Meu núcleo -

    Um cofre de aço

            

    

                Por Denise Smith

 

 

Esta é uma estória verdadeira contada por mim e pela minha alma.

 

Lutei muito por vários períodos, na maior parte da minha vida e talvez por muitas vidas, acordando nas primeiras horas da manhã e sentindo claustrofobia, seguido por um episódio de pânico. Minha resposta imediata a isso era saltar da cama para aliviar meus sintomas tortuosos e, em seguida, descer as escadas para a ir ver televisão, um amigo muito confiável (ou assim eu pensava). Ela sempre me ajudou a sair de um aperto (desculpem-me o trocadilho), mas é claro que eu iria enfrentar repetidamente a minha "bête noire" novamente. E então uma noite foi diferente. Aqui está a nossa história.

 

Era uma vez, há aproximadamente dois anos, eu vivenciei a minha alma da maneira mais profunda.  Aconteceu no meu quarto, no meio da noite, enquanto eu, mais uma vez pulei da cama sentindo a temida claustrofobia e consequente pânico. Tudo aconteceu muito rapidamente. Enquanto eu fiquei por um momento ao lado da minha cama, eu tive uma ideia e, sem pensar, eu resolvi a seguir. Desci as escadas correndo e a primeira coisa que vi foi a impressão do último Shoud que eu tinha deixado no sofá. Estava aberto numa página e eu vi uma coisa só - as palavras: "EU SOU O QUE EU SOU". Então, sem sequer pensar, eu fiz algo muito incomum. Eu corri para cima, voltei à cena da crise e fiquei no lugar exato onde tinha começado alguns momentos antes.

 

Uma coisa terrível começou a acontecer. A negritude à minha volta estava me envolvendo e eu senti o ar sendo sugado para fora de todas as partes do meu ser. Quando eu tentei respirar oxigênio, eu respirei "vácuo". Quando eu tentei desesperadamente exalar, eu liberei "vácuo". Então, eu tentei parar de respirar completamente para evitar o que parecia ser a minha morte iminente. (Sim, que ironia) De repente, lembrei-me das palavras "EU SOU O QUE EU SOU" e eu as sussurrei dentro de mim. Elas estavam infundidas com uma energia poderosa, uma profunda paixão para viver e, naquele momento, tudo mudou.

 

Eu não perdi o fôlego, como seres humanos precisam fazer depois de terem sido privados de ar. Era quase como se nunca tivesse acontecido. Eu respirava normal e ritmicamente, o pânico e medo completamente desaparecidos. Eu nunca me senti tão segura e calma em toda a minha vida. Em seguida, a maior surpresa de todas me aguardava.

 

Agora que eu me sentia segura novamente, me acomodei de volta na cama. Mas, como minha alma queria (esquecendo que eu dei minha permissão), havia muito mais por vir. Eu me vi olhando em volta para descobrir que eu estava em algo como um cofre de aço muito antigo. As paredes, piso e teto eram de ferro grosso, verde, com nenhuma maneira de entrar ou sair.

 

 

Enquanto eu estava ali no centro do meu ser "cofre de aço", milagrosamente eu também não senti nenhum medo! De repente, vi que as paredes e, em seguida, o chão começaram a se mover em ondas. Todo o meu ser sentia amor vindo dessas paredes e do chão - o amor incondicional, absoluto. Eu fui varrida e consumida por ele, sentindo uma presença maravilhosa que eu nunca tinha experimentado antes. Em seguida, muito em breve, tudo estava acabado; eu estava de volta no meu quarto, ainda sentindo a alegria em meu coração, quando eu caí em um sono profundo e tranquilo.

 

Mais tarde, quando me sentei para escrever sobre essa experiência, eu tive algumas revelações. Em um Shoud passado, eu me lembrei do  Adamus falando sobre o "Ser Essência", assinalando que ele é tão forte quanto o aço. Era apenas uma metáfora, eu pensei, mas agora eu tinha vivenciado essa metáfora em todo o seu amor, apoio e verdade. Em um Shoud mais recente, polêmico como é, Adamus falou sobre "paixão". Ele se referiu a tempos passados, quando ele  segurou a cabeça de um aluno sob a água até que ele tinha a certeza que era o seu último suspiro e então trazia-o para fora novamente. O estudante era forçado a se concentrar em uma coisa só, a paixão de viver.

 

Essa experiência também me obrigou a me concentrar em apenas uma coisa - minha própria paixão para viver. Se afogar em um vácuo ou em água, é tudo a mesma coisa e eu estava me afogando no meu próprio quarto. Quando essa paixão de viver se levantou dentro de mim e me lembrei do meu verdadeiro Ser, tudo mudou.

 

Desde a minha experiência, eu ainda tenho alguns momentos de claustrofobia, mas eu nunca mais voltei para aquelas noites terríveis. Sempre que eu sinto fechada, eu respiro e sinto nas palavras "EU SOU O QUE EU SOU" e alívio vem a seguir.

 

 

 

Denise é conselheira e escritora em tempo parcial, que tem escrito e distribuído brochuras em sua comunidade local, com foco em vários aspectos do processo de despertar. Ela também oferece orientação e apoio na integração da nova consciência e deseja se conectar com os Shaumbra e aqueles que estão despertando. Denise pode ser contactada no email den@yorku.ca

            

Tradução: Léa Amaral    lea_mga2007@yahoo.com.br

 

   
 

 

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