheiro quando resolvi fazer isso, mas decidi assim mesmo.
ADAMUS: Alguma vez se arrependeu disso?
DAVID: De jeito nenhum.
ADAMUS: Mas você não tinha dinheiro e deve ter se sentido como: “Ah, talvez eu não devesse fazer isso.”
DAVID: Sim.
ADAMUS: É. Ótimo. Ótimo. E você voltou lá ou fez outra coisa ousada desde então?
DAVID: Isso foi a nata da nata.
ADAMUS: Sei.
DAVID: Na verdade, foi quando eu encontrei você pela primeira vez, em Paris, como você sabe.
ADAMUS: Sim.
DAVID: É. E saímos uns três dias. Então, não teve nada melhor que isso.
ADAMUS: Sei. Uma péssima ressaca, mas...
DAVID: Não, foi muito... [Risadas]
ADAMUS: ... essa é outra história. Então, ótimo. E o que você tem feito de ousado ultimamente?
DAVID: Comprei eu mesmo uma mobília nova.
LINDA: Ah, minha nossa! Isso é ousado?!
DAVID: Foi pra mim. [David ri alto e a entra a música de fanfarra.]
LINDA: Homem, temos que trabalhar essas escolhas!
ADAMUS: Por que uma mobília nova foi algo ousado?
DAVID: Porque eu tinha que economizar dinheiro.
ADAMUS: Sei, sei.
DAVID: É, mas foi.
ADAMUS: Sei, sei. É uma mobília bonita?
DAVID: Sim, muito bonita. É linda.
ADAMUS: Você gostou? É. Foi cara?
DAVID: Não, eu... [Risadas]
ADAMUS: Não!
DAVID: Não, é linda! Comprei exatamente o que eu queria.
ADAMUS: Comprou numa liquidação, já sei.
DAVID: Não.
ADAMUS: Não.
DAVID: Mas eu...
ADAMUS: São móveis bonitos.
DAVID: São.
ADAMUS: Certo, ótimo. Ótimo. Obrigado. Vou falar sobre isso daqui a pouco. Mas, obrigado.
DAVID: Obrigado.
ADAMUS: É. Você carrega culpa por suas aventuras ousadas na vida? Algum remorso?
DAVID: Nesta altura, não faço mais coisas ousadas, pelo menos, não o tempo inteiro.
ADAMUS: Certo. Tudo bem.
DAVID: É, digo, eu realmente... A caixa ficou meio que confortável.
ADAMUS: Tá!
DAVID: Mas também meio apertada.
ADAMUS: Está pronto para ousar?
DAVID: Com certeza.
ADAMUS: Woo wee! Certo.
DAVID: Hoo haa!
ADAMUS: Ahh! [Algumas risadas] Ótimo. Mais algumas pessoas. Obrigado, David.
DAVID: Muito obrigado.
ADAMUS: Obrigado. É. [Alguns aplausos]
LINDA: Certo. Vou trabalhar nessa coisa de ousar.
[A música de fanfarra entra.]
ADAMUS: Certo.
LINDA: Vejamos.
ADAMUS: Tudo bem.
LINDA: Serei realmente ousada!
ADAMUS: Linda está procurando um voluntário.
LINDA: Realmente ousada!
ALICE: [rindo] Oh, nossa.
ADAMUS: Ah! Venha cá. Venha. Bem-vinda ao show de Adamus, com Adamus e...
ALICE: E Alice.
ADAMUS: ... companhia. É, Alice. Que bom estar aqui. Qual é a coisa mais ousada que você já fez? Será que queremos saber?
LINDA: Vamos ouvir.
ADAMUS: É...
LINDA: Eu te desafio.
ALICE: Tem tanta coisa.
ADAMUS: Bem, me diga...
LINDA: É, eu sei! [Alice ri.]
ADAMUS: ... a coisa mais ousada.
ALICE: Humm, fiz sexo no meu carro.
ADAMUS: Vocês ouviram isso direito? É... [Algumas risadas]
ALICE: Olá, mundo.
ADAMUS: Certo, tudo bem.
ALICE: Fiz sexo no meu carro no estacionamento da Disney World. [Mais risadas; Adamus não está impressionado.] Foi bem legal. Não, é sério.
ADAMUS: Eu perguntei pela coisa mais ousada.
ALICE: Foi... ohh!
ADAMUS: O quê?
ALICE: Mas tinha gente em volta... [Mais risadas]
ADAMUS: Foi isso?
ALICE: E estava calor e tínhamos um cobertor sobre nós.
ADAMUS: Por que tinham um cobertor se estava quente?
ALICE: Pra que ninguém visse.
LINDA: Ninguém liga!
ALICE: Tá. Na hora, eu fiz...
ADAMUS: Quantos de vocês já viram as pessoas fornicando. E...
ALICE: ... sem o cobertor. Que tal assim? [Ela ri.]
ADAMUS: As pessoas ficam só: “Ugh, oh, tá bom.” Certo. Certo. Bem, então, tá.
ALICE: Não foi ruim.
ADAMUS: O bom é que o Mickey Mouse não passou e teve um ataque cardíaco. [Ela ri.] É.
ALICE: Ia assustar as crianças!
ADAMUS: Que idade você tinha quando fez isso?
ALICE: Ahh, 24, 25.
ADAMUS: Vinte e quatro, certo.
ALICE: Ha-ham.
ADAMUS: Sentiu culpa?
ALICE: Não!
ADAMUS: Não.
ALICE: Foi divertido.
ADAMUS: Preferia não ter feito?
ALICE: Não.
ADAMUS: Ótimo.
ALICE: Muitas vezes mais.
ADAMUS: Muitas vezes mais! [Ela ri.] Sei, sei. Ótimo.
ALICE: Pelo mundo todo.
ADAMUS: E o que foi a coisa mais ousada que você fez ultimamente?
ALICE: Humm...
LINDA: Ah, eu te desafio.
ALICE: Vou ter problemas com a Linda!
ADAMUS: Não, não. Linda não liga.
ALICE: Foi no [workshop] BON.
ADAMUS: Ah, um de nossos eventos.
LINDA: [surpresa] Que danada!
ALICE: E...
[Entra a música de fanfarra.]
ADAMUS: E?
ALICE: ... vocês não estavam na sala. Era noite de festa da pizza.
ADAMUS: Foi divertido.
ALICE: Sabe as cadeiras aqui em cima?
ADAMUS: Sei, sei.
ALICE: Eu sei que você estava aqui, então não posso mentir. Mas... [Eles riem.] Nikolai, me ajude! Nós... eu me sentei no seu colo.
ADAMUS: Tá.
ALICE: Na sua cadeira.
ADAMUS: Tá.
ALICE: E dancei com você.
ADAMUS: Tá. Tá. E...
LINDA: Ah, você fez uma dancinha no colo do Geoff. [Algumas risadas] Gostei dessa.
ALICE: Versão reduzida.
ADAMUS: Por quanto tempo? Tenho que perguntar.
ALICE: Muitos minutos! [Ela ri.]
ADAMUS: Eu tenho que perguntar. Foi bom? [Risadas]
ALICE: Você estava sentado aí!
ADAMUS: Digo, na hora da dança! Da dança!
ALICE: Você estava sentado aí! Tive que fazer tudo...
ADAMUS: Então, não era eu! [Ela ri.] Era provavelmente Kuthumi ou Tobias. Talvez Tobias. [Mais risadas] “O quê? O quê? Eh, sexo?! Mal me lembro de fazer sexo. É, prefiro uma bebida.” É...
ALICE: Não, não, não! Estávamos dançando. Só dançando.
ADAMUS: Dançando. Eu sei.
ALICE: Nada de sexo, mas foi uma dança muito sensual.
ADAMUS: Sensual. Tá.
ALICE: É.
ADAMUS: Tudo bem. Você está pronta pra ousar na vida?
ALICE: Com certeza.
ADAMUS: Tá. Ah, adorei!
ALICE: Ohh! Espero...
ADAMUS: Vocês todos estão assumindo o compromisso...
ALICE: Weeee!
ADAMUS: ... na frente de Jesus, de mim e de todo mundo. [Mais risadas] Isso vai levar a alguma coisa.
ALICE: Claro que sim.
ADAMUS: Tem que saber disso. Certo. Obrigado.
ALICE: Ha-ham!
ADAMUS: Obrigado por nos contar isso. Mais umas pessoas. Só duas. [Risadas]
LINDA: Covarde! [Ela fala para Alice, quando ela se esquiva ao entregar o microfone.] Vamos ver.
[Donald chega e se senta na cadeira.]
ADAMUS: Oh, temos um voluntário, Linda. Temos um voluntário.
LINDA: Ah, ótimo!
ADAMUS: Que ótimo. Ótimo. Ótimo. Microfone, por favor.
LINDA: Ah, sim.
ADAMUS: Microfone. Ótimo. Qual é a coisa mais ousada que você já fez?
DONALD: Bem, não quero revelar demais, mas eu sou, na verdade, um personagem fictício interpretando um personagem não fictício.
ADAMUS: Sei.
DONALD: Literalmente, eu quebrei a quarta parede. [N. da T.: Nas artes cênicas, a quarta parede é uma barreira imaginária que separa os personagens do público. Quando ela é quebrada, os personagens interagem com o público.]
ADAMUS: Certo.
DONALD: E...
ADAMUS: Por que isso é algo ousado? Não é o que todos estamos fazendo ou o que vocês todos estão fazendo?
DONALD: Bem, acho que existem diversos níveis de quebra da quarta parede, e eu fiz isso num nível muitíssimo alto. Eu não sei... é difícil...
ADAMUS: Doeu?
DONALD: [rindo] Oh, eu diria que um pouquinho, às vezes!
ADAMUS: Sei, sei. É. Teve efeitos com os quais você está se debatendo?
DONALD: Às vezes, eu me debato com isso, mas na maioria das vezes é divertido.
ADAMUS: Sei, sei. É. E por que você fez isso?
DONALD: Ehhh, puxa! Porque eu quero causar controvérsia neste mundo.
ADAMUS: Certo. Você fala de quebrar a quarta parede, mas e quanto à nona?
DONALD: Nunca ouvi falar dela. [Ele ri.]
ADAMUS: Certo. Está pronto pra isso?
DONALD: Tudo bem!
ADAMUS: Tá. Ótimo. Vai acontecer.
DONALD: Tudo bem.
ADAMUS: É, é. Ótimo. E, me diga, foi recentemente que você fez isso?
DONALD: É, talvez há coisa de um ano.
ADAMUS: Um ano, certo. Tá. Está pronto para mais ousadias, além da nona parede?
DONALD: Estou, certamente estou!
ADAMUS: Tudo bem, ótimo. Obrigado. Obrigado por vir aqui e obrigado por participar do show do Adamus.
[Entra a música de fanfarra.]
Ótimo. Mais uma pessoa.
LINDA: Mais uma vítima, sim.
ADAMUS: Mais uma.
LINDA: Pode ser um membro da equipe?
ADAMUS: Pode ser qualquer pessoa.
LINDA: Tudo bem.
ADAMUS: Qualquer uma. Uh-oh!
LINDA: Eu te desafio a dizer a verdade. [Ela fala para a Bonnie.]
ADAMUS: Venha cá, Bonnie. Venha cá. Venha cá.
LINDA: Eu te desafio a dizer a verdade!
ADAMUS: Você parece uma princesa hoje. Obrigado. Obrigado por vir aqui.
[A música de fanfarra toca e a plateia aplaude.]
Por favor, sente-se. Bonnie não gosta de vir aqui na frente comigo. Tivemos alguns...
BONNIE: Tivemos alguns...
ADAMUS: ... conflitos!
LINDA: Oh, ela gosta de ficar aí na frente com você. [Ela ri.]
ADAMUS: Certo. Então, qual foi a coisa mais ousada que você já fez?
BONNIE: Eu não posso contar pra você de jeito nenhum. [Algumas risadas]
ADAMUS: Não conte pra mim, conte pra eles. Eu já sei o que é.
LINDA: Diga a verdade.
BONNIE: Não posso. [Linda incita a plateia a gritar: “Bonnie! Bonnie!”]
ADAMUS: Então...
LINDA: Bonnie! Bonnie! Bonnie! Bonnie! Bonnie! Bonnie!
BONNIE: Não posso. É particular. [Mais risadas] Não posso.
ADAMUS: Não pode? Que tal a segunda coisa mais... uma coisa ousada que você tenha feito. Qualquer coisa.
BONNIE: Bem, tem uma coisa que você deve saber sobre mim e todo mundo vai saber e não importa.
ADAMUS: É, é.
BONNIE: Eu passei... Eu sou uma mulher sozinha.
ADAMUS: Não o tempo todo.
BONNIE: Mas escolhi ser. E a pior coisa com relação a isso é que eu normalmente tenho relacionamentos com cavalheiros que são casados.
ADAMUS: Não, eu pedi algo ousado, não algo corriqueiro que acontece com a maioria dos seres humanos. [Risadas]
BONNIE: Certo. [Linda ri muito alto.]
ADAMUS: Diga algo ousado. Por que isso? Me conte uma coisa ousada que acontece com esses homens que são casados? [Mais risadas]
BONNIE: Bem, coisas adoráveis acontecem com eles.
ADAMUS: Certo. Bem, você está sorrindo. E... [Risadas] Não, ousado seria se eles fossem pra casa, a mulher descobrisse e...
BONNIE: Não.
ADAMUS: ... botassem eles pra fora...
BONNIE: Não.
ADAMUS: ... eles aparecessem na sua porta e você estivesse com outro cara lá. [Risadas] E os dois começassem a brigar e acabassem dando um tiro um no outro, deixando você com o testamento deles. Isso seria ousado.
BONNIE: Não, eu sou bem mais cuidadosa do que isso.
ADAMUS: Você é cuidadosa. Por quê?
BONNIE: Porque essas pessoas têm que ser protegidas.
ADAMUS: Do quê?
BONNIE: De um desastre! [Eles riem.]
ADAMUS: Um desastre! O quê?! É um desastre. Certo, bem, me conte...
BONNIE: Se eles fossem vistos...
ADAMUS: Então, algo ousado recentemente na sua vida. Não tem nada...?
BONNIE: Não faço coisas ousadas, de fato.
ADAMUS: Bem, você fez algo ousado vindo aqui rapidinho. [A plateia faz “ooh!”.]
LINDA: Ohhh! É verdade!
ADAMUS: Você não vai fazer... não é o seu aniversário em breve?
BONNIE: Sim.
ADAMUS: Você não vai fazer 55 em breve?
BONNIE: Bem, o que tem de ousado nisso?
ADAMUS: Ousado?! Não... Posso revelar a sua....
BONNIE: Ah, claro.
ADAMUS: É. Eu estava tentando ser cavalheiro. Cauldre ia falar direto. Eu: “Não, não, não! Seja gentil.” Então, a querida Bonnie, que parece que tem 55 ou talvez 50, está fazendo 75 no final do mês. [Aplausos da plateia]
BONNIE: Obrigada.
ADAMUS: Isso é ousado. É ousado porque, na verdade, ela tinha um plano de vida que, inicialmente, se encerraria por volta dos 37 anos.
BONNIE: É sério?
ADAMUS: Ah, sim, sim. E, bem, examine a sua vida. Seu plano de vida era de 37 anos. Ela meio que teve o visto estendido, e vai continuar. Ela está lidando com todos os problemas de vocês. [Ela ri.] Quero dizer, desculpe, do Atendimento a Clientes do Círculo Carmesim. E adora fazer isso.
BONNIE: Sim.
ADAMUS: E está lidando com toda essa energia e ela está ficando mais forte. Isso é algo ousado. Você não está esmorecendo.
BONNIE: Pretendo ir muito além do que isso. Isso não é nada.
ADAMUS: Ah, certamente. Não. Você vai ter outros 60, 70 anos fazendo o atendimento a clientes para o Círculo Carmesim! [Risadas e entra a música de fanfarra.]
BONNIE: Oh, nossa! Que divertido!
ADAMUS: Isso é ousado! Por que alguém faria isso?! Então, obrigado.
BONNIE: Obrigada.
ADAMUS: Obrigado. É um prazer.
BONNIE: Obrigada.
ADAMUS: E você está adorável.
BONNIE: Obrigada.
ADAMUS: E você faz um ótimo serviço junto aos Shaumbra. Ela realmente...
BONNIE: Obrigada.
ADAMUS: ... faz. [Aplausos da plateia]
LINDA: Bonnie.
ADAMUS: Realmente faz.
BONNIE: Obrigada.
ADAMUS: Ela agora aprendeu um monte de palavrão que nunca usou antes, mas... [Mais risadas]
Ousadia. A coisa mais ousada que eu fiz na minha última existência. Bom, eu tinha uma... e é uma história verdadeira. Eu tinha uma audiência com o Papa. Eu estava muito preocupado com a Revolução Francesa que estava pra acontecer. Eu estava preocupado com o rumo que as coisas iam tomar e o Papa estava bem no meio disso tudo. O Papa Pio VI. Bem no meio disso tudo. O ano era 1783. Então, pedi uma audiência com o Papa. Ele estava dividido entre apoiar os jesuítas e não apoiá-los. Ele era mais antirrevolução do que qualquer outra coisa. Era contra as pessoas comuns terem sua soberania, mas ele estava numa posição meio ruim com o governo francês na época. Ele não sabia disso, mas eles iam chegar e – schwifft! – tirá-lo de lá, por assim dizer.
Fiz tudo que pude pra conseguir uma audiência com ele, que era um homem difícil. Mas eu também sabia que eu precisava ser ousado, porque, se eu fosse apenas suplicar em nome de políticos, do país, da igreja ou o que fosse, ele faria ouvido de mouco, porque todo mundo vai suplicar junto ao Papa, aos reis e tudo mais. Então, eu sabia que precisava fazer alguma coisa pra chamar a atenção dele.
Então, fui conduzido ao Grande Salão, onde nossa reunião aconteceria. Fui levado pelos guardas, e eu sabia que levaria um tempo para o Papa aparecer, porque é isso que os Papas e os CEOs ruins fazem. Eles deixam você esperando um tempão pra mostrarem que são superiores. Eu sabia que esperaria pelo menos por uma hora e meia.
Assim, tirei um cochilo, porque eu podia. E respirei fundo um pouco, porque eu sabia que era necessário. E depois tirei toda a minha roupa. [Algumas risadas] É verdade. É uma história totalmente verdadeira. Tirei todas as minhas roupas e fiquei sentado lá – perto da lareira, porque estava meio friozinho. Fiquei sentado lá, totalmente nu.
De repente, a grande porta que dava na sala do pontífice se abriu e veio o Papa. Era um momento passível de morte. Era um momento passível de ser atirado no calabouço. Mas uma coisa interessante aconteceu, algo tão interessante que chegaram a escrever livros sobre isso, histórias sobre isso. O Papa não pestanejou. O Papa não disse uma palavra. O Papa não ficou olhando pro meu Adamus nem nada disso. [Risadas] Ele manteve o rosto erguido e todos os seus assistentes – o Papa naqueles tempos sempre andava com 20 pessoas em volta dele –, ninguém piscou.
É claro, eu estava rindo pra mim mesmo bem alto. Eu estava rindo e sabia que, se nada acontecesse, o Papa, em sua loucura, teria que me escutar. Quem é esse estranho sentado aí – de pé aí –, de pé aí, sem roupa? Isso serviu de material para a história A Roupa Nova do Imperador. [Linda bufa; algumas risadas] E esta é uma história verdadeira. É verdadeira.
Ele não teve consciência pra lidar com a minha nudez. Ele estava com muito medo dele mesmo e do que todo mundo acharia, se ele mencionasse algo sobre meu estado natural de ser. Poderiam olhar pra ele como se ele estivesse maluco, porque talvez eles estivessem me vendo de roupa. Talvez o Papa estivesse achando: “Ninguém jamais chegaria aqui e tiraria a roupa, então, deve ter algo errado comigo.”
E ele me escutou. Ficamos lá uma hora e meia. Comecei a tremer numa hora, porque estava muito frio, mas eu não podia dizer. Conversamos por mais de uma hora e meia sobre a política da Europa, sobre a Igreja, sobre tudo que estava acontecendo. Foi a coisa mais ousada que eu fiz. Depois, eu saí...
LINDA: Isso foi muito ousado.
ADAMUS: Foi muito ousado.
LINDA: Foi muito ousado! Acho que você ganhou hoje. [Entra a música de fanfarra e a plateia aplaude.] Sim! Você ganhou hoje!
ADAMUS: Essa é uma história verdadeira. [A música para.] Obrigado. É uma história verdadeira. E foi algo ousado. Mas... [Alguém grita: “Faça isso de novo!” Muitos riem.]
LINDA: Cala a boca!
ADAMUS: Eu faço!
LINDA: Cala a boca!
ADAMUS: Linda vai gritar: “Fique de roupa!” [Mais risadas] E eu falei de ousadia porque estamos começando a ficar ousados.
LINDA: Ah, não.
ADAMUS: Vocês me contaram histórias aqui. Não ouvi nada ousado. Realmente não. Ouvi coisas que talvez tenham deixado vocês meio constrangidos, mas nada ousado. Digo, realmente ousado, chocante, primoroso. E eu não disse “inusitado”, no sentido de ousar ficar de pé no alto de um prédio de dez andares e pular. Isso é só algo inusitado.
LINDA: Estúpido.
ADAMUS: Estúpido. [Linda ri.] Estou falando de sair da zona de conforto com relação às coisas.
Agora, vocês estão confortáveis, estão no Foco há tanto tempo que, no momento, suas histórias ousadas não passam de memórias distantes. E, como David disse, vocês ficaram meio confortáveis. Vocês começaram a comprar móveis novos pra casa só pra ficarem mais... [Risadas] ... ficarem mais confortáveis do que antes. “Vou ficar ainda mais confortável.” E sua ousadia está numa coisa que, em geral, aconteceu quando tinham 20, talvez 30 anos, mas vocês não são ousados há muito tempo. Estão emperrados há muito tempo.
Agora...
LINDA: Você não acha que Bonnie se saiu um pouco melhor?
ADAMUS: Melhor do que o quê?
LINDA: De que os outros na ousadia.
ADAMUS: O que Bonnie faz é lugar comum. Digo, 50% da população casada... ehhh. Então, não é algo ousado, Bonnie. É. É. Bem, você podia tornar a coisa realmente ousada. Tem coisas que você poderia fazer, mas não vamos tratar disso. [Algumas risadas] Se tratássemos, eu teria que tirar minha roupa. Então... [Mais risadas]
BONNIE: Certo, vamos tratar, então.
ADAMUS: Faz tempo desde que vocês foram ousados. Vocês se esqueceram o que é ser ousado e acham que, pra ser ousado, basta fazer algo que os deixe se sentindo meio culpados ou o que for. E não é. Ser ousado é, bem, é pra onde vamos em seguida. Ser ousado é viver um passo além. Ser ousado é, de fato, começar a curtir a vida neste planeta, mas sem ser da velha maneira. Sem comprar só móveis novos. Vocês compram uma casa nova. Vocês compram uma mansão em algum lugar. Vocês fazem algo realmente ousado e inesperado e observam o que acontece.
Vejam, as pessoas entram numa rotina. Começam a viver dentro de seus padrões e resmungam sobre esses padrões. Mas façam algo ousado. Isto foi um pouco ousado. [Ele está se referindo à árvore de cristais no palco.] Digo, não foi terrivelmente ousado, mas foi um pouco ousado. Digo, vocês veem uma árvore no Brasil, encomendam essa árvore sem sequer vê-la novamente e confiam que ela vai chegar. Mas ousadia, não foi realmente algo tão ousado, porque vocês conheciam a árvore. Bem, Cauldre e Linda conheciam. Foi um sentimento que eles permitiram e então aconteceu. E o dinheiro não é nada.
Aquelas árvores baratas que vocês tinham aqui antes, aquelas árvores mortas? Aquilo era sem graça. Era assim: “O quê?! Vocês chamam isso de decoração?! Eram árvores mortas. Não tinham vida.” Agora, estamos chegando lá. Agora, estamos chegando lá.
Quero falar sobre duas coisas hoje, e vamos começar agora. Elas vão conduzir vocês para um pouco de ousadia. Vocês não precisam fazer nada além de permitir e além de perceber o que está acontecendo.
Assim, vamos respirar bem fundo. Podemos reduzir as luzes da plateia. Vamos abordar duas coisas hoje no show de Adamus.
Tempo Solto
A primeira coisa é o tempo. O tempo.
Bom, o tempo é progressivo. Vocês vivem no Tempo Progressivo – um segundo, um minuto, uma hora, um dia, uma semana e assim por diante. E vocês estão tão acostumados com isso que não reconhecem que existem tipos diferentes de tempo.
O tempo em si é uma função do Foco. Vocês têm esse único sentido humano, o único sentido humano verdadeiro – o Foco. O tempo, quando vivenciado de maneiras novas e diferentes, permite que vocês, de fato, expandam o Foco, em si. O Foco se tornou tão concentrado que é como se a gravidade tivesse sugado esse Foco e vocês passassem a viver num Tempo Progressivo – um segundo, um minuto, uma hora. E vocês aceitam isso como sendo normal, e não é. Não é.
O tempo tem muitas facetas, muitas e muitas facetas. E o que eu gostaria de fazer hoje é começar a entrar nesse Tempo Solto, livre. Agora, é quase uma contradição, porque o tempo em si não é um conceito livre. O tempo é como a matemática. Tem uma estrutura.
Mas e se existissem variáveis para o tempo, diferentes facetas do tempo? Em outras palavras, aqui estamos nós vivendo segundos, minutos, horas. Mas e se, no mesmo instante, na mesma consciência talvez, vocês estivessem de fato acima do Tempo Progressivo, vocês estivessem mais num Tempo Solto? Ainda há o elemento do tempo. Ainda há o elemento de passado e futuro, mas agora não é algo tão progressivo. Seria a diferença entre estar no nível do chão, numa cidade, caminhando pelas diversas ruas e vielas, e estar no topo de uma montanha olhando a cidade lá embaixo, vendo tudo, não apenas a rua ou a viela em que se está.
Tempo Solto significa que não está ordenado da mesma maneira. Não é progressivo. O Tempo Solto é muito real. Agora, um cientista ou um matemático ficaria questionando o dia inteiro que vocês estão inventando isso. De fato, a verdadeira resposta é que “tudo é invenção”. Tudo isso está sendo inventado. É só que as pessoas tendem a acreditar que há apenas uma forma de tempo.
A realidade é que o tempo não existe. Não existe. O tempo é como uma estrutura ou um sistema de medição, mas, de certa forma, ele realmente não existe. Vocês não vão sair pelo universo e encontrar o tempo – o Planeta Tempo ou o Portal do Tempo. Não vão. O tempo é como um acordo humano. Ele se torna real por causa desse acordo, mas esqueceram de dizer que ele é algo flexível.
Então, a “coisa ousada” aqui é que vocês vão continuar vivendo no Tempo Progressivo. Seu corpo, literalmente, agora, carrega um relógio de tempo e uma bomba de tempo. Seu corpo tem hora marcada pra morrer. E tudo bem. Digo, não estamos tentando superar a morte. Estamos tentando expandir o tempo.
Então, aqui estão vocês vivendo no Tempo Progressivo, mas agora, no pequeno merabh que faremos daqui a pouco, vamos começar a entrar no Tempo Solto. Vocês vão: “Oh, uau, parece ótimo!” Mas, já vou avisando, vai acabar com a sua marcação de tempo. Vai acabar com essa sua forma muito disciplinada e progressiva de viver.
Alguns de vocês já estão começando a vivenciar isso, e aparece em pequenas coisas como esquecer em que dia e em que ano se está. Não porque estejam ficando velhos, mas porque estão começando a entrar no Tempo Solto. Alguns de vocês, de fato, estão começando, como diriam, a conseguir projetar ou predizer o futuro, mais ou menos. Mais ou menos. Vocês estão começando a saber o que vai acontecer depois, e acontece e vocês ficam surpresos. Bem, não deveriam ficar surpresos. Quando estão no Tempo Solto, vocês deixam de estar nesses blocos espremidos de progressão, como era costume. Agora, o Tempo Solto permite que vocês planem acima disso. Seria como pegar um período de sete anos e conseguir vê-lo, senti-lo, estar nele tudo ao mesmo tempo. Sem ter que desvendar isso ao longo de sete anos.
O Tempo Solto tem muitas camadas. Vocês têm no nível mais inferior o Tempo Progressivo – segundos, minutos, horas. Mas o tempo tem outras camadas. Algumas têm a ver com o passado e, em nossa incursão no Tempo Solto, vocês vão reparar, particularmente, coisas estranhas acontecendo nos sonhos que parecem vir do passado ou de pensamentos, sentimentos, associações que vêm do passado. Vocês vão dizer: “Nossa, pensei que eu tinha superado meu passado.” O passado ainda está lá.
Agora, nós vamos fazer o que vou chamar de “tempo que contorna o tempo”, onde vocês meio que... quase que orbitam pelo passado numa condição de não tempo ou ao estilo do Tempo Solto. Não pra revivê-lo, mas orbitando por ele sem as progressões, mais como se ele tivesse uma forma livre. Vocês vão reparar que o passado não é o que vocês pensavam que fosse.
A mente se lembra do passado em seu modo progressivo. Quando vocês voltam num Tempo Solto, meio que contornando esse passado, orbitando-o, vai ser diferente, mas despertará reminiscências, associações, pensamentos. Não entrem na loucura. Não comecem a dizer: “Ah, eu achava que tinha liberado tudo isso há muito tempo.” Vocês liberaram a gravidade da coisa, mas o evento permanece ocorrendo neste momento. O evento ainda está ocorrendo. Ele não aconteceu no Tempo Progressivo e depois acabou. É muito ousado. Ainda está acontecendo. Tudo ainda tem sua própria vida, e assim permanecerá tendo. É uma história que meio que se desenrola por conta própria e que está sendo vivida em muitos níveis. E vocês não têm que participar dela. Vocês não têm que sofrer através dela. Mas as suas histórias... É como escrever um capítulo de um livro e depois – shwww! – largá-lo e esse capítulo continuar se escrevendo, com todos os próprios potenciais e todas as próprias iterações. Continua vivendo.
Essa é, na verdade, a beleza de um criador. Vocês não têm que se envolver nisso. Vocês não têm que ficar traumatizados por causa disso. Mas começar a perceber que há um Tempo Solto será algo ousado e mudará a forma como vocês vivem neste planeta como Mestres encarnados. A propósito, essa é a verdadeira resposta para a pergunta no Clube dos Mestres Ascensos, “Por que eles querem ficar?” Os Mestres Ascensos que estão lá não compreendiam o Tempo Solto. Eles não entendiam o tempo de forma nenhuma, mas não entendiam o Tempo Solto. Portanto, não tiveram o conforto, a magnificência, a empolgação de viver de um modo diferente. Eles simplesmente achavam que tudo era linear. Assim: “Ah, eu cheguei à minha iluminação. Tenho que sair daqui porque vai ser mais do mesmo.” A verdadeira resposta é: uma vez que vocês começam a entrar em seus sentidos e a estar no Tempo Solto, o lugar deixa de ser cinzento e sem graça. De repente, tudo ganha vida.
Tempo Solto. Falaremos mais sobre ele depois, mas quero começar o processo hoje. Tudo está apropriado pra isso: a árvore, vocês. Tudo está certo.
Assim, vamos respirar bem fundo e será um merabh relativamente curto, porque tenho outra coisa pra tratar hoje no show de Adamus.
LINDA: Hummm.
ADAMUS: Então, respirem bem fundo.
Merabh do Tempo Solto
Tempo Solto. Significa que vocês estão começando a perceber... [A música começa.] Vocês estão começando a existir em muitos níveis diferentes. Significa que vocês têm seu nível progressivo – segundos, minutos, horas, dias, anos – e tudo bem. Isso não vai necessariamente mudar. Vocês ainda vão querer ter isso pra fazer muitas coisas, mas agora nós respiramos fundo onde estivermos e permitimos o Tempo Solto. Isso significa que vocês podem pegar uma progressão de sete anos e vivenciá-la de uma só vez.
O Tempo Solto é quando vocês estão aqui no momento presente, é claro, mas agora vocês têm... Imaginem como se fosse uma órbita do tempo. Imaginem como se fosse um cometa orbitando, mas as órbitas estivessem em volta de vocês. Vocês são a constante, vocês são a consciência. As órbitas podem mudar de tamanho, podem entrar no Tempo Passado e no que chamam de Tempo Futuro.
Assim, toda a base do tempo começa a mudar um pouquinho.
Isso vai acontecer de qualquer jeito. É algo muito natural. Vocês não têm que se esforçar. Vocês não têm que pensar nisso, mas eu que vocês estejam conscientes, porque isso vai começar a levar a coisas ousadas na sua vida. Verdadeiramente ousadas; maravilhosas, mas ousadas.
Quando alguém vai além do Tempo Linear, quando alguém entra no Tempo Solto, a perspectiva muda. A natureza cansativa da vida humana diária muda.
Então, imaginem, se assim escolherem, imaginem que seu ritmo circadiano, seu Tempo Progressivo ainda está lá. Mas agora vocês estão permitindo perceber as outras órbitas do tempo, ou seja, a vê-lo num contexto mais amplo, em vez de sendo segundos e minutos. Vocês estão conseguindo abarcar grandes quantidades de tempo tudo de uma vez. Isso vai desorientar a mente, mas tudo bem. E essas órbitas, como se fossem cometas contornando vocês nessa órbita, também estão se abrindo para o que chamam de passado e de futuro.
Normalmente, isso faria com que literalmente uma pessoa enlouquecesse, caso permitisse isso, porque ela que está tão entranhada no Tempo Linear Progressivo não conseguiria lidar com isso. Seu equilíbrio – o equilíbrio físico atuando nos ouvidos – começaria a se perder e ela começaria a enlouquecer. Mas nós estamos naquele ponto em que podemos fazer isso.
O Tempo Solto é ousado. É maravilhoso. Uma coisa que vocês vão começar a reparar com o Tempo Solto é que todo esse conceito de tempo e, digamos de passado e futuro são realmente ditados pela experiência. Pela experiência.
Vejam, o Espírito não tem um relógio no quarto. Os Mestres Ascensos não usam relógio de pulso. Eles não estão presos dentro do tempo. E, de certo modo, não há passado nem futuro. De certo modo. O que há é um desdobramento de experiências.
Alguém poderia dizer que nada acontece no futuro até que tenha sido vivenciado, mas ainda assim o futuro está sempre lá. Na verdade, ele não é percebido até que seja vivenciado, mas ainda assim ele está lá. Tudo que vocês vão fazer no futuro está lá.
Cada potencial de tudo e cada iteração de cada potencial de tudo que vocês poderiam vir a vivenciar, vir a dizer, vir a fazer, estava tudo lá quando vocês passaram pela Muralha de Fogo, quando vocês deixaram o Lar.
Foi sobre isso que Tobias falou que foi estilhaçado em bilhões e bilhões de partes; era apenas a criação prévia de todas as suas experiências. E muitas ainda estão por aí no que chamam de futuro, mas o futuro nada mais é do que um reservatório de potenciais e de todas as iterações que ainda possam vir a ser vivenciadas.
É isso que algumas pessoas chamam de tempo. É por isso que as pessoas não são realmente boas em prever o futuro, porque não entendem que ele não está ocorrendo amanhã ou depois; ele existe neste momento aguardando pra ser vivenciado.
Eu queria estar aqui junto de um grupo, com todos vocês aqui, particularmente neste dia de sua bela Árvore da Sensualidade, pra que nós, juntos, Shaumbra, pudéssemos todos começar a entrar no Tempo Solto. Por favor, não se esforcem. Não lutem com isso. Vocês vão acabar ficando presos no Tempo Progressivo. Mas nós podemos permitir. Vai ser ousado o que acontecer com o Tempo Solto.
Vai parecer estranho, às vezes, porque vocês realmente estão trancados nessa velha maneira. Vai parecer realmente estranho, mas vai ser ousado.
Imaginem levantar de manhã e perceber que vocês também estão se levantando de manhã no seu passado, levantando de manhã no seu futuro, tudo ao mesmo tempo. Isso é ousado. Vai desnorteá-los um pouco, mas depois vocês se adaptarão, se ajustarão.
Vejam, é isso que um Mestre encarnado faz. Eles não se realizam e passam a usar as mesmas velhas ferramentas que os outros Mestres Ascensos usavam. Não é de se admirar que a gente tenha partido. Mas vocês pavimentarão novos caminhos. Vocês entrarão no Tempo Solto.
Vamos respirar fundo.
[Pausa]
Vamos respirar bem fundo.
Voltaremos a tratar disso. Falaremos cada vez mais sobre isso em nossos encontros.
Vamos respirar fundo com o Tempo Solto, livre.
Meio que tem um duplo sentido aí. O Tempo Solto significa que vocês não estão mais presos no Tempo Progressivo e que, portanto, podem ter um tempo livre na sua vida. Um tempo livre, ou seja, um tempo verdadeiro pra si mesmos. Em vez de estarem, em cada momento do dia, cheios de obrigações, trabalhos e coisas que precisam ser feitas, vocês perceberão, subitamente, o que é ter tempo livre.
Energia Solta
Vamos respirar fundo. Tem mais uma coisa que eu quero dizer hoje e que também tem a ver com isso. As duas coisas estão lindamente relacionadas.
Eu falei um pouquinho sobre este próximo assunto no nosso encontro recente do Keahak, e eu disse aos participantes que eu queria levar isso pra todos os Shaumbra num Shoud. Estou trazendo isso pra vocês – o Tempo Solto e esta próxima percepção –, porque é mais fácil, de certa forma, quando todos estamos conscientes disso. Vocês não estão sozinhos por aí quando temos uma verdadeira consciência de grupo. Vocês não estão presos nessa consciência, mas é agradável ter todo um grupo sentindo e vivenciando a coisa, todo mundo junto.
O próximo conceito tem a ver com a energia. Energia. Agora, vocês sabem lá do básico de Adamus que existe essa coisa chamada consciência, um círculo com um ponto no meio. É o Eu Sou, é o Eu Existo, e é a única coisa que realmente importa. A única coisa.
Isso meio que sempre nos leva a uma questão: Por que um criador cria? Vejam, o Espírito criador, Tudo que Foi, teria ficado perfeitamente satisfeito apenas em ser o Eu Sou, digo, o número um Eu Sou, a Fonte. Por que alguém iria querer criar? O que leva a isso?
DONALD: Pra vivenciar a criação.
ADAMUS: Desculpe, precisamos de um microfone... mas estou fazendo uma pergunta retórica, na verdade; então, eu mesmo respondo. [Adamus ri.] Não, Linda, por favor. Linda, não. Linda, não, não, não. Era uma pergunta retórica.
LINDA: Obrigada.
ADAMUS: É. [Algumas risadas]
Então, por que um criador cria? Por que não apenas ser “Eu Sou o que Sou”? Apenas ter consciência da consciência de si mesmo. Por que criar pra começo de converso? Digo, vocês possivelmente criariam mesmo uma bagunça! Heh. Vocês possivelmente criariam o caos. Por que um criador cria? Vou deixar pra lá essa pergunta. Não vou de fato respondê-la. Vou deixar que vocês fiquem com essa pergunta. Não acabamos ainda, mas esse é o dever de casa.
Por que um criador iria querer criar?
Vocês têm o seu Eu Sou, Eu Existo. Digo, isso é muito bom. É realmente a única coisa que realmente importa. Por que sair e criar? Voltaremos a falar disso no nosso próximo Shoud, não no de junho, mas no outro.
Então, voltando ao ponto. Energia. Vocês têm sua consciência, Eu Sou, Eu Existo. Daí, surge uma paixão. Uma paixão. Ou seja, quando vocês realmente permitem essa sensação: “Eu Existo! Dane-se o resto.” Digo, não “Eu existo porque... eu existo se...” “Eu Existo.” É a única coisa que importa. É a única percepção que vale alguma coisa. E, quando vocês realmente perceber isso, surge uma paixão. “Eu Existo!! Além do corpo físico, além da porcariada toda, além da minha identidade, Eu Existo!” Isso cria uma paixão, um entusiasmo – amor não é bem a palavra certa, mas é um... “Ahhh! Magnificência. Eu Existo.” – que faz uma luz sair, ou melhor, ela irradia, não sai, mas irradia. Uma luz brilha, e estou falando metaforicamente, mas uma luz brilha e vai para o que chamariam de reservatório, de campo de energia. E atrai essa energia, ativa essa energia e, então, ela cria a realidade.
A paixão do Eu Sou, da sua alma... neste momento a sua alma ainda está na empolgação do não tempo com o “Eu Existo”, ou seja, ainda está ressoando. Digamos, do ponto de vista da sua alma realizada muito tempo atrás, “Eu Existo!! Não vinculado a nada nem a ninguém. Eu Existo e sempre Existirei.” E então ela começa a ressoar dentro do Eu Sou. Ela ainda ressoa neste momento, e ainda está criando uma radiância de luz que passa por todas as dimensões atraindo energia e criando a realidade. Isto.
Agora, quando isso acontece, quando essa luz brilha e quando, basicamente, vocês, na outra ponta da sua alma... vejam, vocês têm toda essa luz saindo, vocês são meio que o reflexo, a outra ponta da sua alma. E sua realidade está sendo criada pela ativação do que eu chamaria de partículas de energia negativas e positivas. A luz sai e, baseada em vocês, os receptores aqui, e na forma com que vocês vivenciam as coisas, vocês vão atrair diferentes proporções de partículas de energia negativas e positivas.
A vida sempre foi assim. A vida humana sempre foi assim. Pareceria ousadia fazer algo diferente. Neste momento, há um fluxo de partículas negativas e positivas chegando até vocês e emanando ou irradiando de vocês.
Imaginem por um instante esse feixe de energia, ativado pelo positivo ou pelo negativo – como no computador que é tanto zero como um, a energia é a mesma coisa; é meio digital, de certa forma –, fluindo até vocês como positiva ou negativa e, ao mesmo tempo, vocês fazem a energia fluir de vocês. É isso que cria a realidade. Sempre foi assim que funcionou com a energia. É assim que as coisas surgem.
Vocês também sabem que um dos maiores desafios para os humanos e outros seres é que eles estão sempre tentando roubar energia. Vocês aprenderam isso na Sexual Energy School (SES – Escola de Energias Sexuais). Eles tentam roubar energia, porque ninguém realmente chega – bem, pouquíssimos chegam – à percepção de que está tudo aqui [em si mesmos]. Está tudo aqui. Vocês não precisam roubar de ninguém. Está tudo aqui.
Assim, o ousado é não mais precisar se ater às partículas de energia positivas e negativas. Isso é realmente ousado, porque mesmo a física quântica diria: “Bem, então, morremos, ou tudo deixa de existir, porque precisamos delas.” Mas vocês não precisam. Não precisam.
Existe uma coisa chamada Energia Solta, livre. É a energia que está sempre aí, que não é ativada pelo positivo nem pelo negativo. É uma energia sem qualquer propensão, predisposição. Não se vê essa energia, é uma energia invisível, porque ninguém tem instrumentos pra medi-la. Não dá pra ser medida. Ela não tem força. Não tem propulsão. Não tem dinâmica. Não é uma energia de força. Não tem poder.
O mundo está sintonizado com o poder, com a força, com a ação e a reação, com a constante colisão das energias ou o alinhamento e a fricção das energias. É assim que o planeta opera.
No entanto, como Mestres encarnados, vocês não precisam mais se ater a isso. O que é algo ousado. Isso desafiará cada existência de vida neste planeta. Desafiará não só a ciência, mas desafiará tudo que vocês conheciam como sendo energia e como ela funciona. Vocês estão tão sintonizados com os opostos – masculino, feminino, luz, escuridão, em cima, em baixo – que isso será absolutamente ousado. Energia Solta.
Agora, vamos falar sobre isso daqui a pouco. Vocês não vão senti-la do velho modo, porque o velho modo está totalmente sintonizado pra sentir... bem, digamos, ou “ahhh!, é uma leve sensação” ou é uma sensação pesada ou de algo pressionando vocês ou de algo puxando. Dessa forma, se abordarem essa energia com uma consciência típica, vocês dirão pra si mesmos: “Não estou sentindo nada.” Bem, que diabos, vocês não vão sentir. Mas vocês perceberão alguma coisa.
Algo, mais cedo ou mais tarde, vai começar a soar dentro de vocês: “Assimilei. Não preciso entrar em conflito nem ter a velha relação das partículas de energia positivas e negativas colidindo entre si, competindo entre si.” Assim é a realidade composta de fricção, a vida formada pela fricção.
Vida é fricção. Este planeta não é lugar para um Mestre quando ele lida com a energia da fricção, a energia do poder.
Vamos respirar fundo. Vamos tocar aquela chamadinha rápida. Tem aquela pequena. Ficamos muito sérios aqui. É. Este é o meu show e a plateia está dormindo. Quero dizer, ficou chato e... “Que mer... cadê o entretenimento?” Só... é. Certo.
[Entra a música de fanfarra.]
Isso, certo. Ótimo. Bem melhor. Bem melhor.
[A música para.]
Ah! Ótimo! Voltando! [Algumas risadas]
Ousadia. Vocês vieram aqui antes e me contaram coisas ousadas. Eu realmente não ouvi nada ousado. E os que estão aí online hoje? [Ele olha para a câmera.] Vocês têm histórias ousadas que gostariam de compartilhar? Tratem de postá-las na sua mídia social favorita. [Mais risadas] As histórias aqui foram levemente interessantes num dia lento de novidades, mas não ousadas.
Ousadia – tirar a roupa. É uma história verdadeira. Não sei se chegou a ser escrita, mas podem buscar alguns detalhes. Eu – foi em 1783, Papa Pio VI – eu nu. Sem nada. Nadinha. Mas estava meio frio. Eu me lembro dessa parte. Brrrr!
Não é tão lisonjeiro... Eh, não vou enveredar por aí. [Risadas] Tínhamos que dar uma quebra! A coisa ficou muito séria aqui. É... [Adamus ri.] Estava muito sério. Tudo bem!
[Entra novamente a música de fanfarra.]
Nunca, jamais, subestimem a ferramenta da distração.
LINDA: A ferramenta?! [Linda ri alto; risadas da plateia]
ADAMUS: Não entendi. Não entendi. Nunca subestimem a distração. Se estiverem ensinando, ensinando outras pessoas, no momento em que sentirem a energia – wooo! – caindo, distraiam. E, especialmente, a si mesmos. No momento que começarem a ficar muito sérios, estão pensando, na mente: “Como vou entender tudo isso? Do que se trata a vida? O que eu fiz de errado?” Quietos! Se distraiam. Tirem a roupa ou algo do gênero. [Algumas risadas]
Por sinal, essa é uma história verdadeira com o Papa e eu e é absolutamente verdade que foi o inicio de toda a história d’A Roupa Nova do Imperador. Ele não ousou mencionar o fato, porque pensou: “Devo estar ficando maluco.” E ninguém também – eram cerca de 22 assistentes com ele e ninguém disse uma palavra. Vocês deviam ter sentido a energia na sala. [Algumas risadas e alguém faz “uou!”.] E eu lá sentado da maneira mais natural possível, agindo como se nada estivesse errado. Agi como se estivesse elegantemente vestido, o que de fato eu estava.
LINDA: O que foi que eles não viram?
ADAMUS: O que foi que eles não viram?
LINDA: É, ou melhor, por que, o que estava acontecendo?
ADAMUS: O Papa estava com medo de que... Ele estava sob muito estresse, bebia muito e tinha outras coisas estranhas acontecendo com ele, mas ele estava com medo de que estivesse ficando maluco. Ele ouvia vozes. [Adamus ri.] Eu me pergunto de quem. [Algumas risadas] E estava com medo de que estivesse pirando. E havia muita tensão entre ele e a Igreja, isto é, a Igreja, obviamente, mas o governo e todo o conceito dos jesuítas e da revolução. Era terrível. Ele achava que estava ficando maluco, então, fazia todo o possível pra passar despercebido, se reprimir, não ser ousado.
Então, quando ele entrou na sala e me viu de pé ao lado da lareira... [Adamus faz pose.] “Sua Graça...” Ele não ousou dizer uma palavra, porque achava, digo, ele realmente achava – com um pouco de sugestão hipnótica –, ele realmente achava que... “Ah, meu Deus! Estou mesmo doido e, se eu demonstrar, se eu gritar e dizer ‘Ser desprezível! Por que estás totalmente nu diante de Deus, do Papa e dos demais?’” E se ele estivesse errado, imediatamente iriam – scwhifft! – cortar-lhe a cabeça. Então, ele ficou de boca fechada. E, quando ele ficou de boca fechada, enviou uma energia para os outros, que ficaram também de boca fechada. E, numa certa altura da conversa, não sei, uns 20 minutos de conversa, já tinham esquecido o fato. Realmente estavam achando que eu estava vestido. Isso foi ousado.
Mas, voltando ao ponto. Energia, Energia Solta. Isso será muito ousado, porque vocês têm vivido, estão viciados na energia positiva-negativa, atraindo-a em diferentes proporções. Às vezes, vocês estão com 62% de negativa – não energia ruim, apenas negativa, vejam bem –, 62% de negativa aqui e com o restante de positiva. E as proporções variam o tempo todo, mas há esse fluxo constante entrando e saindo de energia ativada. Ativada no sentido de ser colocada numa condição de predisposição para positiva ou negativa. Nós não precisamos fazer isso, e é algo muito ousado porque ninguém jamais fez isso na Terra. Ninguém fez isso antes.
Vai parecer estranho, porque não há poder nessa Energia Solta. A Energia Solta está em todo lugar. Digo, ela é esse incrível... alguns chamam de... como é?... de Campo, Campo de Origem ou uma coisa assim. É apenas energia que está lá esperando pra ser ativada, mas ninguém jamais disse: “Por que tempo que ativá-la? Vamos apenas permiti-la.”
Falaremos das implicações depois, mas quero agora fazer outro merabh e começar a perceber, sentir isso. E, repito, sua mente vai dizer: “Eu não estou sentindo nada.” Porque está acostumada a sentir uma pressão ou um puxão. A mente está acostumada à energia de poder, mas isto é totalmente diferente.
Vamos começar a música e reduzir as luzes.
[A música começa.]
Merabh da Energia Solta
Isto é mais do que ousado. É algo totalmente ousado, falar de coisas sobre Tempo Solto e Energia Solta. Observem como ambos estão relacionados. Falaremos sobre isso depois. Não quero dar uma palestra sobre isso hoje, mas a Energia Solta é o que eu chamava de energia neutra, que não tinha sido ativada.
Agora, seu corpo se tornou dependente da energia ativada, com determinada predisposição, positiva e negativa. É assim que ela opera. É como o sangue continua fluindo e como as enzimas trabalham. Estão constantemente num fluxo de proporções variadas de energia positiva ou negativa.
Mas sintam um instante, ou percebam um instante, agora, se as passagens estiverem abertas em seu corpo, a Energia Solta que não está imbuída de luz nem de escuridão, de positivo-negativo. Ela simplesmente É. Simplesmente É.
Ela não precisa de qualquer distinção, separação.
Falamos de Ísis e de Adão, do masculino e do feminino, da velha separação. Falamos de juntá-los novamente. De certa forma, é mais ou menos assim com a Energia Solta. Essa energia positiva e negativa.
Mas e se o seu corpo começasse a utilizar a Energia Solta, que não tem predisposição, que jamais antes foi separada? Energia que não se separa, não se divide.
Energia Solta, livre.
Energia que não tem poder. Também gosto de chamar a Energia Solta de Energia Sem Força.
E o que acontece se a mente, que sempre utilizou a energia da dualidade, positiva ou negativa... e se essa for a programação da mente e for usada em cada pensamento que passa por ela, em cada crença que ela possui, retirando a velha energia da dualidade? E se agora a pura energia, que nunca foi separada ou dividida... pode-se dizer que ela vem direto da paixão do Eu Sou sem ser dividida... e se ela entrar na mente, nos pensamentos, nas crenças e mesmo no seu intelecto? A pura Energia Solta, livre.
[Pausa]
E se, quando vocês se perguntarem pela abundância ou se alimentarem ou alimentarem sua fonte de energia física humana... o que acontece quando vocês se tornam ousados e simplesmente permitem que a Energia Solta seja a fonte de sua abundância, em vez de a velha Energia de Poder?
Em grande escala, a energia tornou-se corrompida no planeta. Corrompida no sentido de que as pessoas agora a associam com poder. Não há qualquer necessidade de poder. Energia, poder, força – tudo mais ou menos a mesma coisa.
E se, e se nós, enquanto grupo, fôssemos realmente ousados e transcendêssemos isso? Nada de pode. Nada de força. Nenhuma fricção. Nenhuma resistência.
E se nós abríssemos as portas e as janelas de nosso ser como humanos e permitíssemos a Energia Solta? Conseguem sentir sua pureza? Nunca foi separada, nunca foi dividida, nunca foi imbuída de opostos.
[Pausa]
O que acontece se for assim?
O que acontece se vocês puderem simplesmente respirá-la, sem qualquer esforço, é claro? O que acontece se vocês puderem simplesmente respirá-la e permiti-la em seu corpo, ficar em seu corpo?
O que acontece se ela entrar em seus pensamentos e na sua mente?
[Pausa]
Ela é ousadamente pura, e faz com que as outras energias pareçam muito velhas, trabalhosas e cinzentas.
[Pausa]
Assim, quando eu perguntar por que vocês possivelmente iriam querer ficar neste planeta – um planeta que não é para Mestres –, o que estamos realmente fazendo é mudar o paradigma, mudar tudo. Não vamos permanecer no tempo. Não vamos permanecer na Velha Energia. Estamos mudando isso.
[Pausa]
Ao ficar neste planeta, não vamos permanecer nas mesmas roupas, na mesma casa, metaforicamente falando. Vamos mudar tudo isso.
Não vamos continuar suportando o tédio e a frustração. Vamos simplesmente mudar todo o paradigma.
Começa aqui, no meio do verdadeiro transumanismo.
Tenho que rir, tenho mesmo que rir quando vejo tudo que está acontecendo com a tecnologia, o transumanismo, quando pensam em implantar um chip de computador no seu cérebro, em se casar com um robô ou coisas desse tipo como sendo avançadas. Isso não é avanço. É a mesma velha porcaria, só que mais acelerada.
Transumanismo pra mim é o que estamos fazendo bem aqui. Estamos mudando o jogo. Estamos entrando no Tempo Solto, livre. E o Tempo Progressivo ainda existirá. É o “e” de ser um Mestre. É ambos. E estamos mudando a energia.
Ah, a Velha Energia, a energia com predisposições, a energia separada, ainda será um caminho de vida, mas nós também vamos entrar na Energia Solta, livre. E, pra mim, isso é o verdadeiro transumanismo deste planeta. Enquanto o restante brinca com a tecnologia e brinca realmente de desenvolver novas espadas – espadas mais leves, espadas mais rápidas, mas ainda espadas –, nós vamos entrar no transumanismo divino.
É por isso que vocês ficam. É por isso que vocês escolheram estar aqui no planeta. Esse é o potencial sobre o qual falei antes.
Vocês estão deixando pra trás seu legado. Por quê? Porque, bem, que diabos, vocês são criadores, porque vocês podem. O legado da verdadeira mudança, um potencial para os outros, se eles escolherem dar continuidade a ele.
Vamos respirar bem fundo neste dia.
Se vocês realmente entendem ou sentem isso neste momento, o que fizemos hoje foi ousado, e vamos continuar assim.
Vamos respirar bem fundo.
E eu quero deixar uma marca na sua mente, na sua consciência, uma impressão da ousadia, para que, quando vocês examinarem a própria vida e pensarem, bem, se estão realmente prontos para uma ousadia verdadeira, se estão realmente prontos pra deixar a estagnação e o tédio da vida, quero que imaginem a mim, de pé, na câmara papal, totalmente nu. E, momentos antes da entrada do Papa e sua entourage – eu estava meio assustado, tenho que admitir, mas – respirei fundo e disse: “Tudo está bem em toda a criação.”
E assim é.
Obrigado. Obrigado. [Aplausos da plateia] Que tal a minha música de fanfarra enquanto eu saio. Obrigado. Obrigado.
[Toca a música de fanfarra.]
LINDA: Então, com isso... Tanta coisa neste episódio de Adamus Saint Germain aqui conosco na série do transumano. Obrigada por estarem aqui. [...] Não consigo nem fazer mais respiração [...] porque estou cega sem conseguir esquecer aquela imagem de Adamus Saint Germain n’A Roupa Nova do Imperador. Oh, meu Deus! Isso é torturante! Assim, Adamus sempre nos conduz a um novo nível de tantas formas. Obrigada, Geoffrey Hoppe, por canalizar Adamus Saint Germain. Acho que... obrigada, Adamus, pelos tantos presentes neste Shoud. Nós voltaremos, direto da Alemanha, em... qualquer que seja o dia do primeiro sábado de junho... 3 de junho. E voltaremos aqui, em Coal Creek Canyon, em julho. Nós falaremos do dever de casa. [...] Então, por favor, obrigada por estarem aqui. Gostamos muito. [...] Novamente, obrigada a todos por estarem aqui. [...] Um agradecimento especial a esta plateia ao vivo pela participação. Obrigada. Obrigada a todos por nos escutarem. Obrigada. Muito obrigada. [...] Obrigada.
Tradução de Inês Fernandes – mariainesfernandes@globo.com
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