OS MATERIAS DO CÍRCULO CARMESIM

 

Série das Asas

 

SHOUD 2 – Apresentando ADAMUS SAINT GERMAIN, canalizado por Geoffrey Hoppe

 

Apresentado ao Círculo Carmesim
em 7 de outubro de 2017
www.crimsoncircle.com

  

 

Eu Sou o que Sou, Adamus of Saint Germain.

Vamos respirar fundo juntos, queridos Shaumbra, enquanto nós nos reunimos novamente. Essas reuniões acontecem há centenas de milhares de anos, de diversas maneiras, de diversas formas e em diversos lugares. Não só nesta existência, quando nos reunimos por causa de nossos corações e nossas almas, mas em muitas outras eras. E aqui estamos nós agora, no período de tempo mais importante de todos.

Quando nós nos reunimos ao redor do mundo – quando temos o que chamam de workshop ou seminário, quando andamos pelo mundo –, algo muito único acontece. Se já estiveram num de nossos encontros, provavelmente sabem de tanto que eu pergunto ao grupo: “Qual é a energia comum ao grupo? O que fez com que este determinado grupo de 50, 100 ou 200 se reunisse? Qual é a energia compartilhada na sala?” E, então, depois de um monte de respostas erradas, eu dou a resposta certa, e pode variar aqui e ali, mas o grupo reunido lá é composto dos que se conhecem de outras épocas, dos que estiveram juntos numa Escola de Mistério. Eles têm essa ligação em comum, a de terem estado na mesma Escola de Mistério por anos a fio. E decidiram voltar juntos novamente. Eles acham que estão indo a um workshop, mas é só uma boa fachada. Ah, nós conversamos, fazemos palestras, nos divertimos, movimentamos muita energia, mas trata-se realmente de uma reunião das almas que estavam nas Escolas de Mistério.

Outras vezes, há uma energia generalizada no grupo de falta de confiança em si próprio. Vejam, eles atendem ao chamado para o workshop – é anunciado aqui no Shoud, é divulgado na revista dos Shaumbra, aparece na loja – e atrai as pessoas certas, o grupo certo. Muitos grupos estão repletos de falta de confiança em si próprios. As pessoas estão muito perto, mas ainda com muita falta de confiança em si mesmas.

Outros grupos se juntam porque estão magoados, profundamente feridos, com coisas que descobrem serem muito difíceis de liberar, e essa é a energia compartilhada nesse determinado workshop. Daí, falamos um pouco sobre essas feridas. Eu promovo distrações das mais variadas, mas o que realmente está acontecendo nessa reunião é a liberação de muita energia velha ou, pelo menos, o reconhecimento de que a coisa está lá – aquela velha energia de mágoa ou energia de vítima – pra que os participantes liberem isso.

Mas ninguém nunca disse: “Qual é a energia comum a todos nós?” Todos nós, aqueles que estão acompanhando online, ou mesmo posteriormente, aqueles que estão juntos aqui. Qual é a energia comum aos Shaumbra? É só casualidade as pessoas ao redor do mundo se conectarem ao site, ao Círculo Carmesim? Ah! Eu acho que não.

 

O Sonho Atlante

A energia comum aqui é o que eu chamo de Sonho Atlante. Ele remonta lá dos Templos de Tien, em Atlântida. Era o sonho da iluminação encarnada, quando o Mestre encontra o humano e passam a ficar juntos. Era o sonho lá naquela época, do divino vindo para esta esfera viver plenamente, viver o que eu chamo de uma Vida de Ahmyo.

Esse era o Sonho Atlante e, se vocês estiveram realmente nos Templos de Tien, em Atlântida, se tiveram esse sonho, o sonho da iluminação encarnada, nos tempos de Yeshua, quando muitos de vocês se reuniram, se estiveram lá na época das Escolas de Mistério, não importa, porque o elemento comum a todos ainda é esse sonho que remonta lá de Atlântida.

Ah, Atlântida. Não é interessante, agora, observar nas notícias o que está acontecendo? Tantos furacões, tanta devastação naquela área (Caribe). Quando vocês realmente sentem o que está acontecendo, sabem que é realmente uma limpeza, uma limpeza das velhas energias atlantes, acontecendo no momento certo pra limpar, pra trazer clareza.

Agora, às vezes, a limpeza é trágica em termos do conforto humano e, muitas vezes, da vida humana. Não é por engano que ainda há pessoas lá perdendo suas vidas num desses incidentes. Mas o que realmente está acontecendo é uma limpeza muito profunda dessa velha energia atlante, da energia da ferida e da guerra, da energia que fez com que Ísis verdadeiramente se ferisse. É por isso que vocês veem esse padrão contínuo de limpeza nessa área. Ele vai parar durante um tempinho, mas vai ficar voltando até que tudo esteja limpo.

É assim que acontece, mesmo dentro de vocês, até tudo estar limpo. Ah, e às vezes existem coisas das quais vocês nem estão conscientes, mas que estão muito entranhadas na sua vida e no seu comportamento. Então, as tempestades voltam, de tempos em tempos, limpando um pouco mais a cada vez – às vezes, com um enorme desconforto, às vezes com muita emoção e mesmo com dor física –, mas pra limpar o que não pertence a vocês.

A energia comum a qualquer um que se chama de Shaumbra – é claro, não tem que fazer nada, nem um juramento solene –, mas a energia comum que reúne todo mundo é o Sonho Atlante do paraíso e da Terra juntos, mas não numa outra esfera. Aqui. Bem aqui. É o que reúne cada um.

Pra vocês, pode parecer óbvio: “Bem, é claro, é por isso que estamos aqui. Estamos aqui para a nossa realização, a nossa iluminação. Estamos aqui pra viver agora no corpo físico.” Mas respirem fundo e sintam os outros que estão em suas jornadas e caminhos espirituais, os outros que estão estudando as artes místicas. Não é necessariamente a mesma coisa pra eles. Para alguns, sim, mas não é necessariamente da mesma forma.

Não há um desejo profundo pela iluminação encarnada. É a iluminação e eles não sabem o que acontece depois ou nem se importam realmente com isso. Mas, pra vocês, trata-se de ficar aqui. E, ah, vocês já descobriram, e continuam descobrindo, como às vezes isso pode ser difícil.

A energia comum a todos nós, a todos vocês, é o Sonho Atlante. É meu sonho, também. É uma das razões pelas quais eu voltei pra trabalhar com cada um de vocês.

Estamos às vésperas disso. Não temos um longo caminho pela frente. Não vamos continuar a lutar por isso noutras existências. Estamos às vésperas disso. E, às vezes, estar às vésperas de qualquer coisa é a parte mais difícil, mais empolgante. É quando mais surgem o medo e a dúvida. É quando as coisas estão prestes a acontecer. Bem antes do seu aniversário, bem antes de se casarem, bem antes da sua iluminação encarnada. É quando tudo começa a oscilar e a confundir. “Tudo começa a ficar instável”, como disse Kuthumi há muitos anos. Nada parece em ordem. Nada parece direito. Tudo parece estar fora de equilíbrio. E é realmente quando as velhas questões tendem a surgir. E, então, vocês se perguntam: “Por que ainda estou lutando? Por que essas velhas questões estão aí? Por que dizem que estou tão perto da iluminação, mas ainda sinto às vezes como se faltassem 10.000 quilômetros? Por quê? Ah, por quê?”

E, por sinal, permanecer no corpo enquanto vocês passam pela realização é difícil por diversas razões. É algo lindo. Absolutamente lindo – depois que vocês passam. [Algumas risadas] Mas permanecer no corpo enquanto passam por todo esse processo é a coisa mais desafiadora de todas. Por isso, alguns chegam pertinho da realização e partem. Vão embora. São 157 Shaumbra que partiram, que vieram para o meu lado, na minha contagem, desde o ano de 2009, quando comecei a trabalhar com os Shaumbra. Cento e cinquenta e sete que chegaram muito perto ou que estavam esgotados, cansados, e se liberaram. Ah! Foi uma das coisas mais fáceis que eles fizeram. Uma alegria e tanto. Uma honra e tanto. Nenhum arrependimento. Nenhum desejo de que tivesse sido diferente. Mas, às vezes, partir é algo muito cativante quando vocês chegam tão perto.

Por que ficar? Digo, realmente, por que ficar? Pra se inteirarem das notícias diariamente? [Algumas risadas] Por que ficar? Pra que possam fazer outra refeição? Por que ficar? Pra que possam fazer sexo? Vocês já não fazem há tanto tempo, então, por que ficar afinal? [Linda se exalta.] Me desculpe. Ahã.

LINDA: Fale por você mesmo. [Mais risadas]

ADAMUS: Por que ficar? Por que ficar quando as energias da Terra são tão grosseiras? Elas são realmente toscas. Ainda há pessoas que têm muitas, muitas, muitas, muitas existências pela frente. Por que ficar? Vocês sabem que não vão salvá-las. Vocês sabem que não vão salvar o mundo. Então, pra que ficar? Ah. Bem, só porque vocês chegaram tão longe. Só porque era o Sonho Atlante e vocês querem vê-lo realizado. Só porque vocês querem ver como é viver uma vida sensual, a verdadeira vida sensual. Isso nunca foi realmente feito na forma humana. Vocês querem ver como é. E só porque é hora para a Vida de Ahmyo.

A Vida de Ahmyo é quando vocês são o Mestre e o humano. É o “e”. É quando não existem mais batalhas, não existem mais lutas, não existe mais esforço pra conseguir as coisas. Agora, vocês podem deixar que tudo venha até vocês – abundância, relacionamentos, energias, qualquer coisa.

 

O Sonho Shaumbra

 Agora, esse é um sonho que vou chamar de Sonho Shaumbra. O sonho de não terem que trabalhar tão arduamente, lutar com as coisas; elas simplesmente estarão lá. Estarão lá no momento certo. Vocês deixam de batalhar com a mente. Chega de batalhas. Elas acabaram. É quando vocês não batalham mais contra nada, quando vocês realmente transcendem entre as outras pessoas. Em outras palavras, vocês podem estar com elas, mas verdadeiramente vocês operam num nível diferente. Vocês deixam de estar na mente.

 Ah, a mente, a mente, a mente. Vamos falar sobre a mente em detalhes no ProGnost 2018. É o fim da mente. É a última era da mente, mas a maioria das pessoas não percebe isso. O que vai acontecer com a mente humana? Isso vai confundir as pessoas, vai traumatizá-las.

A mente humana é assim desde meados da era atlante. Assumiu-se que assim era a mente e que ela sempre seria assim. De jeito nenhum. A mente vai passar por uma tremenda evolução e a maioria das pessoas realmente não está preparada pra lidar com isso. Então, se quiserem dar um título para o ProGnost 2018, pode ser ProGnost 2018, a Última Era da Mente.

LINDA: Yeeaah!

ADAMUS: Ah. Uau.

Estamos além dela. Estamos além dela. Vocês já estão mergulhando no saber. Vocês estão seguindo a sua intuição. Vocês estão abrindo o coração. A mente está relaxada o suficiente pra todos vocês, pra qualquer um de vocês. A mente está relaxada o suficiente agora. Ela ainda vai se esforçar, de vez em quando. Ela ainda vai exercer seu poder de atração pra se manter, mas a mente vai se adaptar e se ajustar. A mente já está fazendo isso. É por essa razão que tem dia que parece uma loucura lá em cima [na cabeça].

 Mas é o Sonho Shaumbra, esse Ahmyo, não só estar no corpo físico. Na verdade, não é, eu suponho, o sonho de vocês. Vocês desejam poder estar aqui e não ter que ficar arrastando esse corpo por aí. Mas é o sonho de simplesmente estar na graça e na facilidade da energia. A energia servindo vocês. E não vocês a servindo. Sem as crises de energia, sem ficar com baixa energia de qualquer tipo, mas realmente, de uma vez por todas, deixando que a energia sirva vocês. Esse é o Sonho Shaumbra, a Vida de Ahmyo. É incrível e até surpreendente quando, de repente, a coisa simplesmente está lá.

 Agora, o humano interage com isso, é claro. Não se trata de ficarem sentados no banco de praça o dia todo. Pode ser necessário enviar alguns e-mails. Pode ser necessário fazer uma viagem, e coisas assim. Mas aquela velha luta, aquele negócio de ralar o joelho – quando vocês ficam de joelhos dando duro e se esgotando –, tudo isso termina, e é preciso. A propósito, isso vai acabar com a mente, porque a mente é que coloca todas essas coisas lá. Mas tudo isso vai acabar e, de repente, o Sonho Shaumbra está lá.

 É um pouco assustador, de certa forma, porque vocês estão acostumados a ter que pensar nas coisas e trabalhar por elas. E vocês ainda vão querer repetir esses padrões. Vocês só vão querer que eles fiquem um pouco mais fáceis – um processo de pensamento um pouco mais fácil e uma luta um pouco mais fácil. Mas tudo isso vai acabar completamente e vai parecer estranho, bem estranho. Vai parecer estranho. Trata-se de deixar a energia, enfim, servi-los.

 Agora, um dos maiores desafios pra cada um de vocês é que se trata de vocês. De vocês. No minuto em que vocês querem incluir sua tribo, sua família, seus amigos, a humanidade, o que for, todo o resto, de repente, deixa de se tratar de vocês. De repente, vocês estão carregando as coisas dos outros. De repente, vocês têm que se esforçar por suas coisas – não mais por suas coisas, mas pelas coisas deles. E, de repente, isso vai reduzir e mesmo talvez parar todo esse processo da Vida de Ahmyo, de permitir que a coisa venha até vocês. Vocês vão se sentir estranhos quando vier pra vocês e não vier talvez pro seu cônjuge, pros seus filhos, pros seus melhores amigos, pras pessoas em volta de vocês. E vocês vão querer compartilhar tudo, e vão descobrir que não funciona, porque eles não querem isso, não estão prontos pra isso. Não serve pra eles de jeito nenhum. E isso vai ser um dos desafios.

 Ah, quando eu digo que o Sonho Shaumbra, o Ahmyo, está simplesmente lá, que está lá, isso soa maravilhoso, mas agora eu completo: pra vocês. Está lá pra vocês, não pros filhos, não pros cônjuges, nem pra ninguém mais. Se eles quiserem, também podem permitir isso, mas terão que fazer por conta própria.

 Isso vai ser uma das coisas estranhas na Vida de Ahmyo – o fato de vocês se sentirem talvez um pouco egoístas, às vezes. É quando vocês respiram fundo e deixam isso ir. E eu estarei bem na sua porta, insistindo pra deixarem ir. Há tanto dentro de vocês que... Bem, falaremos sobre isso num minuto. Hum.

 Assim, vocês estão às vésperas disso, e não é como aquela coisa da cenoura na frente do burro. Vocês já estão lá. Vocês estão nessa energia e, como eu disse, há um impulso que não vai permitir que vocês voltem pra trás. Pode permitir que vocês se sintam infelizes por um tempo, e se sintam como se estivessem andando em círculos, mas vocês não vão andar pra trás. Há um impulso que vai carregá-los para a iluminação. É por isso que chamamos esta de a série das Asas. Elas vão carregar vocês para a sua iluminação. O Sonho Atlante, o Sonho Shaumbra, o saber que vocês têm no coração, tudo isso vai carregá-los pra lá, às vezes, gritando e esperneando.

 Daí, vocês dizem: “Mas, Adamus, quando? Mas quando?! Estou me esforçando! [Algumas risadas] Estou permitindo. Estou esperando pacientemente.” Nenhuma dessas três coisas é verdade. [Mais risadas] Vocês não estão esperando pacientemente. Vocês não estão realmente permitindo, porque ainda há uma confusão com o conceito de permitir. “Permitir: o mundo passa a ser minha responsabilidade.” Isso não é permitir. Permitir tem a ver somente com vocês, vocês mesmos, o divino, o Mestre, como queiram chamar. Somente com esses dois elementos. Vocês, enquanto humanos, permitindo o Mestre. Eles se juntam. Vejam, nessa equação não estão seus irmãos, seus pais, os colegas de trabalho nem ninguém mais. Vocês não estão permitindo para o resto do mundo. Isto aqui [mostrando o dedo do meio] para o resto do mundo. [Algumas risadas] Isso significa seguir seu próprio caminho. [Mais risadas quando ele faz o gesto novamente.] Não se trata de permitir nada além de vocês e o divino, vocês e o Mestre, vocês e o Eu Sou. Só isso. Mais nada. Nada de permitir que o mundo seja um lugar melhor. Não!

Shaumbra, dizemos isso sempre. Às vezes, eu me pergunto, Shaumbra, se vocês estão escutando, estão sentindo? Permitir tem a ver com vocês e o Eu Sou. Só isso. Nada mais. Não tem a ver com guias espirituais, com Adamus, com nada mais. Não me permitam, porque eu vou mexer com vocês. [Algumas risadas] Permitir tem a ver com permitir a si mesmos, e vocês não se esforçam pra isso. Mas eu vejo vocês se esforçando. Todo o esforço é feito bem aqui em cima [apontando para a cabeça]. Não com as mãos. É feito aqui [apontando para a cabeça]. E paciência. Ah, não. De jeito nenhum.

Mas vocês dizem: “Então, quando, quando isso vai acontecer? Eu estou permitindo. Estou me esforçando e sou paciente.” Nada disso é verdade. “Quando vai acontecer? O que está me segurando? O que estou fazendo de errado?”

 

Uma Mensagem Muito Especial

Pra ajudar a responder a essa pergunta, quero ler uma coisa pra vocês. Quero ler algo que um amigo querido, John Kuderka, deixou com Cauldre pra que eu lesse pra vocês. Parece confuso, mas Cauldre perguntou ao Sr. Kuderka: “Então, você quer que eu canalize você no Shoud?” E John deixou bem claro: “Ninguém vai me canalizar.” [Risadas] Então, Cauldre escreveu isto e me pediu pra ler durante o Shoud.

Vamos respirar fundo, enquanto sentimos a presença de John – ah, a presença –, todo o seu ser na sala.

Preciso parar um instante e explicar. John estendeu sua obrigação, estendeu seu tempo de permanência aqui na Terra. Originalmente, ele teria partido cerca de três anos e meio atrás. Quando ele percebeu que o Círculo Carmesim ia fazer um estúdio, ele decidiu ficar por mais tempo pra fazer parte da construção disto tudo aqui. Ele fez o serviço. Estava pronto pra voltar pra este lado. Ele tinha um grande projeto em que trabalhar aqui, e decidiu ficar.

Ele fez a transição recentemente. Sempre será parte dos Shaumbra, sempre será parte deste estúdio. Ele não partiu. Provavelmente, está mais consciente de cada um de vocês do que nunca. E, literalmente, está trabalhando – vocês conhecem John –, está trabalhando numa nova tecnologia, mas numa tecnologia que não envolve circuitos, cabos e eletricidade, uma tecnologia pra permanecer conectado entre as esferas. Vejam, de vez em quando, vocês têm vislumbres das outras esferas, mas parece que elas desvanecem. Então, o querido John está trabalhando numa tecnologia para os Shaumbra permanecerem conectados, permanecerem nessas esferas. Hum.

De John: “A Doença Maior. A doença maior não é o câncer ou a insuficiência cardíaca. Esses são desequilíbrios do corpo. A doença maior não é a depressão, a ansiedade nem a esquizofrenia. Essas são reações da mente. A doença maior é permanecer adormecido, apesar de saber que é hora de acordar.”

Eu vou repetir isso.

“A doença maior é permanecer adormecido, mesmo quando sabem que é hora de acordar. Permanecer adormecido dilacera o coração e a alma. É não ser verdadeiro consigo mesmo em meio à maior verdade de todas: você é livre. Permanecer adormecido é viver num estado limitado de ser, e isso vai assombrá-lo mais do que qualquer doença do corpo ou da mente.”

Vou repetir isso também.

“Permanecer adormecido é viver num estado limitado de ser, e isso vai assombrá-lo mais do que qualquer doença do corpo ou da mente. Em vez de lutar contra o câncer ou a depressão, entre bem fundo em seu coração. Sinta o que pertence a você e deixe pra lá todo o resto.”

Por favor, vou repetir isso.

“Sinta o que pertence a você, quando entrar bem fundo em seu coração, e deixe pra lá todo o resto. Não se prenda a velhas memórias nem se preocupe com o futuro. Essas coisas são as doenças que o impedem de viver. A doença maior de todas, para os Shaumbra, aquela que o impedirá de alcançar o coração, é permanecer adormecido.”

John teve experiências inacreditáveis em suas batalhas contra com o câncer, mas, de fato, não eram batalhas. Era permitir, pode-se dizer, aquilo que estava em seu verdadeiro coração, permitir o que realmente estava lá.

Agora, nenhum humano jamais vai querer ser confrontado com doenças do corpo ou da mente. Mas, no caso dele, não era uma luta contra o câncer. Era um permitir do Eu. E, em seus últimos dias e, particularmente, seus últimos meses, ele percebeu que ele havia se prendido a muita coisa, a muita coisa velha que não servia pra ele, mas a que ele ainda se prendia. Essa foi a doença maior, não o câncer. Ele não brandiu sua espada contra o câncer. Ele a brandiu contra não despertar e não permitir. Todas as ferramentas estão lá. Tudo de que vocês precisam. Tudo de que John precisava. Está tudo lá.

Quando ele fez a transição, foi um momento de alegria. Ele foi saudado, literalmente, por milhares e milhares que se puseram enfileirados no Hall da Honra – anjos, Shaumbra, Mestres Ascensos. Foi um momento de alegria. Que momento alegre! Foi pouco depois que ele transmitiu esta mensagem pra dizer que a doença não era o câncer. Ah, não fiquem zangados com o câncer. A doença verdadeira foi não despertar quando se sabia possível. Quando se sabe que é possível.

É diferente para os que não têm o mais leve indício dessa coisa chamada iluminação, para os que nunca foram tocados pelo Espírito, por Theo, que nunca sentiram o Eu Sou dentro de si, que nunca vivenciaram o “Eu Existo”. É diferente pra eles. Mas, pra vocês, que têm tido esses encontros, que sentiram a presença dentro de si, que seguiram além da mente e tiveram a experiência do Espírito em sua vida cotidiana, então, pra vocês, a doença maior é não despertar quando se sabe que é possível.

 Quando vocês têm medo, quando vocês se seguram, talvez esperando que outra pessoa consiga antes, quando há coisas que vocês simplesmente não liberam, coisas que não servem mais pra vocês, coisas a que vocês se prendem porque, de certa forma, elas criam uma identidade pra vocês, servem de saco de pancada na vida, servem de algo em que colocar a culpa, quando isso acontece, vocês ficam num ciclo repetitivo, batalhando por algo, sem realmente chegarem a lugar nenhum.

 

Ah, isso traz um certo nível de conforto, e eu tenho incomodado muitos Shaumbra – e vou continuar fazendo isso –, dizendo que, se há alguma coisa na sua vida, essa coisa ainda deve estar servindo pra vocês de algum modo, do contrário, não estaria aí. Qualquer coisa, seja alcoolismo, seja depressão, seja sentir-se totalmente desequilibrado, seja uma questão de abundância, problemas de relacionamento, se ainda está na sua vida, vocês ainda devem estar ganhando algo com isso. Não uma lição. Não é uma lição, porque não há lições. Mas vocês devem estar recebendo algum tipo de conforto, de identidade ou de aflição autoimposta com isso.

Assim, meus caros amigos, a doença maior é, de fato, continuar fingindo que vocês não estão despertos, que vocês não são Mestres, quando, na verdade, vocês têm tudo de que precisam pra isso.

Não Pertence a Vocês

Então, o que é essa coisa? O que é? Ao que vocês estão se prendendo?

Edith. Edith, você se prende ao seu eu guerreiro. [Adamus pega a mão dela.] Você se prende às velhas batalhas de outras existências. Você se prende à retidão. Você se prende a... “as coisas têm que ser de determinada maneira”. Isso não pertence a você. Não é seu. Mesmo que tenha vindo de uma vida passada, não é mais seu. Não é seu, Edith. Libere essas coisas. Essas velhas batalhas, elas não são suas.

EDITH: [sussurrando] Obrigada.

ADAMUS: Libere isso. Libere isso, minha querida.

Algumas coisas são muito profundas. Às vezes, vocês nem reparam, mas elas não pertencem mais a vocês. Vocês chegaram neste ponto em que estão às vésperas da iluminação e é hora de liberar tudo isso que não pertence a vocês.

David, a sua compaixão pelos outros, importar-se com as pessoas, ah, é uma bênção e tanto, realmente. [Adamus pega a mão dele.] Mas essas coisas não são mais suas. Elas criaram uma identidade pra você – o bom David – e fizeram com que você sentisse aqui [apontando para o coração de David]. Mas essas coisas não são mais suas. Não significa que você prejudicará outras pessoas. Não significa que você ficará indiferente às pessoas. Significa, apenas, que você não fará mais as coisas por elas. Isso não pertence a você, David. Respire fundo e libere.

É difícil. É difícil liberar essas coisas. Elas ajudaram a criar vocês. Ajudaram a torná-los o que vocês são, mas não pertencem a você. Não são coisas suas. Vocês vão me ouvir dizendo isso repetidamente e vão resistir. Vocês vão resistir ao que eu digo.

Vince e Caroline, as coisas que tocaram seu corpo físico não são suas. [Adamus põe as mãos nos ombros deles.] Vocês assumiram como suas. Os médicos disseram que eram suas. Vocês podem olhar o raio-X, podem sentir dores no corpo, mas nada disso pertence a vocês. Não pertencem. Vocês carregaram muita coisa para outras pessoas e, na verdade, muita coisa um do outro. É uma beleza quando dois que se amam carregam os fardos um do outro, mas as enfermidades do seu corpo não são suas. Não posso levá-las embora. Eu não curaria vocês, mesmo que eu pudesse, mas posso pedir que vocês liberem isso. Essas coisas no corpo vieram de existências carregando fardos, lutando demais por uma causa. Nada disso é seu. Liberem. Respirem fundo. Não é de vocês, Vince, Caroline. Não é.

É difícil, às vezes, porque vocês se sentem muito próximos e apegados às coisas na vida de vocês. Vocês sentem que fazem parte delas. Vocês pensam: “É óbvio que são minhas.” E vocês continuam batalhando, continuam lutando contra essas coisas e elas não são de vocês.

Tobias disse há muito tempo: a única coisa que é de vocês é o que vocês escolhem que seja. E só. Não quero saber se é abundância. Não quero saber se é uma questão de vida passada. O que for não pertence a vocês.

 Eu olho pra vocês e vejo uma bondade e tanto em cada um, uma bondade que eu gostaria que vocês pudessem ver em si mesmos. Mas vocês carregam fardos imensos. O coração de vocês está coberto de fuligem, de lama, de crosta e de piche, porque vocês estão carregando coisas que não pertencem mais a vocês. E vocês não podem levar essas coisas à iluminação encarnada. Vocês vão continuar tentando se iluminar, se esforçando, mas essa fuligem irá impedi-los de vivenciar isso.

Essas coisas não pertencem a vocês. Vou repetir isso sem parar até vocês ficarem enjoados de ouvir, mas até vocês, de fato, liberarem.

Essa dor profunda no seu coração, minha querida, essa dor profunda no seu coração não pertence a você. [Adamus pega a mão de Lara.] Você a vem carregando há muito tempo. A Ferida de Ísis, suas experiências pessoais que remontam lá dos tempos de Atlântida, essa dor profunda que você sentiu a vida toda, ela não é sua. Você criou uma identidade em torno dela. Você criou destruição e trauma em torno dela. Ela não pertence mais a você. Não pertence. Foi uma experiência, mas não é sua. Por favor, respire fundo e libere isso. Ela não é sua.

Essas são as coisas que, quando vocês perguntam “mas quando, Adamus, quando vai acontecer?”, essas são as coisas que estão segurando vocês. E eu digo que a iluminação é algo natural, que ela vai acontecer, e vai. Vai acontecer nesta existência – nesta existência – e vocês se perguntam por que está demorando tanto, por que são tantas as lutas. É porque vocês estão se apegando a coisas que não pertencem a vocês.

A cada dia, a cada momento, daqui pra frente, observem: isso é de vocês? Vocês podem tentar justificar dizendo: “Bem, é, sim, pois eu feri outra pessoa. Eu fiz algo que não era verdadeiro.” Ou dizendo outra coisa qualquer. Vocês vão dizer: “Bem, é claro que isso é meu.” E eu interrompo um instante, eu interrompo vocês e digo: “Não é. Não carreguem mais isso. Não se prendam mais a isso. Não sejam mais levados por seu poder de sedução. Isso não pertence a vocês.”

Vocês vão se sentir nus, às vezes, totalmente despidos, porque vocês estão trocando de pele, de identidade, de quem vocês eram, do que definia vocês, motivava vocês, do que fazia com que tomassem decisões. E, de repente, vocês vão se sentir despidos, muito vulneráveis – “Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Por que eu quero ficar?” – e essa é a hora de voltar para o “Eu Existo. Eu Sou o que Sou”.

 Essas coisas não pertencem a vocês. Os pensamentos loucos que passam pela sua mente, os problemas no seu corpo, as questões de abundância, as dores e os sofrimentos, essas coisas não pertencem a vocês.

Podem apagar o quadro-negro agora mesmo? Podem simplesmente dizer “essas coisas não são mais minhas”? [Adamus coloca as mãos nos ombros de Alice, que responde com a cabeça que sim.] Podem dizer isso? Claro que podem! Parte de vocês vai querer se segurar e dizer [colocando as mãos nos ombros de Julie] “mas eu preciso me segurar só um pouquinho pra lembrar de não ser uma pessoa ruim”. E é quando eu digo [colocando as mãos nos ombros de Steve]: “Essas coisas não são suas.” O que é seu? Somente o que vocês escolhem que seja.

Vocês não são suas vidas passadas, de modo algum. Vocês não são suas vidas passadas. [Ele coloca as mãos nos ombros de Cathy.] Nós nos referimos a elas como parentes da alma. Vocês podem senti-las, mas vocês não são essas vidas. Vocês não têm que sofrer pelas coisas que elas fizeram. [Ele coloca as mãos nos ombros de Tiffany.] Essas coisas não são suas [olhando para a Tiffany]. O abuso que você assimilou das outras vidas e assumiu tão profundamente dentro de si, a ponto de sentir que fez algo errado pra merecê-lo, não pertence a você, não mais. Nada, nada disso é seu. Respire fundo e libere.

Vocês não têm que afastar essas coisas. Não têm que lutar contra elas. Apenas liberá-las. Só isso. Só isso. Essas coisas não pertencem a vocês. [Adamus está passando por trás do pessoal da produção no fundo da sala.] Tenho que dar uma boa olhada aqui no trabalho magnífico que está sendo feito. [Ele está se referindo à nova configuração da produção.]

A sua filha, ah, a sua filha. [Ele coloca as mãos nos ombros de Peter, da produção.] A sua mágoa. Você se pergunta o que está acontecendo. Por mais que você a ame, ela não pertence a você. Por mais que você se pergunte se fez a coisa certa, se foi um bom pai, isso não cabe a você. O que aconteceu foi uma experiência de mudança de vida que foi escrita na alma. Ia acontecer algo que a colocaria em sua própria visão interior, em sua natureza humana, algo que a colocaria nos níveis mais profundos de seu ser. Já era sabido, já fazia parte do que ela tinha escolhido. Tenha compaixão, tenha amor, cuide dela e mostre a ela a natureza humana, a natureza humana que você carrega dentro do seu próprio ser. Mas essas coisas com ela não são suas.

Isso é algo difícil de se dizer a um pai cuja filha está sofrendo. Não estou dizendo pra ser indiferente. Estou simplesmente dizendo pra não carregar isso pra dentro do seu ser. Esteja lá forte pra ela. Esteja lá com sabedoria pra ela. Mas isso não é seu. E será um ano difícil pra ela, mas ela vai perceber por que ela realmente está aqui.

Essas coisas não pertencem a vocês. A sua família. Falamos muito sobre ela no Liberdade Ancestral. Não cabe a vocês redimir sua família! [Ele coloca as mãos nos ombros de Jean, da produção.] Geração atrás de geração sem autoestima, sem apreço na família, de pobreza, de penitência ao Espírito, a Deus, por gerações de pecadores, ou como assim diz a família. Nada disso é seu, mas você ainda guarda essas coisas dentro de você. Você ainda trava essas batalhas. Libere.

O que isso significa? Nunca mais ver sua família de novo? Negar sua família? Não necessariamente. Significa deixar essas coisas saírem de dentro de você. Libertar-se, pois a maior coisa que você pode fazer por seus ancestrais, pela família que está viva aqui e agora, é liberar isso. Essas coisas não pertencem mais a você. Mas você continua se apegando a elas. Você continua lutando contra elas. Você continua sonhando com elas. Elas não pertencem mais a você.

Seus problemas com autoridade [colocando as mãos nos ombros de Joe, da produção] remontam de existências atrás, em que você foi perseguido injustamente pelas autoridades, por aqueles que estavam no poder, por aqueles que o fizeram de refém, que controlaram sua vida. Isso foi numa vida passada. Nada disso pertence mais a você. Não é seu. Se você continuar se prendendo a essas coisas, tudo isso de alcançar a iluminação será uma luta. Será doloroso e trará coisas como câncer e um tipo de psicose. Nada disso é seu. Foi numa vida passada. Você é o Eu Sou nesta existência. Libere isso.

E o mesmo se aplica a você. [Adamus toca os ombros de Gaelon.] Com relação à família. O que eu disse pra ela. [Ele está se referindo a Jean, mãe de Gaelon.] O mesmo se aplica a você. [Algumas risadas]

Essas coisas não são mais de vocês. Parece óbvio. Parece muito claro. Elas não são de vocês, mas vocês se apegam a elas. Às vezes, vocês nem percebem o que é. Às vezes, vocês estão tão imbuídos dessas atitudes e desses velhos comportamentos de vidas passadas, de famílias passadas, que, às vezes, vocês nem sabem que essas coisas estão aí.

 Cada preocupação que você tem, minha querida. [Ele coloca as mãos nos ombros de Jane.] Você sabia que eu vinha pra este lado. [Algumas risadas] Ah, ele estava sentindo. Cada preocupação que você tem, cada uma delas, não pertence a você. Mas você se prende a elas. É como um velho suéter que você continua tricotando e se apegando a ele. Ele não é seu. Por que você se apega? Bem, por medo de deixá-lo ir. Por medo de deixar ir as agulhas e o fio, e tudo que você tem feito, tudo que criou sua identidade, toda a preocupação, desnecessariamente. John [Kuderka] repreenderia você agora. A única doença é não acordar quando você tem todas as ferramentas, tudo de que precisa, e simplesmente permitir. Mas você continua tricotando aquele suéter de preocupações.

Isso não pertence a você. Oh. Oh. [Adamus coloca a mão no ombro de Sart.]

SART: Merda! [Risadas]

ADAMUS: A fraqueza. A fraqueza do eu humano, a vulnerabilidade do humano, isso não é seu. Ah, você pode ter assumido parte disso e vivenciado isso, mas não é mais seu. Essa fraqueza interior, essa vulnerabilidade que o transformou no exato oposto – o cara durão, o cara engraçado, o cara disperso, mas um cara que realmente sentia que havia uma fraqueza, algo errado lá dentro – isso não é mais seu. Essa fraqueza, de fato, nunca foi sua. Nunca houve realmente uma fraqueza, mas você se ateve a isso. Ah, você a enterrou pra que ninguém pudesse vê-la, mas eu sei que ela está aí. Mas não é sua.

Essas coisas não pertencem a vocês. Lutas, problemas, filhos [olhando para Kerri], companheiros, trabalhar duro, tendo que ser uma guerreira. Não é engraçado, duas guerreiras, uma à frente da outra. [Ele está se referindo a Kerri, sentada à frente da Edith.] Não tem mais nada com o que batalhar. Não tem. Nada disso é seu.

Então, cada pensamento que passa pela mente de vocês que tem a ver com ser inferior, cada pensamento que tem a ver com trabalhar duro e lutar, que há algo errado, não é seu! Eu digo isso há anos pra vocês. Noventa e nove por cento do que passa pela mente de vocês não é seu, e eu diria que outros cinco ou seis por cento são só porcarias que vocês decidiram manter, que vieram sabe lá Deus de onde. Não pertencem a vocês.

Agora, repito, por mais simples que pareça, vocês ainda continuam lutando com isso. Eu quero que vocês realmente observem a si mesmos agora – os seus pensamentos, os seus sentimentos, o que estiver acontecendo na vida de vocês, o que estiverem atraindo pra sua vida, quer as coisas sejam difíceis ou fáceis, quer haja muito confronto e conflito –, e, cada vez que uma coisa acontecer, eu quero que vocês respirem fundo e perguntem: “Isso é meu ou não?” Cada vez que uma coisa ocorrer, quero que vocês a examinem. Será que vocês ainda estão fazendo aquelas velhas perguntas? “O que o Espírito está tentando me dizer? Que lição eu tenho que aprender? Será que eu deveria salvar o mundo, salvar minha família ou outra coisa qualquer?” Nada disso é de vocês.

E ainda digo mais. Vocês estão sendo egoístas no pior sentido da palavra. Vocês estão sendo egoístas por se apegarem a essas coisas, se apegarem às velhas questões psicológicas – falta de abundância, doenças no corpo, pensamentos de serem fracos ou inferiores. Isso é que é realmente ser egoísta. E eu digo pra cuidarem de si mesmos, é claro, mas, quando vocês chegam a este ponto, quando vocês são indulgentes com os velhos pensamentos repetitivos, quando são indulgentes com coisas que nem são suas, é quando eu digo que vocês estão sendo egoístas. Vocês estão negando ao Mestre a entrada em sua casa. Vocês também estão negando, realmente, a evolução de todas as existências passadas e futuras. Isso é egoísmo.

A maior doença de todas é não se permitir acordar, quando se teve vislumbres do que é isso, quando se tem todas as ferramentas, tudo.

Vamos respirar fundo com isso.

Isto não é meu.” Eu quero que vocês sintam isso dentro de seu ser à medida que essas coisas surgirem, à medida que vocês ficarem se atormentando, ficarem se impedindo de alcançar a iluminaçao. “Isto não pertence a mim.” E, dessa forma, isso vai ajudá-los a perceber o que é de vocês.

Vamos transformar isto num merabh, meus queridos amigos.

 

A Sua Bondade – Um Merabh

São tantas as coisas que vocês carregam que não são suas... E isso cobre vocês com todo tipo de lixo. Vocês continuam tentando arrastar esse lixo junto com vocês para a iluminação encarnada. Não há lugar pra nada disso.

 [A música começa.]

Não há lugar para as questões de família, para os problemas de abundância, pra tentarem salvar a humanidade, pra sentirem-se culpados por não serem capazes de salvar a humanidade.

Vamos respirar fundo.

Essas coisas não pertencem a vocês. Então, o que pertence? O que é de vocês?

Pra entenderem isso, vamos entrar no coração. Não na mente, mas no coração.

Vejam, vocês estão muito acostumados a se avaliarem a partir de uma perspectiva mental – bons ou ruins, certos ou errados. Vamos entrar no coração e dar uma olhada no que está lá.

Num de nossos recentes encontros – um belo encontro –, eu perguntei: “O que é a bondade de vocês? O que é a sua bondade?” E foi como se eu tivesse parado o tempo e o espaço, parado tudo: “Bondade?”

“O que é a sua bondade?” Eu perguntei. E foi difícil pra eles descobrir.

Vamos dar uma olhada agora no que é a bondade de vocês. Entrem no coração.

[Pausa]

Isto é algo que vocês não se deixam fazer – entrar no próprio coração. O que eu vejo no coração de vocês é uma pessoa boa, uma pessoa muito boa. Uma pessoa que se importa profundamente com os outros há muito tempo. Uma pessoa que tenta confortar e curar os outros, cuidar dos outros.

[Pausa]

Uma pessoa que doa seu próprio eu, sua própria energia aos outros. Sim, isso é bondade, realmente. Mas, ao fazerem isso, vocês também assumem as coisas dos outros. Vocês assumiram coisas que não pertencem a vocês. Vocês assumiram as dificuldades dos outros, os problemas deles, as questões físicas deles.

[Pausa]

Respirem bem fundo e sintam a bondade.

Um ser vindo pra cá, nos primórdios da formação deste planeta Terra, trazer vida a este planeta, tornar este planeta um lugar de sabedoria e de amor. Isso é bondade. É a bondade de vocês – importar-se tanto com este planeta. Isso é demonstrado agora com o seu amor pela natureza e pelos animais. Essa é a sua bondade.

É tanta bondade que, de fato, vocês assumiram os problemas do mundo. Vocês mal conseguem ver as notícias, porque bate lá no fundo. Vocês as consideram em níveis muito profundos. E, então, vem a culpa e a dor de não terem feito nada pra mudar o mundo.

Vejam, quando vocês entram no seu coração, vocês percebem que vocês vieram pra cá por um motivo muito importante que mudará o mundo. Vocês não vieram pra cá pra mudar o mundo, mas o que vocês fizeram vindo pra cá mudará o mundo.

Vocês têm tanta bondade que querem que todas as pessoas sejam felizes, tanta bondade que querem que todos tenham abundância, tanta bondade que só desejam coisas boas para os outros. Mas, ao fazerem isso, vocês assumiram grande parte do que era deles, e essas coisas não pertencem a vocês.

Sim, talvez vocês se honrem por ter a experiência de assumir todas essas coisas que não são suas. Mas vocês me perguntam: “Por quê? Quando? Quando vai acontecer? Quando essa iluminação vai chegar?” Quando vocês liberarem todas essas coisas que não são suas.

Sintam lá no fundo do coração, sintam a sua própria bondade, sintam o seu tremendo senso de humanidade.

O que é comum aos Shaumbra? Por que nós todos nos reunimos? Bem, é o Sonho Atlante, mas ele também se transformou numa enorme compaixão pela humanidade. Eu sei que vocês ficam irritados com as pessoas – eu também fico –, mas, lá no fundo do coração, vocês têm um enorme amor por elas.

É por isso que é difícil, quando vocês chegam a este ponto, quando eu digo: “Isso não é seu.” Seu coração está tão repleto de natureza humana, tão repleto de amor pelas pessoas, que vocês quase que acham que é seu dever assumir todos os problemas delas, e não é.

Não cabe a vocês o sofrimento do planeta. Não, nem das criancinhas, dos cachorrinhos, dos idosos. O sofrimento não é seu.

Há tamanha bondade no coração de todos vocês, de cada um de vocês, que a última coisa que vocês querem é magoar alguém. E, então, quando vocês fazem isso sem querer, quando magoam alguém, há uma tremenda culpa – que segura vocês, que fecha suas asas e as esconde. Não é pra ser assim.

[Pausa]

Suas vidas passadas... ah... tantos de vocês realmente gostariam de se conectar a todas as suas vidas passadas. O que vocês fizeram? Onde vocês estavam? Quem vocês eram? Mas elas não são vocês. Elas estão esperando por vocês. Elas estão esperando por vocês, não ao contrário. Elas estão esperando por vocês. Não se trata de quem vocês foram e, sim, de quem vocês são agora.

Vocês não estarão negando as vidas passadas. Vocês não estarão repudiando-as. Mas elas não são vocês. As experiências delas, os traumas delas, mesmo as realizações e as alegrias não pertencem a vocês.

Cada pensamento que passa pela sua mente – pensamentos que vocês combatem, pensamentos que vocês tentam suprimir... parem um instante: “Isso não é meu.” Pensamentos de dúvida – sim, vocês acham que a dúvida é de vocês, mas esses pensamentos não são. São dúvidas que vêm da consciência de massa, de vidas passadas, de onde for, mas não são de vocês.

[Pausa]

Isso vai gerar um certo desconforto: “Bem, quem sou eu, então? O que é meu?” É quando eu digo: “Vamos entrar no coração. Vamos voltar direto para o coração, para a bondade, para a sua natureza humana, para o seu amor.” Ah, vocês ajudaram a criar algo chamado amor e, certamente, vocês têm um tremendo coração, um tremendo amor. Ele está no seu coração. Está na sua bondade.

O que está no seu coração é um profundo cuidado pela vida. Ele foi pisado, dilacerado e sufocado. Ele está enferrujado. Está coberto de crosta e de fuligem.

Mas, se vocês sacudirem isso, vocês vão ver a sua bondade, vão ver um nível profundo de cuidado – de cuidado sincero, genuíno. É isso que está no seu coração.

[Pausa]

Quando eu olho para o coração de vocês, não vejo nenhum espaço escuro ou pontos escuros. Não vejo nenhum mal. Não vejo nenhuma fraqueza. Eu vejo o coração de um ser repleto de compaixão e cuidado que assumiu coisas que não pertencia a ele – coisas dos familiares, das outras pessoas, das próprias vidas passadas. Mas essas coisas não são de vocês. Dá pra vocês, por favor, liberarem toda essa gente? Não lutem com elas. Não deem conselhos. Simplesmente, deixem elas irem.

[Pausa]

Estamos num espaço seguro aqui, num espaço lindo e seguro. Estamos entrando em nossa próxima era juntos, na Vida de Ahmyo. É quando o divino e o humano são a mesma coisa. Vocês não podem fazer isso se ficarem se prendendo ao que realmente pertence aos outros. E o segredo é que eles, de fato, não querem que vocês façam isso.

São tantas coisas – desde suas preocupações e suas dúvidas, suas dores e seus sofrimentos, suas enfermidades e sua falta de abundância, até sua aversão por si às vezes, sua condição de ficar girando em círculos – que não são suas.

E, como Mestres, vocês têm todo o direito de declarar isso e de fazer isso. Como Mestres, vocês têm todo o direito de deixar essas coisas saírem da sua consciência, da sua mente, mas, especialmente, do seu coração.

Suas dores de cabeça, suas depressões, suas obsessões com relação a si mesmos, ou seja, suas dúvidas, suas preocupações e seus fatos obscuros, nada disso pertence a vocês.

Não são coisas suas.

[Pausa]

Quando digo que o Mestre está esperando nas asas, é como um jogo de palavras. O Mestre está esperando nas asas, esperando que vocês deixem ir todas essas coisas que não são suas, mas vocês se tornaram muito egoístas, meio autoindulgentes. Vocês se permitiram brincar com a maior doença de todas – apegar-se a coisas que não são de vocês, sem realmente despertarem, mesmo que tenham todas as ferramentas para isso.

Vamos transmutar isso bem aqui, simplesmente respirando. Sem se esforçar, mas simplesmente respirando.

Vocês vão me ouvir dizendo isso repetidas vezes – ah, nos pensamentos da sua mente, nos sonhos à noite, nos nossos Shouds, onde for – “Isso não é seu.” E não é uma pergunta; é uma afirmação. Não vou perguntar pra vocês; vou dizer: “Isso não é seu. Libere. Liberte-se.”

O Mestre não quer mais ficar esperando nas asas. O Mestre quer ser as asas.

[Pausa]

Tudo isso não pertence a vocês.

O que pertence? A sua bondade. O seu cuidado e a sua compaixão. O seu profundíssimo senso de compromisso. Essas coisas são suas. O seu coração, a sua bondade.

[Pausa]

Vamos respirar bem fundo.

Essas coisas não são suas, ou seja, qualquer coisa que agarra aquela fuligem, que cria aquela crosta e que junta sujeira. Nada disso é seu.

Vamos respirar bem fundo com este lindo merabh de hoje.

[A música termina.]

Nós tivemos um ensaio com isso num de nossos encontros na Itália. Hum, interessante. Muito interessante. Não fizemos assim; foi um pouco diferente. Eu tive que distrair o pessoal um pouco. Vamos acender as luzes, por favor. Eu tive que distrair o pessoal um pouco. E foi incrível o que aconteceu.

De repente, todos começaram a liberar o que não era deles, o que não pertencia a eles, o que estavam carregando há muito, muito tempo. Eles começaram a liberar e uma nuvem marrom pútrida se formou sobre toda a sala, deixando o pobre Cauldre nauseado. Ele achou que ia vomitar ou desmaiar, ou desmaiar em cima do seu vômito. [Algumas risadas] E, é claro, o que foi que ele fez? Ele fez o que todos vocês, seres bons, fariam. Ele se perguntou o que estava errado com ele. O que ele tinha feito de errado? Será que ele não tinha se preparado adequadamente? Será que alguma comida tinha feito mal? Ele assumiu como sendo por causa dele, quando não era, de jeito nenhum. Era que todo mundo estava liberando suas cargas, as coisas que não eram suas.

Vocês fazem a mesma coisa, todos os dias da sua vida, todas as horas da sua vida, atuando em coisas que não pertencem a vocês. É egoísmo. Vocês têm que largá-las. Vocês me deram permissão pra ajudá-los a liberar essas coisas.

 

A Vida de Ahmyo

Estamos entrando num novo tempo. Chama-se iluminação encarnada. É o Sonho Atlante. É a razão pela qual vocês estão aqui. É a razão pela qual eu estou aqui. Não é um jogo; é uma paixão. Não é um hobby; é o motivo pelo qual vocês estão aqui e eu estou aqui. Podemos nos divertir com isso. Pode ser uma experiência que simplesmente vai além das palavras. Mas é hora de liberar as coisas que não são suas.

Mesmo quando olharem no espelho hoje à noite ou amanhã, quero que olhem no espelho e percebam o quanto do que veem não é de vocês. Mas vocês acreditam que é. Vocês permitiram que fosse, e não é.

É mais ou menos como se fôssemos passar juntos por tempos muito intensos e irritantes, porque haverá aquele lembrete constante: “Isso não é seu.” E não será uma pergunta. Eu vou dizer a vocês ou o seu Mestre vai dizer a vocês: “Isso não é seu.” O que significa que é pra deixar ir. Liberar.

Estamos entrando numa nova era no trabalho que estamos realizando, ou seja, vamos realizar isso. Nós conversamos muito, nos divertimos muito, mas agora vamos realizar a coisa. É o que eu chamo de Vida de Ahmyo, e vocês estão vendo começar florescer em todo lugar – no Círculo Carmesim, nos Shaumbra ao redor do mundo – a graça e a facilidade, e a vida boa do Mestre. Não é o humano que está tendo uma vida humana um pouco melhor. É uma vida totalmente diferente, e ela surge quando a sabedoria do Mestre... Lembrem-se do que falei antes: sabedoria. São todas as suas experiências, mesmo de todas as existências, mas todas vivenciadas nesta existência – as boas, as más, as dolorosas, as prazerosas –, quando, então, são destiladas em sabedoria, deixando de haver uma definição de feliz ou triste. É apenas a sabedoria.

Sabedoria é uma das palavras mais difíceis de se descrever. Mas, como contei num encontro recente, Mark Twain – que eu conheço bem – disse: “Sabedoria é quando você simplesmente não dá mais a mínima pra nada.” Isto é, não existem mais batalhas. Vocês não lutam contra nada. Vocês não tentam manipular nada. Vocês não dão a mínima; é apenas a sabedoria. É tudo que vocês aprenderam, tudo que vocês sentiram. É o amor, o ódio e tudo mais, destilados em sabedoria. Antes, essa sabedoria não estava disponível para o humano. Falávamos sobre ela, mas ela não estava disponível.

Pra onde vamos seguir agora tem a sabedoria do Mestre e o coração do humano, ambos misturados. Nunca antes foi possível ao humano acessar essa sabedoria. Pode-se dizer que ela era mantida noutro estado, noutra condição. O humano não estava preparado pra ela, porque a sabedoria é algo muito doce e muito potente. O humano realmente não achava que estava pronto pra ela. Achava que seria muito devastador. Mas agora estamos nesse ponto, com a sabedoria do Mestre e o coração do humano.

Então, eu pergunto a vocês: O que está no coração? O que é a sua bondade? Qual é a bondade com relação a si mesmos? E eu peço que examinem isso a fundo, a bondade de mesmos.

Falei um pouco sobre algo que eu vejo em cada um de vocês – sua natureza humana, seu cuidado com os outros, seu cuidado com o planeta, a ponto de vocês assumirem coisas que simplesmente não são de vocês –, mas peço que, a partir deste shoud, deste encontro, vocês sintam a fundo o seu coração. Não pra dar aquelas respostas superficiais que eu vejo aqui, às vezes, mas o que é a sua bondade? Porque, quando vocês se permitem falar sobre essa bondade e sentir essa bondade, ela é a mesma bondade que vocês sempre tiveram pelos outros, mas agora voltada pra vocês mesmos. O que é a sua bondade? Não estou perguntando sobre o talento de vocês nem em que vocês são excelentes ou o que vocês realizaram. Isso não significa nada.

O que é a sua bondade? Porque, no lugar pra onde estamos indo agora, levaremos juntos a sabedoria do Mestre e o coração do humano. É a Vida de Ahmyo.

Vamos respirar fundo juntos.

Entre hoje e nosso próximo encontro: o que é a sua bondade? Vamos abrir nosso próximo shoud comigo andando pela sala, ou melhor, a Linda andando com o microfone pra obter as respostas a esta pergunta. O que é a sua bondade? E, nesse ínterim, lembrem-se que essas coisas não pertencem a vocês. Toda a porcaria – dor física, problemas familiares, questões de dinheiro, dificuldades nos relacionamentos – não é de vocês. E, se vocês se apegarem a isso, vou chamá-los de egoístas.

Com isso, meus queridos amigos, vamos respirar fundo, enquanto Cauldre pega seus sapatos. Vamos respirar fundo e ter uma última música com o incrível Marty.

Lembrem-se: tudo está bem em toda a criação. Obrigado. [Aplausos da plateia]

LINDA: Assim, com isso, eu peço que permaneçam com o que estão sentindo. Permitam esta mensagem. E, na verdade, Adamus nos deu uma tarefa. Sintam isso, porque ele vai perguntar da próxima vez. Então, respirem bem fundo. E permitam os sentimentos e tudo que fizemos aqui. Respirem bem fundo e deem um tempo para a integração, para estarem com isso, para se honrarem. Respirem profundamente, sentindo e permitindo. Respirem bem fundo. Obrigada por estarem aqui, escutando ou vendo online. Obrigada por terem participado deste encontro. E, repetindo, bênçãos especiais de todos nós para John Kuderka e sua esposa. Muito obrigada por estarem aqui. E, neste encontro, vamos ter um pouco mais de música do nosso querido amigo Marty – o querido Caraca. Ele vai tocar pra gente. Nós nos vemos no mês que vem.

  

Tradução de Inês Fernandes – mariainesfernandes@globo.com