OS MATERIAIS DO CÍRCULO CARMESIM

 

Série das Asas

 

SHOUD 11 – Apresentando ADAMUS SAINT GERMAIN, canalizado por Geoffrey Hoppe

 

Apresentado ao Círculo Carmesim
em 7 de julho de 2018
www.crimsoncircle.com

 

  

 

Eu Sou o que Sou, Adamus of Saint Germain.

 

Vamos respirar bem fundo juntos enquanto começamos este último Shoud da Série das Asas. Ah! A energia aqui com todos vocês está muito rica hoje.

 

Estou vindo um pouquinho mais como Saint Germain do que o normal. Vejam, Adamus é – como explicou Cauldre –, Adamus é Saint Germain e todos vocês, Cauldre, Linda, todo mundo. Ocorreu uma interessante atuação da consciência para se criar Adamus. Precisava ser algo que não fosse muito semelhante ao velho Saint Germain. Que serviu a um propósito. Muitas informações excelentes, muitas e muitas décadas atrás. Muitas pessoas ainda o leem, ainda o seguem. Mas, para os Shaumbra, eu tive que projetar algo um pouco diferente, com um pouquinho mais de tempero, um pouquinho do que vocês chamam de energia pirata, algo um pouquinho irreverente. Do contrário, vocês todos teriam caído no sono. [Algumas risadas] E não queremos isso.

 

Vejam, quantas coisas da Nova Era que vocês faziam no passado realmente não davam sono? Muito sono. Na realidade, pediam muito a vocês que fechassem os olhos. Nós não fazemos isso aqui. Olhos abertos. Olhos bem abertos pra que vocês possam ver exatamente pra onde estão indo, pra que vocês possam estar na experiência. Mesmo quando consideram um dia ruim, um dia horroroso, é uma experiência e tanto! E que histórias vocês vão ter pra contar no Clube dos Mestres Ascensos!

 

Assim, Adamus foi uma atuação da consciência cuidadosamente produzida e, algum dia, algum dia, nós simplesmente vamos explodir com Adamus. É isso. Nenhum Adamus mais. Vocês não precisarão dele. O mundo não precisará dele, porque as pessoas terão vocês em vez de Adamus. Mas que bela temporada estamos passando juntos. Ainda temos um caminho a percorrer. Que bela temporada estamos passando juntos com esta atuação da consciência conhecida como Adamus.

 

Assim como pra mim, Saint Germain, provavelmente, tem sido mais divertido – definitivamente, tem sido mais divertido – do que qualquer outro personagem, incluindo meus personagens shakespereanos. É sério, porque este personagem que representa todos vocês, junto comigo, é mais do calor do momento, é mais engraçado, é mais provocador, mais profundo. Ah, tem sido incrível. Vai ser difícil, em algum momento, largar esse personagem que todos nós estamos representando, o personagem Adamus. Mas, nesse ínterim, temos algumas coisas a fazer. Temos trabalho a fazer.

 

 

A Nova Série

 

Vejam, estamos terminando a Série das Asas. Asas, emergindo do casulo, preparando-se para voar, se tornando uma borboleta. Vamos entrar em nossa próxima série no mês que vem. As coisas vão mudar. A dinâmica energética vai mudar pra vocês, pra mim. Vou chamar a próxima série de... e levou um tempinho, eu tive que fazer umas consultas no Clube dos Mestres Ascensos. Por sinal, alguns se perguntam: “Existe mesmo esse lugar?” Existe, sim. Existe. É onde, ah, mais de 9.700 de nós nos reunimos. Todos estivemos na forma humana antes. Sabemos como é. Nós nos reunimos pra conversar, compartilhar, beber muito sem ficar de ressaca, fumar charutos ruins e charutos bons. Mas, sim, existe esse lugar, e não levará muito tempo pra vocês estarem lá também, estarem nesse Clube dos Mestres Ascensos.

 

Mas, planejando o futuro, examinando o que vem em seguida, eu arranjei um nome para a próxima série. Conversei com alguns Mestres Ascensos e alguns ficaram, de fato, um pouco chocados, usar essa terminologia para nossa próxima série de Shouds, dizendo: “Vocês estão realmente prontos? Será que estão realmente prontos?” E eu disse: “Bem, certamente. Com certeza, eu sinto dessa forma.”

 

Disseram: “Mas, Adamus, parece que muitos Shaumbra querem continuar trabalhando e se esforçando nas coisas.” [Algumas risadas] “Querem continuar a busca, essa procura.” Eu disse: “Sim, é verdade, mas nós não vamos deixá-los fazer isso, porque já tem Shaumbra suficiente chegando à Realização.” De bocado em bocado talvez. Grandes Realizações num dia e, no dia seguinte, afundam, é claro. Mas há um número suficiente que está chegando lá. Há Shaumbra suficientes que, de fato, estão fazendo a passagem agora para o outro lado, que... E o número, acho eu, não é uma coincidência. Nestes dias, 144 Shaumbra fizeram a passagem e permitiram sua iluminação. Não permaneceram no corpo físico nem se arrependem disso, realmente. Digo, eles meio que queriam estar aqui no corpo físico, mas, quando chegam naquele ponto de Realização, particularmente no leito de morte, não há, de fato, nenhum arrependimento de não ficarem aqui.

 

Mas chegamos nesse ponto. Temos massa suficiente, massa crítica suficiente naquilo que estamos fazendo. Nós estamos prontos. Mesmo o meu mensageiro, meu canalizador, Cauldre, chegou a me questionar, acreditem ou não, perguntando: “Você vai mesmo usar esse nome? Será que estamos realmente prontos?”

 

Eu devolvi a pergunta pra ele: “Você está pronto, meu caro?” Ficou meio chocado. E, então, vejam, como é típico de muitos de vocês quando pegam o microfone, eu perguntei a Cauldre: “Você está pronto?” E sabem o que ele fez? Ele disse: “Vou ter que pensar sobre isso. Vou pensar.” E tudo que eu precisava era de um sim ou um não, mas “vou pensar sobre isso”. Não soa como [alguém diz “eu não sei”] “eu não sei”? [Risadas] Não soa como muitos de vocês? Está aqui. Está pronto. Então, eu vou chamar a nova série de Série Emergindo.

 

Vejam, vocês afundaram, por assim dizer, em ciclos de vida neste planeta. Vocês vieram das esferas angélicas, mergulharam neste planeta, Gaia – bem, ela está partindo agora, enfim, mas vocês mergulharam aqui – para assumir um corpo físico, algo que não é nada natural. Vocês se acostumaram a isso depois de sabe-se lá Deus quantos bilhões de anos. Vocês meio que ficaram acostumados ao corpo físico, mas ainda assim não é algo natural. Vocês conhecem as peculiaridades, as idiossincrasias do corpo. Vocês sabem que ele fica doente, solta pum e faz coisas assim. [Algumas risadas] Mas não é algo muito natural. Jamais era pra se tornar um estado natural. E ainda bem que vocês estão mudando isso agora.

 

Mas vocês submergiram aqui. Meio que começaram aqui [indicando o topo de um círculo] e mergulharam no planeta [fazendo a volta, descendo nesse círculo], começando a passar por uma existência atrás da outra, sem qualquer motivo além da experiência. Nenhum teste. Não se trata de tentar obter favores de Deus, porque Deus não quer saber. Essa é a beleza de Deus, que eu descobri muito tempo atrás. Deus não liga a mínima se... Estou dizendo isso pra sacudir vocês, mas ele não liga. Ele não liga. Essa é a boa notícia. Se vocês não entenderem isso agora, entenderão depois. Simplesmente, não importa.

 

Mas, enfim, vocês vieram pra cá e passaram por todas essas existências só pela experiência. Só isso. Não pra obter mais poder, não pra ser um tipo de Deus por direito. Nada disso, só pela experiência. E, então, vocês meio que chegaram ao fundo e começaram a trabalhar numa forma de subir... de sair desse círculo de existências. Vocês passaram pelo despertar e todo o resto, e agora – que é onde estamos – fecham o círculo, emergindo dos estados não naturais, emergindo do corpo físico, emergindo das limitações da mente, emergindo das velhas identidades, com suas belas histórias, mas emergindo além delas agora.

 

Assim, estou chamando nossa próxima série, que se inicia no mês que vem, de Série Emergindo, e a pergunta, de novo, dos Mestres Ascensos e de Cauldre: Será que estamos realmente prontos? Ou seja, este é o momento para a Realização? E a resposta é definitivamente um sim. Sim. Por que estender mais isso? Por que deixar pra depois? Tem gente suficiente de vocês já chegando à Realização. Pode-se dizer que tem antigravidade suficiente em ação no momento. Tem gente o suficiente que está... que não está mais em cima do muro. Vocês estão abrindo caminho para a Realização. E eu posso chegar e empurrar vocês, se for preciso.

 

Por que esperar mais tempo? Por que continuar pensando sobre isso? Por que continuar trabalhando nessas coisas? Algumas das questões, algumas das coisas que ficam no caminho de vocês nós vamos exterminar aqui. Simplesmente, vamos exterminá-las. E preciso dizer agora mesmo que a maior coisa que fica no caminho de vocês são vocês mesmos. [Adamus ri.] O eu humano. E vamos nos divertir quando o exterminarmos. Vamos nos divertir quando o tirarmos do caminho. Essas coisas são como pedregulhos na estrada, meio que impedindo o fluxo natural. Nós vamos explodir todos eles. O humano ficará bem no processo. O humano, de fato, secretamente, talvez não tão secretamente, espera que a gente o extermine.

 

E o humano, de certa forma, fica gritando: “Ah! Você não pode exterminar as coisas. Não deveria falar assim, Adamus! Explodir tudo, e paz, amor e alegria.” Eh, nós vamos exterminar tudo isso, e o humano vai ficar muito agradecido, porque o humano está lá sentado observando esses pedregulhos na estrada há muito tempo, se perguntando sobre os pedregulhos na estrada: “Por que os pedregulhos estão lá? O que os pedregulhos estão tentando me dizer?” [Risadas] “Talvez, se eu contatar outras pessoas com pedregulhos, nós possamos todos conversar sobre os pedregulhos na estrada.” [Mais risadas] E nada acontece.

 

Falta tão pouco agora. É, na verdade, meio assustador, de certo modo, mas, de outro modo, é meio divertido. Mas, a partir da nossa próxima série, vamos fazer isso. Nova vida, emergindo, deixando pra trás todo esse lixo que fica pendurado pelo caminho. Chegou a hora.

 

Eu sei... Sintam as energias aqui, um instante, na sala, on-line. Sintam as energias.

 

[Pausa]

 

Quando digo que vamos entrar na Série Emergindo: “Ah, droga! Ah, sim! Ah, droga! Ah, sim! Ah, droga!” [Algumas risadas] “Será que estamos realmente prontos? Sim, estamos. Eu acho que não.” [Mais risadas] É um conflito interessante, se vocês olharem de fora e sentirem isso um instante. E, depois, é claro, o humano: “O que vai acontecer?” E o Mestre: “Quem liga?” [Algumas risadas] E o Eu Sou diz: “Ei, entre na sua criação.” É isso. Só isso. Não importa o que acontece. Emergir trata realmente de entrar na sua criação. Não na criação de Deus. Na verdade, Deus realmente não cria. Não, Deus não cria. Isso é falso. Vocês vão entrar em suas criações conscientes, então, vocês se preocupariam com o quê? Quero dizer, é de vocês, com a sabedoria do Mestre, a consciência do Eu Sou. É isso que estamos fazendo agora, emergindo.

 

Se houver alguma coisa com que... não com que se preocupar... mas da qual estar consciente, qualquer coisa enquanto chegamos à Realização, é que isso vai separá-los da consciência de massa, separá-los de outras pessoas, mais do que nunca. Vai fazê-los se sentir mais diferentes do que nunca, talvez vai tornar mais difícil lidar com algumas coisas. Mas isso se abranda depois de um tempo, e vocês descobrem que estão, ah, Permitindo totalmente. Cauldre ia dizer “em paz”, mas não quero usar essa palavra.

 

Vocês estarão Permitindo tanto, através de si mesmos, do humano, do Mestre, do Eu Sou que, em breve, as outras pessoas não vão... não vão incomodar tanto vocês. Alguns de vocês se tornaram altamente sensíveis a barulhos, à energia dos outros, a estar numa cidade grande, ao ar, a tudo ao redor, às energias invisíveis que estão em toda parte, seja vindo de um celular, de um canal de TV ou simplesmente dos ruídos. Vocês se tornaram realmente muito sensíveis a essas coisas, mas isso se acalma, porque vocês percebem lá no fundo, não apenas mentalmente, mas realmente percebem: “Isso não pertence a mim. Nada disso é meu.” E vocês podem passar a aceitar essas coisas sem que elas precisem atormentá-los. Vocês não têm que lutar contra essas energias e a sua sensibilidade. De repente, elas passam direto por vocês e é assim: “Ah, estou consciente de que elas estão lá. Estou consciente de que a energia dos outros pode, às vezes, ser muito terrível. Estou consciente, mas ela não pertence mais a mim. Não é minha.”

 

Então, vocês percebem, depois disso, vejam bem, que, de vez em quando, talvez sintam falta do drama, e o drama é meio divertido, às vezes, de vez em quanto. Vocês talvez percebam isso e digam: “Estou realmente sentindo falta de um bom drama.” Tipo, se vocês estiverem controlando o que comem – coisa que não deveriam fazer, mas se estiverem controlando o que comem –, vai ser assim: “Ah, só uma pizza. Dois meses que não como. Só uma pizza!” [Algumas risadas] Por que – não entendo – os humanos de qualquer lugar do mundo suplicam por pizza e batata frita? [Mais risadas] Eles adoram. Mas, de repente, vocês percebem: “Ah, eu posso comer pizza. Posso entrar no drama e brincar com isso um pouco.” Mas, enquanto Mestre, vocês percebem: “Estou só brincando com isso por divertimento e pela experiência, mas não tem a ver comigo.”

 

Assim, se houver algo especial com relação a vocês estarem emergindo, é que se sentirão um pouquinho mais distantes das outras pessoas, da consciência de massa, por um tempo, e isso é bom. Isso é bom. Vejam, na verdade, tem levado muito, muito tempo pra chegar lá. Em outras palavras, vocês realmente gastaram existências se sentindo como forasteiros, existências se sentindo que até a família biológica de vocês não era realmente a de vocês. Vejam, quantos se perguntaram se não eram adotados? Quantos desejaram que tivessem sido adotados? [Algumas risadas] Mas foram existências sentindo essa energia “forasteira”. E, vejam, um dos maiores desafios que Tobias enfrentou ao trabalhar com vocês foi fazer com que vocês parassem de tentar se enquadrar. Não dá certo. Vocês não vão conseguir. Mas vocês tentaram assim mesmo, fazendo muitas coisas diferentes. Ah, quantos casamentos por aí não são vocês tentando se enquadrar e ser uma pessoa normal? E não deu certo. E agora eu acho que vocês podem aceitar isso a esta altura. Vocês podem deixar isso ir.

 

Então, haverá um pouco mais de um certo mal-estar por ficar com outras pessoas, por ficar na energia da consciência de massa, mas depois isso vai se abrandar – realmente se abrandar –, e não estamos falando de 20 anos pra isso acontecer. Num período de tempo muito curto, isso se abranda e vocês passam a sentir tamanha aceitação pelos outros, sem sentirem pesar por elas. Passam a sentir o humor, sem rirem na cara delas. Passam a sentir humor. Primeiro, mesmo inicialmente, alguns de vocês vão dizer: “Ah, eu queria pegar essas pessoas, sacudi-las e dizer que o fundamental é permitir e respirar. Isso é que é fundamental. [Algumas risadas] E, então, vocês vão sorrir pra si mesmos e perceber que isso não faria nenhum bem. Elas estão na jornada delas. Quando estiverem prontas, se um dia estiverem prontas, elas virão até vocês ou até alguém como vocês e, ah, nos piores momentos, nos momentos mais desesperadores, na escuridão mais pesada, quando tudo na vida delas estiver desmoronando – vocês sabem como é –, elas virão até vocês e perguntarão: “O que é isso? O que é isso? Eu vi essa mudança ocorrer na sua vida, o que você fez? Foi uma água sagrada que você bebeu?” [Adamus ri.] “Ou foi uma música sagrada que você escutou?” Vocês sabem como é.

 

E, então, vocês param, respiram fundo e percebem que é realmente muito simples. Vocês vão olhar pra trás, para a própria jornada, e ela é realmente muito simples. Mas vocês a tornaram complexa. É realmente linda, mas vocês sempre olharam para o lado sombrio da sua Realização ou do caminho para a Realização.

 

E isso é meio engraçado, porque... trabalhar com vocês é assim, às vezes, particularmente quando Tobias trabalhou com vocês. Ah! Era uma queda de braço diária. E o abuso infligido a nós dois, as palavras com que nos xingavam, além da raiva, da intolerância e... Mas nós respiramos bem fundo e sorrimos, porque sabíamos que vocês chegariam aqui. É uma jornada natural. Sabíamos que vocês chegariam neste ponto. Eu continuava repetindo as coisas indefinidamente. Eu repetia as coisas que Tobias dizia por anos a fio. E repetia: “E e Permitir. E e Permitir.” Agora, enfim, está acontecendo. Estamos aqui, Emergindo.

 

Vai ser interessante. Em nossos encontros, nossos Shouds, quando nos reunimos assim, vai haver uma certa reviravolta, porque não se tratará de ficar tentando arrancar as velhas questões de vocês, mas será sobre... bem, é um novo jeito de viver, o modo como vocês estão fazendo a coisa, o que está acontecendo. E ainda terá um resíduo do passado. Ainda haverá momentos em que a sedução, a gravidade, vai tentar puxá-los de volta para essas velhas maneiras. Vejam, não vamos combater isso. Vamos apenas observar isso com grande sabedoria e humor.

 

Sabedoria e humor eu diria que é pra onde vamos, na Série Emergindo. Essas são qualidades que Kuthumi tem – sabedoria e humor. Se vocês pudessem imaginar um instante a vida de vocês mais adiante, com sabedoria e humor... e a energia servindo vocês, mas com sabedoria e humor... que ótima maneira de se viver. Ser sábio e engraçado, ao mesmo tempo. Muito impressionante.

 

Assim, tudo isso está acontecendo. É incrível. Parece tão... às vezes, alguns de vocês acham que está acontecendo rápido demais. Tudo isso acontecendo enquanto o planeta está mudando. Vejam, eu falo sobre as mudanças planetárias... outros falam bem mais sobre isso do que eu, mas eu falo sobre as mudanças planetárias no nível da consciência humana, no planeta, no nível verde do planeta. Muitas pessoas ainda negam – elas negam –, não as Shaumbra necessariamente, mas as pessoas em geral, elas negam o que está acontecendo. Elas não querem que essas mudanças ocorram. As mudanças estão em toda a volta, estão acontecendo todos os dias e estão acontecendo cada vez mais rápido. Muitas pessoas meio que se escondem em suas conchas, em seus lares, em seus trabalhos, em suas velhas maneiras. Não querem que as coisas mudem. Querem que as coisas permaneçam como eram. Que fiquem talvez só um pouco mais fáceis, um pouco melhores, mas basicamente iguais. E isso é impossível. Muitos vão ignorar todas as mudanças que estão acontecendo no mundo, que estão ocorrendo mais rapidamente do que nunca, do que jamais estiveram.

 

Pode-se ter a tendência, uma vez ou outra, de não se querer as mudanças no planeta, de manter tudo como era. Mas não vai ser assim. Não vai ser algo ruim nem vai ser algo bom. Vai apenas ser. É só algo mudando.

 

A questão é que vocês passaram por todas essas mudanças. Vocês realmente conduziram a consciência para muitas dessas mudanças. Agora, isso está acontecendo no mundo, e logo as pessoas vão ter que realmente acordar e perceber que o mundo que elas conheciam, o mundo em que passaram tantas existências de experiência, ele está mudando rapidamente. Não só porque Gaia está partindo, mas por causa da tecnologia. E, mais do que isso, pela consciência das pessoas. É isso realmente que está mudando as coisas, a consciência das pessoas. O que realmente vai mudar o planeta são pessoas como vocês que estão escolhendo ficar aqui encarnadas, realizadas, sem saírem por aí pregando, tentando converter os outros, sem pegarem bicicletas e ficarem batendo de porta em porta, mas simplesmente estando em sua radiância. É isso, simplesmente estando em sua radiância. É isso que está causando mais mudanças.

 

Vejam, falei sobre isso muitos anos atrás no que chamam de Salto Quântico (Quantum Leap). Falei sobre todas as mudanças ocorrendo no planeta na medicina, na tecnologia, nas finanças, na indústria manufatureira, na energia, em tudo, e é tudo por causa da consciência. Não estaria acontecendo se não fosse pela consciência, não apenas de vocês, mas de muitos humanos pelo planeta.

 

Assim, vamos respirar bem fundo com isso.

 

Vamos entrar na Série Emergindo. Eu gostaria que o vídeo de abertura fosse bem bonito. A Série Emergindo é o que estamos fazendo. É o que estamos fazendo.

 

E foi preciso uma boa faxina na casa também. Tivemos que nos manter focados. Os que iam realmente, realmente, realmente permitir sua Realização encarnada tiveram meio que enxotar os outros, porque eles... bem, serei muito sincero aqui. Eles estavam só se aproveitando da energia. Estavam na aba do trabalho e da dedicação que vocês têm aqui. Estavam tentando se aproveitar das energias, e tivemos que pedir que fossem embora; e eles foram. Então, agora, nos próximos anos, vocês, outros Shaumbra, eu, nós vamos ficar muito... focados não é bem a palavra certa... Nós vamos entrar muito na experiência. Haverá clareza sobre o que estamos fazendo nos próximos anos. Depois disso, observem. Vai ser um jogo totalmente diferente por aqui. Nos próximos anos, vamos ter esse grupo estreito, unido, com muita clareza sobre o que estamos fazendo e o que estamos vivenciando. Ótimo.

 

Respirem bem fundo com isso.

 

 

Sabedoria dos Shaumbra

 

Agora, Linda no microfone, por favor, porque, bem, é uma das minhas coisas prediletas. É aquela hora em que temos a Sabedoria dos Shaumbra. Linda no microfone, por favor.

 

[Passa a chamada da Sabedoria dos Shaumbra; algumas risadas]

 

Certo. Microfone ligado?

 

LINDA: Não. [Mais risadas]

 

ADAMUS: Seria tão constrangedor entregar a alguém o microfone e na hora em que a pessoa fosse compartilhar sua sabedoria... [Adamus finge falar sem emitir som.] Ótimo. Então...

 

LINDA: Por que está olhando pra mim?

 

ADAMUS: Porque você está segurando o microfone.

 

LINDA: Eu, eu... Isso é com o controlador.

 

ADAMUS: Certo. Então, pergunta.

 

LINDA: Estou apenas em serviço.

 

 

~ Primeira Pergunta

 

ADAMUS: No final do nosso encontro do mês passado, falamos uma coisa. Eu disse: “Vocês sabem o que está acontecendo. Tem essa energia, essa dinâmica. Vejam, estamos nos aproximando cada vez mais da verdadeira e pura Realização, e que diabos? Por que as coisas meio que estão desmoronando? Por que parece que vocês dão dois passos pra frente e cinco pra trás? Por que é assim?” Eu disse: “Bem, vocês estão se testando.”

 

Não é o Espírito que está fazendo isso. Nada está fazendo isso. Vocês estão se testando, e é um fenômeno não natural, que é natural, ocorre com todos os Mestres Ascensos. Vocês passam um período de realmente ficarem se testando. E vocês nem sequer têm consciência disso, mas vocês ficam se testando. Vocês estão tão próximos dessa Realização que quase conseguem sentir o gosto que ela tem. Vocês têm vislumbres disso aí. Vocês têm uma experiência ou talvez muitas experiências. Vocês têm muitos momentos “a-há” e sabem, simplesmente sabem que a coisa está aí. Vocês quase sentem o cheiro dela. Vocês quase podem tocá-la. É tão real que chega a entrar nos sonhos de vocês. E o que está acontecendo nos sonhos de vocês, neste momento, é a sabedoria do Mestre chegando e colocando sabedoria em muitas coisas que estavam meio que presas lá no fundo. Então, isso vem até no estado de sonho pra limpar um monte de lixo. E eu sei que os sonhos são muito desconfortáveis nesses dias e parece que seguem indefinidamente, porque vocês estão presos a essas questões há uma infinidade de tempo. Mas são vocês se testando. É algo que todos os Mestres Ascensos fazem antes da Realização. Quando eles percebem que a Realização está quase aqui, a percepção da Realização faz com que eles se testem.

 

Então, eu disse no mês passado: “Vou me afastar. Vou dar um tempo.” Na maior parte do tempo, eu estou em volta de todos vocês – na maior parte do tempo. Temos longas conversas, às vezes, e eu sei que, de vez em quando, vocês ficam putos comigo, mas tudo bem. É pra isso que eu estou aqui. Mas eu me afastei pra que vocês tivessem que lidar consigo mesmos e seus testes.

 

Então, a pergunta... e farei várias perguntas de Sabedoria dos Shaumbra hoje. A pergunta é: Como vocês estão se testando? O que vocês estão fazendo na vida pra se testarem? Linda, por favor.

 

LINDA: Eca! [Ela fala com Stephan.] Tire a mão do pé. Eca!! [Algumas risadas]

 

ADAMUS: Certo. Precisamos de alguns... como dizem?... lenços umedecidos para a Linda e para o microfone, por favor, sim?

 

STEPHAN: Tarde demais.

 

ADAMUS: Por favor, não mexam no pé antes de receberem o microfone. [Risadas]

 

STEPHAN: Agora ele é meu.

 

ADAMUS: [rindo] Sim?

 

STEPHAN: Como eu...

 

ADAMUS: Como você está se testando?

 

STEPHAN: Não estou consciente de que eu tenha me estado no mês passado.

 

ADAMUS: Certo. Você não tem que estar se testando, mas vamos apenas entrar no jogo, aqui.

 

STEPHAN: Claro.

 

ADAMUS: Eu chamo isso de Atuação da consciência. E se você estivesse se testando, o que estaria fazendo? Vamos apenas jogar um jogo.

 

STEPHAN: Certo.

 

ADAMUS: O que você estaria fazendo?

 

STEPHAN: Bem, sabe como é, quando se tem algo novo, um novo programa de computador ou o que for, você quer ter certeza de que ele funciona direito.

 

ADAMUS: Claro.

 

STEPHAN: Então, você faz todos os tipos de testes pra tirar as dúvidas e tudo mais.

 

ADAMUS: Claro, você roda testes no software. Mas e quanto a sua vida? Você está rodando testes, como esses testes de software, na sua vida?

 

STEPHAN: Bom, de certa forma, posso imaginar que é como querer fazer... você quer se livrar das incertezas.

 

ADAMUS: Ha-ham. Ha-ham. Certo, certo. Então, como você testa isso – em si mesmo?

 

STEPHAN: [pensando] Bem, é uma boa pergunta. [Eles riem.]

 

LINDA: Ahh! Isso é...

 

ADAMUS: Hello! Claro que é uma boa pergunta.

 

STEPHAN: É uma boa pergunta.

 

ADAMUS: É, e a resposta sempre pode ser: “Ainda preciso conceber a resposta.” [Risadas]

 

STEPHAN: Exatamente.

 

ADAMUS: Ou seja: “Eu não sei.” Mas, ao menos, você não disse essas palavras. Então, se testar. Finja por um instante.

 

STEPHAN: Então, se eu fosse me testar...

 

ADAMUS: Sim, isso. Como seria?

 

STEPHAN: Como eu faria isso?

 

ADAMUS: É. Ha-ham. E você está fazendo isso agora mesmo, por sinal.

 

STEPHAN: Certo.

 

ADAMUS: É.

 

STEPHAN: Eu acho... A coisa a ser testada?

 

ADAMUS: É.

 

STEPHAN: Depois, percebe-se, no fim, que é algo inútil.

 

ADAMUS: Sim, sim.

 

STEPHAN: É tipo...

 

ADAMUS: Vou ser direto, porque, do contrário, isso vai se estender toda vida, porque...

 

STEPHAN: Eu sei.

 

ADAMUS: ... isso é você se testando. Falta de clareza: “Não estou certo de onde estou indo, do que vou fazer. Não vou me comprometer. Não vou... não quero...” Falta de clareza. Então, você fica constantemente se testando pela falta de clareza.

 

STEPHAN: Ha-ham.

 

ADAMUS: Não, tipo o que você está fazendo no microfone agora. E...

 

STEPHAN: Está claro. É. [Eles riem.]

 

ADAMUS: Bem, está claro pra você que falta clareza pra você. Em outras palavras, é um grande teste pra si mesmo. E sem querer implicar com você, mas implicando... porque, se está sentado nestas cadeiras, vou implicar. Não, e não tem nada que sentir culpa. É tipo, veja, o teste é permanecer sem clareza.

 

STEPHAN: Tá.

 

ADAMUS: É. “Posso continuar sem clareza?” E, então, você acorda alguns dias e dizem: “Eu queria ter as respostas. Eu queria que elas viessem. Eu queria que o saber estivesse lá. Eu queria ter a visão de todas essas coisas. Ehh, vou voltar para a falta de clareza.” Isso é um tipo de teste. É quase um teste às avessas.

 

STEPHAN: Certo. Digo, essas situações acontecem e, então, de repente, a clareza está lá. É, tipo... alguns dias se passam...

 

ADAMUS: Então, por que você volta para a falta de clareza?

 

STEPHAN: Para a falta de clareza?

 

ADAMUS: É. Por que você volta pra ela? Você não tem que voltar.

 

STEPHAN: Bem, faz parte da condição humana, eu acho.

 

ADAMUS: Não, não faz.

 

LINDA: Hummm.

 

ADAMUS: Não, não faz. Hu-hum. Não. Faz parte talvez da sua experiência humana.

 

STEPHAN: Certo.

 

ADAMUS: Mas não é uma regra. Já verifiquei as regras de ser um humano. Não dizem que você tem que ter falta de clareza.

 

STEPHAN: Mas, pelo histórico, ainda temos resíduos.

 

ADAMUS: Então, é um grande teste pra si mesmo voltar para a falta de clareza.

 

STEPHAN: Certo.

 

ADAMUS: E ver se consegue esclarecer a falta de clareza e deixar tudo claro.

 

STEPHAN: E sentir orgulho disso.

 

ADAMUS: É. E isto não é uma crítica, é uma observação. Muitos de vocês fazem isso. Tipo: “Vou ficar na falta de clareza por um tempo.” É um tipo estranho de teste. Você quer ter clareza?

 

STEPHAN: Sim.

 

ADAMUS: Ótimo. Isso ficou claro. Ótimo. Ótimo. Então, pare de se testar com a falta de clareza.

 

STEPHAN: Tudo bem.

 

ADAMUS: Isso. É isso.

 

STEPHAN: Fácil.

 

ADAMUS: “Fácil”, ele diz. [Eles riem.]

 

STEPHAN: Obrigado.

 

ADAMUS: Obrigado. Como você está se testando? Como vocês têm se testado? [Risadas, quando Linda usa o lenço umedecido no microfone.]

 

STEPHAN: Eu lavei meus pés. Estão limpos! Meus pés estão limpos!

 

ADAMUS: Ou cutucando o nariz! [Mais risadas]

 

LINDA: Bpptt! [fingindo bater na cabeça da Alice]

 

ADAMUS: Linda, você... [Linda se exalta quando Alice finge fazer algo sugestivo com o microfone.] Linda, você tem que usar luvas...

 

LINDA: Vou arranjar... É, eu vou!

 

ADAMUS: Luvas de vinil.

 

LINDA: Preciso de uma luva de vinil.

 

ADAMUS: É, sim, sim.

 

LINDA: Isso já foi longe demais. [Alice finge esfregar o microfone nas axilas.] Oh! [Risadas] Eu vou...

 

ADAMUS: Ei, somos todos família! [Adamus ri.]

 

LINDA: Blaagh!

 

ADAMUS: Somos todos família! Então, como você está testando a Linda? Digo, como você está se testando? [Mais risadas] Como você está se testando?

 

ALICE: É, eu estava pensando nisso enquanto Stephan falava. Eu teria dito a mesma coisa de início, que não acho que estou me testando.

 

ADAMUS: É sério?

 

ALICE: Mas espere.

 

ADAMUS: Tá, tá, tá.

 

ALICE: Espere. Espere. No mês passado, provavelmente por causa do Keahak e do que fizemos aqui, eu senti bastante a Realização.

 

ADAMUS: Sei, tá.

 

ALICE: E, às vezes, também não sinto. E quando não sinto, eu digo: “Como é que pode?” Então, é, ah, por que não consigo sentir sempre? E, depois, recebo a resposta de mim mesma. É porque ainda é algo muito intenso quando acontece, para o corpo, o corpo humano.

 

ADAMUS: Certo.

 

ALICE: E, então, se estou me testando, é quase como testar dar um passo para a Realização e ficar: “Aah! Haah! Isso é forte. Uff! Vou voltar.”

 

ADAMUS: Sei.

 

ALICE: Então, pra mim... Não sei se isso faz sentido.

 

ADAMUS: Claro. É quase como colocar a ponta do pé na água antes de entrar de corpo inteiro.

 

ALICE: Ha-ham.

 

ADAMUS: É um grande medo que você tem, como também muitos outros – biologia. “O que isso vai fazer com o meu corpo?”

 

ALICE: Certo. É isso mesmo.

 

ADAMUS: Veja, você está bem na sua mente, no seu equilíbrio mental.

 

ALICE: Ha-ham. Ha-ham.

 

ADAMUS: Mas: “Que diabos, será que isso vai me matar?”

 

ALICE: Ha-ham.

 

ADAMUS: Com um ataque cardíaco? Uma doença? Algo assim. Você foi uma profissional da medicina e você entende as idiossincrasias do corpo, então, é, de fato, meio assustador. Teria sido melhor desaprender todas essas coisas médicas, veja bem.

 

ALICE: É, sem brincadeira. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Mas isso é um grande... Você está se testando: “Vou testemunhar isso um pouquinho, depois, vou voltar atrás. Ainda estou viva?”

 

ALICE: Isso.

 

ADAMUS: “Peguei uma doença?”

 

ALICE: É isso mesmo.

 

ADAMUS: Então, sim.

 

ALICE: Com certeza. Na mosca.

 

ADAMUS: Mas digamos... Pode-se dizer que seu corpo leva muitos socos com tudo isso, mas, na verdade, ele leva mais socos cada vez que você para, começa, para, começa.

 

ALICE: Hum.

 

ADAMUS: E se você simplesmente entrasse de cabeça? Sem ficar se testando. E se, no pior dos casos, seu corpo esmorecesse?

 

ALICE: Sim. É. Eu digo isso para os meus filhos: “Qual é a pior coisa que pode acontecer? Vocês morrem. Voltam. Fazem de novo.”

 

ADAMUS: Não, não. Não é preciso voltar.

 

ALICE: Eu não quero voltar. [Ela ri.] É.

 

ADAMUS: Mas esse medo da morte é enorme, e é, bem, é um teste também, de certa forma, mas isso é outra história. Mas o medo da morte, se você superá-lo... você morre agora. Supere esse medo. Fizemos isso num de nossos encontros. Tire a morte do caminho. De certa forma, você está passando pela morte de qualquer jeito.

 

ALICE: Ha-ham.

 

ADAMUS: Digo, você vai passar por isso, quer goste ou não. Mas permita-se começar trazendo a nova biologia. Você conseguiu ter uma enorme sintonia com o entendimento da biologia num nível energético, não apenas médico. Mas você seria perfeita para entender essa dinâmica do que tem sido chamado de corpo de luz, que está chegando. E faça isso. Seja o exemplo.

 

ALICE: Sim. Sim. É, sim.

 

ADAMUS: Com a sua compreensão da medicina e da energia, seja esse exemplo. Traga isso e pare de se testar.

 

ALICE: Você captou.

 

ADAMUS: É. Ótimo.

 

ALICE: Ha-ham.

 

ADAMUS: Obrigado. Obrigado. Ooh! Aguardo ansioso por isso. É. Você só precisava de permissão. É isso. Você só precisava de... “Está tudo bem fazer isso. Vá em frente.” É. Mais pessoas. Como você está se testando?

 

ANDY: Ah, o teste, sim.

 

ADAMUS: O teste.

 

ANDY: Verdade, eu tenho duvidado mais de mim mesmo. Anos atrás...

 

ADAMUS: Bem, isso não é um teste.

 

ANDY: Tá. Bem, anos atrás, eu pensava: “Tenho que me livrar de todos os meus medos.”

 

ADAMUS: Certo.

 

ANDY: Com o tempo, “não tenho medo de nada”. E, então, você chegou e eu senti a pressão que você fez. [Adamus ri.] E... eu acho que tenho medo de mim mesmo. Acredito que eu tenha medo de ter sucesso.

 

ADAMUS: Certo. Por quê?

 

ANDY: Parece que...

 

ADAMUS: Então, você faz o engraçado que é, veja bem, você ter um pequeno sucesso e, depois... bum!... tudo – schwfffft! – acaba?

 

ANDY: Sim. Tenho umas imagens de vidas passadas que não foram muito agradáveis nem um sucesso.

 

ADAMUS: Você tem muito dinheiro na sua conta bancária?

 

ANDY: No momento, eu tenho algum, sim.

 

ADAMUS: Estou dizendo muito.

 

ANDY: Ohh, não muito, não.

 

ADAMUS: Tipo, hum, seis dígitos?

 

ANDY: Eh, talvez. [Risadas]

 

ADAMUS: Sete era o que eu ia dizer.

 

ANDY: Eh, bem, é, isso. Provavelmente...

 

ADAMUS: Certo.

 

ANDY: ... eu fiz algum dinheiro. Sim.

 

ADAMUS: Mas aonde quero chegar...

 

ANDY: Sei.

 

ADAMUS: ... é que [você tem] medo do sucesso, então, você se permite ter...

 

ANDY: Sim.

 

ADAMUS: ... o que eu chamaria de um conforto relativo, mas não muito. E isso se aplica não apenas a dinheiro. Eu estava usando isso como exemplo, mas...

 

ANDY: Sim, com tudo, porque...

 

ADAMUS: ... relacionamentos?

 

ANDY: Você se torna um alvo quando tem muito sucesso: “Ah! Bem, esse cara tem dinheiro. Vamos pegar um dinheiro dele. Esse cara tem um grande negócio, talvez eu possa arranjar um emprego com ele.” É assim...

 

ADAMUS: Esses são só aqueles de quem se ouve falar.

 

ANDY: Sim.

 

ADAMUS: Tem gente à beça por aí com muito dinheiro de quem não se ouve falar, porque essas pessoas não são... eu ia dizer “babacas”. [Linda se exalta.]

 

ANDY: Pode dizer. Tudo bem.

 

ADAMUS: Mas eu digo. Elas não são espalhafatosas. Veja, muitas pessoas realmente abastadas são pessoas muito tranquilas. Elas não disparam, energeticamente, um sinalizador pra deixar todo mundo saber. Elas estão permitindo a abundância na vida e não precisam fazer estardalhaço com isso. Só ouvimos sobre aquelas que são um alvo, porque elas querem ser; do contrário, não se colocariam sob holofotes nem soltariam fogos de artifício pra todo mundo vir atrás delas.

 

ANDY: Gostei. Obrigado.

 

ADAMUS: Pelo quê?

 

ANDY: Pelas informações.

 

ADAMUS: Ah, ótimo, ótimo.

 

ANDY: É um pensamento diferente.

 

ADAMUS: Então, você está se testando com, ah, pode-se dizer que é com o seu poder, seu sucesso, ser uma pessoa, e isso meio que acontece repetidamente. Vejo coisas referentes a relacionamentos junto com o que você disse.

 

ANDY: Sim. Ah, sim. É.

 

ADAMUS: É. Ah, sim! [Adamus ri.]

 

ANDY: É, sim, sim.

 

ADAMUS: Certo. Tá.

 

ANDY: Coisas picantes. [Algumas risadas]

 

ADAMUS: Sei, sei. Então, por que, Andy, por que você fica se testando assim?

 

ANDY: [pensando] Acredito que possa ser medo de mim mesmo.

 

ADAMUS: Tudo bem.

 

ANDY: Medo de ter sucesso.

 

ADAMUS: Tá. Mas será que a Realização não é uma forma, acho que você diria, de sucesso? Algo em que você vem trabalhando há tempos? Como você alcançar a Realização se tem medo de ter sucesso?

 

ANDY: Bom, eu gostaria de me livrar desse medo.

 

ADAMUS: Tá, tudo bem. Por que não se livra? [Algumas risadas]

 

ANDY: Talvez eu precise assistir àquele vídeo do “Stop it” de novo. [Algumas risadas]

 

ADAMUS: Seria bom.

 

ANDY: É, seria. Aquilo foi ótimo. Adorei.

 

ADAMUS: Mas, não, e a resposta é muito clara: porque você ainda curte isso. Do contrário, não seria assim. Essa é uma dessas coisas simples, do tipo “humor e sabedoria combinados”. Se você está passando por algo de que não gostaria de passar, provavelmente é porque você ainda gosta da coisa. Você ainda está tirando algo daí. Você ainda está obtendo alguma coisa. Então, vá lá – o que você ainda está obtendo com isso? – e depois acabe com isso.

 

ANDY: Sim. Sim. Talvez o conforto de... eh, como é o velho ditado? Melhor não trocar o certo pelo duvidoso.

 

ADAMUS: Isso. É. Sim. E não se trata de dinheiro nem de sucesso nem de nada disso, mas trata-se da Realização. E, se você tem medo de si mesmo, se você duvida de si mesmo, então, você vai aplicar isso à Realização.

 

Pare e observe os padrões energéticos na sua vida – relacionamentos, dinheiro – e você lutou com o dinheiro no passado e depois meio que ele veio mais facilmente. Relacionamentos, dinheiro, e seu corpo, sua biologia, que não é bem uma questão. Mas examine isso e então você pode ir além e dizer: “É isso que vou realmente fazer ao emergir. Vou testar isso. Vou aproveitar mais algumas coisas. Depois vou me punir e vou continuar precisando me esforçar pra isso.”

 

ANDY: Não gosto dessa ideia.

 

ADAMUS: Ótimo.

 

ANDY: Mas provavelmente é o que estou fazendo, hã?

 

ADAMUS: Provavelmente. Talvez. Não sei. Mas o ponto do último Shoud foi que é muito comum, quando a pessoa chega nesse ponto em que está emergindo, chegando à Realização, ela continuar se testando. E isso é o que segura muita gente – testes, testes e mais testes – “Será que mereço? Será que estou pronto?” E tem outra coisa: muitas pessoas gostam de pensar sobre tudo isso, mas não de fazer, de fato. Às vezes, o sonho é maior do que a realidade. Às vezes, as pessoas querem continuar sonhando com a iluminação, falar sobre ela e frequentar aulas e todo o resto, em vez de simplesmente fazer a coisa. E é o que estou tentando ressaltar aqui. É.

 

ANDY: Obrigado. É. Acho que sinto conforto no meu tormento.

 

ADAMUS: Sim. É. Ótimo. Até eu apontá-lo e agora ele ficar ainda mais evidente. [Eles riem.]

 

ANDY: Ficou melhor agora, é! Obrigado.

 

ADAMUS: Obrigado. Mais duas pessoas.

 

LINDA: Tudo bem.

 

ADAMUS: Mais duas. Como você está se testando? Ooh-ooh. [Adamus ri.]

 

MULHER SHAUMBRA 1: Ah, minha nossa! [Algumas risadas]

 

ADAMUS: O pior medo possível. [Mais risadas] Receber o microfone num Shoud.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Certo!

 

ADAMUS: Poderia se levantar também?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Oh, nossa.

 

ADAMUS: Isso. Posso pedir que venha ao palco, mas vamos deixar assim. Como você está se testando?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Humm. Não sei. Kelly, como estou me testando? [Ela ri.] Eu não sei, só... [Linda se exalta e a plateia faz “ohhh”.]

 

LINDA: Oooh! É a resposta do banheiro. [Alguém grita: “Ah, não!”] Ohhh!

 

ADAMUS: Você pode usar esta oportunidade pra ir ao banheiro.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Aii, ai, ai, ai. Está bem.

 

EDITH: Que ruim.

 

LINDA: Dê a ela outra chance.

 

ADAMUS: Entregue isso pra quem você não gosta. Entregue para alguém. [Adamus ri.]

 

LINDA: Bem em frente. Bem em frente. [Alguém diz pra ela ir só lavar as mãos.]

 

MULHER SHAUMBRA 1: Eu não conheço ela. [Então, ela entrega o microfone para Alaya.]

 

ALAYA: Eu?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim. [Mais risadas] Ah, minha nossa. Eu também podia ter previsto isso. [Algumas risadas]

 

ADAMUS: Dois minutos está bom. Se alguém puder...? E tem que ser no banheiro masculino. [Muitas risadas]

 

LINDA: Ohhh! Você não pode obrigá-la a ir no banheiro dos homens!

 

ADAMUS: Dois minutos está bom. Alguém vai lá e busca ela depois de dois minutos. Então, ótimo. Agora, você recebeu o microfone. Então, testando. Como você está se testando?

 

ALAYA: Eu me testo com o dinheiro.

 

ADAMUS: Com o dinheiro.

 

ALAYA: Tipo: “Bem, posso arcar com isso? Ou não posso arcar com isso?”

 

ADAMUS: Oh!

 

ALAYA: “Devo comprar?” Eu brinco um pouco com isso.

 

ADAMUS: É mesmo? As pessoas ainda fazem isso? Elas se preocupam se têm dinheiro?

 

ALAYA: Ha-ham.

 

ADAMUS: Uau! Uau, uau. Certo. Tá. Então, me dê um exemplo de algo que você fez recentemente, enquanto tentava se decidir se devia comprar um belo carro novo ou não.

 

ALAYA: Na verdade, comprar uma casa.

 

ADAMUS: Comprar uma casa. Está certo.

 

ALAYA: Ha-ham.

 

ADAMUS: É.

 

ALAYA: Comprar uma casa.

 

ADAMUS: Excelente.

 

ALAYA: Se eu devo...?

 

ADAMUS: Você comprou?

 

ALAYA: Não, ainda.

 

ADAMUS: Por quê?

 

ALAYA: Estou sentindo que preciso entrar numa espécie de limbo agora, preciso de mais liquidez, menos solidez. [Adamus ri.] Quero ter... [Risadas]

 

ADAMUS: Makyo! A-ham!

 

ALAYA: ... disponibilidade [no mercado de ações].

 

ADAMUS: O quê?!! O quê?!

 

ALAYA: Disponibilidade, sabe como é. Ter mais...

 

ADAMUS: Tudo bem. Tudo bem.

 

ALAYA: Não tão rígida.

 

ADAMUS: Vou dizer que essa é a sua porcaria de vida. [Ela ri.] Há quanto tempo você quer uma casa? Há quanto tempo é uma sem-teto?

 

ALAYA: Não sou uma sem-teto.

 

ADAMUS: Por quanto tempo você foi sem-teto?

 

ALAYA: Talvez uns seis meses.

 

ADAMUS: Tudo bem.

 

ALAYA: Ha-ham.

 

ADAMUS: Há quanto tempo quer uma casa?

 

ALAYA: Minha própria casa?

 

ADAMUS: Sim.

 

ALAYA: Desde que eu tinha uma casinha no quintal, quando eu era criança. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Certo, chegou onde eu queria que chegasse.

 

ALAYA: Adoro casas.

 

ADAMUS: E agora você está me dizendo que quer continuar fluindo.

 

ALAYA: Bem...

 

ADAMUS: E que está pronta pra qualquer coisa.

 

ALAYA: Ha-ham.

 

ADAMUS: Você tem uma energia referente a uma casa escrita em você como um todo. [Ela ri.] Não, você tem. Veja, algumas pessoas são nômades. Você é uma pessoa que precisa de uma casa. É a sua âncora. É o seu lugar. É o seu santuário. E você se impediu a vida toda de ter uma casa segura.

 

ALAYA: Hum.

 

ADAMUS: Toda a sua maldita vida.

 

ALAYA: Você vai me fazer chorar. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Quando estava crescendo, quando ficou sem casa, e agora você obviamente tem um lugar pra morar, mas não é seu. Uma casa segura que seja o seu lugar, que seja sua. E você possa sair pra viajar, fazer o que quiser, mas tendo uma casa segura. Eu olho no seu coração, ela está lá, e agora você me diz que o teste é essa bobagem de querer manter a liquidez? Não, uh-uh. Não, não, não, não.

 

ALAYA: Disponibilidade? [Ela ri.]

 

ADAMUS: Disponibilidade. O melhor lugar pra você ter disponibilidade é em sua própria casa. Não vou dizer pra você fazer isso ou não, mas...

 

ALAYA: É assustador. É assustador.

 

ADAMUS: Por quê?!

 

ALAYA: Eu, eu... eughh... eu... não vai ser a hora do banheiro pra mim. [Eles riem.]

 

ADAMUS: Não, não, não, não! Uma pessoa de cada vez. Quantos cabem lá, afinal? [Risadas]

 

ALAYA: Ela já está usando o banheiro dos homens!

 

ADAMUS: Não, é hora da casa.

 

ALAYA: Ah, é hora da casa.

 

ADAMUS: É hora da casa. Pare de se testar.

 

ALAYA: Tá certo.

 

ADAMUS: Compre a casa. Você terá um lugar onde estará segura dentro de si mesma. Eh, vou falar sobre casas daqui a pouco.

 

ALAYA: Um lar. Um lar é tão bom.

 

ADAMUS: Um lar. Sim, um lar é ótimo.

 

ALAYA: Eu adoro um lar. É.

 

ADAMUS: Então, o que isso tem a ver com liberdade?

 

ALAYA: Significa que eu não tenho que passar por...

 

ADAMUS: Você está se testando. É a mesma...

 

ALAYA: Você me perguntou! [Ela ri.]

 

ADAMUS: Você pode ir além disso também. Preste bastante atenção aqui. Você pode...

 

Ah, você acabou? [Ele está falando com a mulher Shaumbra 1, que voltou do banheiro.]

 

MULHER SHAUMBRA 1: Ah, sim.

 

ADAMUS: Não ouvi ela dar descarga. [Algumas risadas] Mas tudo bem.

 

Preste atenção, você pode ir além disso também: “Estou pensando em comprar uma casa, mas quero a fluidez no momento. Quero estar aberta a oportunidades ou a qualquer coisa.” Você está fazendo a mesma maldita coisa com a sua iluminação: “Bem, não quero assumir compromissos comigo mesma, o Espírito, a vida nem nada disso. Eu só...” Você é covarde. [Algumas risadas] Não, você é. Você está usando isso como desculpa, e isso é totalmente cem por cento makyo. É bobagem!

 

ALAYA: Tá.

 

ADAMUS: Mas estamos vendo o jogo da casa aqui e você pode... você diz “tá”, mas, quando começar a fazer isso agora com a própria Realização... “Bem, pode não ser bem a hora.” Ou: “Vou esperar pra ver se tem algo mais que eu precise fazer.” Ou: “Vou ficar aberta e ver o que o Mestre me diz.” Tudo isso é bobagem.

 

ALAYA: Tudo bem.

 

ADAMUS: Certo.

 

ALAYA: Certo.

 

ADAMUS: Então, compre a casa.

 

ALAYA: E fique iluminada.

 

ADAMUS: Compre a casa e fique iluminada. Gostei. É.

 

ALAYA: Uma casa iluminada.

 

ADAMUS: Isso! Isso!

 

ALAYA: Certo.

 

ADAMUS: Mude de cadeira! [Risadas quando Alaya olha para Edith, sentada ao lado dela, e Edith faz uma careta; Adamus manda um beijo pra ela e ela devolve.]

 

Certo, mais uma pessoa e, depois, teremos outra pergunta. Vai ser um longo e sofrido dia. Mais uma pessoa. Como vocês têm se testado, ultimamente? Ah! Espero que a câmera seja bem rápida pra captar a expressão no rosto de vocês quando recebem o microfone. Como você tem se testado?

 

SUE: Bem, nos últimos meses, estou lidando com uma raiva incrível.

 

ADAMUS: Sim, sim. Oh, que ótimo.

 

SUE: E projetando essa raiva ao redor.

 

ADAMUS: Sei.

 

SUE: Não acho que eu faça muito isso pra dentro, porque eu entendi o “Stop it!”

 

ADAMUS: Certo, certo. Então, você anda chutando cachorros e coisas desse tipo?

 

SUE: Não. Gritar para motoristas e...

 

ADAMUS: Eles ouvem você? [Ela diz que sim com a cabeça.] Ah, eles ouvem! [Risadas] É. Você faz algum gesto com as mãos?

 

SUE: Eh, não.

 

ADAMUS: Não, não. Só grita com eles.

 

SUE: É, eu tenho uma boa voz, é suficiente.

 

ADAMUS: O que você grita pra eles? Nunca andei de carro. Já andei em muitos cavalos, mas nunca num carro. Então, como é isso?

 

SUE: Bem, ou eu digo “chega pra lá, seu panaca”.

 

ADAMUS: Sei.

 

SUE: É. Ou...

 

ADAMUS: Como eles escutam, se as janelas estão...?

 

SUE: Não, com o vidro abaixado.

 

ADAMUS: Ah, tá. [Ela ri.] Então, como você faria? Digamos que estou no outro carro e corto você. Como você gritaria?

 

SUE: Bom, quando eu os vejo pelo retrovisor, eu grito: “Sai pra lá, seu babaca!”

 

ADAMUS: Você se vira?

 

SUE: É. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Ah, é?

 

SUE: Bem, não. Eu olho pelo retrovisor.

 

ADAMUS: Ah, certo, certo. Tudo bem.

 

SUE: Então, a energia é direcionada...

 

ADAMUS: Eu quero ouvir você como se, de fato, estivesse acontecendo. Então, eu acabei de cortar você ou algo assim e cheguei perto, atrás de você, talvez, coladinho, e então o quê?

 

SUE: Chega pra lá, seu babaca!

 

ADAMUS: Ooh, ah! Certo, ótimo. Ótimo. [Algumas risadas] Então, questões com a raiva.

 

SUE: Certo.

 

ADAMUS: Como isso é você se testando? Acho que seria testar as outras pessoas.

 

SUE: Bem, eu tive uma percepção noutro dia. Eu evito ficar comigo mesma. Veja, eu ainda lanço pra fora quando a coisa fica aqui.

 

ADAMUS: Ha-ham.

 

SUE: Não que a raiva precise estar aqui, mas preciso ter clareza.

 

ADAMUS: Por quanto tempo, nesta existência, você suprimiu a raiva?

 

SUE: Ah, meu Deus! Desde que nasci.

 

ADAMUS: É. Digo, muito tempo. Muita supressão.

 

SUE: Certo.

 

ADAMUS: E isso afeta o corpo, como você sabe.

 

SUE: Certo.

 

ADAMUS: Não é muito bom.

 

SUE: Certo.

 

ADAMUS: Então, eu não consideraria isso um teste, entenda, o fato de você gritar. Digo, você não sai exatamente do carro com um bastão de beisebol, está?

 

SUE: [rindo] Não.

 

ADAMUS: Certo. Então, você grita um pouco. E sabe de uma coisa? Muitos de vocês estão começando a aprender realmente a ficar parcialmente invisíveis. Em outras palavras, você pode, agora, xingar: “Chega pra lá...”

 

SUE: Babaca.

 

ADAMUS: “... babaca”. Você fala isso em voz alta e a pessoa fica indiferente, não vê você, não ouve você. Você se sente bem em colocar isso pra fora, mas é... Estamos fazendo rodeios aqui... Não, isso não é realmente uma maneira de se testar. Como você está se testando?

 

SUE: Bem, o outro “a-há” que surgiu foi o do amor-próprio e, nessa hora, senti um amor incrivelmente profundo por mim.

 

ADAMUS: Sim.

 

SUE: E coloquei as mãos no rosto.

 

ADAMUS: Ótimo.

 

SUE: E... é.

 

ADAMUS: Você se testa ao pegar uma coisa dessas e levar para o mental pra ver se consegue mentalizar isso, tornar isso um conceito mental. Você meio que tem um jeito interessante de arquivar as coisas na sua mente. E você pega até mesmo um dos maiores “a-hás” que já teve e tenta colocar isso em arquivos mentais, em vez de simplesmente deixar que isso seja um sentimento livre e aberto. E você se testa, de certa forma, dizendo: “Será que sou inteligente o suficiente pra fazer tudo isso?” Que é mais ou menos uma questão subjacente na sua vida: “Será que sou inteligente o suficiente?”

 

SUE: E eu também diria que tenho que me abrir para os sentimentos, pra permitir os sentimentos.

 

ADAMUS: Exatamente. Bem, é o que acontece quando se fica mental. Quando se pega um sentimento lindo... um sentimento natural, visceral, que é realmente, verdadeiramente como uma Realização... e você sente e vem o humano e rapidamente tenta colocá-lo nesse arquivo mental. E essa é uma forma de se testar, mas é também um pouquinho de medo de simplesmente abrir sentimentos de verdade, particularmente se achar que vai ficar zangada. Aí é que você quase tenta suprimi-los. Mas tente não arquivar isso agora.

 

SUE: Tá certo.

 

ADAMUS: Você teve esse sentimento de amor-próprio e, em vez de analisá-lo ou dizer que ele pertence ao arquivo chamado “amor-próprio” pra poder analisá-lo... Pare de fazer isso. Isso só vai retardar as coisas.

 

SUE: Tudo bem.

 

ADAMUS: Legal. [Ela ri.] Certo.

 

SUE: Obrigada.

 

ADAMUS: Ótimo. Obrigado.

 

Vamos respirar bem fundo com isso.

 

Vocês todos estão se testando de muitas maneiras diferentes, ao se aproximarem da Realização. É uma coisa muito natural, então, não se sintam mal por isso. Não dificultem as coisas ainda mais. Vocês estão fazendo isso, e é só pra se perguntarem: “Será que estou realmente pronto? Estou realmente, realmente, realmente, realmente, realmente pronto?” E, depois, vocês se testam mais um pouquinho.

 

Então, comecem a olhar para os hábitos e padrões das coisas que vocês fazem na vida e, como dissemos, você [Alaya] tem a coisa com a casa acontecendo. Compre a casa. Pare de se testar, e de se testar de um jeito que é muito estranho. Vamos superar os testes, está bem? Vocês vão começar a ficar muito conscientes dos testes.

 

Mas tem outra coisa que, de fato, agora é muito importante, e vou falar sobre isso aqui, no último Shoud da Série das Asas, porque, vejam, as asas de vocês estão começando a se abrir. Vocês vão começar a emergir desse estado de casulo do despertar. As asas de vocês estão começando a se abrir, mas tem uma coisa muito grudenta nas asas, muito pegajosa, e precisamos resolver isso aqui.

 

 

~ Segunda Pergunta

 

Então, vou começar fazendo a pergunta... Linda, com o microfone, o microfone sujo. [Algumas risadas] Vou começar fazendo a pergunta: “Vocês são vítimas?”

 

Linda, microfone, por favor. Você é uma vítima?

 

DAVID: Eu diria certamente que sim.

 

ADAMUS: Ah. Tudo bem. Explique-se.

 

DAVID: Acabei de receber o microfone! [Muitas risadas e alguns aplausos]

 

ADAMUS: Esse é um bom exemplo de sabedoria e humor trabalhando juntos. Foi muito bom. Você é uma vítima?

 

DAVID: Conscientemente, não.

 

ADAMUS: Ha-ham.

 

DAVID: Mas, depois de 1.500 existências, no carrossel, a gente começa a suspeitar que tem algo aí.

 

ADAMUS: Certo. [Algumas risadas] Você acha que é vítima do quê?

 

DAVID: Bem, a dúvida é algo significativo pra mim, mas foi autocriada.

 

ADAMUS: Certo.

 

DAVID: Sou eu colocando freios na minha vida. Na verdade, isso não é ser realmente uma vítima. Sou só eu colocando freios na minha vida.

 

ADAMUS: Ha-ham. Mas você se sente como vítima?

 

DAVID: De fato, não.

 

ADAMUS: Tá. Ótimo. Você fez a SES. Você é professor da SES, então, você realmente entende toda a coisa da energia de vítima. Mas você diz que não se sente vítima.

 

DAVID: Eu digo. Acabei de dizer.

 

ADAMUS: Tá. [David ri abertamente.] Certo, ótimo. Não, é...

 

DAVID: Não sei por que fiz isso! [Adamus ri.]

 

ADAMUS: Ótimo. Obrigado. Próximo. Vocês são vítimas?

 

MULHER SHAUMBRA 2: Ah, nossa.

 

ADAMUS: Esse foi um semblante de vítima, quando você recebeu o microfone. Será que dá para alguém sorrir quando receber o maldito microfone? “Obrigado, Linda. Eu estava mesmo esperando por isso.” Sim? Você é vítima?

 

MULHER SHAUMBRA 2: Não é verdade. [Ela ri.] Me desculpe. Antes, eu achava que era vítima, porque assim é a consciência de massa, e agora, na minha vida...

 

ADAMUS: Você não queria receber o microfone hoje?

 

MULHER SHAUMBRA 2: Não.

 

ADAMUS: Não queria recebê-lo, sei.

 

MULHER SHAUMBRA 2: É.

 

ADAMUS: É.

 

MULHER SHAUMBRA 2: Estou meio apavorada.

 

ADAMUS: Você estava dizendo ao Cauldre mais cedo que estava preocupada com o seu inglês?

 

MULHER SHAUMBRA 2: Sim.

 

ADAMUS: É, seu inglês é bom. É. Uff! É. Bom, isso foi uma rápida distração pra voltarmos ao ponto. Então, você é uma vítima?

 

MULHER SHAUMBRA 2: Agora eu penso que não.

 

ADAMUS: Não.

 

MULHER SHAUMBRA 2: Mas, antes, sim.

 

ADAMUS: Antes, qual era aquela coisa que fazia você se sentir uma vítima?

 

MULHER SHAUMBRA 2: A consciência de massa.

 

ADAMUS: É, sim. É uma coisa e tanto.

 

MULHER SHAUMBRA 2: O medo.

 

ADAMUS: Mas você vem de um belo país, com um povo maravilhoso, que foi atacado, dizimado, destruído e que passou por todo tipo de coisa ruim.

 

MULHER SHAUMBRA 2: Eu sou da Polônia e...

 

ADAMUS: Fica no coração do conflito.

 

MULHER SHAUMBRA 2: Sim. Eu mudei de país há 16 anos. É por isso que agora estou me sentindo muito bem. O problema é o meu trabalho. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Que tipo de trabalho você faz?

 

MULHER SHAUMBRA 2: Ah, eu não quero dizer. Me desculpe. Porque as pessoas...

 

LINDA: Oh, como...

 

ADAMUS: Ela é espiã. Ela é espiã. [Risadas] Nunca querem dizer. Ótimo. Então, a pergunta é: você é uma vítima? Você vem de um país onde há uma enorme camada de consciência de vítima. Fizemos um encontro lá. Eu gostaria voltar, porque ainda há um trabalho a ser feito com os Shaumbra na Polônia...

 

MULHER SHAUMBRA 2: Sim, é claro.

 

ADAMUS: ... pra liberarem isso.

 

MULHER SHAUMBRA 2: Especialmente com relação à religião, agora.

 

ADAMUS: Então, você é uma vítima, sim ou não?

 

MULHER SHAUMBRA 2: Não.

 

ADAMUS: Não. Certo, ótimo.

 

MULHER SHAUMBRA 2: Não agora.

 

ADAMUS: Ah, ótimo. Ótimo. Fico satisfeito em ver que estamos deixando isso pra trás. Mais umas duas pessoas.

 

MULHER SHAUMBRA 2: Obrigada.

 

ADAMUS: Servindo de amostra do grupo, aqui. Você é uma vítima?

 

LARA: Não.

 

ADAMUS: Era, recentemente? Assim, uns cinco anos, dez anos atrás?

 

LARA: Era.

 

ADAMUS: Era.

 

LARA: Era.

 

ADAMUS: Uau! Com relação a quê?

 

LARA: Acho que à minha própria incerteza...

 

ADAMUS: Viver com o Caraca [marido dela] não faz de você automaticamente uma vítima.

 

LARA: Bem, tem isso! [Risadas]

 

ADAMUS: Automaticamente. [Eles riem.] É questionável, mas não faz de você uma vítima. Então, você era vítima de quê?

 

LARA: Da minha própria incerteza, falta de clareza e inquietação.

 

ADAMUS: Ha-ham. Ha-ham. Com seu passado, sua infância ou algo do tipo?

 

LARA: Não.

 

ADAMUS: Não, não, não.

 

LARA: Não.

 

ADAMUS: Não.

 

LARA: Com experiências depois de adulta, eu acho.

 

ADAMUS: Certo. Mas você superou isso?

 

LARA: Não.

 

ADAMUS: Certo. Então, tem uma questão de vítima...

 

LARA: Não, eu não me sinto mais como vítima.

 

ADAMUS: Você não se sente como vítima?

 

LARA: Ãh-ãh.

 

ADAMUS: Certo. Bem, mas estou ouvindo uma contradição aqui.

 

LARA: Ha-ham. Eu tenho...

 

ADAMUS: Você não é vítima, mas ainda tem um pouco disso. O que está acontecendo?

 

LARA: [rindo] Eu ainda sinto muita incerteza e inquietação.

 

ADAMUS: Incerteza não é a palavra certa.

 

LARA: Hum.

 

ADAMUS: Você sabe o que é?

 

LARA: O quê?

 

ADAMUS: Essa é a minha deixa.

 

LARA: Por favor.

 

ADAMUS: Não. Preciso que você diga.

 

LARA: Ah, eu sei mesmo.

 

ADAMUS: Por que você chama isso de incerteza? Não foi isso que você disse que era?

 

LARA: Ha-ham.

 

ADAMUS: Por que você chama assim? Por que diz que é isso? Você sabe o que é.

 

LARA: Indecisão?

 

ADAMUS: É, não é isso.

 

LARA: Não é isso.

 

ADAMUS: Você está rodeando o assunto.

 

LARA: Ha-ham.

 

ADAMUS: O que é?

 

LARA: Medo.

 

ADAMUS: Quase isso. [Ela pensa.] Qual é a palavra? Está na ponta da língua. Metade de vocês já captou. [Ela pensa novamente.] Belos sapatos. [Ele está falando com Jason, sentado na frente.]

 

JASON: Obrigado. [Ele ri.]

 

ADAMUS: É, gostei deles. [Algumas risadas] Talvez possamos equipar Cauldre com algo que não seja todo recortado assim. [Risadas quando ele se refere às sandálias de Cauldre.] Ah, me desculpe. Onde estávamos?

 

LARA: Estávamos no medo, mas não é bem isso.

 

ADAMUS: Se puder dizer a palavra, você vai, tipo, realmente clarear muita coisa dentro de você.

 

LARA: Certo.

 

ADAMUS: Tudo bem. Falamos de incerteza, dúvida. Você usou outras palavras de makyo aqui. Você não se sente mais como uma vítima.

 

LARA: Não.

 

ADAMUS: Você, de fato, não é assombrada por coisas externas. Mas o que acontece aqui? Qual é esse enorme sentimento emotivo que você carrega nos últimos dez anos?

 

LARA: Humm.

 

ADAMUS: É.

 

LARA: Me sentir emperrada?

 

ADAMUS: Não.

 

LARA: Me sentir, ah... Eu não sei, triste.

 

ADAMUS: Eu ouvi isso, por sinal.

 

LARA: Eu sei.

 

ADAMUS: É.

 

LARA: Mas não vou para o banheiro.

 

ADAMUS: Tá. Tudo bem. [Algumas risadas] Tá, ótimo. A gente dá uma disfarçada aqui, porque a coisa está bem intensa no momento. Então, é, seria desapontador, porque, então, eu teria que ir lá com você pra podemos continuar. [Risadas]

 

LARA: E o operador da câmera também. Seria esquisito.

 

[Ligeira pausa]

 

ADAMUS: Se eu disser, terá metade do impacto em você, pessoalmente, na liberação dessas coisas. Se você disser, isso pode acontecer. [Ela suspira.] Não é engraçado como a mente bloqueia as coisas? Você sabe exatamente sobre o que estou falando, mas não consegue dizer a palavra, e esse é um dos auto...

 

LARA: Eu consigo sentir.

 

ADAMUS: Você consegue sentir. É um desses autotestes.

 

LARA: É.

 

ADAMUS: E eu diria que, eh, talvez 30, 40% de vocês já entenderam, mas... Ohh! O que vamos fazer? [Ela pensa.] Você quer que eu diga?

 

LARA: Quero.

 

ADAMUS: Tudo bem. Devolva o microfone para a Linda, e vamos parar com as perguntas um instante. Eu direi qual é a questão. Mas sinta realmente, realmente, o que vou dizer aqui, porque isso pode fazer... pufff! Você pode realmente liberar muita coisa. Reduzam as luzes, por favor.

 

É uma questão que precisamos realmente resolver, e é uma questão complicada. E eu quero que vocês a liberem, mas vocês não vão conseguir de imediato. Vai levar um tempinho, porque está muito enraizada, muito grudada, é muito feia, e torna vocês vítimas. Faz com que sejam vítimas.

 

Vocês todos vêm de um longo caminho, trazendo muita sabedoria e parando de ser vítimas de seus pais. Não parece que foi há milênios que vocês tinham, vejam bem, questões com os familiares e ficavam culpando eles? Vocês pararam de ser vítimas dos seus “ex” – seus ex-maridos, ex-esposas, parceiros e amantes, porque vocês perceberam que isso era como arrastar muito lixo extra com vocês. Então, vocês pararam de ser vítimas deles.

 

Vocês pararam de ser vítimas da consciência de massa, mais ou menos, em geral. Quero dizer, vocês percebem que ela ainda está lá, pode ser atraente, mas vocês pararam de deixá-la incomodar vocês realmente. Mas vocês ainda têm essa coisa de vítima. Uma grande questão de vítima restou, e é ser vítima do sentimento de culpa, do sentimento de culpa.

 

 

Culpa

 

Isso torna vocês uma vítima: “Eu sou culpado porque fiz algo ruim pra outra pessoa. Eu sou culpado porque não sou uma boa pessoa. Eu sou culpado porque ainda carrego as coisas que fiz muito tempo atrás – meus segredos.” Sejam segredos sujos, ou segredos apenas profundamente enterrados. E a culpa faz vocês se tornarem vítimas mais do que qualquer outra pessoa, mais do que qualquer coisa externa faz. Enquanto abrimos as asas agora, e estamos prestes a decolar, a realmente emergir, se vocês tiverem essas coisas pegajosas em suas asas, vocês não vão voar muito bem. Vocês vão cair muito. É hora de dar uma olhada nos sentimentos de culpa lá dentro de vocês.

 

Agora, eles são engraçados, porque eles estão lá, vocês sabem que eles estão lá, vocês realmente sabem o que eles são, mas a mente cria um jogo. A mente cria um jogo imenso e, primeiro, ela nega que é uma vítima, até vocês, por fim, perceberem que a própria culpa é o maior sentimento de vitimização que vocês jamais terão. A própria culpa – que é bem maior do que ser vítima de uma família ruim, de um relacionamento ruim, um trabalho ou o que for.

 

Vocês se prendem a essa culpa. Vocês se prendem a ela por causa da vergonha. Vocês se prendem a ela como a maior forma de se testarem. Vocês não liberam isso porque vocês se sentem muito culpados. Vocês sentem que fizeram algo tão incrivelmente terrível que não conseguem deixar isso ir. Como deixar ir? Como podem – snap! – fazer isso desaparecer? Algo dentro de vocês diz: “Não seria certo me livrar disso. Tenho que carregar por aí seja o que for como um lembrete para eu não ser mais um humano ruim.” Assim, vocês têm essa culpa que transforma vocês em suas próprias vítimas. Normalmente, as pessoas se consideram vítimas de algo externo. Mas, na verdade, a maior vítima, a maior causa de vocês se tornarem vítimas são vocês mesmo, a culpa que carregam.

 

Apresenta-se um dilema interessante aqui. O que fazer com isso? Como lidar com a culpa? Posso dizer a vocês agora mesmo, e a maioria sabe que não se pode combater a culpa. Ela vencerá. Ela conhece seus pontos fracos. O que vocês fazem com ela?

 

Vocês não podem alcançar a Realização encarnada sendo vítimas. Vocês superaram a questão da vítima de coisas externas, mas o que fazer com a vítima de coisas internas? Como resolver a culpa?

 

Como estou dizendo, sintam as energias da sala, de todos nós, juntos, aqui. Os flashbacks são incríveis. Vocês sentem a energia zumbindo ao redor, quando cada um de vocês examina a própria culpa. E é engraçado, pois a mente tem sempre um jeito de escondê-la. Vocês sabem que ela está lá. Vocês sabem que está lá, mas não conseguem dizer a palavra. É a palavra mais fácil, mas a mais difícil de dizer.

 

Isso é o que a culpa faz e, vejam, nós não vamos processar a culpa. Eu realmente não tenho paciência pra isso. Nós vamos simplesmente nos livrar dela. Mas isso levanta culpa com relação à culpa. [Adamus ri.]

 

 

Uma Pergunta

 

Assim, antes de prosseguirmos, quero fazer uma pergunta interessante. Passando, novamente, o microfone, Linda. Então, se a culpa fosse uma coisa, como um ser de algum tipo, e vocês tivessem uma casa bem grande... [Algumas risadas quando ele olha para Alaya.] Se tivessem uma casa bem grande, com um monte de cômodos – porão, sótão e todo o resto –, um casarão bacana, onde a culpa viveria? Linda com o microfone. Aumentem as luzes, por favor. Onde viveria a culpa? Num cômodo da casa.

 

JANE: No porão.

 

ADAMUS: No porão. Por quê?

 

JANE: Porque não é necessária.

 

ADAMUS: Não é necessária. Tá. Mas ela ainda está lá no porão, mesmo que a porta esteja fechada e fique guardada bem lá embaixo.

 

JANE: Sim.

 

ADAMUS: Sim. Você tem muitos sentimentos de culpa?

 

JANE: Sim.

 

ADAMUS: Sim. Eles estão guardados no porão, neste momento?

 

JANE: Não.

 

ADAMUS: Onde eles estão?

 

JANE: Estão bem aqui.

 

ADAMUS: Tá. Que tal na sala de estar?

 

JANE: No quarto.

 

ADAMUS: No quarto, tudo bem. [Algumas risadas] Na sala de estar e no quarto.

 

JANE: Estão próximos.

 

ADAMUS: Sim, sim.

 

JANE: Muito próximos.

 

ADAMUS: Sim. Eu digo na sala de estar porque você realmente está trazendo esses sentimentos para a sua vida. Na verdade, é melhor do que guardá-los no porão, porque, daí, no porão, eles vão ficar lá, e você vai se esquecer que eles estão lá, mas, ainda assim, você vai sentir essa energia se infiltrando.

 

JANE: Sim.

 

ADAMUS: Então, esses sentimentos estão na sala de estar, no quarto. Isso não é jeito de viver.

 

JANE: Não é.

 

ADAMUS: Não! E preciso perguntar. Pelo que você realmente se sente culpada? [Ela pensa.] Não estou esperando uma resposta, à propósito. [Algumas risadas] Foi um desses momentos tensos: “Graças a Deus!” [Adamus ri.] Não. Estou perguntando retoricamente. Pelo que você realmente se sente culpada? Quem cria essa culpa?

 

JANE: Eu crio.

 

ADAMUS: É, o humano.

 

JANE: Isso.

 

ADAMUS: O Mestre não dá a mínima.

 

JANE: Não.

 

ADAMUS: Nem Deus nem o Eu Sou nem nenhum desses. O humano gosta de pensar que todos eles realmente se importam. Eles não ligam! Não querem saber. Então, você julgou algo em sua vida e isso se transformou em culpa, que agora você carrega por aí.

 

JANE: Sim.

 

ADAMUS: Você pensa nessa coisa que gera culpa tipo uma ou duas vezes por mês?

 

JANE: Ultimamente, tem vindo com mais frequência.

 

ADAMUS: Com mais frequência, eu me pergunto por quê? O Shoud. [Eles riem.] Ah, tivemos que começar a trazer... pra quem estiver aqui ou acompanhando on-line... nós tivemos que começar a levantar a questão da culpa. De fato, foi por isso que eu precisei me afastar por 30 dias. Foi realmente pra fazer a culpa se apresentar, e deve ter sido bem desconfortável pra vocês, mas vocês não podem voar se estiverem numa gaiola de culpa. Não vai dar certo. Então, a pior coisa que vocês já fizeram não foi tão má assim.

 

Vocês gostam de pensar que sim, e isso é o que eu chamo de seu jogo. Não é só seu [da Jane], mas é o jogo de vocês [da plateia], e de vocês [falando para a câmera]. É o que eu chamo de seu jogo. É um jogo de grandes proporções, esse que vocês jogam, essa coisa da culpa.

 

Certo. Vou falar sobre isso daqui a pouco. Vamos voltar a isso. Então, obrigado. Obrigado por sua resposta.

 

Onde mora a sua culpa nesse casarão? Onde ela vive?

 

LINDA: Segunda chance.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Ela é determinada! [Adamus ri.] Bem, você sabe, depois de escutar...

 

ADAMUS: Ah, você foi de “eu não sei” para “você sabe”.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim.

 

ADAMUS: Certo, ótimo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: É.

 

ADAMUS: Essa foi boa.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Agora eu tenho algo a dizer.

 

ADAMUS: Sim, sim. É. Pode ficar de pé?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Depois de escutar aos diversos Shouds, você sempre dizendo “liberem isso, deixem ir”...

 

ADAMUS: Sei, sei.

 

MULHER SHAUMBRA 1: ... “isso não pertence mais a vocês”...

 

ADAMUS: Claro, claro. Onde a sua culpa vive?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Em lugar nenhum. Não tenho mais culpa, porque eu fiz o melhor que eu pude no momento em que fiz seja lá o que for...

 

ADAMUS: Aposto que você tem. Aposto que tem. E fico feliz por você achar que não tem, mas...

 

MULHER SHAUMBRA 1: Tento não ter. [Ela ri.]

 

ADAMUS: ... aposto que você tem.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Tenho?

 

ADAMUS: Sim, na verdade, tem. Todo mundo tem. Todo humano no planeta tem níveis de culpa. É.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Eu percebo que somos o humano.

 

ADAMUS: Certo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: O que eu quis dizer é que alternamos pra lá e pra cá entre a Velha Energia e a Nova Energia, porque estamos nesse momento específico do tempo. Nós somos o elo.

 

ADAMUS: Isso não está fazendo sentido pra mim.

 

JANE: Não? Não faz sentido?

 

ADAMUS: Não, não, não, não.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Não, é...

 

ADAMUS: Não, eu ouço as palavras, mas...

 

MULHER SHAUMBRA 1: Mas faz sentido pra mim, está bem?

 

ADAMUS: Você carrega culpa dentro de você?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bem, se carrego alguma, acho que pode-se dizer que é pela impaciência.

 

ADAMUS: Impaciência, tudo bem.

 

MULHER SHAUMBRA 1: É. [Ela suspira.]

 

ADAMUS: Você já tratou mal alguém?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bom, às vezes, eu grito com o meu marido.

 

ADAMUS: Pode segurar o microfone um pouco mais perto pra que possamos ouvir suas confissões?

 

MULHER SHAUMBRA 1: [rindo] Eu grito com o meu marido. Eu me sinto culpada.

 

ADAMUS: Você grita com o seu marido.

 

MULHER SHAUMBRA 1: É.

 

ADAMUS: Sei, sei. Você o ama?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Tá, então, eu me sinto culpada com isso.

 

ADAMUS: Segure esse... Você o ama?

 

MULHER SHAUMBRA 1: É claro que amo! [Linda se exalta.]

 

LINDA: Humm.

 

MULHER SHAUMBRA 1: E, por isso, acho que eu me sinto...

 

ADAMUS: Você não sente que tem um sentimentozinho de culpa aí?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Sim, quando eu grito com ele. Tem. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Por que você grita com ele?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bem, porque ele...

 

ADAMUS: Ele é um idiota, às vezes. [Algumas risadas] Não o tempo todo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: É.

 

ADAMUS: De vez em quando.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Eu não queria dizer isso. [Ela ri.]

 

ADAMUS: Espere, ele está por perto? É um cara grandão? Porque...

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bem, todo mundo tem suas questões.

 

ADAMUS: Certo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: E, às vezes, eu não concordo com ele. Então, ele é meio estúpido comigo e eu grito um pouco. Eu me sinto culpada por isso.

 

ADAMUS: Como você grita com ele? Qual é o nome dele?

 

MULHER SHAUMBRA 1: [suspirando] Michael.

 

ADAMUS: Michael. Como você grita com ele? Porque estou curioso.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Você sabe: “Por que você está sento tão idiota?!”

 

ADAMUS: Sei. Mas um pouco mais alto do que isso, de vez em quando?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Ah, é.

 

ADAMUS: E o que o Michael faz?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Fica só olhando pra mim.

 

ADAMUS: Tipo... Certo. Como um típico marido. [Algumas risadas] “Não ouvi uma palavra.” Certo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Oh, nossa! [Ela ri.]

 

ADAMUS: Então, vamos voltar para a sua culpa. Ela não é necessariamente pelo Michael, mas...

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bem, é porque eu não precisava realmente fazer desse jeito. Eu podia lidar melhor com a coisa.

 

ADAMUS: Certo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: E depois pelo fato de me sentir mal com isso.

 

ADAMUS: Sei. E não vamos fazer nenhum tipo de psicanálise aqui, mas...

 

MULHER SHAUMBRA 1: Não, deixa pra lá...

 

ADAMUS: ... a questão da culpa que está aí, e que vamos exterminar, vai bem mais fundo do isso.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Como é?

 

ADAMUS: [rindo] A questão da culpa vai bem mais fundo do que o Michael e do que gritar com ele. Existem outras questões aí. E não vamos psicanalisar isso. Vamos exterminar a coisa. Assim é a psicanálise da Nova Energia – peow! –, é só detonar a coisa.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Tá, bem, é por isso que a gente tem que seguir em frente.

 

ADAMUS: É. Isso.

 

MULHER SHAUMBRA 1: É.

 

ADAMUS: Ótimo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: É o que eu faço. Eu tento dizer: “Certo, eu fiz isso. Eu me sinto culpada.”...

 

ADAMUS: Em que cômodo? Em que cômodo isso está?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Ah, não sei, na sala de estar.

 

ADAMUS: Na sala de estar, tudo bem. [Ela ri.] É. No quarto?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Não.

 

ADAMUS: Não tem culpa no quarto?

 

SHAUMBRA 1: Humm, não! Estamos muito velhos. [Ela gargalha.]

 

LINDA: [rindo] Oh, ho, ho, ho, ho, ho!

 

ADAMUS: Isso é tipo: “Eu não sei.” Vocês estão muito velhos? Muito velhos?

 

MULHER SHAUMBRA 1: Não!

 

ADAMUS: Só pra deixar registrado aqui, um humano deveria ficar melhor em matéria de sexo quanto mais velho fica.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Uhh, nós nem dormimos juntos.

 

ADAMUS: Vocês não dormem...

 

LINDA: Eu sei que é o certo!

 

ADAMUS: Tá, tudo bem. [Ela está rindo.] Mas... não tem... tudo bem.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Oh, isso está ficando pessoal demais! [Ela ri.]

 

ADAMUS: Linda, fique fora disso! [Risadas] Não, não está ficando pessoal. É a vida. Isso é viver. É verdade, quando alguém fica mais confortável com seu corpo, sua idade, sua...

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bem, não é isso.

 

ADAMUS: ... sua energia, de fato, o quarto deveria ficar muito melhor depois dos 50, 60, 80. Dá pra imaginar com 100? Bum! [Risadas]

 

MULHER SHAUMBRA 1: Não, nem consigo imaginar isso! [Ela ri.]

 

ADAMUS: Por quê? Por quê? Vejam, é o que...

 

MULHER SHAUMBRA 1: Eu devia viver esse tempo todo.

 

ADAMUS: Longevidade. Você quer longevidade? Faça sexo.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bem, tá, é para a gente...

 

ADAMUS: Não, fazer sexo consigo ou com alguém. É uma das chaves da longevidade. Parou de fazer, parou de viver. [Ela dá de ombros e Adamus ri.] Enfim...

 

MULHER SHAUMBRA 1: Ele tem uma doença.

 

ADAMUS: Isso não importa.

 

MULHER SHAUMBRA 1: Bem, ele tem...

 

ADAMUS: Não, nós não... Você pode ficar com você mesma, se entende o quero dizer.

 

EDITH: Se masturbar.

 

ADAMUS: Ohh, Edith! [Muitas risadas] Edith sussurrou não tão baixinho assim: “Se masturbar!” [Mais risadas] Vejam o que acontece! Uma simples mudança de cadeira e ela... [A plateia vibra, aplaude e ri.] Essa é a mulher que não gostava quando eu dizia “foda-se” e agora está falando de masturbação. [Mais risadas] Não são a mesma coisa? [Adamus ri.] Me desculpem. Enfim, microfone para Linda. Mais uma pessoa. Mais uma.

 

LINDA: Certo, certo.

 

ADAMUS: Culpa.

 

LINDA: Mais uma, mais uma.

 

ADAMUS: Em que cômodo isso vive na sua casa?

 

LINDA: Certo. É, aqui. Ah, cara, eu senti.

 

ADAMUS: Sim?

 

PAUL: Olá, Saint Germain.

 

ADAMUS: Olá. É mais Adamus.

 

PAUL: Adamus?!

 

ADAMUS: É, você carrega culpa?

 

PAUL: Claro.

 

ADAMUS: Sim. Pelo quê?

 

PAUL: Pelas oportunidades que eu perdi, porque assim escolhi.

 

ADAMUS: É. Por que você se sentiria culpado por uma oportunidade perdida?

 

PAUL: Bem, você começa a olhar pra trás... e isso é bobagem, mas você começa a olhar pra trás numa determinada idade e: “De que outra maneira eu poderia ter levado a vida?” E, na verdade, o modo como eu levei foi bom.

 

ADAMUS: O Mestre olha pra trás e, em vez de ter remorso com relação ao que não foi feito, o Mestre olha pra trás e perceber que, na verdade, era o E. Todo tipo de coisa foi feito. Você não olha pra trás e diz: “Ah, eu deveria ter feito isso e deveria ter feito aquilo.” Você diz: “Eu fiz isso e também fiz aquilo.” Mesmo que você possa pensar que está só inventando, você não está, porque você sempre está no E. O passado não é singular nem linear, então, se permita entrar no passado e vivenciar os potenciais que você não trouxe necessariamente pra este nível. Mas em que cômodo está a culpa?

 

PAUL: A culpa está na cozinha.

 

ADAMUS: Por quê? Por que na cozinha?

 

PAUL: Porque, crescendo em família, era onde a família vivia, na cozinha.

 

ADAMUS: Sei.

 

PAUL: Então, é onde as questões de todo mundo normalmente aparecem, na mesa de jantar, o que pode provocar muita indigestão. [Risadas, inclusive de Adamus]

 

ADAMUS: E você deixava suas questões aparecerem na mesa de jantar?

 

PAUL: Não.

 

ADAMUS: Não.

 

PAUL: Não.

 

ADAMUS: Por culpa, certo?

 

PAUL: Sim.

 

ADAMUS: É. E, de certo modo, foi meio inteligente não levar essas coisas para a mesa de jantar. Provavelmente, teriam liquidado com você ou algo assim. [Adamus ri.]

 

PAUL: Havia muitas outras coisas, então, ninguém sentia falta das minhas.

 

ADAMUS: Certo. Mas também, há muita culpa interna, e não temos que entrar no que se trata, porque não é pra isso que estamos aqui. Mas é hora de deixar ir todas essas coisas.

 

PAUL: Certo.

 

ADAMUS: Então, tudo bem. Obrigado.

 

PAUL: Certo. Obrigado.

 

ADAMUS: Obrigado.

 

 

Parando o Jogo

 

Eu gostaria que todos vocês sentissem isso. Onde vive a culpa de vocês? Se for numa grande casa, para alguns de vocês estará no porão, meio que escondida lá embaixo. Vocês não se livraram dela. Veja, metade das coisas... não, 80% das coisas do porão... joguem fora. Vocês jamais vão usar isso de novo, mas vocês mantêm a culpa lá como lembrete, só porque não estão dispostos a deixá-la ir.

 

Para muitos de vocês, está no sótão, no alto da escada, que é o que se pode chamar de superconsciente versus subconsciente. Vocês têm a coisa lá em cima no superconsciente e eu diria que é a situação mais problemática quando a coisa fica aí, porque vocês não pensam muito no sótão, lá no alto. Mas a coisa está lá bloqueando tudo. Vejam, o superconsciente, a abertura, meio que bloqueia tudo. Vocês colocam a coisa lá e meio que se esquecem dela, mas ela inibe o progresso de vocês.

 

Para muitos, a culpa está no quarto. A culpa sexual é a culpa mais forte de todas. A culpa sexual é, na verdade, mais forte do que a culpa de machucar outra pessoa, ou até assassinar outra pessoa. A culpa sexual é a mais forte de todas. Seja uma culpa por vocês pensarem que vocês são uns velhos pervertidos, seja por vocês terem manipulado outros, pode até ter sido numa existência passada. O feitiço sexual é o mais eficaz de todos. Vocês incluem sexo num feitiço e ele se torna uma coisa poderosa, e alguns de vocês brincaram com isso em vidas passadas. Mas, quando está no quarto, a culpa se torna realmente sórdida e pegajosa.

 

Para muitos, ela está na sala de estar. Fica lá. Vocês estacionaram a culpa na sala de estar e não se permitem viver. Estão constantemente contornando a culpa que está na sala de estar, o lugar em que se vive.

 

Para alguns, como Paul, está na cozinha, onde vocês trazem energia, onde se nutrem e cuidam de si. E, depois, ela se mostra no corpo, se a culpa estiver na cozinha.

 

Alguns guardam a culpa nos armários. Nem tanto no banheiro. Não há muita culpa no banheiro, por mais estranho que pareça. É. Acho que vocês têm outras maneiras de se livrar das coisas.

 

Mas deem uma olhada. Onde está essa culpa? Onde ela reside?

 

E, agora, a próxima parte é... não vamos tentar entender, não vamos tentar psicanalisar a culpa. É hora de vocês reconhecerem que isso é um maldito jogo que vocês ficam jogando. E só. Vocês jogam o próprio jogo de vítima. De vítima para vítima, de humano para vítima. Não dá pra continuar. Vocês não conseguem chegar e tentar remediar a culpa, porque isso só aumenta a culpa. Na verdade, vocês estarão dando energia pra ela. Mas, uma vez que reconhecem que é um grande jogo, que é uma grande maneira de se testarem e que é uma grande maneira de se frearem, e vocês se livrarem da culpa, vocês ficarão livres pra emergirem, voarem, planarem.

 

Mas vocês vão tentar segurá-la. Vocês vão tentar apelas para um monte de makyo. Vocês ouviram tudo isso aqui, hoje. Foi makyo. Foi uma distração. Não responderam as perguntas. Tinha muita coisa aí, e vocês vão tentar fazer isso. Vão tentar entender com a mente: “Eu me sinto culpado pelo quê?” E, garanto, cada um de vocês carrega questões de culpa. Autovitimização. É hora de parar de jogar o jogo. Esta é a pergunta que precisa ser respondida: “Será que estou pronto pra parar de jogar o jogo de ser vítima de mim mesmo? Será que estou pronto pra parar de ficar testando a mim mesmo?”

 

A culpa é uma coisa estranha. A culpa é praticamente uma exclusividade humana. Ao menos, ela começou aqui. Vocês vão para outras esferas, com outros seres, e eles não têm questões de culpa. Os humanos realmente aperfeiçoaram a culpa.

 

A culpa começa primeiro como um julgamento, com a mente humana julgando: “Isso é certo ou errado?” Depois, isso se transforma em culpa, que deixa de ser algo mental. É emocional e entra na veia, literalmente em suas veias, mas nas veias da sua vida, nas veias do fluxo energético e de tudo mais. E, a partir dessa culpa, ela irá drenar vocês. Drenar vocês.

 

E a culpa também faz aumentar o drama. Muitos de vocês, se olharem sua vida, sempre têm um drama se desenrolando. Há uma relação direta entre culpa e drama, porque, uma vez que vocês começam a se sentir culpados, isso corta um tipo de energia bastante natural do fluxo de vida. Então, vocês arrumam um drama pra trazer essa energia novamente, e depois se sentem culpados pelo drama, e essa é uma questão que se autoperpetua.

 

O ponto central de tudo isso nós falamos antes, particularmente na Escola de Energias Sexuais (SES), sobre ser uma vítima ou ser um abusador no mundo externo. Mas, agora, é pra darem uma olhada em como vocês estão jogando o jogo de vítimas consigo mesmos, com a culpa.

 

É hora de reconhecerem, se estiverem prontos, que é o momento de parar de jogar esse jogo. Chega de culpa. Chega de culpa, e parte de vocês vai insistir em se apegar a ela: “Eu fui uma má pessoa. Preciso me sentir culpado.” Chega. É isso. Acabou. Limpem a lousa, e é aí que os problemas vão surgir: “Será que realmente posso limpar a lousa?” E, então, a culpa vai falar mais alto: “Não, não. Não pode. Não pode se livrar disso assim facilmente. Vai levar um bom tempo. Temos que trabalhar pra isso. Temos que lidar com ela e processá-la. Criança interior e todo o resto.” Mas não. Parem de jogar o jogo.

 

Vamos transformar isso num merabh pra não ficarmos mais mentais com relação a isso. Vamos respirar bem fundo.

 

 

Merabh Exterminando a Culpa

 

A experiência humana carrega muitos sentimentos de culpa.

 

[A música começa.]

 

E isso só aumenta e aumenta, e realmente transforma alguém numa grande vítima.

 

Chegamos neste ponto em que estamos entrando na verdadeira Realização encarnada. Chegamos neste ponto em que vocês têm que tomar uma decisão. Uma decisão consciente, enquanto o Mestre fica sentado, esperando, e o Eu Sou. Uma decisão consciente sua. Vocês vão parar de jogar o jogo de serem vítimas de si mesmos?

 

Vocês sabem como é ser vítima de coisas externas – famílias ruins, relacionamentos ruins, perdas de negócios e todo o resto. Estamos além daí. Agora, temos que nos voltar para vocês sendo vítimas, no papel de vítimas da própria culpa. Examinem como a culpa fez vocês viverem a vida de vocês, tomarem decisões, como ela fez vocês não curtirem um monte de coisas na vida.

 

Eu diria que a pior coisa a fazer com a culpa é tentar processá-la, resolvê-la de alguma forma, sondá-la, colocá-la em análise. Isso é exatamente o que a culpa quer.

 

Mas é pra dizer: “Cansei de jogar o jogo da vítima comigo mesmo. Game over. Fim de jogo. Basta de culpa.” Detonem a culpa. É pra isso que estamos aqui. Isso não se aplica a todos os humanos. Não, de modo algum. Trata-se de vocês, de vocês e de onde estamos neste momento.

 

Num modo muito estranho de se dizer, os humanos... a maioria dos humanos ainda precisa da culpa. Eles precisam dela para a sobrevivência deles, pela identidade deles. Eles precisam desse elemento da culpa. Ela ainda é parte essencial da vida deles.

 

Não da de vocês. Vocês não precisam mais dela. Vocês não precisam que ela regule vocês, impeça vocês de serem pessoas más.

 

Os Shaumbra estão muito viciados na culpa. Há muitas culpas de relacionamentos.

 

[Pausa]

 

E nós estamos aqui, eu estou aqui, pra chamar vocês no seu jogo.

 

Existem algumas culpas espirituais estranhas, na maior parte coisas de vidas passadas, que remontam até dos tempos de Yeshua e do trabalho que vocês vieram fazer. Vocês passaram muitas existências tentando manter a condição sagrada da sabedoria dos tempos de Yeshua, sentindo-se culpados por não terem feito isso direito.

 

Mas qualquer que seja a culpa, ela não é importante. Tentar entendê-la não é importante.

 

O que é importante é que, antes de emergirmos, antes de realmente nos abrirmos, preciso perguntar a vocês – falta só um mês –, tenho que perguntar a vocês, a cada um de vocês: Vocês estão prontos pra desistir desse jogo?

 

É ou sim ou não. Só isso. Sim ou não, nada mais. Não digam nada entre uma coisa e outra.

 

Vocês estão prontos pra desistir da culpa, desistir de serem vítimas de si mesmos? É um jogo de proporções imensas, e vai segurar vocês.

 

[Pausa]

 

Vocês podem dizer que a culpa os impediu de repetir os erros. Vocês podem dizer que a culpa chega a ser como uma punição autoimposta. Vocês podem dizer que a culpa não é nada que vocês consigam realmente controlar; ela está lá, é um demônio. Vocês podem dizer que ela vem dos outros ou de outros lugares. Não. É tudo um jogo.

 

[Pausa]

 

E a pergunta muito simples que eu faço é: Vocês estão prontos pra pararem de ser vítimas? Só isso. Vocês podem deixar isso ir assim – peooww!

 

[Pausa]

 

A palavra “vítima” geralmente é usada em referência às suas experiências, aos seus relacionamentos, com o lado externo. Ser uma vítima de alguém ou de alguma coisa externa. Nunca a vi ser mencionada como ser uma vítima de si mesmo – da própria culpa, vergonha. Vergonha de ser um humano. Que caiu da graça, veio pra este planeta, assumiu um corpo físico.

 

[Pausa]

 

Aposto que vocês nunca pensaram realmente em vocês como vítimas de si mesmos. Mas, vejam, tem algo aí que vocês curtem. Algo faz vocês gostarem de serem culpados.

 

Estou aqui chamando atenção de vocês sobre isso, neste momento.

 

[Pausa]

 

A culpa é uma dessas características humanas interessantes, meio emocionais. É muito pegajosa e, ah, meio suja, vergonhosa, insidiosa, até vocês pararem um instante e perceberem o jogo. Ela gosta que vocês pensem que ela é pegajosa, suja, sórdida, insidiosa e que se arrasta ameaçadoramente ao redor, ao redor da sua casa, da casa metafórica, como baratas e cupins. Ela gosta que vocês pensem dessa forma. Ela gosta que vocês pensem que é difícil se livrar dela, que vocês não são dignos.

 

Na verdade, vocês meio que gostam da sensação. Sim. É, vocês gostam. Vocês gostam da sensação de serem culpados, do contrário, isso não estaria aí.

 

Vou contar mais uma coisa sobre a culpa. Dependendo de como vocês olham pra ela, é também como Teflon, com uma superfície que não gruda. Se vocês não se envolvem com ela, se não tentam processá-la nem entendê-la, se não entram na sedução emocional dela, é como Teflon, tranqüila. É só – schwitt! – e acabou.

 

Então, por um lado, vocês podem ter a impressão que ela é muito pegajosa, sórdida, e que se esconde nos recessos da sua casa. E que vocês não vão conseguir se livrar dela. Vocês dão uma de vítima dela, se esse é o jogo que querem jogar.

 

Ou vocês simplesmente respiram fundo, param de jogar o jogo e acabou. Acaba rápido assim.

 

São como os dois lados da mesma moeda. A velha culpa sórdida, com vocês sendo vítimas, ou verdadeiramente deixar que ela vá embora. Schwtt! Acabou.

 

Então, estou colocando pra vocês, mais uma vez... É um simples sim ou não. Estão cansados de jogar o jogo de serem vítimas de si mesmos?

 

Respirem bem fundo.

 

Culpa, vergonha, elas entram bem fundo, às vezes. Mas, quando estamos num espaço seguro como este, também é, de fato, uma das coisas mais fáceis de vocês largarem.

 

O humano, às vezes, tem dificuldade com isso. Bem, ele luta e diz: “Não posso simplesmente deixar isso ir assim.” Ou: “O universo não registra isso?” Não, não registra. O universo não registra nada disso. Só vocês registram.

 

Bem, sintam um instante. Sintam o Mestre. O Mestre é a sabedoria de todas as suas existências.

 

Sintam um instante. O Mestre não registra essas coisas. O Mestre transforma tudo em sabedoria. O Mestre não julga.

 

O Eu Sou, a consciência em si, não tem um livro de certos e errados. O Eu Sou nem sabe o que é carma nem se importaria com isso. Tudo isso são impressões humanas.

 

Então, sim, vocês podem se afastar disso, dessa culpa, quando quiserem. Quando quiserem que o jogo pare.

 

[Pausa]

 

Quero que vocês se observem ao longo do próximo mês até nosso próximo Shoud.

 

Com que frequência vocês pensam na culpa e na vergonha e as combatem? Será que vocês vão transformar isso num exercício mental do quanto vocês são vítimas? Será que vão escrever histórias, colocá-las na mídia social, sobre culpa e vitimização? Porque, se fizerem todas essas coisas, vocês ainda estarão nessa energia pegajosa. Vocês ainda estarão no próprio jogo. E o jogo é de vocês mesmos. Não é de ninguém mais. Vocês ainda estarão no drama.

 

Ou vocês podem se afastar. Parem de jogar o jogo.

 

Não existem consequências para o fim do jogo, em termos de penalidades ou coisas desse tipo. Se vocês acabarem com o jogo agora, isso não vai torná-los uma pessoa ou um espírito melhor ou pior. Isso não vai colocá-los lá atrás na estrada para a Realização nem vai adiantá-los, tampouco.

 

Ou vocês param de jogar o jogo ou não param. É isso. Só isso. Respirem fundo.

 

No mês que vem, entramos na Série Emergindo. Começamos não só percebendo que temos asas, começamos usando essas asas. É por isso que neste último Shoud da Série das Asas eu faço esta pergunta: “Vocês estão prontos pra pararem de jogar o jogo de vítimas da culpa?” É só isso.

 

[Pausa]

 

Vamos respirar bem fundo.

 

[Pausa]

 

Sintam como seria... como será ter liberado essa culpa, não tê-la mais.

 

[Pausa]

 

Suas decisões serão diferentes. Seu fluxo energético será diferente. Sua capacidade de abrir suas asas certamente mudará.

 

[Pausa]

 

E, sim, inicialmente, vocês vão sentir uma espécie de vazio dentro de vocês, alguns buracos em vocês. E, ao dizerem “chega de ser vítima da culpa”, haverá um certo vazio, porque isso aí estava preenchido, há muito tempo, há muuuito tempo, com a sua culpa.

 

Mas esse vazio, esses buracos vão rapidamente ser preenchidos pela consciência, pelos sentimentos reais, não por esses falsos sentimentos. Por sentimentos reais.

 

A culpa assumiu grande parte do espaço de seu mecanismo sensorial, o que impediu que vocês realmente vivenciassem todos esses outros sentidos dos quais falamos, impediu que vocês realmente sentissem, realmente tivessem experiências.

 

[Pausa]

 

E vocês podem examinar a culpa da forma que quiserem. Podem tentar examinar de onde ela veio ou por que ela está aí, como chegou aí. Nada disso importa.

 

É hora ou de parar de jogar o jogo de vocês ou não. E é um jogo de enormes proporções. Talvez o maior jogo que o humano já jogou. Sim, a culpa, ser vítima de si mesmo.

 

[Pausa]

 

Estou apenas fazendo o tempo passar aqui, sentindo todas as energias de vocês. E partimos da confusão do sentimento de desconforto, ou mesmo da raiva – neste merabh –, partimos da confusão, da raiva e da tristeza. E agora o que estou sentindo é que muitos de vocês estão respirando fundo e dizendo: “O jogo acabou.”

 

E, mesmo se a mente não conseguir saber muito bem onde arquivar esse jogo, não conseguir pensar sobre ele, vocês têm suficiente sentimento intuitivo, inato, pra poderem dizer: “O jogo acabou. Não vou continuar jogando.”

 

Não é um jogo externo. É um jogo interno. A culpa.

 

Vamos respirar bem fundo.

 

[Pausa]

 

Respirem fundo.

 

[A música termina.]

 

Assim, eu diria que cerca de 38% de vocês responderam claramente à pergunta: “Vocês vão parar de jogar o jogo?”

 

Não é uma corrida. Não existe um tempo determinado para o restante de vocês, mas alguns estão pensando nisso. Então, vocês se ouvem dizer “sim”, mas, no minuto seguinte, dizer “não”. E, então, vocês voltam correndo para o jogo. Mas eu darei 24 horas pra vocês tomarem essa decisão, se sim ou não. E, repito, não queremos processar demais isso, mas a culpa é um grande jogo autoimposto. É isso. Um jogo autoimposto. Ele amarra sua energia e amarra sua Realização. Vocês conseguem liberar isso dizendo apenas: “Estou cansado do jogo.” E, então, não se preocupem com isso. Não fiquem processando as coisas. Vai acontecer por conta própria. Vai ser como Teflon. Mas, se vocês mergulharem na coisa e começarem a tentar analisá-la e tudo mais, ela vai grudar mesmo, realmente, fortemente.

 

Assim, vamos respirar fundo. Vocês têm 24 horas pra considerarem isso e, então, seguirem em frente para emergirem.

 

E, com isso, não importa o que decidirem, lembrem-se de que...

 

ADAMUS E A PLATEIA: ... tudo está bem em toda a criação.

 

ADAMUS: Obrigado. Obrigado. [Aplausos da plateia]

 

LINDA: E assim é. Peço que continuem respirando bem fundo. Adamus está nos mostrando tantas coisas... Respirem bem fundo e não esqueçam que terão 24 horas pra tomar essa decisão. [Risadas] E lembrem-se que temos 30 dias para as coisas acontecerem. Mas não importa o que aconteça continuem respirando bem fundo. Continuem respirando bem fundo, porque sabemos que Adamus voltará aqui em 4 de agosto, nos trazendo mais coisa. Então, respirem bem fundo e sintam esse E. Permitam-se estar lá pra emergirem. Obrigada a todos. Obrigada à plateia presente aqui por ser tão graciosa em sua participação e seus desafios. Obrigada a todos acompanhando on-line. Obrigada à equipe e a todos por aí afora a quem não podemos agradecer o suficiente. Retornaremos em 4 de agosto. Obrigada. Continuem respirando.

  

 

Tradução de Inês Fernandes – mariainesfernandes@globo.com